Autor Tópico: Pré-Sal??  (Lida 1421 vezes)

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Offline Peter Joseph

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Pré-Sal??
« Online: 03 de Fevereiro de 2016, 15:16:20 »
O Petróleo Virou Mico

Embalado pelo crescente preço do petróleo, a aclamada autossuficiência e a promessa de milhões de barris de produção diária para exportação, o Brasil sonhou com um fundo soberano e o financiamento da educação bancados pelo ouro negro.  Inventamos um modelo único de regime de partilha, colocamos a Petrobrás em todos os empreendimentos e a endividamos além do limite razoável.  Mas não havia problema: a riqueza prometida era tanta que valia a aposta.  Dezenas de cidades e vários estados se tornaram petróleo-dependentes.

Para os chatos e estraga prazeres que alertavam para os riscos de colocar todos os ovos em uma única cesta, esfregavam na cara os diversos estudos que apontavam o petróleo acima de US$ 80 por décadas contra um custo de US$ 40 a 50 no Pré-Sal.

A festa durou pouco.  Nos últimos 18 meses o petróleo mergulhou de pouco mais de US$ 100 por barril para cerca de US$ 30 na ultima semana.  Há excesso de produção e os preços ainda podem cair mais com o retorno do Irã ao comércio internacional. 

A Petrobrás, assolada também pela corrupção, é agora a empresa mais endividada do mundo e terá que se reinventar apenas para sobreviver a ponto de mais dia menos dia ter de ser capitalizada, ou seja, receber mais capital para conseguir arcar com seus compromissos.  Em outras palavras, em vez de geradora de renda passará a consumidora de recursos uma vez que, como estatal, a capitalização será paga pelos nossos impostos.

Ao contrário de outros momentos da história, a queda do preço do petróleo não está se traduzindo em aumento da demanda ou provocando queda dos investimentos em energias renováveis.  De fato, muitos investidores começam a abandonar a indústria petroleira para investir em energias renováveis modernas, que no contexto de mudanças climáticas tendem a avançar de forma cada vez mais acelerada.

O Petróleo foi a principal fonte de energia do século XX, ainda é muito importante, mas tende a se tornar marginal até meados do século.  Contaremos então para nossas crianças que décadas atrás extraíamos um líquido negro das profundezas da terra, transportávamos em navios para ser refinado em gigantescas fábricas e depois distribuído na forma de um líquido amarelo até chegar aos locais de abastecimento dos motores e então gerar energia.  Tão histórico como contar hoje sobre os moinhos e fábricas movidos a cavalo.

O Petróleo está mais para mico do que para o propalado “passaporte para o futuro”.  O Brasil precisa virar logo esta página e focar nas energias renováveis, este sim seu grande potencial de presente e futuro.
 

Tasso Azevedo Engenheiro florestal, consultor e empreendedor social em sustentabilidade, floresta e clima.  Coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG), colunista de O Globo e de Revista Época Negócios.  Foi Diretor Geral do Serviço Florestal Brasileiro, Diretor Executivo do Imaflora e curador do Blog do Clima.
 

Publicado em O Globo em 27.01.2016 Postado por Tasso Azevedo às 20:37
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Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #1 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 13:10:22 »
Nos últimos anos, os EUA aumentaram sua produção em 50% (em 3 MM barris/dia), inundando o mundo com mais óleo em um momento de desaceleração econômica mundial, que vem se acentuando nesse ano e no ano passado.

A estratégia da Arabia foi simplesmente não reduzir seu MKT share, aumentando, inclusive, a sua produção em alguns momentos, com o claro objetivo de inviabilizar o Shale Oil (ou controlar a sua produção - ela tem falado que só aceita acordo de redução de produção, se os países não Opep participarem).

Como o breakeven do Shale é US$ 80, muito provavelmente ela vai ter sucesso nessa sua ação!É esperada uma quebradeira generalizada nesse ano, e no próximo, o que pode vir a ser o estopim para a próxima crise mundial, dado que o total de financiamento nessa indústria é de 5 trilhões de dolares, boa parte hedgeada a US$80, com os bancos securitizando suas posições, espalhando esse risco para todo o sistema financeiro. Um cano de 20% desse valor equivale a um valor 5x maior do ocorrido em 2008!!

Um livro muito bom, que analisa essa questão da indústria do Shale é "The Big Drop", do Jim Rickards. Esse livro foi disponibilizado de graça na inteernet, pelo próprio autor (outro livro dele que aconselho, é o 'The Death of Money". Esse tem que compra).



Então, esse nível de preços não é sustentável. Com a queda/controle do Shale e a redução dos investimentos na exploração de novos poços, teremos um declínio na produção num futuro bem próximo (1-2 anos), o que provavelmente irá levar o preço do petróleo a níveis bem elevados!

Além do mais, essa estimativa dele do petróleo ser marginal, é um tanto irreal! Com o crescimento populacional, desenvolvimento de países atrasados, a quantidade de energia necessária será gigantesca, e somente as "fontes" limpas não darão conta! Fora que o petróleo é importante para TODAS as indústrias : dá farmacêutica até a de automóveis!

Abs
Felipe

Offline Brienne of Tarth

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #2 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 13:18:40 »
Contaremos então para nossas crianças que décadas atrás extraíamos um líquido negro das profundezas da terra, transportávamos em navios para ser refinado em gigantescas fábricas e depois distribuído na forma de um líquido amarelo até chegar aos locais de abastecimento dos motores e então gerar energia.  Tão histórico como contar hoje sobre os moinhos e fábricas movidos a cavalo

SE o petróleo servisse apenas para fazer "líquido amarelo", pois isso eu também faço, só não serve para combustão. :biglol:

Em meados de 2014 eu disse ao meu esposo, funcionário concursado da Petrobrás: "antes do barril chegar a 20 dólares a Petrobrás estará paralisada".

Taí a boxta feita. :hmph:
GNOSE

Offline Geotecton

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #3 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 13:50:21 »
Nos últimos anos, os EUA aumentaram sua produção em 50% (em 3 MM barris/dia), inundando o mundo com mais óleo em um momento de desaceleração econômica mundial, que vem se acentuando nesse ano e no ano passado.

A estratégia da Arabia foi simplesmente não reduzir seu MKT share, aumentando, inclusive, a sua produção em alguns momentos, com o claro objetivo de inviabilizar o Shale Oil (ou controlar a sua produção - ela tem falado que só aceita acordo de redução de produção, se os países não Opep participarem).

Como o breakeven do Shale é US$ 80, muito provavelmente ela vai ter sucesso nessa sua ação!É esperada uma quebradeira generalizada nesse ano, e no próximo, o que pode vir a ser o estopim para a próxima crise mundial, dado que o total de financiamento nessa indústria é de 5 trilhões de dolares, boa parte hedgeada a US$80, com os bancos securitizando suas posições, espalhando esse risco para todo o sistema financeiro. Um cano de 20% desse valor equivale a um valor 5x maior do ocorrido em 2008!!

