Autor Tópico: Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?  (Lida 989 vezes)

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Offline Zero

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Notei reclamações e objeções principalmente de Marxistas/Estatistas/conjunto de pessoas que odeiam o Bolsonaro, quanto ao acordo entre o Mercosul e a UE.
Baseiam-se principalmente nos seguintes argumentos:

*Irá desmantelar a indústria nacional.
*Ocasionará ondas de desemprego.
*Fará nos submetermos ao domínio Europeu. "Voltaríamos a ser colônia".
*Irão nos explorar.
*Nos deixará mais pobres.
*Aumentará a desigualdade entre pobres e ricos.

Quais suas opiniões sobre esse acordo e esses argumentos?

Offline -Huxley-

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #1 Online: 05 de Julho de 2019, 19:31:46 »
* A indústria nacional sofre por não poder importar máquinas e equipamentos melhores e mais baratos da UE no nível ótimo.

* Aproveitando-se de equipamentos melhores e mais baratos e mesmo com baixos níveis de nacionalização, a indústria nacional pode ser usada como plataforma de exportação. Se a Embraer tivesse começado seus aviões de renome mundial com altos níveis de nacionalização, não conseguiria vender suas aeronaves nem para seus funcionários.

* A indústria nacional é mimada. A falta de pressão de maior competição internacional ajudou a desabar a taxa de crescimento da produtividade nos últimos anos.

* Protecionismo faz os consumidores sofrerem com mercadorias piores e mais caras.

* A indústria nacional hipertrofiada nunca foi pré-requisito para ser país desenvolvido ou com acelerado crescimento econômico. Vide o caso da Nova Zelândia e do Chile.

* Protecionismo gera muito desemprego. As firmas de comércio que importam também geram emprego e sofrem a cada ponto porcentual a mais na tarifa de importação. E a queda na taxa de crescimento da produtividade causada pelo protecionismo mimador gera desemprego. Por fim, o protecionismo nacional tem a contrapartida do país estrangeiro que tem mais protecionismo com nós por causa da ausência de acordo de livre comércio, o que também aumenta o desemprego aqui.
« Última modificação: 05 de Julho de 2019, 19:36:36 por -Huxley- »

Offline Sergiomgbr

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #2 Online: 05 de Julho de 2019, 19:34:35 »
Certamente vai revelar a verdadeira vocação da indústria no Brasil e promover os competentes e tornar o país como um todo mais competitivo. O fato é que se tinha algo para ser destruído na indústria nacional esse algo já foi destruído pela presença maciça de produtos chineses.

Mas uma reforma tributária urge.
« Última modificação: 05 de Julho de 2019, 19:40:00 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #3 Online: 05 de Julho de 2019, 21:10:30 »
Havia lido há algum tempo que já existiam (desde antes de Temer) certas isenções tarifárias para importação de "ferramentas de trabalho." Não sei se era algo limitado a profissionais individuais, ou algo de porte também industrial.


Então talvez venha a ser mais uma ampliação do que dispõe o consumidor "geral."



Alguns estudos apontam que abertura do mercado tende a ser correlata a maior desemprego.

Offline -Huxley-

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #4 Online: 05 de Julho de 2019, 21:37:13 »
Alexandre Schwartsman já disse no blog dele que um professor dele na Universidade de Berkeley já demonstrou associação entre abertura comercial e taxa de crescimento econômico.

E o protecionismo já foi testado no Brasil e foi um fiasco sob qualquer ótica.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #5 Online: 05 de Julho de 2019, 21:41:38 »
Não acredito que abertura de mercado cause desemprego, se vc importa um produto tem alguém que vende no mercado interno, tem alguém que compra e usa.

Talvez prejudique alguns setores mas geram empregos em outros.

Na época do Coca Collor tínhamos meia duzia de montadoras fazendo o que bem quisessem, hoje existem quantas instaladas no país? Se tiver consumo é só questão de tempo até outras empresas se instalarem aqui.


Offline Zero

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #6 Online: 05 de Julho de 2019, 21:50:07 »
Não acredito que abertura de mercado cause desemprego, se vc importa um produto tem alguém que vende no mercado interno, tem alguém que compra e usa.

Talvez prejudique alguns setores mas geram empregos em outros.

