Além de falácia mentirosa isso é BABOSEIRA. A "essência" da DE não consta de tratado algum reconhecido de filosofia e quando é mencionada aparece como subproduto do espiritualismo apenas num contexto histórico. O mesmo acontece com o nome de Kardec/Rivail que fora da história do espiritualismo nunca foi citado como pensador ou filósofo (que nunca foi). Na França, seu nome ainda é lembrado por ter sido uma figura importante na época mais por sua ligação com Pestalozzi na área de educação do que pela sua "contribuição ao pensamento filosófico".
Caro Giga, não existe falácia mentirosa a não ser no seu radicalismo. Ora, que interessante a força dos adjetivos; assim, eu não diria simplesmente "radicalismo" e sim, radicalismo "estúpido". Soa mal, é deseducado e ofende, não é verdade?
Dizer que é falácia, sim, é argumento opinativo mas aceitável; falácia mentirosa não será aceitável se pretendemos manter um debate em melhor nível intelectual e menos emocional.
Prossigamos. Kardec nunca foi citado como pensador ou filósofo? Sim, foi. Era respeitado na França, o que não é pouco se considerarmos a França como o berço dos grandes filósofos, artistas e pensadores... quanto a ser citado, não creio seja isto o mais importante. Avaliemos a ação, o método, a profundidade, e não simplesmente como faz a nossa ciência... quantas vezes foi citado? Quantas vezes foi contestado ou aprovado? Quantas publicações?
E então o cientista se posicionará no ranking! Tem importância, sim, mas é relativa.
Já em termos filosóficos isto não tem o mesmo peso que tem em hard science.
Se você observar sua argumentação, meu caro Giga, notará que os argumentos não primam pela consistência pois se limitam a negar ou afirmar sua crença no ceticismo, mas a adjetivação... sempre pejorativa, emocional e depreciando alguém ou alguma coisa.
Não estimula o melhor de seu interlocutor.
Mas dou razão a você, pois se meus argumentos se baseiam em fatos e fenômenos não comprováveis a nível da ciência, não serão fortes e não terei muito a dizer.
Lembro apenas que a ciência não tem a última palavra, nem mesmo dentro dela mesma, pois sempre haverá atualizações ou inovações sobre o já estabelecido, principalmente no aspecto teórico... que muito se parece com certa
filosofia da ciência, não é mesmo?
O Ceticismo, assim como a crença, são componentes de notável relevância e significação no comportamento social.
Não podem ser observados apenas sob o aspecto da moral ou da ética e menos ainda sob o prisma intelectual como seu tópico propõe.
Mas quando se manifestam de forma inapropriada nas ações ou atitudes despertam indignação, da parte que se sinta ofendida, e aqui deve se destacar, mais uma vez, o quanto do componente psicológico e cultural não estarão envolvidos, tanto nas expressões vulgares do ceticismo quanto da crença.
Meus argumentos sempre tentam mostrar, não que o cético ou o crente devam estar errados, mas o quanto é importante buscar, dentro de nós mesmos a razão pela qual nos tornamos radicais enquanto céticos, ou fanáticos, na crença.
Quanto a se exigir provas, neste terreno, é teimosia típica; mas exigir evidências é razoável e necessário. isto porque provas são incontestáveis, mas evidências existem em níveis de percepção pessoal.
Simplesmente por isso ainda se observam os ferrenhos debates, Crença X Ceticismo.
Mas como bom e asseado pombo enxadrista encerro: "... existem mais coisas entre os céus e a terra..."
