Autor Tópico: Meritocracia dos 3%  (Lida 910 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #25 Online: 23 de Junho de 2019, 18:12:06 »
Países com maior homogeneidade étnica parecem tender para menores indices de corrupção. Deve ser algo relacionado a identidade cultural.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Muad'Dib

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #26 Online: 23 de Junho de 2019, 18:22:30 »
 :olheira:

Países de clima frio parecem tender o menores níveis de corrupção. Deve ser a temperatura.
Países que têm mais fe 550 anos de história parecem tender a menores níveis de corrupção. Deve ser questão de tempo.


Explica a Russia ai então, ou árabes em geral.

Faça-me o favor. Anos aqui no fórum e ainda levanta umas correlações estapafúrdias dessa.


Offline Muad'Dib

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #27 Online: 23 de Junho de 2019, 18:23:43 »
Ou o post foi só para chocar os delicados sentimentos dos foristas aqui?

Offline Sergiomgbr

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #28 Online: 23 de Junho de 2019, 18:43:15 »
A Russia e os países árabes tem trocentas nações e  etnias. E nos países arabes que vieram de longos períodos de colonialismo europeu nem territórios históricos tem.  A maioria foram demarcados pelas colônias. Um ou outro emirado ou reino com alguma maior homogeneidade tambem é menos corrupto.

A grande maioria dos países vistos como menos corruptos em qualquer lista tambem é em algum grau os que tem maior homogeneidade etnico cultural.


O ad hominem ai só foi mais um arroubo de paixão... E comoveu.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #29 Online: 23 de Junho de 2019, 18:58:14 »
No sergiomgbeérrismo, tudo é genético.

A homogeneidade étnica deve então significar que há poucos genes mutantes, que determinam comportamento corrupto, ou combinações, miscigenações genéticas, "impurezas", cuja expressão fenotípica é de comportamento corrupto, apesar dos respectivos homozigotos não serem.

A Rússia pode já ter uma miscigenação suficientemente crítica com asiáticos, e árabes, com quase todo mundo. Ou simplesmente não ter se dado um processo de seleção natural contra os genes de corrupção, mesmo numa população consideravelmente pura.

A Europa, hoje pouco corrupta, especialmente ao norte, tem uma população que é em essência uma fusão longínqua de africanos e asiáticos. Os povos do norte europeu, são menos corruptos, e coincidentemente geneticamente mais puros (com menos alelos encontrados na Ásia ou África).

Devido a essa origem híbrida, a Europa também foi não sempre tão livre de corrupção, mas esta foi se reduzindo ao longo do tempo, e, também ao longo do tempo, houve muita morte, inclusive duas guerras mundiais, inclusive genocídios, que podem ter purificado o pool genético europeu de genes de corrupção. Também na Europa e nos EUA se teve durante algum tempo, após a segunda Guerra Mundial (quando a corrupção mais se reduziu), políticas de eugenia.

https://en.wikipedia.org/wiki/Genocides_in_history

https://en.wikipedia.org/wiki/Eugenics#Origin_and_development

Citar
... historians seem to agree to say that corruption was endemic in Europe in the 18th century and gradually declined over time, throughout the 19th century. ...

https://www.u4.no/publications/historical-perspectives-on-corruption-in-europe






Mapa de países ranqueados por diversidade étnica e cultural (que também é genética no sergiomgbeérrismo)




Mapa de percepção de corrupção, ou de freqüência de genes para corrupção



Com a popularização de testes genéticos por empresas, e com futura aceitação do sergiomgbeérrismo, talvez teremos não só uma "lei da ficha limpa" para políticos, mas lei do "genótipo limpo," conforme se filtrar quais genes específicos ou combinados forem determinantes de comportamento corrupto.

Offline JJ

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #30 Online: 23 de Junho de 2019, 19:04:26 »
Mas as duas coisas não são mutuamente excludentes; na verdade, se reforçam.

Um ambiente onde se institucionaliza uma vantagem econômica maior do crime deverá ser mais propenso a desenvolver mais a subculturas menos morais, que consideram aceitável se aproveitar disso.