Na época do Coca Collor tínhamos meia duzia de montadoras fazendo o que bem quisessem, hoje existem quantas instaladas no país? Se tiver consumo é só questão de tempo até outras empresas se instalarem aqui.

Há quem prefira protecionismo, preços mais caros e menor qualidade (não querendo generalizar), do que oportunidade de comprarmos bens com menor preço e de qualidade igual ou superior.

Claro, vindo de Estatólatra isso não me surpreende.

Offline Zero

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #7 Online: 05 de Julho de 2019, 21:52:51 »
* A indústria nacional sofre por não poder importar máquinas e equipamentos melhores e mais baratos da UE no nível ótimo.

* Aproveitando-se de equipamentos melhores e mais baratos e mesmo com baixos níveis de nacionalização, a indústria nacional pode ser usada como plataforma de exportação. Se a Embraer tivesse começado seus aviões de renome mundial com altos níveis de nacionalização, não conseguiria vender suas aeronaves nem para seus funcionários.

* A indústria nacional é mimada. A falta de pressão de maior competição internacional ajudou a desabar a taxa de crescimento da produtividade nos últimos anos.

* Protecionismo faz os consumidores sofrerem com mercadorias piores e mais caras.

* A indústria nacional hipertrofiada nunca foi pré-requisito para ser país desenvolvido ou com acelerado crescimento econômico. Vide o caso da Nova Zelândia e do Chile.

* Protecionismo gera muito desemprego. As firmas de comércio que importam também geram emprego e sofrem a cada ponto porcentual a mais na tarifa de importação. E a queda na taxa de crescimento da produtividade causada pelo protecionismo mimador gera desemprego. Por fim, o protecionismo nacional tem a contrapartida do país estrangeiro que tem mais protecionismo com nós por causa da ausência de acordo de livre comércio, o que também aumenta o desemprego aqui.

Exato, também penso por esses pontos, mas há quem faz-se de benevolente e defensor dos pobres para defender a grande mão do Estado, mesmo que para isso utilize descaradamente da desonestidade intelectual, ignorando fatos e distorcendo-os. Infelizmente, por falta de conhecimento não consigo rebater todos, mas sua resposta já esclareceu bastante. Grato.

Offline Zero

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #8 Online: 05 de Julho de 2019, 22:03:03 »
Postagem editada a pedido, sob argumentos, do forista Zero.
« Última modificação: 18 de Julho de 2019, 15:55:54 por Geotecton »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #9 Online: 05 de Julho de 2019, 22:06:51 »
Não acredito que abertura de mercado cause desemprego, se vc importa um produto tem alguém que vende no mercado interno, tem alguém que compra e usa.

Talvez prejudique alguns setores mas geram empregos em outros.

Na época do Coca Collor tínhamos meia duzia de montadoras fazendo o que bem quisessem, hoje existem quantas instaladas no país? Se tiver consumo é só questão de tempo até outras empresas se instalarem aqui.

Há quem prefira protecionismo, preços mais caros e menor qualidade (não querendo generalizar), do que oportunidade de comprarmos bens com menor preço e de qualidade igual ou superior.

Claro, vindo de Estatólatra isso não me surpreende.

E a variedade de produtos? Cara, vejo na internet que europeus e americanos  têm uma infinidade de máquinas e ferramentas para uso doméstico a preço acessível enquanto nós ficamos atrelados a produtos chineses de baixa qualidade ou nos sujeitamos a pagar um preço absurdo.

Nem falo apenas de equipamentos industriais.


Offline Zero

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #10 Online: 05 de Julho de 2019, 22:13:45 »
Não acredito que abertura de mercado cause desemprego, se vc importa um produto tem alguém que vende no mercado interno, tem alguém que compra e usa.

Talvez prejudique alguns setores mas geram empregos em outros.

Na época do Coca Collor tínhamos meia duzia de montadoras fazendo o que bem quisessem, hoje existem quantas instaladas no país? Se tiver consumo é só questão de tempo até outras empresas se instalarem aqui.

Há quem prefira protecionismo, preços mais caros e menor qualidade (não querendo generalizar), do que oportunidade de comprarmos bens com menor preço e de qualidade igual ou superior.

Claro, vindo de Estatólatra isso não me surpreende.

