Fim da linha para o Su-57?Por Giordani - 14/07/2018
Foi noticiado na mídia internacional que a Rússia teria cancelado a produção em massa do seu caça furtivo de quinta geração Su-57.
Segundo o Business Insider, a Rússia teria admitido a derrota de seu jato ante o F-35 ao cancelar a produção em massa do Su-57. Já para o jornal The Diplomat, a produção em massa do Su-57 não é necessária agora, conforme disse o vice-ministro da Defesa da Rússia. O fato é que há tempos a mídia indiana vem dizendo que o Su-57, com base nos militares daquele país, não é um caça furtivo de 5ª geração. A decisão da Rússia pode acabar corroborando com tal afirmação.
Caça Su-57 durante show aéreo no MAKS, próximo a Moscou. (Foto: Marina Lystseva)
A Rússia anunciou no início deste mês que o Su-57, sua proposta de entrada no mundo dos caças furtivos de quinta geração, não entraria mais em produção em massa. “O avião provou ser muito bom, inclusive na Síria, onde confirmou seu desempenho e capacidade de combate“, disse o vice-ministro da Defesa russo, Yuri Borisov, na TV russa no dia 2 de julho.
Mas, apesar do elogio ao avião e de afirmações duvidosas sobre suas habilidades, Borisov disse, segundo o The Diplomat, que “a produção em série do Su-57 não faz sentido neste estágio e só ocorrerá quando os caças de combate de quarta geração mais antigos da Força Aérea Russa ficarem atrás de seus equivalentes ocidentais“.
Justin Bronk, um especialista em aviação de combate do Royal United Services Institute, disse que os comentários de Borisov “poderiam ser caridosamente descritos como uma razão excessivamente otimista para a interrupção da produção“.
Basicamente, Borisov disse que “o avião é muito melhor do que tudo que a Rússia não precisa construir” – uma alegação que Bronk acha improvável.
Em vez disso, a Rússia manterá o que é bom, com aeronaves de quarta geração em serviço atualizadas, em vez do Su-57, que foi originalmente concebido para substituir os caças mais antigos.
O Su-57, um avião projetado com uma variedade inovadora de radares para ser o assassino dos jatos furtivos F-35 e F-22 dos EUA, viu um breve período de combate na Síria, mas a implantação durou apenas alguns dias e não aconteceu nada de excepcional.
Acredita-se que o voo, além de fins puramente publicitário, testou mesmo a capacidade de translado do avião.
O custo unitário de um Su-57 é estimado em cerca de US$ 40-45 milhões (2,5 vezes menos do que o F-35). Em junho, o ministério da Defesa da Rússia concedeu à SC Sukhoi Company um contrato inicial para o fornecimento do primeiro lote de 12 aeronaves.
O Su-57 é um multirole, assento único, bimotor de superioridade aérea desenvolvido sob o programa de caça de quinta geração PAK-FA. O Su-57, que fez seu voo inaugural em 2010, foi originalmente projetado para substituir a envelhecida frota de caças MiG-29 e Su-27 da Força Aérea Russa nas décadas de 2020 e 2030. Ao que parece, o cronograma não será mais mantido.
Para diversos analistas militares, a verdadeira razão pela qual a aeronave não vai entrar em produção em massa no curto prazo são as várias dificuldades técnicas que ainda precisam ser superadas. Por exemplo, a indústria de aviação militar russa ainda luta para desenvolver o motor de próxima geração da aeronave. O novo motor, chamado de Saturno izdeliye 30 (supostamente com aumento de empuxo, eficiência de combustível e equipado com empuxo vetorado 3D) não deverá estar pronto para produção em série antes de 2020
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