Autor Tópico: A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia  (Lida 841 vezes)

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Offline Eu

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A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Online: 07 de Novembro de 2019, 01:05:31 »
Proletário de casaca
Friedrich Engels, o milionário que dava dinheiro para Karl Marx pregar o comunismo, era um homem incomum - não gostava de trabalhar, bebia muito e dava festas em homenagem ao seu próprio bigode








POLÍTICA E BOEMIA
Biografia revela as noitadas, insolências,
brigas e manias de Friedrich Engels

Com uma prosa divertida, analítica e enriquecida com episódios indiscretos da vida de um célebre comunista, o historiador britânico Tristram Hunt sacode a poeira secular que envolve a esmaecida imagem em preto e branco desse senhor alemão barbudo e sonolento chamado Friedrich Engels (1820-1894) e o retrata de forma vívida na recém-lançada biografia “Comunista de Casaca” (Record). O livro explora com humor, e sem ser leviano, as contradições intrínsecas à condição de Engels: advogado e magnata da indústria têxtil que defendia o fim da propriedade privada, praticante entusiasmado da caça à raposa (esporte caríssimo da burguesia inglesa), excêntrico que ensinou o seu cão a latir ao ouvir o comando: “Pegue o burguês”. Autor do histórico lema revolucionário “Trabalhadores do mundo todo, uni-vos”, desfecho do “Manifesto do Partido Comunista”, Engels foi amigo leal e também mecenas do pensador alemão Karl Marx, a quem bancou ao longo de quatro décadas, além de ajudar na criação de suas filhas e assumir a paternidade de um filho bastardo do companheiro para protegê-lo de um escândalo social.

Ao investigar a formação moral e intelectual do jovem Engels, o autor aproxima-se da trajetória pessoal do seu biografado, descrevendo o seu estilo de vida peculiar e suas aventuras etílicas, políticas, sexuais e profissionais. Um marco em sua vida se deu aos 22 anos, quando foi enviado pela família à Inglaterra para tomar conta dos negócios em Manchester. Essa mudança lhe custou um sacrifício enorme: deixar bebedeiras e boemia e trabalhar como “um escravo”, segundo dizia. A vida de magnata, no entanto, não devia ser tão dura assim, já que nunca impediu suas fugidas para Paris em busca de diversão. “Se as francesas não existissem, não valeria a pena viver”, escreveu a Marx em uma dessas escapadas. Ele manteve relações estáveis com três mulheres, mas gostava de participar de bacanais e de pagar por sexo.


FAMÍLIA
Marx (à dir.), com sua esposa,
e Engels (à esq.) com as duas filhas
do amigo: foi ele quem ajudou a criá-las

O trabalho tampouco o fez abandonar o costume de tomar seus drinques ao longo do dia.“Temos um estoque de cerveja no escritório; embaixo da mesa, atrás do fogão, atrás do guarda-louça, por toda a parte há garrafas de cerveja”. Também manteve os cochilos após o almoço: “Sempre foi desagradável ir correndo para a mesa de trabalho depois da refeição, quando a gente sente uma preguiça danada (…) fixamos duas belas redes no sótão para a sesta.” O autor frisa que foi nessa temporada em Londres, entre cochilos e cervejas, que Engels escreveu o clássico “A Condição da Classe Trabalhadora na Inglaterra em 1844”, livro em que ele reporta como viviam as famílias operárias no início da industrialização inglesa – isso sem nunca descuidar do estilo bon vivant e do jeito de dom-juan que o faziam um homem extremamente vaidoso. De sua temporada militar, que abominou, tem uma boa recordação: o fascínio que exercia ao vestir o seu uniforme cintilante. Descreveu-o em detalhes em carta à irmã Marie. “Azul com colarinho preto adornado com duas listras douradas e debruns pretos com listras amarelas ao lado de rolotês vermelhos (…).”