Acho baixa a possibilidade de que haverá quebradeira no setor de óleo de folhelho por pelo menos dois motivos. O primeiro porque o cenário para manter o atual valor do barril do petróleo está sendo mantido artificialmente pela Arábia Saudita mas que já está sob forte pressão de outros produtores, principalmente daqueles que tem no petróleo a principal (senão única) fonte de receita.

O segundo motivo é estratégico. O governo do EUA não permitirá que esta indústria seja destruída, mesmo que custe a emissão de mais algumas centenas de bilhões de dólares.


Um livro muito bom, que analisa essa questão da indústria do Shale é "The Big Drop", do Jim Rickards. Esse livro foi disponibilizado de graça na inteernet, pelo próprio autor (outro livro dele que aconselho, é o 'The Death of Money". Esse tem que compra).

Então, esse nível de preços não é sustentável. Com a queda/controle do Shale e a redução dos investimentos na exploração de novos poços, teremos um declínio na produção num futuro bem próximo (1-2 anos), o que provavelmente irá levar o preço do petróleo a níveis bem elevados!

Além do mais, essa estimativa dele do petróleo ser marginal, é um tanto irreal! Com o crescimento populacional, desenvolvimento de países atrasados, a quantidade de energia necessária será gigantesca, e somente as "fontes" limpas não darão conta! Fora que o petróleo é importante para TODAS as indústrias : dá farmacêutica até a de automóveis!

Abs
Felipe

As fontes ditas 'limpas' são mais do que suficientes para prover energia para toda a demanda, ainda mais que o rendimento vem melhorando continuamente.

O que pode faltar é vontade política, visto que a indústria do petróleo tem, sem dúvida, uma das maiores (senão a maior) influência na classe política a nível mundial.
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Offline Peter Joseph

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #4 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 19:07:36 »
Este negócio de petróleo em abundância ser ruim pro mercado, só reforça a ideia de que ele não comporta abundância, é fora da caixa pra ele. O capitalismo funciona somente dentro da escassez.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #5 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 21:55:41 »
As fontes ditas 'limpas' são mais do que suficientes para prover energia para toda a demanda, ainda mais que o rendimento vem melhorando continuamente.

O que pode faltar é vontade política, visto que a indústria do petróleo tem, sem dúvida, uma das maiores (senão a maior) influência na classe política a nível mundial.

Tenho sérias dúvidas. Recentemente postei um gráfico em algum lugar, do ritmo de substituições de matrizes energéticas no mundo, ao longo das décadas, e as fontes limpas/alternativas tinham um crescimento virtualmente nulo.

Elas serem suficientes para prover energia para toda a demanda tem implícito terem preço que não as faça significativamente desfavorável*, ou até mais favorável, obrigando a energia fóssil a baixar o preço cada vez mais. Imagino que o que deve ter levado à redução nos preços de energia fóssil tenha sido sempre virtualmente só a competição com energia fóssil de concorrentes, não outras fontes.

E não acho que as coisas fossem ser significativamente diferentes mesmo se não houvessem subsídios -- tipicamente muito maiores para exploração de energia fóssil, ao menos é o caso nos EUA.


* de outra forma, é algo meio tautológico, pois com o preço maior, há efetivamente "menos demanda" por energia, mas por imposição econômica, não por melhoria da eficiência na utilização de energia.






Este negócio de petróleo em abundância ser ruim pro mercado, só reforça a ideia de que ele não comporta abundância, é fora da caixa pra ele. O capitalismo funciona somente dentro da escassez.

Sim, se todos têm tudo que querem, não tem muito por que realizar trocas comerciais. Como esse cenário de abundância infinita não é possível nem em realidade virtual, as pessoas deverão continuar buscando participar do mercado, trocar trabalho, serviços, produtos oferecidos.


Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #6 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 08:18:31 »
Este negócio de petróleo em abundância ser ruim pro mercado, só reforça a ideia de que ele não comporta abundância, é fora da caixa pra ele. O capitalismo funciona somente dentro da escassez.

???

Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #7 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 08:43:33 »
ação econômica mundial, que vem se acentuando nesse ano e no ano

Acho baixa a possibilidade de que haverá quebradeira no setor de óleo de folhelho por pelo menos dois motivos. O primeiro porque o cenário para manter o atual valor do barril do petróleo está sendo mantido artificialmente pela Arábia Saudita mas que já está sob forte pressão de outros produtores, principalmente daqueles que tem no petróleo a principal (senão única) fonte de receita.

O segundo motivo é estratégico. O governo do EUA não permitirá que esta indústria seja destruída, mesmo que custe a emissão de mais algumas centenas de bilhões de dólares.

Na verdade essa quebradeira já comecou.

O mundo ja não esta tão disposto a financiar a farra americana de emissão de moeda. A confiança no dolar vem caindp rapidamente e os movimentos para quebrar o 'padrão dolar' ja são claros. Essa emissão pode vir a representar o começo do fim do dolar.

Offline Geotecton

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #8 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 09:18:00 »
ação econômica mundial, que vem se acentuando nesse ano e no ano

Acho baixa a possibilidade de que haverá quebradeira no setor de óleo de folhelho por pelo menos dois motivos. O primeiro porque o cenário para manter o atual valor do barril do petróleo está sendo mantido artificialmente pela Arábia Saudita mas que já está sob forte pressão de outros produtores, principalmente daqueles que tem no petróleo a principal (senão única) fonte de receita.

O segundo motivo é estratégico. O governo do EUA não permitirá que esta indústria seja destruída, mesmo que custe a emissão de mais algumas centenas de bilhões de dólares.
Na verdade essa quebradeira já comecou.

E quais empresas já quebraram?


O mundo ja não esta tão disposto a financiar a farra americana de emissão de moeda.

Nisto eu concordo.


A confiança no dolar vem caindp rapidamente e os movimentos para quebrar o 'padrão dolar' ja são claros.

Para ser substituído pelo quê?

Pelo fraquíssimo e instável rublo, moeda de um país totalmente corrupto e com fronteiras ultra-instáveis?

Pelo incógnito yuan, moeda de um país igualmente corrupto e cujo poder central começa a ser contestado por causa da crescente diferença econômica entre o interior e a faixa litorânea e por causa de uma maior liberdade experimentada pela sua população mais informada?

Pelo incerto euro, moeda de um conjunto de países cujas diferenças culturais e econômicas resultaram em descontentamento generalizado em um recrudescimento nacionalista e que poderá levá-los a desintegração?

Pelo 'padrão-ouro', que dependeria de uma concordância de todos os principais países, sendo que a maioria deles não possui ou possui pouquíssimo metal, o que apenas faria mudar o padrão de dependência?

Pelo 'padrão-petróleo', cuja "quantidade" permanece incerta e que está sendo substituído em diversos usos, desde fonte de energia até como matéria-prima em certas indústrias?


Essa emissão pode vir a representar o começo do fim do dolar.

