Buckaroo, você diz que "Simplesmente não se tem qualquer razão para supor coisas assim, que o funcionamento de uma máquina (ainda que orgânica) de alguma forma continue depois que ela se desliga, "fantasmagoricamente". Há apenas o desejo de que isso aconteça".
Acabou de sair um livro chamado "The Self Does Not Die", reunindo diversos casos de EQM,
Experiências de "quase morte" não são morte e portanto não fornecem qualquer evidência real de vida pós a morte ou mesmo de "saída do corpo" e etc. Engraçado que "teoricamente", "poderia" ser algo que acontece apenas até instantes antes do cérebro morrer completamente, e então a "alma", como projeção telepática/telecinética, também se esvai -- mas esse tipo de hipótese ninguém quer imaginar.
que uma parte da "máquina" continua depois que ela "desliga".
Em experiência de "quase morte", não há "morte", não há o "desligamento" completo. É mais como a "tela azul" do windows ou um estado perto disso, e não computador desligado da tomada, mas o windows funcionando "flutuante" fora do computador, com todas as memórias do HD sem ter HD girando e etc.
Para então se "remaquinar" em outro computador recém-fabricado.
Isso não é uma impossibilidade, há também livro sobre possessão demoníaca de computadores.
http://www.theregister.co.uk/2000/03/10/us_preacher_finds_demonpossessed_pcs/Ainda diz que "O primeiro por se tratar de apenas repetição de um mesmo fenômeno já conhecido, que deve ser estatisticamente inevitável em algum grau".
Veja, "deve". Não sabemos. Será que o que conhecemos por dinossauros surgiram em outro planeta? Em alguns deles a evolução produziu um Tyranossauro Rex?
A repetição exata de cópias da Terra (e/ou das espécies vivas terrestres) não é relevante para o ponto que fiz, que é, "vida" existe, assim como "raios", como "furacões", como "planetas", etc. São fenômenos reais, se "repetem" sob condições suficientemnete similares, enquanto que a idéia de consciências flutuantes descerebradas não é algo que se vê que existe e tenta explicar, nem algo que se infere a partir de coisas existentes, é apenas um desejo de algo que se gostaria que existisse, e tentam inventar "teorias" sobre como isso poderia existir, usando jargão que soa como o usado em ciência real.
E com esse nível de exigência para assunção de um fenômeno existe, não se pode exigir qualquer parcimônia, pode inventar o que mais quiser, e muita coisa pode até calhar de ser mais parcimoniosa, como outros fenômenos "imateriais" (ou "quânticas") mas que não postulem consciências flutuantes, mas que isso seja ilusão. Pode ainda postular que seria algo raro e efêmero, também, várias teorias "alternativas", que só não são postuladas porque não satisfazem o desejo de vida eterna após a morte.
E: "se as pessoas têm memórias de vidas passadas, isso poderia ser explicado só com a transmissão mais "direta" dessas memórias, sem toda a existência da consciência fantasmagórica e reencarnação ortodoxa como intermediário". Você acha que um campo mórfico não provado que copia as memórias originais é mais parcimonioso que as próprias memórias originais - que sabemos existirem - adentrarem diretamente em um novo corpo?
O que você disse não faz sentido algum.
As memórias que sabemos que existem, estão físicamente no cérebro. E morrem com ele. Isso é o que penso.
Essas memórias originais simplesmente não tem mecanismo possível para ir parar em outra pessoa, seja num embrião em formação ou algum cérebro já formado.
Se podemos postular que as memórias podem "flutuar" por aí, junto com uma consciência-fantasma que as têm, então também podemos postular que as memórias poderiam flutuar sozinhas -- meio como a internet por rádio pode transmitir só os arquivos do computador, e não necessariamente todo o processamento sendo feito num processador físico.
Nenhuma das duas coisas é exatamente "menos provada" do que a outra, só que a do fantasma consciente assume "mais coisas" imateriais flutuantes (e para complicar, um processo, em vez de algo "estático"), sendo então "menos parcimoniosa".
Se você aumenta o número de "coisas" que imagina flutuarem por aí sem ser realmente detectadas (diferente de encontrar coisas que apenas vão de acordo com isso), fica menos parcimonioso ainda.
Mas, pelo nível de evidência aceito, pode inventar o que quiser. Pode haver junto com os fantasmas o "fator da sorte" responsável pelas pessoas terem grande sorte ou azar na vida. Pode ser que alguns órgãos tenham também seus fantasmas, como o pâncreas, explicando diabetes. Doenças inexplicadas talvez se devam a reencarnações interplanetárias de espécies sem compatibilidade perfeita entre os órgãos espirituais e órgãos materiais. Ou reencarnações entre diferentes espécies terrestres mesmo, já que talvez a inteligência humana seja apenas viabilizada pelo cérebro material humano, mas já presente nos espíritos dos animais, das plantas, fungos, bactérias, pedras.
Por fim, creio que você não entendeu minha última pergunta, que foi: Que evidência REFUTARIA a hipótese de que alienígenas indetectáveis implantam memórias em pessoas fazendo-as acreditar em vidas passadas? Você respondeu "As "evidências" seriam exatamente as mesmas para aquelas usadas para tentar SUSTENTAR reencarnação ortodoxa". Eu perguntei o que refutaria e você me cita o que sustenta?
Bem, eu não creio ter colocado essa hipótese exatamente eu mesmo, de qualquer forma, meu ponto todo é que todas essas "teorias" são irrefutáveis, só fantasia, tão livre quanto aceitável para satisfazer o desejo por acreditar em vida após a morte em geral, ainda com provavelmente tendência a favorecer alguns preceitos religiosos específicos adicionais.