Primeiro, a tradução.
EM RESUMO
Um time de físicos teóricos usaram a teoria Gravidade Quântica em Laço (maior competidora da teoria das cordas) e demonstrou que os cálculos são consistentes com a idéia de que buracos negros não têm interior, mas que os objetos ficam presos em suas superfícies.
BURACO NEGRO: NEM BURACO, NEM NEGROHá muito no universo que não entendemos bem, como matéria negra e energia negra. No mundo bizarro da Mecânica Quântica, idéias sobre a natureza verdadeira das forças (um bom tanto misteriosas) que governam nosso universo mudam constantemente.
É o que acontece agora no debate sobre o que os buracos negros são realmente.
O físico teórico renomado Stephen Hawking dissera que, dado tempo suficiente, buracos negros evaporam. E agora, cálculos novos de um time de físicos teóricos apóia a idéia de que buracos negros não são sequer buracos - que são hologramas planos e 2D projetando uma ilusão 3D.
Curiosamente, isso vem logo depois de descobrirem um buraco negro gigantão, 600 milhões de vezes mais pesado que o Sol.
A MATEMÁTICA ESTÁ CORRETA.O novo modelo explica as inconsistências entre a teoria da gravidade do Einstein e a Mecânica Quântica, especialmente o paradoxo da informação perdida por buracos negros. A crença anterior que tudo que é absorvido por um buraco negro é destruído bate de frente com a teoria que informação não pode ser destruída, assim como a energia.
https://www.youtube.com/v/8i5576VCNfAFísicos sugerem que não conseguimos entender o que é um buraco negro porque tentamos entendê-lo numa perspectiva 3D. Alguns advogam que buracos negros não têm interior, e que tudo que é sugado fica preso na sua superfície, com toda a informação preservada até as emissões radioativas ou o efeito Hawking enviam a matéria de volta para o espaço.
A física Daniele Pranzetti do Instituto Max Plank de Física Teórica na Batatolândia e seu time vieram com cálculos consistentes com essa idéia, usando uma tática chamada Gravidade Quântica de Laço (GQL).
"Conseguimos usar um modelo mais rico e completo que o que foi feito no passado... e obtivemos um resultado mais realístico e robusto," disse Pranzetti. "Isto permitiu-nos resolver diversas ambiguidades que afetam os cálculos antigos."
Embora não ainda haja alguma forma de [des]provar definitivamente a idéia, isso pode ajudar alguns físicos teóricos a gerar mais modelos para verificação cruzada com a hipótese. Por enquanto, só uma coisa é certa: a Mecânica Quântica é bem estranha.
Fonte:
http://futurism.com/new-evidence-that-black-holes-may-actually-be-2d-holograms/
Pronto, agora ao meu post propriamente dito, com pitacos e tal.
Em primeiro lugar, o texto é uma bosta mal escrita que usa a palavra "teoria" deliberadamente, enrola e é um bom tanto confuso. A citação da física está mais clara do que o texto do jornalista. E eles sequer citam horizonte de eventos, mesmo o conceito sendo necessário para entender a pira dos físicos em questão!
"the theory that information, like energy, cannot be destroyed" (a teoria que informação não pode ser destruída, assim como a energia) mostra que quem escreveu o texto não tem noção sequer que, segundo alguns físicos, informação
é energia, como exemplificado
por este experimento mental.
Agora, vamos ao treco do 2D?
Faz-de-conta que você que você quer achar uma pessoa na Terra. Você pode usar três coordenadas: latitude (norte/sul), longitude (leste/oeste) e altitude (abaixo/acima). Só que pra todos os fins práticos, ninguém quer saber da altitude da pessoa, pois a altitude varia muito menos que a latitude e a longitude.
Agora, imagine que a Terra não é toda irregular, mas bem lisinha. E oca, com uma casquinha bem fina... digamos, uns 10 metros de casca. Tecnicameeeente, você ainda pode dizer que a pessoa está numa altitude pré-definida, mas na prática essa informação é lixo que não vai te ajudar em porcaria nenhuma.
Uma das interpretações possíveis para "buracos negros são 2D" é essa - o horizonte de eventos deles é tão fino que uma das variáveis (o quão perto do "núcleo" do buraco negro você está) é irrelevante.
Mas quem está por fora continua vendo como se fosse um corpo sólido, quando é só uma "casca". Por isso a analogia com holograma.