E a variedade de produtos? Cara, vejo na internet que europeus e americanos  têm uma infinidade de máquinas e ferramentas para uso doméstico a preço acessível enquanto nós ficamos atrelados a produtos chineses de baixa qualidade ou nos sujeitamos a pagar um preço absurdo.

Nem falo apenas de equipamentos industriais.


Exato Arcanjo, bela colocação.

Há quem ache que é necessário "inventarmos" a roda por nós próprios, demandando tempo e dinheiro, sendo que poderia ser muito mais fácil, viável e coerente termos produtos estrangeiros a fim de proporcionarmos melhores condições para podermos avançar, tanto em questões industriais, como sociais.

Offline Sergiomgbr

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #11 Online: 05 de Julho de 2019, 22:13:50 »
Francamente, a indústria, o famoso setor secundário tem tido cada vez menos peso em economias desenvolvidas, na  formação do PIB dessas economias o terceiro setor, o de serviços é o que tem tido cada vez mais destaque. A verdade é que que adquiriu competência no setor industrial adquiriu, quem nao adquiriu perdeu o bonde da história. O Brasil devia pensar a abertura de mercados para promover o seu terceiro setor e primeiro setor, o agrícola, e não ficar insistindo numa queda de braços improdutiva em setores mais blindados como o da indústria.
« Última modificação: 05 de Julho de 2019, 22:16:40 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #12 Online: 05 de Julho de 2019, 22:16:07 »
Citar
Convicto defensor do protecionismo:

A Gurgel faliu mas depois veio a Honda e um monte de outras montadoras de grande porte com revendedoras pelo pais todo.


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #13 Online: 06 de Julho de 2019, 08:55:11 »
Não acredito que abertura de mercado cause desemprego, se vc importa um produto tem alguém que vende no mercado interno, tem alguém que compra e usa.

Talvez prejudique alguns setores mas geram empregos em outros.

Na época do Coca Collor tínhamos meia duzia de montadoras fazendo o que bem quisessem, hoje existem quantas instaladas no país? Se tiver consumo é só questão de tempo até outras empresas se instalarem aqui.



A correlação é apontada em alguns estudos, mas não pode ser algo visto bem como uma "lei" amplamente generalizável.

Inclusive alguns apontam coisas específicas como, em países desenvolvidos, tanto aumentar o desemprego em crises, como propiciar recuperação mais rápida.

O quanto haverá de desemprego ou não deve depender de toda a interação "ecológica" que ocorrer, onde estão empregadas as pessoas nos países, o que elas oferecem de forma mais versus menos vantajosas, e como o restante da indústria ou outros setores são capazes de aproveitar a mão-de-obra desempregada.

Vão haver considerações como vantagens e desvantagens para a economia em haver legislação com maior dificuldade em se demitir, versus benefícios para desempregados.

Talvez uma abertura deva se dar a partir de estudos de como se supõe que as áreas que mais empregam fossem ser afetadas e talvez fazer algo mais gradual, como uma redução programada de tarifas de importação. E/ou alguma outra coisa que se imagine que possa agilizar o reposicionamento das pessoas no mercado, como talvez incluindo um "colchão" de recursos nas linhas de "renda minima" e/ou "programa de emprego emergencial que você vai querer deixar assim que aparecer uma oportunidade qualquer no mercado privado" ("job guaranteee program").

Mas isso é só uma especulação minha, não baseada em nada que tenha lido a favor dessa política especificamente (exceto renda mínima e "garantia de empregos," que tem seus defensores, embora eu seja até mais cético quanto a essas coisas do que tarifas decrescentes programadas). Apenas acho que é necessário algum cuidado baseado no que pode se esperar, uma "análise de risco". 


Mas o risco maior tende a ser o Europeu, já que o problema é maior no sentido dos países mais pobres levarem vantagem pela mão de obra barata.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #14 Online: 06 de Julho de 2019, 09:07:24 »
Depois da recessão do Dilmão vcs não precisam se preocupar com abertura de mercado.

Pessoalmente eu gostaria que empresas estrangeiras pudessem participar de licitações para acabar com o monopólio da Odebrecht, eu gostaria que houvesse mais empresas fornecendo internet, mais empresas concorrendo no setor automotivo para uma porcaria qualquer não custar 40 mil Reais, eu queria poder comprar ferramentas de boa qualidade para meu uso sem praticamente ser obrigado a comprar produtos chineses usou-joga-fora.