O bigode também era assunto sério. Engels adotou o seu uso como uma forma de subversão aos costumes, já que em meados do século XIX a exibição de pelos no rosto era associada a grupos radicais e rebeldes. Gozador, ele chegou a organizar uma festa do bigode, como revela: “Tivemos uma noite do bigode na adega da prefeitura. Convidei todos os homens jovens, que tinham ­condição de usar um bigode como o meu, dizendo que havia chegado a hora de escandalizar os filisteus (referência à burguesia de “espírito acanhado e vulgar”). O zelo pelo bigode foi sucedido pelos cuidados com a barba. Provocador, Engels cultivava um ar insolente e era pouco permeável a críticas. Quando se ofendia, marcava um duelo, como se lê na carta a Marx, em 1852. “Tive dois duelos aqui (Londres) nas últimas quatro semanas. O primeiro adversário retirou a palavra insultuosa ‘estúpido’, que me dirigiu depois que lhe dei um soco no ouvido. Lutei com um segundo ontem e lhe deixei uma bela marca acima da sobrancelha, de alto a baixo na testa, um golpe primoroso.”


Offline Gigaview

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #1 Online: 07 de Novembro de 2019, 01:43:59 »
Não sabia que Engels é o pai da esquerda festiva.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Muad'Dib

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #2 Online: 07 de Novembro de 2019, 07:34:00 »
Eu só acredito em comunista que transforma água em vinho.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #3 Online: 07 de Novembro de 2019, 09:46:25 »
Que surpresa, o cara era um típico vagabundo exatamente igual aos mortadelas atuais.

Offline JJ

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #4 Online: 07 de Novembro de 2019, 12:10:20 »
Que surpresa, o cara era um típico vagabundo exatamente igual aos mortadelas atuais.


Ele vivia como um rico, simplesmente isso, riquinhos vivem desse jeito mesmo,  é bem interessante que você chame a vida de um rico como sendo a vida de um vagabundo.  Muitos vermelhos concordariam com você que ricos vivem como vagabundos  (imorais festeiros puteiros, usuários da droga álcool, hipócritas e na realidade anti família tradicional).



 :ok:
« Última modificação: 07 de Novembro de 2019, 12:18:52 por JJ »

Offline JJ

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #5 Online: 07 de Novembro de 2019, 12:17:46 »

E muitos riquinhos brazucas gostam bastante de bebidas alcoólicas  (urina de fungos) e pagam caro por garrafas de whisky importado, e se acham o máximo ao mostrar que são uns drogados usuários de urina de fungo  importada e cara.


 :histeria:

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #6 Online: 07 de Novembro de 2019, 13:18:17 »
O problema nunca foi pelo sujeito ser rico, o problema foi querer socializar o dos outros.

Socialista de verdade tem que socializar os próprios bens, não os que comprei com meu trabalho.

E vc pode acreditar que as condições de trabalhos dos empregados dele eram tão ruins quanto os outros da época.


Offline Pedro Reis

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #7 Online: 07 de Novembro de 2019, 16:16:45 »
Que surpresa, o cara era um típico vagabundo exatamente igual aos mortadelas atuais.


Ele vivia como um rico, simplesmente isso, riquinhos vivem desse jeito mesmo,  é bem interessante que você chame a vida de um rico como sendo a vida de um vagabundo.  Muitos vermelhos concordariam com você que ricos vivem como vagabundos  (imorais festeiros puteiros, usuários da droga álcool, hipócritas e na realidade anti família tradicional).



 :ok:


Engraçado, eu pensei algo parecido.

Engels era um magnata da indústria textil e provavelmente muitos magnatas da indústria, ou herdeiros destes, tiveram um estilo de vida semelhante. A única diferença talvez é que Engels era um burguês boêmio hedonista mas ainda tinha alguma compaixão por aquelas pessoas que levavam uma vida miserável. A maioria dos outros "Engels" da época nem se importariam, não perderiam um segundo das suas boas vidas pensando em toda aquela gente que sobrevivia em condições sub-humanas.

