E resultados extremos são mais propensos de acontecer quando a amostra é pequena, isto é, os times sonhadores da zona intermediária só precisam fazer duas exibições excepcionais para chegar a final da Copa ou até mesmo vencê-la. Obviamente, uma Copa do Mundo por pontos corridos, algo impraticável, teria menos surpresas.
Foi assim que a Grécia venceu uma Eurocopa e o Once Caldas uma Libertadores.
As consequências de uma "amostra pequena" também se verificam em uma única partida, pelo fato do futebol ser um jogo coletivo de poucos pontos. Ou seja, gols.
Enquanto no basquete, vôlei, handebol, etc... são marcados muitos pontos em cada partida, no futebol um time marcar mais de 2 gols já é excepcional. Quando uma equipe é muito superior à outra isto pode significar que ela teve umas 5 ou 6 chances claras de gol. E provavelmente converteu umas 2 ou 3. Naquele dia em que a bola não entra a derrota pode acontecer para qualquer adversário.
A probabilidade de uma coisa assim acontecer no basquete é mínima porque se o time que está jogando bem melhor tiver azar em alguns arremessos, isso não será suficiente para dar possibilidade de vitória ao adversário.
Significa que sorte é um fator com um peso muito grande em uma partida de futebol.
Hoje a sorte ajudou um pouco a Islândia, mas não deixa de ser um feito um país com o dobro da população da favela da Rocinha arrancar um empate da Argentina em uma Copa.
Imagine a Rocinha montando um time, estreando na Copa e empatando com a Argentina...