Mesmo que em um primeiro momento aconteça da coisa piorar tb teremos empresas querendo se instalar por aqui, empresas que precisarão de mão de obra.

Se houvesse concorrência de verdade eu duvido muito que a Odebrecht teria feito tudo o que fez porque simplesmente nao teria como fazer.

Offline Zero

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #15 Online: 06 de Julho de 2019, 12:29:33 »
Depois da recessão do Dilmão vcs não precisam se preocupar com abertura de mercado.

Pessoalmente eu gostaria que empresas estrangeiras pudessem participar de licitações para acabar com o monopólio da Odebrecht, eu gostaria que houvesse mais empresas fornecendo internet, mais empresas concorrendo no setor automotivo para uma porcaria qualquer não custar 40 mil Reais, eu queria poder comprar ferramentas de boa qualidade para meu uso sem praticamente ser obrigado a comprar produtos chineses usou-joga-fora.

Mesmo que em um primeiro momento aconteça da coisa piorar tb teremos empresas querendo se instalar por aqui, empresas que precisarão de mão de obra.

Se houvesse concorrência de verdade eu duvido muito que a Odebrecht teria feito tudo o que fez porque simplesmente nao teria como fazer.

Muitas empresas estrangeiras não conseguem entrar no mercado nacional de forma efetiva. O governo não permite, ele detêm para si monopólios, é evidente, como destacado por você, que há alternativas melhores do que produtos chineses de má qualidade e produtos nacionais caros.


Offline Zero

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #16 Online: 06 de Julho de 2019, 12:37:43 »
Talvez uma abertura deva se dar a partir de estudos de como se supõe que as áreas que mais empregam fossem ser afetadas e talvez fazer algo mais gradual, como uma redução programada de tarifas de importação. E/ou alguma outra coisa que se imagine que possa agilizar o reposicionamento das pessoas no mercado, como talvez incluindo um "colchão" de recursos nas linhas de "renda minima" e/ou "programa de emprego emergencial que você vai querer deixar assim que aparecer uma oportunidade qualquer no mercado privado" ("job guaranteee program").

Mas isso é só uma especulação minha, não baseada em nada que tenha lido a favor dessa política especificamente (exceto renda mínima e "garantia de empregos," que tem seus defensores, embora eu seja até mais cético quanto a essas coisas do que tarifas decrescentes programadas). Apenas acho que é necessário algum cuidado baseado no que pode se esperar, uma "análise de risco". 


Mas o risco maior tende a ser o Europeu, já que o problema é maior no sentido dos países mais pobres levarem vantagem pela mão de obra barata.

O gradualismo e tais programas assistencialistas podem ser problemas.

Gradualismo pelo fato de que baseando-se em um estudo, havendo algum ponto negativo, ele terá de ser evitado. Desta forma mais e mais põe-se fora de um possível acordo. Aquela questão da importação do Leite foi algo semelhante ao que penso. Poderia haver uma proteção demasiada sobre algum setor nacional justificando benevolência para com os produtores, mesmo que isso seja prejudicial aos consumidores finais.

Quanto ao programa assistencialista, achei interessante a questão de um "emprego emergencial", minhas ressalvas são quanto a questão da duração do benefício, visto que, se for mais vantajoso, a procura por emprego na área privada tenderá a ser menor e o benefício necessitará ser efetivo para mais tempo para o indivíduo, sendo assim mais custoso que o necessário.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #17 Online: 06 de Julho de 2019, 13:19:25 »
Talvez uma abertura deva se dar a partir de estudos de como se supõe que as áreas que mais empregam fossem ser afetadas e talvez fazer algo mais gradual, como uma redução programada de tarifas de importação. E/ou alguma outra coisa que se imagine que possa agilizar o reposicionamento das pessoas no mercado, como talvez incluindo um "colchão" de recursos nas linhas de "renda minima" e/ou "programa de emprego emergencial que você vai querer deixar assim que aparecer uma oportunidade qualquer no mercado privado" ("job guaranteee program").

Mas isso é só uma especulação minha, não baseada em nada que tenha lido a favor dessa política especificamente (exceto renda mínima e "garantia de empregos," que tem seus defensores, embora eu seja até mais cético quanto a essas coisas do que tarifas decrescentes programadas). Apenas acho que é necessário algum cuidado baseado no que pode se esperar, uma "análise de risco". 


