Não repita espantalhos. Em outro tópico em que isso havia sido discutido já te foi explicado que é a PROPRIEDADE EM SI que é produto trabalho, não valor.
Pelo visto, espantalhos repetidos é o que não faltaram na sua resposta.
Favor apontá-los e demonstrar por que seriam espantalhos em vez de apenas coisas que você não gostaria que fossem verdade.
https://en.wikipedia.org/wiki/Labor_theory_of_property
(A primeira frase, antes até da definição, é "not to be confused with labor theory of value.")
Isso é apropriação original/homestading, quando se mistura o trabalho com um propriedade privada sem dono. Evidentemente é sobre propriedades escassas.
É criação da propriedade a partir do trabalho, que pode incluir trabalho intelectual, mesmo que não tenha sido originalmente concebido pensando nisso. É o implícito em todas as legislações de propriedade intelectual, que é escassa.
(Escassez não chega a ser exatamente requerimento de propriedade, de qualquer forma; é apenas uma situação onde sua demarcação se fará mais importante; as pessoas são donas até de areia e água)
E propriedade intelectual é escassa. Se não fosse, não haveria como criar essa escassez artificialmente.
- um autor escreve um livro/produz um filme X, e outros/você escrevem o mesmo livro/produzem um mesmo filme, sem ter tido contato com o "original", ou, substituem perfeitamente a esse livro/filme X por um que já existia antes dessa falsa "criação";
- um inventor inventa uma tecnologia X, e outros/você inventam a mesma tecnologia, imediatamente, ou, usam uma tecnologia perfeitamente equivalente que já existia anteriormente, antes dessa falsa "criação".
Sua confusão é tanta que chega a ser engraçada. Em nenhum momento a dada falta de escassez das PIs é sobre a quantidade de ideias e sim ao uso de uma determinada ideia, mas isso já foi explicado no outro tópico e você se ainda não entendeu, não é agora que vai entender.
Para quem tiver lendo: Uma ideia, um modelo de produto, uma receita química, uma música, um programa de computador, etc., podem ser replicadas várias vazes
Como ACABEI DE EXPLICAR. A escassez da propriedade intelectual é relativa à CRIAÇÃO, ao ORIGINAL, não a REPLICAÇÃO MATERIAL (incluindo digital) dela. ISSO que é a con-fusão/fusão, achar que a propriedade intelectual é a material em que ela está, con-fundir as duas coisas.
A produção/criação intelectual simplesmente não é medida pela (re)produção material em massa de uma só propriedade intelectual já existente! Isso é óbvio, meu Deus!! Se na Finlândia inventam o carro/computador mais avançado no mundo, ele é fabricado aqui em números nunca antes vistos, isso não torna do Brasil um líder mundial em produção intelectual!!
CÓPIA do ORIGINAL (escasso!) não é PRODUÇÃO reduzindo a escassez INTELECTUAL, apenas reduz a escassez MATERIAL -- a mesma que justificaria o comunismo completo.
Se estamos num concurso de redação, você acaba de fazer a sua, eu passo do lado, tiro uma foto dela com meu celular, continuo andando, e a apresento como minha, ganhando com seu trabalho, eu claramente roubei sua PI. Não é algo etéreo, abundante, como ar a minha volta, que eu apenas "respirei". Você pode, claro, aceitar isso, com toda sua argumentação, seria direito seu; mas evidentemente você estaria me dando o que é sua propriedade por direito, aos olhos de qualquer outra pessoa não-comunista-intelectual.
se houver meios pra isso (esses sim são escassos). Se alguém inventa uma super máquina nova que coleta algodão com melhor eficiência, qualquer pessoa no mundo poderia usar esse modelo para criar a sua própria máquina idêntica a original. Uma música é replicada várias vezes com os instrumentos necessários e uma partitura quando tocada. Se todos que gostam de uma música a gravam quando ela toca no rádio, p.e., é o fim da sua escassez, no caso atual temos o mp3 que pode ser facilmente duplicado, uma música (bytes) pode estar em tantos drives quanto for possível. Coisas que não estão dentro do limite da escassez tem o preço igual a... adivinha só, zero, zero qualquer coisa, não há preço por isso, e sim pelas coisas que serão usadas como meios de obter tal escassez. A lei da utilidade marginal decrescente ainda está valendo.
Exemplo da confusão de propriedade intelectual com suas materializações.
No que tange a lei da utilidade marginal decrescente, ou, economia evidente-óbvia-ululante 101:
- As pessoas geralmente produzem com fins lucrativos.
- Fazê-lo depende de poderem ter direito à esse produto como propriedade: é o que possibilita ao produtor a vender ao consumidor, em vez deste livremente se apropriar do produto alheio, sem fazê-lo em troca de algo, possibilitando o lucro
- (É assim que funciona o mercado)
- Logo, com a permissão a livre apropriação do produto alheio, elimina-se a motivação à produção com fins lucrativos.
- Elimina-se a fundação do mercado, a propriedade privada, e logo, o próprio
- Isso vale para QUALQUER mercado: automobilístico, mobiliário, imobiliário, alimentício, pecuário, etc -- e mesmo o mercado intelectual, não é algo magicamente diferente.
Espero que tal atraso de pensamento não continue existindo quando a ciência chegar numa máquina replicadora e a escassez for abolida.
O atraso de pensamento é o comunismo, a destruição do mercado, em qualquer de suas encarnações.
Stephan Kinsella num prefácio de um livro do Hans-Hermann Hoppe:
Hoppe também explica "a condição prévia necessária para o surgimento do conceito de propriedade": escassez.
Exaustivamente explicado que propriedade intelectual é escassa, embora não seja condição necessária para propriedade.
Você não tem, as pessoas não têm, invenções, livros, e filmes, que não foram inventados. Não estão no éter da abundância intelectual mágica, prontos para qualquer usá-los, impedidos por uma grade mágica que o estado colocou nessa fonte. Alguém precisa ainda PRODUZI-LOS.
E, fora do comunismo, se aceita como correto que pessoas sejam donas do que produzem. Mesmo da propriedade intelectual, que, como se vê, é inegavelmente escassa, mesmo que possa ser vastamente compartilhada. Este é comumente o caso com propriedade física, praticamente sempre compartilhada muito aquém do fisicamente possível, por direito de seus proprietários. É nisso que se sustenta a economia de mercado, e em sua negação, o comunismo.