Tópico: Documentário "a corporação"

[Buckaroo Banzai]

The Corporation (A Corporação, em português) é um documentário canadense de 2003, dirigido e produzido por Mark Achbar e Jennifer Abbott, baseado em roteiro adaptado por Joel Bakan de seu livro (The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power, com versão em português: A Corporação: a busca patológica por lucro e poder). O filme descreve o surgimento das grandes corporações como pessoas jurídicas, e discute, do ponto de vista psicológico que, em sendo pessoas, que tipo de pessoas elas seriam.

Disponível para download no Web Archive:

https://archive.org/details/The_Corporation_


Trailer:


<a href="https://www.youtube.com/v/xa3wyaEe9vE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/xa3wyaEe9vE</a>




Eu vi esse filme há uns dez anos, e achei então bastante bom. Mas talvez já tivesse achado exagerado e enviesado (esquerdista) mesmo daquela vez, esquecendo que no "crony capitalism" o estado também é uma parte fundamental, além de uma entonação geral de "comércio" já como algo pejorativo/maligno, em vez de uma "troca mutuamente benéfica". Falam dos nazistas terem usado tecnologia da IBM e dos EUA terem envenenado pessoas com gás mostarda numa guerra ou qualquer coisa assim, mas jogando mais responsabilidade disso na IBM e na empresa (Monsanto?) do que nos estados (bem, acho que a Alemanha nazista era menos "poupada", mas apenas porque também tentavam enfatizar a colaboração do setor privado como componente do Mal).


Mas acho que deve ser possível descontar esses aspectos e tirar algo que se aproveite, como remédio contra chavões simplistas de "comunismo nike-e-camisa-do-che-guevara do mundo bizarro", como "#menos estado e mais mercado ".

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Corporation_(film)
The Economist review, while calling the film "a surprisingly rational and coherent attack on capitalism's most important institution" and "a thought-provoking account of the firm", calls it incomplete. It suggests that the idea for an organization as a psychopathic entity originated with Max Weber, in regards to government bureaucracy. The reviewer remarks that the film weighs heavily in favor of public ownership as a solution to the evils depicted, while failing to acknowledge the magnitude of evils committed by governments in the name of public ownership, such as those of the Communist Party in the former Soviet Union[8] or by monarchies and the Church.


Interviews
The film features interviews with prominent corporate critics such as Noam Chomsky, Charles Kernaghan, Naomi Klein, Michael Moore, Vandana Shiva, and Howard Zinn, as well as opinions from company CEOs such as Ray Anderson (from the Interface carpet and fabric company), and viewpoints from business gurus Peter Drucker and Milton Friedman, and think tanks advocating free markets such as the Fraser Institute. Interviews also feature Dr. Samuel Epstein, who was involved in a lawsuit against Monsanto Company for promoting the use of Posilac, (Monsanto's trade name for recombinant Bovine Somatotropin) to induce more milk production in dairy cattle.

Ainda não li a resenha d'The Economist. Espero que seja mais do que um "tu quoque".


Uma vez postei um vídeo mais recente, acho que da RSA, que era um pouco como um contrapeso a isso, mostrando que cada vez mais as empresas buscam ir além de só maximizar lucros, mas também tem umas ações ou ramificações filantrópicas e etc e tal.

[Gauss]

Se for um documentário panfletarista anti-capitalista falacioso que acha que algo que só se forma devido a forte participação do estado na economia, prefiro nem perder meu tempo olhando.


E ainda apela para o Reductium ad Hitlerum?

[...]The reviewer remarks that the film weighs heavily in favor of public ownership as a solution to the evils depicted, while failing to acknowledge the magnitude of evils committed by governments in the name of public ownership[...]

Vamos resolver um problema causado pela forte participação do estado na economia através da formação de lobbys com empresas privadas acabando com o meio privado e confiando na alta capacidade da incorruptível e eficiente mão estatal.

[Buckaroo Banzai]

Acho que não é algo que sempre requer o estado, embora seja comumente comparsa, por existir. Em parte pode decorrer só do lucro como objetivo e da corporação/empresa como algo que pode acabar adquirindo uma espécie de "autonomia": ela faz algo mal para a sociedade, mesmo que os seus membros constituintes sejam todos pessoas boas e objetivando o bem. Acho que o Michael Moore dava o exemplo de indústria automobilística, que, a curto prazo, é algo positivo, mas tem como efeitos colaterais a poluição, e os retornos decrescentes de carros como ferramente para transporte à medida em que o tráfego tende ao congestionamento proporcionalmente ao sucesso dos fabricantes de carro.

Eu não lembro bem do documentário em si advogar as coisas, embora alguns dos entrevistados esquerdistas provavelmente o fizessem (mas não são só esquerdistas, tem o Michael Walker, do Fraser institute, fazendo o argumento jeffrey-sachsiano a favor dos sweatshops, e até o Milton Friedman).

Tem uma transcrição do filme:

http://www.thecorporation.com/sites/default/files/resource-field_media/Transcript_finalpt1%20copy.pdf






Achei o vídeo do "contrapeso" que mencionei antes, coincidentemente estava em outro tópico sobre esse documentário mesmo, que não me lembrava! Se a moderação quiser, pode fundir os dois.

<a href="http://www.youtube.com/v/t5QMzIBcIv8" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/t5QMzIBcIv8</a>

We hear a lot about the negative effects of big business, and the deleterious effects of unethical corporate behaviour are undeniable. But it seems increasingly  likely that the most effective way of creating change would be to find more ways to harness the power of big business for good, rather than simply fighting an unwinnable war against it.