Mas o risco maior tende a ser o Europeu, já que o problema é maior no sentido dos países mais pobres levarem vantagem pela mão de obra barata.

O gradualismo e tais programas assistencialistas podem ser problemas.

Gradualismo pelo fato de que baseando-se em um estudo, havendo algum ponto negativo, ele terá de ser evitado. Desta forma mais e mais põe-se fora de um possível acordo. Aquela questão da importação do Leite foi algo semelhante ao que penso. Poderia haver uma proteção demasiada sobre algum setor nacional justificando benevolência para com os produtores, mesmo que isso seja prejudicial aos consumidores finais.

Sim, tem esse tipo risco. Mas imaginava algo meio análogo à PEC do teto de gastos, uma decisão de uma redução programada das tarifas (talvez condicionada apenas a alguma espécie de reciprocidade, de evitar rasteira), então é um "protecionismo com dias contados," que talvez ajudasse as pessoas e a indústria a se adaptarem com menos estrago do que com um choque abrupto.




Citar
Quanto ao programa assistencialista, achei interessante a questão de um "emprego emergencial", minhas ressalvas são quanto a questão da duração do benefício, visto que, se for mais vantajoso, a procura por emprego na área privada tenderá a ser menor e o benefício necessitará ser efetivo para mais tempo para o indivíduo, sendo assim mais custoso que o necessário.

Existe uma idéia teórica de que o estado poderia estar "sempre" contratando quase qualquer desempregado, mas para fazer sempre os serviços mais indesejáveis, e a preços inferiores àqueles de capacitação similar na iniciativa privada, assim não "roubando" a essa mão de obra. Mas ao mesmo tempo, dependendo do andar da carruagem, acho (não lembro) poderiam até elevar em algum nível os salários e assim criar uma competição pela mão de obra pouco qualificada com a indústria, a forçando a elevar estes salários para reter a mão de obra -- o que se daria em substituição ao salário mínimo como mero "controle de preços." Em vez de uma distorção de mercado, seria um salário mínimo "real" produzido. 

Acho que só praticaram coisas desse tipo muito raramente, o único exemplo que me lembro teria sido na Argentina, o que me dá desconfiança de sua viabilidade.


Citar
https://en.wikipedia.org/wiki/Job_guarantee

[...] The JG is based on a buffer stock principle whereby the public sector offers a fixed wage job to anyone willing and able to work thereby establishing and maintaining a buffer stock of employed workers. This buffer stock expands when private sector activity declines, and declines when private sector activity expands, much like today's unemployed buffer stocks.

The JG thus fulfills an absorption function to minimize the real costs associated with the flux of the private sector. When private sector employment declines, public sector employment will automatically react and increase its payrolls. So in a recession, the increase in public employment will increase net government spending, and stimulate aggregate demand and the economy. Conversely, in a boom, the decline of public sector employment and spending caused by workers leaving their JG jobs for higher paid private sector employment will lessen stimulation, so the JG functions as an automatic stabilizer controlling inflation. The nation always remains fully employed, with a changing mix between private and public sector employment. Since the JG wage is open to everyone, it will functionally become the national minimum wage. [....]

Implementation
Several countries have implemented direct job creation schemes to combat persistent unemployment. For example, the Argentine government introduced the Jefes de Hogar (Heads of Households) program in 2001 to combat the social malaise that followed the financial crisis in that year.

Similarly, the government of India in 2005 introduced a five-year plan called the National Rural Employment Guarantee Act (NREGA) to bridge the vast rural–urban income disparities that have emerged as India’s information technology sector has boomed. The program successfully empowered women and raised rural wages, but also attracted the ire of landowners who have to pay farm laborers more due to a higher prevailing wage.[citation needed] NREGA projects tend[citation needed] to be highly labor-intensive and low skill, like dam and road construction, and soil conservation, with modest but positive long-term benefits and mediocre management.