É possível.
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Offline Fernando Silva

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #9 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 10:12:46 »
Este negócio de petróleo em abundância ser ruim pro mercado, só reforça a ideia de que ele não comporta abundância, é fora da caixa pra ele. O capitalismo funciona somente dentro da escassez.
A escassez é o estado natural das coisas, o ponto de partida. A abundância é instável e temporária. Normalmente, tem que ser conseguida com muito trabalho. E constante. Estamos sempre tendendo a voltar para a escassez.

Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #10 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 22:34:04 »
Ola Geo,

E quais empresas já quebraram?

http://www.pennlive.com/news/2016/01/oil_and_gas_drillers_facing_ba.html

http://www.haynesboone.com/~/media/files/attorney%20publications/2016/energy_bankruptcy_monitor/oil_patch_bankruptcy_20160106.ashx

Os bancos já vem aumentando significativamente suas provisões para perdas referentes à essa indústria. Além disso, tenho um amigo que trabalha em uma consultoria no setor de petróleo lá nos EUA e me falou que a situação é muito delicada. Os pequenos produtores estão caindo um atrás do outro, e cada vez mais a velocidade aumenta!

Citar
Para ser substituído pelo quê?

Pelo fraquíssimo e instável rublo, moeda de um país totalmente corrupto e com fronteiras ultra-instáveis?

Pelo incógnito yuan, moeda de um país igualmente corrupto e cujo poder central começa a ser contestado por causa da crescente diferença econômica entre o interior e a faixa litorânea e por causa de uma maior liberdade experimentada pela sua população mais informada?

Pelo incerto euro, moeda de um conjunto de países cujas diferenças culturais e econômicas resultaram em descontentamento generalizado em um recrudescimento nacionalista e que poderá levá-los a desintegração?

Pelo 'padrão-ouro', que dependeria de uma concordância de todos os principais países, sendo que a maioria deles não possui ou possui pouquíssimo metal, o que apenas faria mudar o padrão de dependência?

Pelo 'padrão-petróleo', cuja "quantidade" permanece incerta e que está sendo substituído em diversos usos, desde fonte de energia até como matéria-prima em certas indústrias?

Nos últimos 120 anos, o mundo vem tendo, a cada 30 ou 40 anos, uma crise monetária séria, que acaba promovendo forçadamente o redesenho do sistema monetário internacional.

Se analisarmos os movimentos que os BCs vem fazendo, de 2009 para cá, com compras assombrosas de ouro (China, Russia e India, além de outros países), solicitações de repatriação de ouro (2015 foi o ano recorde entre os paises europeus), possivelmente algum tipo de lastro em ouro irá retornar (no livro"The Death of Money", Jim Rickards aborda possíveis soluções envolvendo o ouro, para o caos monetário atual). Em paralelo a isso, China e Russia estão começando a se desfazer das suas reservas em dolar, desfazendo suas posições em títulos americanos.

Em um cenário desses (onde a quantidade de ouro reportado pelo BC chinês é considerado muito subquantificado), não seria nenhuma surpresa a China anunciar o lastreamento de sua moeda em ouro.

Abs
Felipe
« Última modificação: 05 de Fevereiro de 2016, 22:38:03 por Feliperj »

Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #11 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 23:53:18 »

Offline Geotecton

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #12 Online: 05 de Fevereiro de 2016, 23:57:21 »
[...]
Nos últimos 120 anos, o mundo vem tendo, a cada 30 ou 40 anos, uma crise monetária séria, que acaba promovendo forçadamente o redesenho do sistema monetário internacional.

Se analisarmos os movimentos que os BCs vem fazendo, de 2009 para cá, com compras assombrosas de ouro (China, Russia e India, além de outros países), solicitações de repatriação de ouro (2015 foi o ano recorde entre os paises europeus), possivelmente algum tipo de lastro em ouro irá retornar (no livro"The Death of Money", Jim Rickards aborda possíveis soluções envolvendo o ouro, para o caos monetário atual). Em paralelo a isso, China e Russia estão começando a se desfazer das suas reservas em dolar, desfazendo suas posições em títulos americanos.

Em um cenário desses (onde a quantidade de ouro reportado pelo BC chinês é considerado muito subquantificado), não seria nenhuma surpresa a China anunciar o lastreamento de sua moeda em ouro.

A moeda chinesa lastreada em ouro?

Com toda aquela manipulação de câmbio estatal?

Duvido!

Além disto, a China não tem ouro em quantidade suficiente para garantir todo o seu dinheiro circulante.
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Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #13 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 00:23:13 »
A moeda chinesa lastreada em ouro?

Com toda aquela manipulação de câmbio estatal?

Duvido!

Além disto, a China não tem ouro em quantidade suficiente para garantir todo o seu dinheiro circulante.

Mas a manipulação cambial ocorre porque o mundo está vivendo uma guerra de moedas, onde a manipulação dos juros americanos, europeu e do japão, influenciam o movimento chinês.

A quantidade de ouro que a China tem é um mistério. Além de ser a maior produtora mundial, ela vem comprando ouro em um ritmo louco. E muito desse ouro nem vem sendo reportado!

Sobre a questão da quantidade de ouro, em termos de relação Ouro/PIB, ela está em posição semelhante aos EUA. A quantidade de ouro x moeda vai impactar o preço do ouro e pode ter um efeito desastrosamente deflacionário, caso o preço fique muito elevado. Porém, uma solução para esse tipo de situação, é lastrear parte da moeda em ouro (40%, 50% , etc).

Aconselho a leitura do livro "The Death of Money", do Jim Rickards. É muito bom!!

Abs
Felipe

Offline JJ

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #14 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 16:56:58 »
ação econômica mundial, que vem se acentuando nesse ano e no ano

Acho baixa a possibilidade de que haverá quebradeira no setor de óleo de folhelho por pelo menos dois motivos. O primeiro porque o cenário para manter o atual valor do barril do petróleo está sendo mantido artificialmente pela Arábia Saudita mas que já está sob forte pressão de outros produtores, principalmente daqueles que tem no petróleo a principal (senão única) fonte de receita.

O segundo motivo é estratégico. O governo do EUA não permitirá que esta indústria seja destruída, mesmo que custe a emissão de mais algumas centenas de bilhões de dólares.

Na verdade essa quebradeira já comecou.

O mundo ja não esta tão disposto a financiar a farra americana de emissão de moeda. A confiança no dolar vem caindp rapidamente e os movimentos para quebrar o 'padrão dolar' ja são claros. Essa emissão pode vir a representar o começo do fim do dolar.



A mega potência militar vai ficar com o seu enorme arsenal parado vendo outros países desafiarem o poder do dólar ?

Será que isso pode vir a representar os passos iniciais para um conflito militar em larga escala ?



« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2016, 20:28:22 por JJ »

Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #15 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 17:20:30 »
ação econômica mundial, que vem se acentuando nesse ano e no ano

Acho baixa a possibilidade de que haverá quebradeira no setor de óleo de folhelho por pelo menos dois motivos. O primeiro porque o cenário para manter o atual valor do barril do petróleo está sendo mantido artificialmente pela Arábia Saudita mas que já está sob forte pressão de outros produtores, principalmente daqueles que tem no petróleo a principal (senão única) fonte de receita.

O segundo motivo é estratégico. O governo do EUA não permitirá que esta indústria seja destruída, mesmo que custe a emissão de mais algumas centenas de bilhões de dólares.

Na verdade essa quebradeira já comecou.

O mundo ja não esta tão disposto a financiar a farra americana de emissão de moeda. A confiança no dolar vem caindp rapidamente e os movimentos para quebrar o 'padrão dolar' ja são claros. Essa emissão pode vir a representar o começo do fim do dolar.



A mega potência militar vai ficar com o seu enorme arsenal parado vendo outros países desafiarem o poder do dólar ?

Será que pode vir a representar os passos iniciais para um conflito militar em larga escala ?

E vão fazer o que? Começar uma guerra nuclear com Russia e China?

Offline JJ

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #16 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 17:20:49 »
A Geopolítica da Terceira Guerra Mundial
11.10.2014
 
A Geopolítica da Terceira Guerra Mundial. 20997.jpeg

A Geopolítica da Terceira Guerra Mundial
De scg.com
Tadução Anna Malm* - Correspondente de Pátria Latina na Europa


A verdadeira razão da Rússia e da Síria estarem sendo atacadas exatamente agora.
Contrariamente ao que as pessoas acreditam a conduta dos países na arena internacional quase nunca é motivada por considerações morais, mas por uma mistura de dinheiro e geopolítica. Sendo assim,  logo que os portavozes das elites começarem a demonizar algum país a primeira pergunta que deveria vir a mente deveria ser:- Porque estão fazendo isso exatamente agor? - Qual é a finalidade real disso tudo?
 
Já a algum tempo a Rússia, a China, o Irã e a Síria tem estado em mira como alvo. Logo que se entenda o porque os acontecimentos a se desenrolarem no mundo começarão imediatamente a fazer mais sentido.
 

O dólar é uma moeda única. Na verdade a sua concepção, nos tempos atuais, assim como a sua relação com a geopolítica, não se assemelha a nenhuma outra moeda na história. Tem-se que não seria o fato do dolar ter sido desde 1944  a moeda de reserva internacional que o põe nessa situação única. Muitas moedas através da história, e dos séculos, tiveram esse papél. O que é único com o dólar é que ele desde 1970 tem sido, com muitas poucas exceções, a única moeda usada para a compra e a venda do petróleo no mercado internacional.


Antes de 1971 o dólar americano estava correlacionado ao ouro, pelo menos oficialmente, e de acordo com o Fundo Monetário Internacional, IMF, em 1966 os bancos centrais internacionais tinham conjuntamente $14 bilhões de dólares americanos. Entretanto, a essas alturas os Estados Unidos só tinham $3.2 bilhões, em ouro disponível, para cobrir os $14 bilhões de notas de dólares em circulação.

Trocado em miudos isso quer dizer que a Reserva Federal dos Estados Unidos estava imprimindo mais dinheiro do que podiam garantir, em ouro.

O resultado disso foi uma inflação desenfreada, assim como uma fuga do dólar.
Em 1971, no que depois veio a ser denominado como o "Choque Nixon", o presidente Nixon declarou o dólar como completamente desligado do ouro.

Depois disso o dólar tornou-se uma moeda completamente baseada no débito, ou seja na dívida. Com moedas baseadas no débito o dinheiro é literalmente levado a existência através de empréstimos.

Aproximadamente 70% do dinheiro em circulação é criado por bancos comuns. Tem-se então aqui que esses bancos são autorizados a emprestar mais do que eles realmente tem em dinheiro depositado, em outras palavras, emprestam o que não tem.

Dessa maneira segue que o resto é criado pela Reserva Federal. Criando dinheiro deveria significar que essa estaria também emprestando o que não tem. Entretanto tem-se aqui que a Reserva Federal empresta dinheiro principalmente ao governo.

Isso seria simplesmente como dar cheques sem fundo só que aqui, para os bancos, isso tornava-se legal. Essa prática veio a ser chamada de reserva bancária fraccional a ser regulada pela Reserva Federal, a qual é uma instituição que, como por nada, é controlada, assim como é uma propriedade, de um conglomerado de bancos particulares. A Reserva Federal não é uma agência ou ou ramo do governo. Se ela fosse um ramo do governo esse a poderia regular controlar.

Agora, para fazer as coisas ainda mais interessantes, esses empréstimos da reserva fracctional exigem juros, mas como visto acima o dinheiro para pagar esses juros não existe no sistema, uma vez que se empresta mais do que existe em depósitos. Um resultado disso é que sempre há mais dívidas do que dinheiro em circulação. Isso faz com que para se manter a tona a economia tem que estar em perpétuo crescimento, o que é insustentável.

Como terá o dólar conseguido se manter numa posição principal na arena internacional por mais de quarenta anos, se ele é na verdade pouco mais que um elaborado esquema Ponzi?  ["Um esquema Ponzi é uma sofisticada operação fraudulenta de investimento do tipo esquema em pirâmide que envolve o pagamento de rendimentos anormalmente altos ("lucros") aos investidores, à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real. O nome do esquema refere-se ao criminoso financeiro ítalo-americano Charles Ponzi (ou Carlo Ponzi)." - Wikipédia]

É aqui que o dólar relata-se a geopolítica. Em 1973, nas águas da artificial crise OPEP do petróleo [onde o preço do petróleo subiu as alturas] a administração Nixon iniciou negociações secretas com o governo da Arábia Saudita para estabelecer o que se tornou conhecido como o sistema de reciclagem do petrodólar. Num documento, revelado pelo Serviço de Pesquisas do Congresso, mostrava-se que essas negociações tinham também um outro lado, uma vez que oficiais americanos estavam lá discutindo abertamente a possibilidade de tomar os campos sauditas de petróleo militarmente.

Nos Estados Unidos o choque devido ao alto preço do petróleo produziu inflação, novas preocupações a respeito de investimentos estrangeiros (vindos dos países produtores do petróleo) e uma aberta especulação não só a respeito da possibilidade como também de até que ponto poderia ser aconselhável o tentar uma tomada militar dos campos de petróleo da Arábia Saudita, assim como de outros países. Nesse contexto tinha-se dado um embargo, e nas águas desse embargo tanto a Arábia Saudita como oficiais dos Estados Unidos trabalharam para ancorar melhor as suas relações bilaterais, que então se baseavam num antagonismo ao comunismo, numa renovada cooperação militar, assim como em iniciativas econômicas que promoviam a reciclagem dos petrodólares sauditas, reciclagem essa que se daria via investimentos sauditas na infraestrutura, na expansão industrial e nos papéis de investimentos dos Estados Unidos.
Esse sistema foi, em 1975, expandido para incluir toda a OPEP.

