Autor Tópico: Qumran - Manuscrito do mar morto  (Lida 1436 vezes)

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Offline Andre Goes

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Qumran - Manuscrito do mar morto
« Online: 28 de Dezembro de 2018, 15:26:17 »
Aproximadamente 930 pergaminhos e papiros do ano 250 a.C a 78 d.C foram encontrados em Qumran.
Alguns deles relatam sobre Jesus ou os evangelhos e epistolas do novo testamento?

Offline Fernando Silva

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #1 Online: 28 de Dezembro de 2018, 15:39:15 »
Aproximadamente 930 pergaminhos e papiros do ano 250 a.C a 78 d.C foram encontrados em Qumran.
Alguns deles relatam sobre Jesus ou os evangelhos e epistolas do novo testamento?
Os documentos de Qumran são da seita dos essênios. Basicamente contêm textos do Antigo Testamento, além de regulamentos da seita. Os documentos mais recentes não descrevem acontecimentos recentes. Também são cópias do AT.

Alguns, que falam da disputa do Mestre da Justiça com um "Homem de Mentiras", são vistos como inspiração para a história de Paulo e seu conflito com os apóstolos. Outros acham que foi a inspiração para Jesus. Outros candidatos a messias citados nesses pergaminhos são Menachem e Judah, que teriam morrido ao enfrentar os romanos.

Offline Andre Goes

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #2 Online: 29 de Dezembro de 2018, 09:12:49 »
Então não há nada relacionado a eles, ou seja, o nome Jesus, Paulo e outros discípulos não são encontrados nesses manuscritos?

Offline Fernando Silva

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #3 Online: 29 de Dezembro de 2018, 09:32:41 »
Então não há nada relacionado a eles, ou seja, o nome Jesus, Paulo e outros discípulos não são encontrados nesses manuscritos?
Não. Na verdade, eles não são citados em nenhum documento da época em que teriam vivido. Se existiram, ninguém reparou ou registrou.
Só no final do século I é que começam a aparecer evangelhos, epístolas e outros textos do cristianismo.

Offline Gigaview

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #4 Online: 29 de Dezembro de 2018, 18:08:52 »
Os documentos que provam que Jesus foi um essênio são secretíssimos e protegidos pelos rosacruzes da AMORC mas contam toda a estória no livro "A vida mística de Jesus", escrita por H.S.Lewis, primeiro dono e fundador da ordem. Acho que só é possível acesso a esses documentos em corpo astral, após autorização por unanimidade dos mestres da Fraternidade Branca do Tibet, onde o próprio Jesus tem assento e voto.

Por falar nisso...

Existe uma versão orientalista no livro "The Unknown Life of Jesus Christ" escrita Nicolas Notovitch em 1887 após sua passagem pelo Himalaia que relata o contato de Jesus (Issa) com o budismo e outras religiões.

Citar
One day, while visiting a Buddhist convent on my route, I learned from a chief lama, that there existed in the archives of Lhassa, very ancient memoirs relating to the life of Jesus Christ and the occidental nations, and that certain great monasteries possessed old copies and translations of those chronicles.

O texto é quase um evangelho apócrifo escrito sob o ponto de vista oriental. A fonte original nunca foi encontrada, talvez seja secreta e igualmente protegida pelos rosacruzes ou pela ICAR para o bem da humanidade.

Um pequeno fragmento das notas de Notovitch:

Citar

1. At that time the moment had come for the compassionate Judge to reincarnate in a human form;

2. And the eternal Spirit, resting in a state of complete inaction and supreme bliss, awakened and separated from the eternal Being, for an undetermined period,

3. So that, in human form, He might teach man to identify himself with the Divinity and attain to eternal felicity;

4. And to show, by His example, how man can attain moral purity and free his soul from the domination of the physical senses, so that it may achieve the perfection necessary for it to enter the Kingdom of Heaven, which is immutable and where bliss eternal reigns.

5. Soon after, a marvellous child was born in the land of Israel. God himself spoke, through the mouth of this child, of the miseries of the body and the grandeur of the soul.

6. The parents of the infant were poor people, who belonged to a family noted for great piety; who forgot the greatness of their ancestors in celebrating the name of the Creator and giving thanks to Him for the trials which He had sent upon them.

7. To reward them for adhering to the path of truth, God blessed the firstborn of this family; chose him for His elect, and sent him to sustain the fallen and comfort the afflicted.

8. The divine child, to whom the name Issa was given, commenced in his tender years to talk of the only and indivisible God, exhorting the strayed souls to repent and purify themselves from the sins of which they had become guilty.