The South African government has introduced the Expanded Public Works Program (EPWP) to overcome the extremely high unemployment and accompanying poverty in that country. EPWP projects employ workers with government, contractors, or other non-governmental organisations under the Ministerial Conditions of Employment for the EPWP or learnership employment conditions.[12]

Programs enacted but not implemented
In the United States, the Humphrey-Hawkins Full Employment Act of 1978 authorizes the government to create a "reservoir of public employment" in case private enterprise does not provide sufficient jobs. These jobs are required to be in the lower ranges of skill and pay so as to not draw the workforce away from the private sector. However, the act did not establish such a reservoir (it only authorized it), and no such program has been implemented in the United States, even though the unemployment rate has generally been above the rate (3%) targeted by the act.[citation needed]

...


Me pergunto se o setor público "inchado" dos estados escandinavos não acaba sendo uma aproximação disso. Acho que depende da "fluidez" desses empregados ser similar, e de boa parte ser de baixa qualificação, o que desconfio não ser bem o caso.






Citar
https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1010145

Employer of Last Resort: A Case Study of Argentina's Jefes Program
26 Pages Posted: 16 Oct 2008
Pavlina R. Tcherneva
Bard College - The Levy Economics Institute

L. Randall Wray
University of Missouri at Kansas City; Bard College - The Levy Economics Institute

Date Written: April 1, 2005

Abstract
Since 1997, a number of researchers (many of whom are now associated with the University of Missouri-Kansas City) have been advocating a job creation program that has been variously called the employer of last resort (ELR), job guarantee, public service employment, or buffer stock employment program. These proposals were based on earlier work by Hyman Minsky, Abba Lerner, Phillip Harvey, Wendell Gordon, and Charles Killingsworth and recalled the US New Deal experience with job creation programs. Most of the work so far has been at the theoretical level (Harvey 1989 and Ginsburg 1983 are important exceptions). However, Argentina recently adopted a job creation program that is explicitly based on our proposals. This paper provides a preliminary analysis of Argentina's experience.

Through most of the 1990s, Argentina was the poster child for the Washington Consensus, adopting a currency board, opening markets, downsizing government, and freeing capital. After its economy collapsed and unemployment and poverty skyrocketed, it implemented a limited employer of last resort program called Plan Jefes de Hogar, to provide jobs to poor heads of households. A Labor Ministry economist, Daniel Kostzer, had become familiar with the ELR proposals developed in the US and helped to design and implement the Jefes program. By most measures, the program has been a tremendous success, providing jobs to 2 million workers, or about 5% of the population and 13% of the labor force.



Offline Entropia

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #18 Online: 09 de Julho de 2019, 11:45:56 »
Qual a diferença prática entre uma abertura comercial e uma inovação tecnológica que substitua mão-de-obra em termos de desemprego?

Emprego é um fim em si mesmo?

Porque protecionismo só se limita à escala país? Porque o Pará não imprime barreiras comerciais a São Paulo de maneira a proteger sua possível indústria em desenvolvimento?

Offline JJ

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #19 Online: 10 de Julho de 2019, 12:26:41 »
Francamente, a indústria, o famoso setor secundário tem tido cada vez menos peso em economias desenvolvidas, na  formação do PIB dessas economias o terceiro setor, o de serviços é o que tem tido cada vez mais destaque. A verdade é que que adquiriu competência no setor industrial adquiriu, quem nao adquiriu perdeu o bonde da história. O Brasil devia pensar a abertura de mercados para promover o seu terceiro setor e primeiro setor, o agrícola, e não ficar insistindo numa queda de braços improdutiva em setores mais blindados como o da indústria.


O RS-28 Sarmat, o F-35 Lightning II, o F-22 Raptor , o M1 Abrams, o tanque T-90 , o foguete Soyuz, o USS Gerald R. Ford (CVN-78),  o Falcon Heavy, o foguete peso-pesado da SpaceX, o CERN, o Fermilab, a  Toyota Motor Corporation, a Mitsubishi Corporation, a General Motors Corporation, a  Hyundai Corporation, a Geely Automobile, a SAIC  Shanghai Automotive Industry Corporation, a Airbus Group SE, a BAE Systems, a Boeing, a  Raytheon Company, a Mittal Steel,  a Arcelor Mittal, a Nippon Steel, a Posco, Baosteel,  Corus Group,  a Nucor, a ThyssenKrupp, a Saudi Aramco, a Gazprom, a National Iranian Oil Company, a ExxonMobil, a Rosneft, a  Royal Dutch Shell, a PetroChina, a  Pemex, a Chevron, Kuwait Petroleum Company, a BP, a Total, e o seu carro , o seu celular, o seu computador e a sua TV  mandam-lhe calorosas lembranças de como a indústria não é importante.