Apesar de representar uma margem de segurança contra efeitos de recessão surgidos pelo aumento do preço do petróleo, esse arranjo teve um efeito marginal, menos aberto e mais escondido. Ele arranjo removia também as restrições inerentes as políticas monetárias dos Estados Unidos.

Mesmo que a Reserva Federal não fosse totalmente livre para aumentar a oferta do dinheiro completamente a sua vontade, agora tinha-se que a procura, como que ilimitada pelo petróleo, iria impedir uma fuga do dólar, conquanto distribuindo as consequências inflacionárias por todo o planeta [e não só para os Estados Unidos de quando "criando" mais e mais dinheiro, ou seja, imprimindo ou digitando mais e mais cédulas e ou dígitos num computador].

O dólar transformou-se numa moeda apoiada pelo petróleo em vez de apoiada pelo ouro.

Você alguma vez já se perguntou como pode a economia americana conseguir se manter a tona, por décadas, mesmo com débitos, ou seja dívidas, de multibilhões de dólares?

Você já alguma vez se perguntou como a economia dos Estados Unidos, que por 70% é baseada em bens de consumo, consegue manter uma tal desproporcional quantidade da riqueza mundial?

Hoje em dia combustíveis fósseis são como o alicerce do mundo. Eles se tornaram numa parte integral de todos os aspectos da civilização: agricultura, transporte, plásticos, aquecimento, defesa e medicina, e a sua procura só faz por aumentar.

Enquanto o mundo precisar de petróleo, e enquanto o petróleo só for vendido em dólares, o mundo vai querer ter dólares, e é essa procura que dá ao dólar o seu valor.

Para os Estados Unidos isso é um grande negócio. Os dólares saem, ou como papél ou como informação digital, e produtos e serviços reais vem para dentro do país. Entretanto, para o resto do mundo, essa é uma form vil de exploração em grande escala.

Tendo o comércio internacional principalmente em dólares também dá a Washington uma muito poderosa arma financeira através da possibilidade do peso das sanções. Isso se deve ao fato de que as transações em grande escala são forçadas a passar através dos Estados Unidos, por causa do dólar.

Esse sistema do petrodólar não tinha sido desafiado antes de setembro de 2000, quando Saddan Hussein anunciou sua decisão de vender o petróleo iraniano de maneira outra que através de dólares, voltando-se então ao euro. Esse foi um direto ataque ao dólar, assim como o evento geopolítico mais importante do ano. Entretanto, só um atigo apareceu na mídia ocidental mencionando isso.

No mesmo mês em que Saddam anunciou que ele estava deixando o dólar uma organização denominada "Projeto para um Novo Século Americano", no qual Dick Cheney era um membro, apresentou um documento com o título "Reconstruindo as Estratégias de Defesa, Forças e Recursos para um Novo Século". Esse documento requiria um enorme aumento das despesas militares, assim como uma muito mais agressiva política externa, com o objetivo de expandir a dominância americana pelo mundo inteiro. Entretanto, no documento lamentava-se que muitos anos seriam necessários para que esses objetivos fossem alcançados "na ausência de algum acontecimento catastrofal e catalisador - como por ex. um novo "Pearl Harbor" [Evento esse que como se sabe levou os Estados Unidos a entrar na segunda guerra mundial.]  Um evento desse tipo eles o conseguiram um ano mais tarde.

Aproveitando a reação emocional de 9/11 a administração de Bush pode então invadir o Afeganistão e o Iraque assim como decretar o chamado Ato Patriótico. Tudo isso, depois de 9/11, pode ser feito sem maiores resistências.

Não havia nenhuma arma de destruição maciça no Iraque e acreditar nisso não era uma consequência de informação deficiente. Essa foi uma mentira friamente premeditada, e a decisão de invadir o Iraque foi tomada muito conscientemente quanto ao disaster a ser esperado.

Eles sabiam exatamente o que iria acontecer, mas em 2003, isso eles o fizeram de qualquer maneira. De quando os campos de petróleo do Iraque cairam nas mãos dos Estados Unidos a venda do petróleo voltou imediatamente a ser feita somente em dólares. Missão terminada e pronta. Ponto final.

Logo após a invasão do Iraque [na segunda guerra]  a administração Bush tentou estender a guerra ao Irã. [Primeira guerra 1990-91; Segunda guerra 2003].

Desconfiavam que o governo do Irã estaria tentando construir uma arma nuclear. Depois do fiasco no Iraque a credibilidade de Washington estava num nível muito baixo o que fez com que esse não conseguisse levantar apoio internacional, ou mesmo nacional, para uma intervenção no Irã. Esses esforços ainda vieram a sofrer sabotagem por parte de elementos da CIA e Mossad, que se apresentaram dizendo que o Irã não tinha nem mesmo tomado qualquer decisão no sentido de construir uma arma nuclear, muito menos então para começar a construí-la. Entretanto, a demonização do Irã continuou e vem até hoje através da administração de Obama.

Porque?

Bem, será que isso se deveria ao fato de que desde 2004 Irã vem organizando uma bolsa de valores independent para o petróleo? Eles estavam construindo o seu próprio mercado para o petróleo, e esse nada tinha a ver com o dólar. O primeiro fornecimento de petróleo desse mercado foi vendido em julho de 2011.
 
Não tendo sido capazes de conseguir a guerra que queriam os Estados Unidos então usaram a ONU para impor sanções contra o Irã. O objetivo dessas sanções era o de derrubar o governo do Irã. Apesar dessas sanções terem causado problemas para a economia iraniana elas não conseguiram destabilizar o país. Isso se deveu em grande parte pelo fato da Rússia ter ajudado o Irã a ultrapassar as restrições bancárias dos Estados Unidos.

A intervenção da OTAN na Líbia foi seguida da guerra por procuração contra a Síria. Os depósitos de armamentos do governo da Líbia foram saqueados e as armas foram despachadas através da Turquia para os grupos rebeldes na Síria, trabalhando para derrubar Assad. Já estava claro a essas alturas que muitos desses rebeldes estavam ligados a organizações terroristas. Entretanto, o aparato da segurança nacional dos Estados Unidos viam isso como um mal necessário. A idéia era que o influxo de jihadistas extremistas iria trazer disciplina, fervor religioso e experiência em batalhas, vindas do Iraque. Tudo isso foi financiado pelos simpatizantes sunitas do Golfo, e mais importante, com resultados mortais. Enfim, isso queria também dizer que o Exército Livre da Síria, FSA na sigla inglesa, estava precisando da Al Qaeda.

Em fevereiro de 2009 Moamar Kadafi foi nominado como presidente da União Africana. Ele imediatamente propos a formação de um estado unificado, com uma moeda única. Foi a natureza dessa moeda que fez com que ele fosse assassinado.