9. People came from all parts to hear him, and marvelled at the discourses which came from his infantile mouth; and all Israel agreed that the Spirit of the Eternal dwelt in this child.

10. When Issa was thirteen years old, the age at which an Israelite is expected to marry,

11. The modest house of his industrious parents became a meeting place of the rich and illustrious, who were anxious to have as a son-in-law the young Issa, who was already celebrated for the edifying discourses he made in the name of the All-Powerful.

12. Then Issa secretly absented himself from his father's house; left Jerusalem, and, in a train of merchants, journeyed toward the Sindh,

13. With the object of perfecting himself in the knowledge of the word of God and the study of the laws of the great Buddhas.




Ainda nessa onda, existem textos que relatam a existência de um peregrino Isa, o verdadeiro Jesus, que está enterrado em Roza Bal (https://en.wikipedia.org/wiki/Roza_Bal) na Caxemira. Apesar da coincidência do nome, as notas de Notovitch dizem que Jesus morreu em Jerusalém mas seu corpo foi sequestrado por ordem de Pilatos, origem da lenda da ressurreição.
« Última modificação: 30 de Dezembro de 2018, 00:05:50 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline Pregador

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #5 Online: 10 de Janeiro de 2019, 15:24:06 »
O livro de Josefo é a principal evidência histórica da existência de Jesus.
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Offline Metatron

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #6 Online: 10 de Janeiro de 2019, 16:19:24 »

Existe uma versão orientalista no livro "The Unknown Life of Jesus Christ" escrita Nicolas Notovitch em 1887 após sua passagem pelo Himalaia que relata o contato de Jesus (Issa) com o budismo e outras religiões.

"Há um período da vida de Jesus que permanece obscuro, desafiando historiadores e estudiosos. As narrativas bíblicas interrompem a história de Cristo quando ele tem 12 anos e só a retomam quando já completou 30. O teólogo alemão Holger Kersten revela que logo no início da adolescência Jesus rumou para a Índia, onde foi iniciado no budismo por monges. Para apoiar essa tese, ele apresenta uma farta documentação histórica e uma análise acurada da Bíblia e de textos legados pelas civilizações orientais. Desafiando os dogmas da igreja, este livro aponta uma série espantosa de coincidências entre a doutrina budista e a cristã, provando que Jesus se encontrava mais próximo daquela que do judaísmo ortodoxo que sempre rejeitou."

Está tudo escrito em "Jesus Viveu na Índia", do teólogo Holger Kersten, recomendo a leitura.
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Offline Gigaview

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #7 Online: 10 de Janeiro de 2019, 18:54:37 »

Existe uma versão orientalista no livro "The Unknown Life of Jesus Christ" escrita Nicolas Notovitch em 1887 após sua passagem pelo Himalaia que relata o contato de Jesus (Issa) com o budismo e outras religiões.

"Há um período da vida de Jesus que permanece obscuro, desafiando historiadores e estudiosos. As narrativas bíblicas interrompem a história de Cristo quando ele tem 12 anos e só a retomam quando já completou 30. O teólogo alemão Holger Kersten revela que logo no início da adolescência Jesus rumou para a Índia, onde foi iniciado no budismo por monges. Para apoiar essa tese, ele apresenta uma farta documentação histórica e uma análise acurada da Bíblia e de textos legados pelas civilizações orientais. Desafiando os dogmas da igreja, este livro aponta uma série espantosa de coincidências entre a doutrina budista e a cristã, provando que Jesus se encontrava mais próximo daquela que do judaísmo ortodoxo que sempre rejeitou."

Está tudo escrito em "Jesus Viveu na Índia", do teólogo Holger Kersten, recomendo a leitura.

Só para deixar claro....

Citar
None of Kersten's works have found any support in mainstream scholarship — either Biblical or Indologist. The noted German scholar of New Testament Apocrypha Wilhelm Schneemelcher, in a revision of his standard work prior to his death in 2003, and in unusually strong language for the scholarly community states that Kersten's work is based on "fantasy, untruth and ignorance (above all in the linguistic area)" and "has nothing to do with historical research."[20] Gerald O'Collins and Daniel Kendall view that "Kersten's discredited book" is simply the repackaging of Notovich and Ahmad's material for consumption by the general public.
Wiki
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Offline JungF

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #8 Online: 10 de Janeiro de 2019, 20:31:18 »
 Segundo alguns textos achados na internet, Jesus só poderia assumir seu ministério aos 30 anos, quando então poderia ler a Torah e ensinar nas sinagogas

Offline Fernando Silva

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #9 Online: 11 de Janeiro de 2019, 07:01:40 »
O livro de Josefo é a principal evidência histórica da existência de Jesus.