Então não é como se você fosse pegar um criminoso convicto, mudá-lo para o Japão, que lá ele se torna tão honesto quanto o japonês médio só pelo ambiente reduzir a vantagem do crime, ou vice-versa, que vá pegar um suíço honesto e mudá-lo para uma favela no Brasil, que ele vá entrar para o crime. Nem mesmo todos os moradores de favelas são criminosos, o que já demonstra que só essa vantagem econômica sozinha é explicação insuficiente, só uma fração menor das pessoas se tornará criminosa, mesmo estando no mesmo ambiente onde o crime é mais compensatório. A diferença é uma variável interna, ainda que também moldada por experiências individuais.


Um "japonês médio"  de que idade ?

Um  "suíço honesto" de que idade ?


A quantidade de informações ambientais juntamente com  o tempo que estes seres existiram no ambiente  favorável fazem uma enorme diferença. 

Vamos tornar a suposição um pouco mais elaborada:


Peguemos 1000 recém nascidos no japão (filhos de japoneses)  e os levemos para serem criados pelos próximos 20 anos  numa  periferia de uma grande cidade no Brasil, bastante  pobre e violenta,  e criados por pais adotivos muito pobres e de baixa escolaridade (pais típicos daquele ambiente muito pobre) , e  trocando com os filhos destes, que por sua vez sejam entregues, também recém nascidos, aos pais japoneses (agora adotivos).

Por acaso alguém apostaria, um valor alto,  que o desempenho  destes filhos originais de japoneses será significativamente diferente  (para mais e melhor) em relação à média das outras crianças criadas em condições bem semelhantes naquela periferia muito pobre e violenta ?


Podemos fazer uma suposição similar para 1000 recém nascidos na suiça filhos de suiços honestos:


Peguemos 1000 recém nascidos na Suiça (filhos de suiços honestos)  e os levemos para serem criados pelos próximos 20 anos  numa  periferia de uma grande cidade no Brasil, bastante  pobre e violenta,  e criados por pais adotivos muito pobres e de baixa escolaridade (pais típicos daquele ambiente muito pobre), e  trocando com os filhos destes, que por sua vez sejam entregues, também recém nascidos, aos pais suiços honestos (agora adotivos).

Por acaso alguém apostaria, um valor alto, que o desempenho  destes filhos originais de suiços honestos será significativamente diferente  (para mais e melhor) em relação à média das outras crianças criadas em condições bem semelhantes naquela periferia muito pobre e violenta ?
« Última modificação: 23 de Junho de 2019, 19:10:24 por JJ »

Offline Sergiomgbr

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #31 Online: 23 de Junho de 2019, 19:04:27 »
Menas Bugaloo menas. A especulação com porquês nem foi introitada ainda e já estás disparando...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fenrir

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #32 Online: 23 de Junho de 2019, 19:05:31 »
O que explica o fato de certos países desenvolvidos como Japão, Holanda, Suíça, etc, terem taxas de criminalidade quase nula e estarem fechando prisões?

Os indivíduos destes locais são mais éticos moralmente? Nascem com mais caráter do que em países de alta criminalidade como o nosso?

É óbvio que o ambiente possui a maior responsabilidade na formação das pessoas. Isso significa que deva servir de desculpa pra defender bandidos? De forma alguma, a lei deve ser cumprida. Porém negar a influência ambiental no processo é simplista demais.

Acredito que os cidadãos desses países não são mais éticos moralmente, mas puderam crescer em sociedades que lhe
ofereceram uma maior igualdade de oportunidades, independentemente da classe social onde se originaram. Nesse caso, o crime
pouco compensa.

Curioso, nao tinha reparado nisso.
Sera que a criminologia diz alguma coisa a respeito?
Se nas sociedades onde o crime é menos frequente, tal ocorre (ao menos em parte) porque lá o crime não compensa ou mais precisamente traz menos benefícos, descontados os custos, que uma vida fora do crime?