Em março de 2009  a União Africana apresentou um documento intitulado "A caminho de uma moeda africana única". Nas páginas 106 e 107 desse documento se discutia principalmente os benefícios e a estrutura técnica de um Banco Central africano abaixo de um padrão correlacionado com o ouro. Na página 94 desse documento declarava-se explicitamente que a chave do sucesso da União Monetária Africana seria a ligação dessa moeda comum africana a mais monetária de todas as comodidades - o ouro. (Note-se que a numeração das páginas pode ser outra nas diferentes versões desse documento.)

Em 2011  a CIA entrou na Líbia e começou a apoiar grupos militantes em sua campanha para derrubar Kadafi. Os Estados Unidos, e a OTAN, por sua vez começaram depois a esticar a aplicação da autorização da ONU quanto a uma zona aérea interditada. Isso foi feito para dar vantagens aos grupos militantes através dos ataques aéreos US e OTAN. A presença de extremistas da Al Qaeda entre os grupos militantes foi varrida para baixo do tapete.

A Líbia assim como o Irã e o Iraque tinham cometido o crime imperdoável de desafiar o dólar.

Vamos agora falar português claro aqui. Foram os Estados Unidos que colocaram o Estado Islâmico (IS/ISIS/ISIL) no poder.

Em 2013 os mesmos elementos do hoje denominado Estado Islâmico que de então se apresentavam como Al Qaeda relacionados aos rebeldes da Síria, lançaram dois ataques com o gás sarin, na Síria. Isso foi feito para acusar Assad de o ter feito e para conseguir então apoio internacional para uma intervenção militar. Entretanto, o contrário foi demostrado pela ONU e pelos investigadores da Rússia, e essa tentativa de conseguir os desejados ataques aéreos contra a Síria caiu por terra por assim dizer. A Rússia conseguiu uma solução diplomática dos acontecimentos.

A campanha americana para derrubar o governo na Síria, assim como também tinha sido feita na Líbia, foi apresentada em termos de "direitos humanos". É óbvio que esse não tinha sido o motivo real. Em 2009 Catar tinha apresentado uma proposta para um gasoduto através da Síria e da Turquia para a Europa. Assad rejeitou essa proposta. Depois disso ele fez um pacto com o Iraque e Irã para construir um gasoduto não indo para a Europa, mas para o oriente, tirando dessa maneira e completamente tanto a Arábia Saudita como a Turquia do negócio. Não é então surpreendente que tenha sido exatamente Catar, a Arábia Saudita e a Turquia que foram os mais agressivos atores regionais atiçando para a derrubada do governo da Síria. Entretanto, porque iria essa dispusta de gasodutos pôr os Estados Unidos tão ativo contra a Síria? Tem-se aqui três motivos:
 
1) O arranjo desejado pela Síria iria fortalecer, e de muito, a posição do Irã, porque esse permitiria ao Irã exportar para os mercados europeus sem ter que passar através de nenhum dos países aliados de Washington. Isso iria depois enfraquecer de muito o poder de Washington sobre o Irã.
 
2) A Síria é o aliado mais próximo do Irã e um seu colapso iria de certeza ajudar a enfraquecer o Irã.
 
3) A Síria e o Irã tem um acordo mútuo de defesa o que poderia fazer que uma intervenção na Síria abrisse as portas para um conflito com o Irã. Em fevereiro desse ano essa geopolítica complicou-se ainda mais por causa da Ucrânia. Aqui o alvo real era a Rússia, que realmente é o segundo maior exportador de petróleo do mundo. A Rússia é não só um espinho na coroa de Washington, visto de uma perspectiva diplomática, como também tem-se aqui que a Rússia abriu, em 2008, uma bolsa de valores energéticos com as vendas sendo denominadas em rublos e ouro. Esse projeto esteve sendo preparado desde 2006 . A Rússia e a China também estiveram se entendendo para fazer, se não todos, então muitos, dos seus próprios negócios bilaterais sem o uso do dólar.

Depois tem-se que a Rússia esteve organizando a União Econômica da Eurásia, a qual inclui planos para adotar uma moeda comum, prevista para um mercado energético independente.

De quando do começo da crise atual, a Ucrânia foi apresentada com duas opções: ou associar-se a União Européia ou entrar na União da Eurásia. A União Européia insistia que tinha que ser ou uma ou a outra. A Ucrânia não poderia entrar nas duas. A Rússia por seu lado dizia que afiliar-se as duas não seria nenhum problema. [Provavelmente por causa das muito melhores condições oferecidas] o Presidente Yanukovich decidiu-se pela Rússia.

Em resposta a isso o aparato da segurança nacional dos Estados Unidos fez uma das suas especialidades. Eles deram um golpe para  derrubar o governo de Yanukovich e instalaram um governo com marionetes [só que dessa vez com neonazis na direção]. Para ver a inequívoca evidência do envolvimento de Washington nesse golpe de estado veja o vídeo "The ukraine crisis - what you´re not being told". [O /endereço/url do vídeo segue abaixo em referências e notas.] This article - Esse artigo do Guardian também vale a pena ler.

Apesar de tudo parecer estar indo bem para os golpistas os Estados Unidos logo perderam o controle da situação. A Criméia fez um referendo no qual o povo votou esmagadoramente para uma secessão da Ucrânia e uma reunificação com a Rússia. A transição foi pacífica e feita ordenadamente. Ninguém foi morto. Entretanto, o ocidente imediatamente apresentou todo o acontecido em termos de uma agressão russa. Essa mentira foi depois repetida "ad nauseum", ou seja, até a náusea.

A Criméia é importante do ponto de vista geoestratégico por causa da sua localização no Mar Negro. Essa sua localização permite uma projeção de poder naval ao Mar Mediterrâneo. Tem-se depois que a Criméia fez parte da Rússia a maior parte da sua história moderna. [Já aqui nem se mencionando, entre outras coisas, que a grande maioria de sua população é de etnia russa.]

Já há  anos que os Estados Unidos vem fazendo pressão para incluir a Ucrânia na OTAN. Um tal passo iria colocar as forças militares dos Estados Unidos nas portas da Rússia, o que poderia ter feito com que a Rússia perdesse a Criméia. Essa foi a razão pela qual a Rússia aceitou imediatamente o resultado do referendo e consolidou a Criméia como parte de seu território. [Do qual diga-se de passagem ela nunca deveria ter saído se todos os líderes soviéticos tivessem se mantido sóbrios e capazes de prognostizar hipotéticos, mas possíveis, cenários futuros mais acuradamente. Tem-se aqui também que durante o tempo soviético não seria tão importante abaixo de que jurisdição essa ou aquela região viesse a ser inscrita.]

Depois do caso da Criméia teve-se que no leste da Ucrânia duas regiões [também de tradição russa] vieram a declarar independência de Kiev depois de seus próprios referendos.