Flavius Josephus (37 d.C. – 103 d.C.) — era um fariseu que nasceu em Jerusalém, vivia em Roma e escreveu “História dos judeus” (79 d.C.) e “Antiguidades dos judeus” (93 d.C.). Apologistas cristãos (defensores da fé) consideram o testemunho de Josephus sobre Jesus a única evidência garantida da historicidade de Jesus. O testemunho citado se encontra em “Antiguidades dos judeus”. Ao contrário dos apologistas, entretanto, muitos estudiosos, inclusive os autores da Encyclopedia Britannica, consideram o trecho “uma inserção posterior feita por copistas cristãos”. Ele diz que:

    “Naquele tempo, nasceu Jesus, homem sábio, se é que se pode chamar homem, realizando coisas admiráveis e ensinando a todos os que quisessem inspirar-se na verdade. Não foi só seguido por muitos hebreus, como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso país ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores não o abandonaram nem mesmo após sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia após sua morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil coisas milagrosas. A sociedade cristã que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome que usa.”

Por que este trecho é considerado uma inserção posterior?

    Josephus era um fariseu. Só um cristão diria que Jesus era o Cristo. Josephus teria tido que renunciar às suas crenças para dizer isto, e Josephus morreu ainda um fariseu.
    Josephus costumava escrever capítulos e mais capítulos sobre gente insignificante e eventos obscuros. Como é possível que ele tenha despachado Jesus, uma pessoa tão importante, com apenas algumas frases?
    Os parágrafos antes e depois deste trecho descrevem como os romanos reprimiram violentamente as sucessivas rebeliões judaicas. O parágrafo anterior começa com “por aquela época, mais uma triste calamidade desorientou os judeus”. Será que “triste calamidade” se refere à vinda do “realizador de mil coisas milagrosas” ou aos romanos matando judeus? Esta suposta referência a Jesus não tem nada a ver com o parágrafo anterior. Parece mais uma inclusão posterior, fora de contexto.

    Finalmente, e o que é ainda mais convincente, se Josephus realmente tivesse feito esta referência a Jesus, os Pais da Igreja pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das acusações de que Jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citam este trecho. Sabemos que Orígenes leu Josephus porque ele deixou textos criticando Josephus por este atribuir a destruição de Jerusalém à morte de Tiago. Aliás, Orígenes declara expressamente que Josephus, que falava de João Batista, nunca reconheceu Jesus como o Messias (”Contra Celsum”, I, 47).

Não somente a referência de Josephus a Jesus parece fraudulenta como outras menções a fatos históricos em seus livros contradizem e omitem histórias do Novo Testamento:

    A Bíblia diz que João Batista foi morto por volta de 30 d.C., no início da vida pública de Jesus. Josephus, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C.
    Josephus não menciona a celebração de Pentecostes em Jerusalém, quando, supostamente: judeus devotos de todas as nações se reuniram e receberam o Espírito Santo, sendo capazes de entender os apóstolos cada qual em sua própria língua; Pedro, um pescador judeu, se torna o líder da nova igreja; um colega fariseu de Josephus, Saulo de Tarso, se torna o apóstolo Paulo; a nova igreja passa por um crescimento explosivo na Palestina, Alexandria, Grécia e Roma, onde morava Josephus. O suposto martírio de Pedro e Paulo em Roma, por volta de 60 d.C., não é mencionado por Josephus. Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores.

A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade? Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que “às vezes é necessário mentir para beneficiar àqueles que requerem tal tratamento”. Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada à desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Josephus, não resta nehuma evidência confiável de origem não cristã.

https://fernandosilvamultiply.blogspot.com/2007/08/jesus-o-incomodo-silencio-da-historia.html

Offline Metatron

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #10 Online: 11 de Janeiro de 2019, 09:30:12 »

Só para deixar claro....


Críticos existem em todas as áreas, mas nem sempre a crítica é justa e honesta.

Leia o livro, Giga, e forme você mesmo a sua opinião. Se quiser, tenho em pdf.

Kersten desmistifica os relatos evangélicos, elimina qualquer vestígio de milagres e mostra um Jesus bem humano.

Além desse, li mais dois livros do mesmo autor: A Conspiração Jejus e O Buda Jesus, ambos muito bons!