Mas é justamente um cara como ele que é odiado, demonizado e tachado de "vagabundo". Não todos os outros. Um "vagabundo como qualquer outro mortadela". Quer dizer, para um anti-comunista, se você é estupidamente rico e leva uma vida completamente fútil e egoísta, torrando seu dinheiro com mulheres e bebedeiras, não tem problema nenhum.

O grande erro, o desvio de caráter imperdoável, não é levar uma vida egoísta e improdutiva. É ter qualquer tipo de inclinação humanista.

Mas isso tudo depende do ponto de vista de cada um. A contradição em um comunista seria admirar pessoas como Engels, Chico Buarque e Oscar Niemayer, mas ao mesmo tempo estabelecer uma condenação moral e um juízo depreciativo de valor sobre outras pessoas apenas por terem um padrão e estilo de vida semelhantes.

Offline Pedro Reis

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #8 Online: 07 de Novembro de 2019, 16:21:35 »
Uma vez li em um muro: "Qualquer um que tem mais do que precisa está roubando."

É o ponto de vista de um marxista raiz.

Que provavelmente admira várias pessoas que têm muito, muito mais, bastante mais do que precisam.

Offline Geotecton

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #9 Online: 07 de Novembro de 2019, 16:33:56 »
Uma vez li em um muro: "Qualquer um que tem mais do que precisa está roubando."

É o ponto de vista de um marxista raiz.

Que provavelmente admira várias pessoas que têm muito, muito mais, bastante mais do que precisam.

Eu concordo.

A única diferença está na quantificação do 'necessário suficiente'.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #10 Online: 07 de Novembro de 2019, 16:39:35 »
Haja visto o sufoco que tem que passar alguns funcionários públicos com o miserê que o governo paga. Coisa de 20 merrecas.











O problema nunca foi pelo sujeito ser rico, o problema foi querer socializar o dos outros.

Socialista de verdade tem que socializar os próprios bens, não os que comprei com meu trabalho.

E vc pode acreditar que as condições de trabalhos dos empregados dele eram tão ruins quanto os outros da época.



Acho que de modo geral não vêem como tão questionável essa situação, "aquilo que eu comprei com meu próprio trabalho." A maior parte da riqueza oligárquica e determinante das classes é herdada, não veio diretamente do trabalho daqueles que gozam dela, de um ponto de partida comum.

E, dotados dessa riqueza, estão em condições mais favoráveis de explorar imoralmente aqueles em condição inferior. Como cobrando aluguéis cada vez mais caros e confiscando seus bens caso não consigam pagar. Tem até quem tenha a pachorra de falar com todas as letras, "tanto faz se o presidente vai ser A ou B, o que importa é que a tendência é de aumentar a população mais pobre, que exploramos dessa forma; eles são reféns da pobreza, à nossa mercê." Em curso para outros investidores aprenderem as mesmas práticas de transformar favelados em sem-teto, para seu lucro pessoal.

Offline Sergiomgbr

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #11 Online: 07 de Novembro de 2019, 17:28:27 »
Uma vez li em um muro: "Qualquer um que tem mais do que precisa está roubando."

É o ponto de vista de um marxista raiz.

Que provavelmente admira várias pessoas que têm muito, muito mais, bastante mais do que precisam.

Eu concordo.

A única diferença está na quantificação do 'necessário suficiente'.
Quem será que decide  o  que  o  outro  precisa? ::)
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #12 Online: 07 de Novembro de 2019, 17:46:15 »
Com certeza não é gente pobre e desqualificada, que simplesmente não tem a no-ção de como é ficar sem um carro de 300, 400 mil, ou operação dentária de 200 mil, que acha que dá no mesmo carro de menos de 30 mil, dentistinha de R$ 500. É coisa de literalmente mó-rrer ficar sem essas necessidades básicas!

Offline Sergiomgbr

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #13 Online: 07 de Novembro de 2019, 18:34:21 »
É duro, mas tem que ter alguém que compre bens de luxo para empregar quem os produz.
« Última modificação: 07 de Novembro de 2019, 18:38:56 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #14 Online: 07 de Novembro de 2019, 18:42:09 »
E os artistas  então,  o que  seria deles  sem  os mecenas....
Até onde eu sei eu não sei.