Talvez isso funcione para crimes que tem como causas necessidades de ordem economica, materiais.
Em sociedades com alto nivel de vida, tais crimes não valeriam muito o esforço já que as necessidades materiais são bem-supridas.
Mas acho que isso não deve ser verdade para outros tipos de crime, como por exemplo crimes passionais.
"Nobody exists on purpose. Nobody belongs anywhere. Everybody's gonna die. Come watch TV" (Morty Smith)

"The universe is basically an animal. It grazes on the ordinary. It creates infinite idiots just to eat them." (Rick Sanchez)

Offline Sergiomgbr

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #33 Online: 23 de Junho de 2019, 19:11:10 »
Bom. Um argumento porquêzal seria o de que em um ambiente onde cada pessoa creia num deus diferente, tenha culturas, hábitos diferentes, fenotipos diferentes, confianças que formariam unidades culturais encontrem solo árido para grassar.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #34 Online: 23 de Junho de 2019, 19:31:44 »
O que explica o fato de certos países desenvolvidos como Japão, Holanda, Suíça, etc, terem taxas de criminalidade quase nula e estarem fechando prisões?

Os indivíduos destes locais são mais éticos moralmente? Nascem com mais caráter do que em países de alta criminalidade como o nosso?

É óbvio que o ambiente possui a maior responsabilidade na formação das pessoas. Isso significa que deva servir de desculpa pra defender bandidos? De forma alguma, a lei deve ser cumprida. Porém negar a influência ambiental no processo é simplista demais.

Acredito que os cidadãos desses países não são mais éticos moralmente, mas puderam crescer em sociedades que lhe
ofereceram uma maior igualdade de oportunidades, independentemente da classe social onde se originaram. Nesse caso, o crime
pouco compensa.

Curioso, nao tinha reparado nisso.
Sera que a criminologia diz alguma coisa a respeito?
Se nas sociedades onde o crime é menos frequente, tal ocorre (ao menos em parte) porque lá o crime não compensa ou mais precisamente traz menos benefícos, descontados os custos, que uma vida fora do crime?


https://www.encyclopedia.com/law/legal-and-political-magazines/crime-causation-economic-theories

Becker meio que faz uma espécie de "economia comportamental" às avessas, levando a economia à psicologia em vez do oposto. Nobel em 1992.

Offline Sdelareza

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #35 Online: 23 de Junho de 2019, 19:56:08 »
O que explica o fato de certos países desenvolvidos como Japão, Holanda, Suíça, etc, terem taxas de criminalidade quase nula e estarem fechando prisões?

Os indivíduos destes locais são mais éticos moralmente? Nascem com mais caráter do que em países de alta criminalidade como o nosso?

É óbvio que o ambiente possui a maior responsabilidade na formação das pessoas. Isso significa que deva servir de desculpa pra defender bandidos? De forma alguma, a lei deve ser cumprida. Porém negar a influência ambiental no processo é simplista demais.

Acredito que os cidadãos desses países não são mais éticos moralmente, mas puderam crescer em sociedades que lhe
ofereceram uma maior igualdade de oportunidades, independentemente da classe social onde se originaram. Nesse caso, o crime
pouco compensa.

Curioso, nao tinha reparado nisso.
Sera que a criminologia diz alguma coisa a respeito?
Se nas sociedades onde o crime é menos frequente, tal ocorre (ao menos em parte) porque lá o crime não compensa ou mais precisamente traz menos benefícos, descontados os custos, que uma vida fora do crime?

Talvez isso funcione para crimes que tem como causas necessidades de ordem economica, materiais.
Em sociedades com alto nivel de vida, tais crimes não valeriam muito o esforço já que as necessidades materiais são bem-supridas.
Mas acho que isso não deve ser verdade para outros tipos de crime, como por exemplo crimes passionais.

Os crimes passionais representam somente uma parte bem pequena, penso. A grande maioria dos homicídios costuma
ser ligado ao tráfico de drogas.

Atualmente não há guerra entre nações. Para estudiosos, o crescimento do comércio torna a paz lucrativa e a guerra algo
com resultado incerto e muito arriscado.

A nível de um indivíduo, alguém que enxerga muitas oportunidades na educação e no emprego vai sentir que uma carreira na Crime S.A
representa muito risco e retorno incerto.

Mas será que mafiosos, ou pessoas que decidiram assumir esse risco, podem ser reabilitados nessa situação? Boa parte
provavelmente sempre ficará na tentação de voltar a ilegalidade.
 