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Offline Gorducho

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #11 Online: 11 de Janeiro de 2019, 09:38:42 »
Eu considero que a melhor (quiçá única...) evidencia é a irritação do Claudius com os judeus pelas contínuas rixas incitadas por seguidores de Chresto (Iudæos impulsore Chresto).
Então eu ACHO que existiu uma pessoa (Sr. "Jesus" — lógico que não temos como saber se era o nome real, mas era um nome usual, então...) espécie de rabino no nonsense que deu origem, ainda que só como figura inspiradora e não organizadora, a essa seita do judaísmo.
« Última modificação: 11 de Janeiro de 2019, 12:34:36 por Gorducho »

Offline Gigaview

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #12 Online: 11 de Janeiro de 2019, 10:59:27 »

Só para deixar claro....


Críticos existem em todas as áreas, mas nem sempre a crítica é justa e honesta.

Leia o livro, Giga, e forme você mesmo a sua opinião. Se quiser, tenho em pdf.

Kersten desmistifica os relatos evangélicos, elimina qualquer vestígio de milagres e mostra um Jesus bem humano.

Além desse, li mais dois livros do mesmo autor: A Conspiração Jejus e O Buda Jesus, ambos muito bons!



Li o livro do Notovitch. Vou dar uma olhada nos livros do Kersten. Apesar de considerar isso tudo bullshit, se lidos como romances pseudo-históricos, podem ser divertidos.

Ponha na sua lista "Zelota: a vida e a época de Jesus de Nazaré" de Reza Aslan que tem baixo teor de bullshit.
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Offline Gorducho

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #13 Online: 11 de Janeiro de 2019, 12:50:03 »
[Wikipédia]
Aslan argues that Jesus was a political, rebellious and eschatological (end times) Jew whose proclamation of the coming kingdom of God was a call for regime change, for ending Roman hegemony over Judea and ending a corrupt and oppressive aristocratic priesthood.

:ok: é +/- exatamente o que eu ACREDITO por mera especulação dedutiva + essa ref. à irritação de Cæsar.
Dificilmente uma seita sairá do nada sem ter tido uma figura humana a inspira-la. Ainda que essa pessoa não tenha sido a organizadora proper da... 

Offline JungF

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #14 Online: 11 de Janeiro de 2019, 16:12:51 »
Os historiadores não têm qualquer fonte documental a respeito do personagem Jesus, exceto as anotações que deram origem aos evangelhos e as cartas de Paulo, que aliás não faz referências a Jesus a não ser na pregação.
Ou seja a escassez de fontes documentais leva à interpretação de fatos como se fatos fossem.
Por exemplo o martírio dos cristãos que se imolavam com estoicismo e convicção, gera um apelo quase emocional como testemunho da existência de Jesus.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #15 Online: 11 de Janeiro de 2019, 16:39:04 »
Os historiadores não têm qualquer fonte documental a respeito do personagem Jesus, exceto as anotações que deram origem aos evangelhos e as cartas de Paulo, que aliás não faz referências a Jesus a não ser na pregação.

Não é bem assim...
"Os acadêmicos da área – historiadores das mais prestigiadas universidades do mundo – afirmam restar poucas dúvidas sobre a questão. “Volta e meia aparecem essas hipóteses sobre Jesus ser um mito. Mas, do ponto de vista metodológico, parece bastante claro que ele realmente existiu”, diz André Chevitarese, professor do Instituto de História da UFRJ e autor dos livros Jesus Histórico – Uma Brevíssima Introdução e Cristianismos: Questões e Debates Metodológicos (Editora Kline), em entrevista ao site de VEJA." Fonte: https://veja.abril.com.br/ciencia/o-que-a-historia-tem-a-dizer-sobre-jesus/

Ou seja a escassez de fontes documentais leva à interpretação de fatos como se fatos fossem.
Por exemplo o martírio dos cristãos que se imolavam com estoicismo e convicção, gera um apelo quase emocional como testemunho da existência de Jesus.

Não foi uma suposta escassez de fontes documentais mas os próprios seguidores que alteraram vários fatos para adaptá-los às suas expectativas de um "salvador".

GNOSE

Offline JungF

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #16 Online: 11 de Janeiro de 2019, 22:20:40 »
Quem poderia escrever sobre Jesus e seus ensinamentos senão os que mais próximos com ele conviveram. Acresce o fato de que sua troupe era composta por pescadores e homens simples do povo exceto Mateus, o Publicano e Marcos, sobrinho de Barnabé. Lucas era médico mas escreveu baseado nos textos atribuídos a Marcos e Mateus.
Onde estão os manuscritos originais? Não existem, mas cópias destes manuscritos que sabe-se bastante alteradas. Os copistas interpretavam e acresciam conforme seu entendimento.
Os manuscritos do mar morto, todavia, trazem copias inalteradas do AT e sua fidelidade é aceita pela tradição. Nada sobre Jesus, contudo.
Permanece a afirmativa de que não há documentos originais e totalmente confiáveis sobre a existência de Jesus, embora eu, particularmente, acredite na sua existência.

