Eu ainda preferiria que fossem menos radicaizinhos-empolgadinhos do que parecem ser.
Lembro de um "meme" do FB deles, por exemplo, que creditava termos problema com o vírus Zika por leis contra biopirataria, quando o vírus não é exclusivamente brasileiro, logo isso no mínimo não impediria pesquisa internacional. Talvez possa atrapalhar colaborações, mas não sei se de fato está ocorrendo.
Com sorte, a legislação apenas é tal que cria algum obstáculo a alguma empresa estrangeira dar uma xeretada por aqui, patentear algo lucrativo com base em estudos com biota nacional, e ficarmos a ver navios, ao mesmo impedidos de exploração similar, sem antes legalizar uma quebra dessa patente (prospecto que por sua vez deve ser pouco atraente a empreendedores estrangeiros ou nacionais). A legislação pode teoricamente ser equivalente a um "licenciamento" prévio da coisa para derivados, permitindo a exploração comercial e colaboração internacional, de todos os lados, com menos riscos ao investimento.
Novamente, isso seria o ideal, na prática pode ser outra coisa. Assim sendo, o ideal seria ainda mover as coisas para esse ideal descrito, não para ideais platônicos-ideológicos com pouco contato com a realidade.
Infelizmente parecem ser mais ou menos raros libertários mais pragmáticos/não-radicais/estatofóbicos, ao estilo dos autores do blog "marginal revolution", ou do livro "nudge".
É de qualquer forma uma corrente muito bem vinda ao "pensamento" e prática em política nacional. Com sorte, em vez do choque levar a maior radicalização em ambos os extremos, o resultado acaba sendo uma "centralizada" de ambos os lados.