« Última modificação: 10 de Julho de 2019, 12:34:01 por JJ »

Offline Gorducho

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #20 Online: 10 de Julho de 2019, 12:45:25 »
Qual a diferença prática entre uma abertura comercial e uma inovação tecnológica que substitua mão-de-obra em termos de desemprego?
A "inovação tecnológica" seria operada — ainda que com reduzido uso de humanos (mesmo say: OrlyVAL, AirTrain & assemelhados... requerem funcionários :ok:) — dentro do país ⇔ menos desemprego & empregos + qualificados :ok:
E ainda tem a questão do "balanço de pagamentos"; es decir: a necessidade de faturar moedas estrangeiras pra fazer frente aos pagos de importações puras :no:
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Emprego é um fim em si mesmo?
:ok: ócio endêmico ainda que subsidiado pelo Estado Nacional não é bom socialmente :no:
Citar
Porque protecionismo só se limita à escala país? Porque o Pará não imprime barreiras comerciais a São Paulo de maneira a proteger sua possível indústria em desenvolvimento?
Porque o globo atual vive sob o paradigma de Estados Nacionais. Só por paradigma político. Até pouco tempos atrás era comum haver barreiras intra-nações — inclusive c/exigência de documentos especiais ("passaportes") pra nacionais poderem se deslocar intra-nacionalmente.
Short answer pra seu questionamento: paradigma Político. 
« Última modificação: 10 de Julho de 2019, 13:01:02 por Gorducho »

Offline Entropia

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #21 Online: 10 de Julho de 2019, 15:01:13 »
A "inovação tecnológica" seria operada — ainda que com reduzido uso de humanos (mesmo say: OrlyVAL, AirTrain & assemelhados... requerem funcionários :ok:) — dentro do país ⇔ menos desemprego & empregos + qualificados :ok:
E ainda tem a questão do "balanço de pagamentos"; es decir: a necessidade de faturar moedas estrangeiras pra fazer frente aos pagos de importações puras :no:

Não há garantia de aumento líquido ou permanência do nível de emprego com um avanço tecnológico desse tipo, os empregos podem simplesmente sumir e os desempregados se realocam para outros setores, sabe-se lá quando. Mas de qualquer forma, pode-se analisar as importações da mesma forma. Setores X e Y que não conseguem competir com o mercado externo se prejudicam e geram desemprego, mas setores W e Z se beneficiam dos menores preços dos importados e aumentam emprego. Vantagens comparativas.

:ok: ócio endêmico ainda que subsidiado pelo Estado Nacional não é bom socialmente :no:

Então vale abrir buracos nas ruas pra empregar pessoas para tapá-los? Quebrar janela de vizinhos para que estes contratem alguém pra substituir ou consertar?

Porque o globo atual vive sob o paradigma de Estados Nacionais. Só por paradigma político. Até pouco tempos atrás era comum haver barreiras intra-nações — inclusive c/exigência de documentos especiais ("passaportes") pra nacionais poderem se deslocar intra-nacionalmente.
Short answer pra seu questionamento: paradigma Político.

Minha pergunta ia no sentido de que: Se protecionismo com outros países é bom porque ajuda a desenvolver a industria de um local X, porque não fazer protecionismo de estado contra outros estados para desenvolver individualmente a indústria desses?

Offline Sergiomgbr

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #22 Online: 10 de Julho de 2019, 15:15:30 »
Porque estados de uma mesma nação estão sob um mesmo regime tributario???
« Última modificação: 10 de Julho de 2019, 15:17:39 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gorducho