Offline Fernando Silva

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #17 Online: 12 de Janeiro de 2019, 06:52:05 »
Por exemplo o martírio dos cristãos que se imolavam com estoicismo e convicção, gera um apelo quase emocional como testemunho da existência de Jesus.
Os seguidores de outras religiões e outros deuses também dão a vida por suas convicções. Isto prova o quê?

Offline Fernando Silva

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #18 Online: 12 de Janeiro de 2019, 06:54:26 »
Permanece a afirmativa de que não há documentos originais e totalmente confiáveis sobre a existência de Jesus, embora eu, particularmente, acredite na sua existência.
Provavelmente existiu um sujeito que teve discípulos e deu origem às lendas sobre um messias. Não foi o único: Atos dos Apóstolos mencionam Judas e Teudas como messias fracassados.

O que não existiu foi a figura mitológica descrita no Novo Testamento.

Offline Fernando Silva

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #19 Online: 12 de Janeiro de 2019, 06:56:36 »
Eu considero que a melhor (quiçá única...) evidencia é a irritação do Claudius com os judeus pelas contínuas rixas incitadas por seguidores de Chresto (Iudæos impulsore Chresto).
Então eu ACHO que existiu uma pessoa (Sr. "Jesus" — lógico que não temos como saber se era o nome real, mas era um nome usual, então...) espécie de rabino no nonsense que deu origem, ainda que só como figura inspiradora e não organizadora, a essa seita do judaísmo.
Chrestus foi um escravo, viveu em Roma e seus seguidores foram perseguidos por criarem tumulto. Apenas o nome é parecido.

Offline Gorducho

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #20 Online: 12 de Janeiro de 2019, 09:46:07 »
Sim eu sei que Chresto era um nome comum de escravos  :ok:
Só acho muita coincidencia ser ele judeu e atrair suficiente n° de seguidores judeus ao ponto de estressarem o Divino Cláudio :!:
Então eu me filio aos que acham que refere-se de fato ao Ιησους Χριστος.

IUDÆOS IMPULSORE CHRESTO ASSIDUE TUMULTUANTIS ROMA EXPULIT.



Offline Fernando Silva

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #21 Online: 12 de Janeiro de 2019, 09:56:20 »
Sim eu sei que Chresto era um nome comum de escravos  :ok:
Só acho muita coincidencia ser ele judeu e atrair suficiente n° de seguidores judeus ao ponto de estressarem o Divino Cláudio :!:
Então eu me filio aos que acham que refere-se de fato ao Ιησους Χριστος.

IUDÆOS IMPULSORE CHRESTO ASSIDUE TUMULTUANTIS ROMA EXPULIT.
Sim, mas o que ele estava fazendo em Roma? E vários anos depois da suposta morte de Cristo?
Citar
Suetônio (69 d.C. – 122 d.C.) — Em “A vida dos imperadores”, com a história de 11 imperadores, ele conta, em 120 d.C., sobre o imperador Cláudio (41 d.C. – 54 d.C.), que ele “expulsou de Roma os judeus que, sob a influência de Cresto, viviam causando tumultos”.

Offline Metatron

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #22 Online: 12 de Janeiro de 2019, 10:05:29 »
Ponha na sua lista "Zelota: a vida e a época de Jesus de Nazaré" de Reza Aslan que tem baixo teor de bullshit.
Sim, sim! Taí um livro que sempre quis ler!
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Offline Gorducho

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #23 Online: 12 de Janeiro de 2019, 10:20:49 »
Claro que ele não tava em Roma.
Assopravam no ouvido de Cæsar que os constantes tumultos ENTRE judeus era por causa dum tal de Chrestus que tinha sua facção.
O ponto fraco da tese é a cronologia, pois seria ANTES do Paulo de Tarso começar a pregar lá...
Então já ter tantos seguidores a ponto de causarem tal nível de tumulto na urbe...
:?:
« Última modificação: 12 de Janeiro de 2019, 10:37:48 por Gorducho »

Offline JungF

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Re:Qumran - Manuscrito do mar morto
« Resposta #24 Online: 12 de Janeiro de 2019, 15:31:08 »
Por exemplo o martírio dos cristãos que se imolavam com estoicismo e convicção, gera um apelo quase emocional como testemunho da existência de Jesus.
Os seguidores de outras religiões e outros deuses também dão a vida por suas convicções. Isto prova o quê?
convicção ou crença sólida não é capaz de nos motivar ao sacrifício da vida... como os mártires.

 

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