Offline -Huxley-

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #15 Online: 08 de Novembro de 2019, 00:39:25 »

Os ricos exploram os pobres porque cobram preços abusivos pelas suas mercadorias. O correto é os produtores serem justos, cobrarem preços justos e ainda por cima cobrirem os possíveis prejuízos causados com a política de preços com o próprio bolso para que os empregados de sua empresa não sejam demitidos. Quando eles não conseguem cobrar preços justos, é preciso que a mão justiceira do governo entre em ação para frear tanta ganância. Quando os produtores gananciosos querem se livrar desse controle governamental, eles escondem as mercadorias ofertadas, tal como acontece na Venezuela. Outra ganância é os ricos não pagarem um preço mínimo ou quantidade mínima justa das mercadorias que os pobres vendem. A proibição da demissão para quem ganha um salário mínimo na Venezuela não pegou como lei por causa da ganância de lucros dos empresários.

Quando há um furacão nos Estados Unidos, há até lei proibindo ganância de preços abusivos. Mas os coxinhas que tem tempo livre de sobra para enfrentar filas e que são donos de enormes caminhonetes, chegam cedo no posto de gasolina, põe um tanque de mil litros de gasolina para abastecer e depois consomem ou revendem a gasolina com preço controlado no mercado negro, retirando a gasolina de quem mais está disposto a pagar pela gasolina. Enfim, o problema de pobreza nesse mundo é que toda vez que se tenta combater a ganância controlando os preços, os coxinhas reagem gerando escassez ou excedente das mercadorias.

« Última modificação: 08 de Novembro de 2019, 16:32:38 por -Huxley- »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #16 Online: 08 de Novembro de 2019, 06:32:31 »
É duro, mas tem que ter alguém que compre bens de luxo para empregar quem os produz.

E depois a direitalha ainda vem questionar os salários supostamente "altos demais" do setor público, os gastos com carros de 400 mil para juízes e etc e tal, operações dentárias de 180 mil, etc.

O problema não é salários "altos demais" no setor público, mas sim baixos demais na iniciativa privada. A demanda por esses artigos ditos de "luxo" por parte dos servidores públicos apenas reduz isso em algum grau, comparada a um governo austero, que fique no miserê.

Fica claro que essa cobrança por "economia" nas contas públicas é apenas classismo terceiro-mundista, de gente que se acha rica só porque tem uma picape Renegade (não têm noção de como estão distantes dos realmente ricos, se acham imediatamente próximos), e quer que os outros continuem pobres, que o país em si, o governo, seja mais humilde, para manter assim sua sensação relativa de status social superior aos demais, bem como reduzir a demanda por ítens de luxo que geram renda aos mais pobres.

E nada do dito aí é "marxismo," antes que algum fascista venha fazer suas acusações-mantra reflexivas. Provavelmente o economista Eduardo Moreira, que tirou 10 em tudo com louvor em economia, em Harvard, que é banqueiro, não líder da CUT nem do MST, assinaria embaixo, talvez com algumas pequenas observações ou acréscimos.

Offline Eliphas Levi

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #17 Online: 08 de Novembro de 2019, 11:32:58 »
Que surpresa, o cara era um típico vagabundo exatamente igual aos mortadelas atuais.


Ele vivia como um rico, simplesmente isso, riquinhos vivem desse jeito mesmo,  é bem interessante que você chame a vida de um rico como sendo a vida de um vagabundo.  Muitos vermelhos concordariam com você que ricos vivem como vagabundos  (imorais festeiros puteiros, usuários da droga álcool, hipócritas e na realidade anti família tradicional).



 :ok:


Engraçado, eu pensei algo parecido.

Engels era um magnata da indústria textil e provavelmente muitos magnatas da indústria, ou herdeiros destes, tiveram um estilo de vida semelhante. A única diferença talvez é que Engels era um burguês boêmio hedonista mas ainda tinha alguma compaixão por aquelas pessoas que levavam uma vida miserável. A maioria dos outros "Engels" da época nem se importariam, não perderiam um segundo das suas boas vidas pensando em toda aquela gente que sobrevivia em condições sub-humanas.