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #23 Online: 10 de Julho de 2019, 15:44:18 »
Não há garantia de aumento líquido
Claro que não tem aumento nenhum :!: É simplesmente a opção entre 100% de desemprego ou ALGUNS empregos exigindo maior qualificação.
Es decir (pra ficar no exemplo :ok:): entre (i) IMPORTAR comboios leves ou (ii) projetá-los e confecciona-los ao menos parcialmente dentro do Estado Nacional em tela; (ii) produz + empregos. E mais qualificados se se considerar que seja alta tecnologia do que estamos tratando...
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Mas de qualquer forma, pode-se analisar as importações da mesma forma. Setores X e Y que não conseguem competir com o mercado externo se prejudicam e geram desemprego, mas setores W e Z se beneficiam dos menores preços dos importados e aumentam emprego. Vantagens comparativas.
Certes... certes... DESDE QUE os setores beneficiários sejam de alta tecnologia interna. Se não estaremos a retornar ou permanecer sempre ao nível extrativista pra pagar importação de bens elaborados.
No seu exemplo, seja que não consegue competir o setor de comboios e importa-se material rodante e correlacionado pra  TGVs/Trams/VALs &c. &c...
MAS SE BENEFICIA de menores preços de insumos importados say o projeto e fabricação de equipos pra 4G; ou o setor de projeto & fabricação de equipos p/engenharia médica (ressonâncias magnéticas, robôs pra cirurgias...); outros setores de alta tecnologia... =  :ok: :ok: :ok: :ok:
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Então vale abrir buracos nas ruas pra empregar pessoas para tapá-los?
Não abrir —  besides: no caso particular de cá no Brasil, o que não falta são buracos nas vias, de sorte que mandar abrir + outros |( —  + obras públicas certamente é melhor alternativa pra simples distribuição monetária por parte do Estado :ok: — e muito piormente se nada receberem NEM conseguirem empregos, claro!
[Ab Urbe Condita — Numa Pompilio, destaque meu (claro)]
Clauso eo cum omnium circa finitimorum societate ac fœderibus iunxisset animos, positis externorum periculorum curis, ne luxuriarent otio animi quos metus hostium disciplinaque militaris continverat, omnium primum, rem ad multitudinem imperitam et illis sæculis rudem efficacissimam, deorum metum iniciendum ratus est. Qui cum descendere ad animos sine aliquo commento miraculi non posset, simulat sibi cum dea Egeria congressus nocturnos esse; eius se monitu quæ acceptissima dis essent sacra instituere, sacerdotes suos cuique deorum præficere.
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Quebrar janela de vizinhos para que estes contratem alguém pra substituir ou consertar?
Vou ignorar...
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Minha pergunta ia no sentido de que: Se protecionismo com outros países é bom porque ajuda a desenvolver a industria de um local X, porque não fazer protecionismo de estado contra outros estados para desenvolver individualmente a indústria desses?
De novo: paradigma atual de "Estados Nacionais" territorialmente delimitados.
E, sim, frequentemente isso é considerado desejável pelos governos. As "zonas francas", say: ZFM; ZOFRI; Ushuaia que não sei se ainda existe :?:... Só pra citar cá pelas redondezas :ok:
« Última modificação: 10 de Julho de 2019, 16:35:41 por Gorducho »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Acordo Mercosul e União Europeia é prejudicial para a indústria nacional?
« Resposta #24 Online: 10 de Julho de 2019, 19:33:47 »
Qual a diferença prática entre uma abertura comercial e uma inovação tecnológica que substitua mão-de-obra em termos de desemprego?

Acredito que abertura comercial é algo análoga a não a uma, mas múltiplas inovações tecnológicas mais bruscamente disruptoras em termos de desemprego. De modo geral a inovação tecnológica deve ser algo mais gradual em ter algum efeito -- ainda deve haver cobrador de ônibus na maior parte das companhias, apesar disso ser obsoleto, por exemplo. Talvez em parte por demanda do setor. Quando não há essa demanda pela continuidade do emprego de pessoas que seriam substituídas por tecnologia, a sua adoção deve em geral ser consideravelmente mais gradual e específica a algum setor. Já importação de coisas mais baratas deve tender a afetar múltiplos setores ao mesmo tempo.

Lembrando que esse efeito é o que ocorre num país mais rico, quando abre para um mais pobre. Ou, mais pobre, mas com essa produção mais barata.



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Emprego é um fim em si mesmo?

Para o empregador, é um meio para o lucro, e para o empregado, um meio para o fim do sustento próprio e da família.



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Porque protecionismo só se limita à escala país? Porque o Pará não imprime barreiras comerciais a São Paulo de maneira a proteger sua possível indústria em desenvolvimento?

Acho que haverá sim competições "protecionistóides" análogas, dentro do que for permitido por lei. Desde vantagens tributárias concorrendo por empresas (ICMS principalmente, acho), até "moedas paralelas" em pequenas localidades.

 

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