 
« Última modificação: 23 de Junho de 2019, 20:00:34 por Sdelareza »

Offline -Huxley-

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #36 Online: 23 de Junho de 2019, 20:00:21 »
Uma visão alternativa a criminologia de Becker é a criminologia da economia comportamental de Dan Ariely exposta no livro A Mais Pura Verdade sobre a Desonestidade. Segundo ele, certas forças (como a quantia que podemos ganhar e a probabilidade de sermos pegos) influenciam surpreendentemente menos os seres humanos que se poderia pensar. Por outro lado, outras forças influenciam mais do que poderíamos pensar: lembretes morais, distância do dinheiro, conflito de interesses, esgotamento, falsificações, lembretes de nossas realizações fabricadas, criatividade, testemunho de atos desonestos de outros, preocupação com outros de nossa equipe e assim por diante.

Os experimentos com milhares e milhares de pessoas mostraram que os trapaceiros agressivos parecem ser a exceção, e não a regra. São exceções aqueles que, ao fazer uma análise de custo benefício, decidiram sair com o máximo de dinheiro possível.

Segundo Ariely, as intervenções estabelecidas presumem que o Modelo Simples do Crime Racional está em jogo. Mas esse modelo simples tem pouco a ver com as forças motrizes por trás da trapaça.

Uma outra surpresa que consta no livro é que a trapaça moderada prevalece no mundo e como ela pode ser mais prejudicial, cumulativamente, em comparação com a pura fraude.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #37 Online: 23 de Junho de 2019, 20:02:45 »
Atualmente não há guerra entre nações. Para estudiosos, o crescimento do comércio torna a paz lucrativa e a guerra algo
com resultado incerto e muito arriscado.

Bem...
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_ongoing_armed_conflicts















Uma visão alternativa a criminologia de Becker é a criminologia da economia comportamental de Dan Ariely exposta no livro A Mais Pura Verdade sobre a Desonestidade. Segundo ele, certas forças (como a quantia que podemos ganhar e a probabilidade de sermos pegos) influenciam surpreendentemente menos os seres humanos que se poderia pensar. Por outro lado, outras forças influenciam mais do que poderíamos pensar: lembretes morais, distância do dinheiro, conflito de interesses, esgotamento, falsificações, lembretes de nossas realizações fabricadas, criatividade, testemunho de atos desonestos de outros, preocupação com outros de nossa equipe e assim por diante.

Mas isso chega a ser necessariamente "alternativo"? Tentam "competir" em ser uma explicação absoluta? Pois ao menos superficialmente me parece natural que, o "mercado do crime", assim como mercados não ilegais, terá essas variáveis não estritamente mercadológicas como valores pessoais/morais/culturais (que ainda assim talvez possam ser "precificados"), que, sem dúvida não são desprezíveis, mas ao mesmo tempo não devem eliminar a ótica "mercadológica" sobre a coisa, especialmente se "precificamos" esses valores não comumente vistos nesses termos. Ex.: para alguém de background religioso, pode ser tremendamente inaceitável a idéia de ser dançarina de strip-tease. Mas, dependendo da situação financeira, e de poder fazê-lo de maneira menos pública (eliminando então parte do "custo social"), pode acabar relevando isso, valorar mais o que ganha fazendo isso (apesar do decréscimo em satisfação pessoal acarretado) do que a situação alternativa, "acrescida da satisfação pessoal que tinha em não fazer strip-tease". E até acabar eventualmente mudando a perspectiva sobre o que faz, racionalizando para reduzir a dissonância cognitiva.

Offline Sdelareza

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #38 Online: 23 de Junho de 2019, 20:10:44 »
Buckaroo,
Essa é uma lista de guerras civis, penso que nenhuma delas é uma guerra entre países.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Meritocracia dos 3%
« Resposta #39 Online: 23 de Junho de 2019, 20:24:44 »
E por que o a explicação econômica da prevenção de conflitos seria restrita a "entre países"? Se dentro de um é até mais fácil haver relações comerciais prevenindo conflitos? (Nada de alfândega e etc)


Mas não a estou negando. Na verdade já ouvi algo no sentido de que até a relativa redução da violência criminosa ao longo do tempo é por não ser tão bom para os negócios as guerras de gangues, versus alianças.

 

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