Mas é justamente um cara como ele que é odiado, demonizado e tachado de "vagabundo". Não todos os outros. Um "vagabundo como qualquer outro mortadela". Quer dizer, para um anti-comunista, se você é estupidamente rico e leva uma vida completamente fútil e egoísta, torrando seu dinheiro com mulheres e bebedeiras, não tem problema nenhum.

O grande erro, o desvio de caráter imperdoável, não é levar uma vida egoísta e improdutiva. É ter qualquer tipo de inclinação humanista.
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Offline Eu

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #18 Online: 08 de Novembro de 2019, 14:33:50 »
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Engels era um magnata da indústria textil e provavelmente muitos magnatas da indústria, ou herdeiros destes, tiveram um estilo de vida semelhante. A única diferença talvez é que Engels era um burguês boêmio hedonista mas ainda tinha alguma compaixão por aquelas pessoas que levavam uma vida miserável. A maioria dos outros "Engels" da época nem se importariam, não perderiam um segundo das suas boas vidas pensando em toda aquela gente que sobrevivia em condições sub-humanas.

Será que não? Há várias formas de se preocupar. O problema é que o Engels ajudou a criar uma ideologia que matou 100 milhões de pessoas. Tudo bem que pode-se dizer que não era isso que ele queria, mas seria melhor para o mundo que não tivesse feito nada.

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Mas é justamente um cara como ele que é odiado, demonizado e tachado de "vagabundo". Não todos os outros. Um "vagabundo como qualquer outro mortadela". Quer dizer, para um anti-comunista, se você é estupidamente rico e leva uma vida completamente fútil e egoísta, torrando seu dinheiro com mulheres e bebedeiras, não tem problema nenhum.

A crítica que se faz ao Engels é a sua biografia que não condizia com a sua pregação. Ele pregava o fim da propriedade privada, por exemplo, mas apenas a dos outros.
 
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O grande erro, o desvio de caráter imperdoável, não é levar uma vida egoísta e improdutiva. É ter qualquer tipo de inclinação humanista.

Nem tão humanista assim, já que caçava raposas por esporte.

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Mas isso tudo depende do ponto de vista de cada um. A contradição em um comunista seria admirar pessoas como Engels, Chico Buarque e Oscar Niemayer, mas ao mesmo tempo estabelecer uma condenação moral e um juízo depreciativo de valor sobre outras pessoas apenas por terem um padrão e estilo de vida semelhantes.

O problema era a pregação deles que não condizia com o que faziam.
« Última modificação: 08 de Novembro de 2019, 14:42:04 por Eu »

Offline Sergiomgbr

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #19 Online: 08 de Novembro de 2019, 14:55:10 »
Que surpresa, o cara era um típico vagabundo exatamente igual aos mortadelas atuais.


Ele vivia como um rico, simplesmente isso, riquinhos vivem desse jeito mesmo,  é bem interessante que você chame a vida de um rico como sendo a vida de um vagabundo.  Muitos vermelhos concordariam com você que ricos vivem como vagabundos  (imorais festeiros puteiros, usuários da droga álcool, hipócritas e na realidade anti família tradicional).



 :ok:


Engraçado, eu pensei algo parecido.

Engels era um magnata da indústria textil e provavelmente muitos magnatas da indústria, ou herdeiros destes, tiveram um estilo de vida semelhante. A única diferença talvez é que Engels era um burguês boêmio hedonista mas ainda tinha alguma compaixão por aquelas pessoas que levavam uma vida miserável. A maioria dos outros "Engels" da época nem se importariam, não perderiam um segundo das suas boas vidas pensando em toda aquela gente que sobrevivia em condições sub-humanas.

