Então... Ele define onipotência como não sendo omni?
É um clássico argumento dos teístas para tentar escapar de contradições intrínsecas do conceito de infinito, que possui problemas ontológicos mesmo em nível conceitual/matemático (eu sempre menciono o paradoxo do grande hotel de Hilbert, mas concretamente, o fato de que uma ferramenta comum para os fisicos perceberem que há inconsistências em suas teorias e quando as equações derivadas começam a dar resultados infinitos).
Só que esse é um argumento com o qual os teístas não se comprometem. Deus não tem poderes omni, mas é sempre poderoso o bastante para fazer o que quer que eles queiram que deus faça, mesmo coisas que na pratica são impossíveis ou paradoxais. A definição limitada é um mero artifício de retórica para retrucar críticas conceituais a uma divindade que continua plenipoderosa para todos os fins.
Acho que é até por isso que eles não abrem mão do termo "onipotente". É uma tentativa de ter o bolo e comer o bolo ao mesmo tempo. Não seria mais simples, e linguisticamente honesto, admitir que deus é incomparavelmente potente, só não onipotente? Ainda assim não faria sentido, mas pelo menos não seria um defeito de evidência flagrante a nível de premissa...