Kiev respondeu a isso com o que denominaram de uma operação anti-terrorista. Na prática essa foi uma maciça e indiscriminada campanha de bombardeamentos que veio a matar milhares de civís [entre homens, mulheres, crianças, e idosos, com enormes mísseis de distância, de 3-4 metros de comprimento, senão mais, sendo que cada um podendo ser de múltiplas funções com modernos sistemas de bombardeamentos múltiplos, o que incluiria também armas proibidas].

Tudo indica aqui que matar civís premeditadamente dessa maneira para os ocidentais não se qualificaria, nesse caso como em muitos outros semelhantes, como ato de agressão. Nesse contexto deu-se mesmo que o Fundo Monetário Internacional advertiu explicitamente o governo provisório ucraniano de que o seu pedido de empréstimo de $17 bilhões de dólares poderia estar em perigo se eles não conseguissem acabar com a sublevação no leste do país.

Enquanto a guerra no leste da Ucrânia estava em total vigor eleições presidenciais foram efetuadas e Petro Poroshenko foi eleito presidente. Mostrou-se , através dos telegrams expostos por Wikileaks em 2008, que Poroshenko tinha trabalhado como uma toupeira [trabalho de agente] para o Departamento do Estado dos Estados Unidos, desde 2006. Os americanos se referiam a ele como "o nosso homem na Ucrânia" e muitos dos telegramas se referiam a informações que ele tinha fornecido. Um específico telegrama mostrava que os Estados Unidos, mesmo a essas alturas, já sabia que Poroshenko era corrupto.

Ter uma marionete a postos mostrou-se entretanto como insuficiente para dar a posição de vantagem para Washinton no decorrer da crise. O que costuma então Washington fazer nesse tipo de situação? Os Estados Unidos, representado em Washington impõem sanções, demonizam, avançam batendo as espadas, ou fazem algum sério ataque utilizando falsas bandeiras.

Essa não é uma boa estratégia em se tratando da Rússia. Na verdade o tiro já saiu pela culatra. As sanções só fizeram por estreitar os laços entre a Rússia e a China e acelerar a agenda de de-dolarização da Rússia. Apesar da retórica essa estratégia não fez com que a Rússia ficasse isolada. Os Estados Unidos e a OTAN colocaram uma distância entre si e a Rússia, mas não conseguiram colocar uma tal distância entre a Rússia e o mundo, o que pode ser provado por exemplo com o caso dos BRICS.

Hoje esse eixo ou centro anti-dólar vai além da economia. Esses países, ou seja, China, Rússia, Brasil, Índia e África do Sul [para aqui só ressaltar os BRICS] sabem o que está em jogo. Portanto nas águas do sucedido na Ucrânia a China propôs um novo pacto de segurança a incluir tanto a Rússia como o Irã.

Considere-se as implicações da administração de Obama a bombardear a Síria, uma vez que a Síria tem um pacto de defesa com o Irã.+

Aqui já não se trata de uma segunda guerra fria mas de uma terceira guerra mundial. As massas podem ainda não ter compreendido o que se passa mas seguramente que a história irá lembrar-se disso dessa maneira.

Alianças estão sendo solidificadas e uma guerra está a caminho vindo de muitas frentes. Se as provocações e as guerras por procuração continuarem assim será sómente uma questão de tempo antes que os principais atores venham a se confrontar diretamente, o que é a receita para um desastre total.

Tudo isso lhe parece loucura? Tem razão. Os atuais dirigentes no cenário internacional não podem ser qualificados senão como loucos, enquanto o público vai como sonâmbulo direto para uma confrontação definitiva com a tragédia. Se você quiser alterar o curso dos acontecimentos o melhor será acordar esse público sonâmbulo. Tem-se depois também aqui que mesmo as mais poderosas armas de guerra serão neutralizadas se você conseguir encontrar a mente do homem atrás do gatilho.

Mas, como acordar essas massas? Não espere por ninguém para lhe explicar isso. Seja criativo. Pense nos seus filhos e netos e atue no mundo, porque a vida deles está, em sistema de urgência, dependendo de você mesmo.

Referências e Notas:
The Geopolitics of WW III, em Strategic Culture Foundation, 26-09-2014, EDITOR'S CHOICE | 26.09.2014 |www.strategic-culture.org
Texto original de scgnews.com - storm clouds gathering (nuvens tempestuosas aproximando-se) --
Copyright  www.strategic-culture.org/   www.scgnews.com
Videos:
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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fWkfpGCAAuw
 
Anna Malm* - http://artigospoliticos.wordpress.com www.facebook.com/anna.malm.1238

- See more at: http://port.pravda.ru/mundo/11-10-2014/37457-geopolitica_terceira_guerra-0/#sthash.2FrVPyGm.dpuf
« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2016, 17:40:54 por JJ »

Offline JJ

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #17 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 17:21:52 »
ação econômica mundial, que vem se acentuando nesse ano e no ano

Acho baixa a possibilidade de que haverá quebradeira no setor de óleo de folhelho por pelo menos dois motivos. O primeiro porque o cenário para manter o atual valor do barril do petróleo está sendo mantido artificialmente pela Arábia Saudita mas que já está sob forte pressão de outros produtores, principalmente daqueles que tem no petróleo a principal (senão única) fonte de receita.

O segundo motivo é estratégico. O governo do EUA não permitirá que esta indústria seja destruída, mesmo que custe a emissão de mais algumas centenas de bilhões de dólares.

Na verdade essa quebradeira já comecou.

O mundo ja não esta tão disposto a financiar a farra americana de emissão de moeda. A confiança no dolar vem caindp rapidamente e os movimentos para quebrar o 'padrão dolar' ja são claros. Essa emissão pode vir a representar o começo do fim do dolar.



A mega potência militar vai ficar com o seu enorme arsenal parado vendo outros países desafiarem o poder do dólar ?

Será que pode vir a representar os passos iniciais para um conflito militar em larga escala ?

E vão fazer o que? Começar uma guerra nuclear com Russia e China?



Não. Eles vão apenas ficar observando deitados em berço esplêndido.

Esse é o costume deles.







« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2016, 17:50:26 por JJ »

Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #18 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 18:17:47 »
Desde a guerra fria ficou claro que duas potências nucleares NÃO entram em confronto direto! Fazem(ziam) isso através de suas áreas de influência. Esse tipo de situação não vai ajudar em nada, caso esse problema monetário se concretize!

Offline JJ

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #19 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 18:23:24 »
Desde a guerra fria ficou claro que duas potências nucleares NÃO entram em confronto direto! Fazem(ziam) isso através de suas áreas de influência. Esse tipo de situação não vai ajudar em nada, caso esse problema monetário se concretize!



Se você tem certeza total que é impossível ocorrer uma guerra nuclear nos próximos 15 anos. Se você tem certeza total que as quase 16.000 ogivas nucleares (ou pelo menos uma parte significativa delas)   não serão usadas nos próximos 15 anos. Então pode continuar tranquilo.


Eu não tenho essa certeza.  Na verdade não ponho nenhum pouco de fé nisso.




« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2016, 18:34:06 por JJ »

Offline JJ

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #20 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 18:31:32 »
Cientistas russos alertam sobre nova guerra mundial nos próximos 10 anos
15 de abril de 2013 INNA SOBOLEVA, REPORTAGEM COMBINADA

Previsões são baseadas na teoria de ciclos econômicos e seu impacto sobre o nível de agressão militar no mundo. Mesmo assim, especialistas sugerem que conflito pode assumir características diferentes das duas guerras mundiais que dividiram o mundo no século passado.

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ECONOMIA, GUERRA, RUSSO, MUNDIAL, AMEAÇA

A próxima guerra mundial pode começar nos próximos 10 anos, dizem cientistas Foto: Getty Images/Fotobank

A próxima guerra mundial pode começar nos próximos 10 anos, dizem cientistas Foto: Getty Images/Fotobank

O professor catedrático da Universidade Lomonosov de Moscou e membro da Academia de Ciências Militares da Rússia, Serguêi Malkov, declarou recentemente que a próxima guerra mundial pode começar nos próximos 10 anos, embora não se possa dizer se será “fria” ou “quente”.

“Nos próximos 10 anos, enfrentaremos uma forte instabilidade política e tecnológica”, disse o cientista durante uma reunião do Conselho para Ciência e Educação junto à presidência. O cientista justificou sua afirmação pela teoria dos ciclos econômicos desenvolvida pelo economista soviético Nikolai Kondratieff. Pela teoria, a economia mundial se desenvolve em ciclos com duração de 40 a 60 anos cada. A mudança de ciclos seria justamente impulsionada por revoluções tecnológicas e científicas.

Cada ciclo possui duas fases distintas: uma ascendente, com taxas de crescimento econômico altas, e outra decrescente, com taxas de crescimento relativamente baixas. Além desses ciclos (também chamados de “ondas de Kondratieff”), a ciência econômica destaca outros dois ciclos – de Jugliar, com duração de 7 a 12 anos, e de Kuznets, com duração de 16 a 25 anos.

Malkov garante que os especialistas da Universidade Lomonosov analisaram os ciclos econômicos e o nível de agressão militar no mundo ao longo dos últimos 200 anos e chegaram à conclusão de que as guerras mundiais e os ciclos econômicos estão sincronizados. “Estamos no fim da quinta onda de Kondratieff e passando à sexta ordem tecnológica. Portanto, uma nova guerra mundial pode acontecer nos próximos 10 anos”, adianta o cientista.

O secretário para assuntos científicos da Academia de Ciências Militares e vice-diretor da revista Strategucheskaia Stabilnost (“Estabilidade Estratégica”, em português), Víktor Kovalev, também segue a mesma linha de Malkov. “Atualmente, os ciclos de Kondtratieff, Jugliar e Kuznets estão terminando a quase mesmo tempo. Uma análise retrospectiva da história mostra que em períodos como esse uma ‘grande guerra’ é bem provável. Estamos entrando em um período de uma forte instabilidade e o mundo está à beira de grande mudanças”, afirma Kovalev.

A saída da crise global que se arrasta desde 2008 não terá como consequência um crescimento econômico sustentado, acredita o secretário da Academia. Pelo contrário, já em um futuro próximo, uma nova crise econômica pode acontecer e é muito provável que desencadeie uma “forte desestabilização social e política, assim como perturbações sociais e conflitos militares”.

“Entre 2014 e 2025, ​​grandes mudanças geopolíticas e econômicas semelhantes às ocorridas no período de 1937 a 1955 são muito prováveis. Essas mudanças abrirão possibilidades para a disseminação global de tecnologias avançadas e revolucionárias”, acrescenta Kovalev. Apesar disso, não se pode prever o uso de aeronaves, mísseis de cruzeiro e bombas atômicas nos próximos 10 anos.

“A guerra pode ocorrer em ambientes virtuais ou até mesmo ataques terroristas em território inimigo. Ainda assim, esses tipos de conflito não seriam menos destruidores”, diz o cientista, ao listar o Extremo Oriente, Oriente Médio, ex-repúblicas soviéticas no Cáucaso e na Ásia Central, Ucrânia, Paquistão e Índia como possíveis regiões onde poderia haver conflitos.

Sobre as recentes ameaças da Coreia do Norte, o especialista é categórico. “Na verdade, trata-se de um país pacífico que não irá intervir em nada por iniciativa própria”, arremata Kovalev.

 
http://gazetarussa.com.br/internacional/2013/04/15/cientistas_russos_alertam_sobre_nova_guerra_mundial_nos_proximo_18621



Offline Lorentz

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #21 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 18:32:45 »
Desde a guerra fria ficou claro que duas potências nucleares NÃO entram em confronto direto! Fazem(ziam) isso através de suas áreas de influência. Esse tipo de situação não vai ajudar em nada, caso esse problema monetário se concretize!



Se você tem certeza total que é impossível ocorrer a guerra nuclear nos próximos 15 anos. Se você tem certeza total que as quase 16.000 ogivas nucleares (ou pelo menos uma parte significativa delas)   não serão usadas nos próximos 15 anos. Então pode continuar tranquilo.


Eu não tenho essa certeza.  Na verdade não ponho nenhum pouco de fé nisso.

Essas ogivas talvez nem funcionem mais. Os softwares estão em coisas assim:

"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #22 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 18:36:00 »
Desde a guerra fria ficou claro que duas potências nucleares NÃO entram em confronto direto! Fazem(ziam) isso através de suas áreas de influência. Esse tipo de situação não vai ajudar em nada, caso esse problema monetário se concretize!



Se você tem certeza total que é impossível ocorrer uma guerra nuclear nos próximos 15 anos. Se você tem certeza total que as quase 16.000 ogivas nucleares (ou pelo menos uma parte significativa delas)   não serão usadas nos próximos 15 anos. Então pode continuar tranquilo.


Eu não tenho essa certeza.  Na verdade não ponho nenhum pouco de fé nisso.

JJ,

Não tenho certeza, só considero que a questão da aniquilação mutua foi muito bem entendida pelas nações envolvidas nesse caso, ao longo de 50 anos.

Abs
Felipe

Offline Feliperj

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #23 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 18:37:43 »
Essas ogivas talvez nem funcionem mais. Os softwares estão em coisas assim:



Caralho!! Eu fiz 2,5 anos de informática quando estava surgindo o disquete 3 1/4 (acho que a maioria nem vai entender isso...hahaha)

Offline JJ

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Re:Pré-Sal??
« Resposta #24 Online: 06 de Fevereiro de 2016, 18:38:11 »
Desde a guerra fria ficou claro que duas potências nucleares NÃO entram em confronto direto! Fazem(ziam) isso através de suas áreas de influência. Esse tipo de situação não vai ajudar em nada, caso esse problema monetário se concretize!



É bom lembrar também que antes existia a doutrina MAD.  Hoje, pelo que eu saiba, ela não existe mais.




 

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