Mas é justamente um cara como ele que é odiado, demonizado e tachado de "vagabundo". Não todos os outros. Um "vagabundo como qualquer outro mortadela". Quer dizer, para um anti-comunista, se você é estupidamente rico e leva uma vida completamente fútil e egoísta, torrando seu dinheiro com mulheres e bebedeiras, não tem problema nenhum.

O grande erro, o desvio de caráter imperdoável, não é levar uma vida egoísta e improdutiva. É ter qualquer tipo de inclinação humanista.
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Offline Euler1707

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #20 Online: 08 de Novembro de 2019, 20:31:35 »
O problema não é salários "altos demais" no setor público, mas sim baixos demais na iniciativa privada. A demanda por esses artigos ditos de "luxo" por parte dos servidores públicos apenas reduz isso em algum grau, comparada a um governo austero, que fique no miserê.

Eu sei que isso é paródia, mas isso não me deixa de ficar triste porque realmente eu vi gente dizendo isso, em mais de uma ocasião, dentro e fora da internet. Esse tipo de comentário, e mais o fato de que a maioria dos servidores públicos se encontram entre os 10% mais ricos da população, me faz pensar que o Brasil vive um regime de castas não muito melhor do que na índia. A melhor maneira de alguém ficar rico nesse país é entrando na máquina estatal, ganhando um salário que não corresponde à realidade do país e nem aos seus pares na iniciativa privada, e, que no final das contas, só serve para piorar a desigualdade social, sem falar, é claro, nos diferentes regimes que esses servidores estão inclusos, os tornando ainda mais privilegiados, tudo ás custas da população de maneira geral.

Offline Pedro Reis

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #21 Online: 09 de Novembro de 2019, 07:52:51 »

Será que não? Há várias formas de se preocupar. O problema é que o Engels ajudou a criar uma ideologia que matou 100 milhões de pessoas. Tudo bem que pode-se dizer que não era isso que ele queria, mas seria melhor para o mundo que não tivesse feito nada.


Pode ser, mas não há muitos registros de industriais vitorianos engajados na luta por melhores condições de vida para a classe operária.

Quando olhamos para um personagem como Friederich Engels devemos ter em mente que somos homens do século 21. Mas no século 19 a União Soviética ainda não tinha existido nem desmoronado. Stalin ainda não havia causado a morte de milhões de pessoas.

Talvez se Marx e Engels tivessem uma bola de cristal, poderiam ter "se preocupado" de outra forma. Ou seja, proposto algum outro modelo. Mas a tendência hoje é jogar Engels na mesma vala comum de um Stalin ou Pol Pot, o que é um equívoco. Porque estes foram homens que alcançaram o poder através de circunstâncias que existiram a partir do advento do marxismo, e se valeram do poder circunstancialmente alcançado com absoluto desprezo pela vida humana.

Uma consequência até comum dos sistemas totalitários de qualquer espécie. Psicopatas ambiciosos são particularmente hábeis para alcançar o poder seja em uma ditadura ou em uma democracia. Mas quando há pouca limitação para o poder de um psicopata os resultados podem ser terríveis.

Mas lembre-se que Engels não tinha bola de cristal nem foi um ditador sanguinário. Porém vivia em uma sociedade onde o sistema capitalista de então submetia milhões de trabalhadores a uma vida de barbárie. Daí movimentos como o anarquismo e marxismo terem surgido como uma reação natural a essa condição de barbarismo. E sem reação, o que teria mudado? Sem uma Revolução Francesa, a Maria Antonieta teria feito alguma coisa para dar pão aos franceses que ela mandava comer brioches?

Não sei se teria sido melhor para o mundo se Marx e Engels não tivessem existido porque até os regimes fascistas precisaram criar leis e mecanismos de amparo aos trabalhadores como uma forma de conter os comunistas. De qualquer forma, se Engels e Marx não tivessem existido, teria havido outros com ideias semelhantes porque a insatisfação da classe operária não foi uma consequência do nascimento de um homem chamando Karl Marx. Foi uma consequência das condições que passaram a existir a partir do advento da Revolução Industrial.

A crítica que se faz ao Engels é a sua biografia que não condizia com a sua pregação. Ele pregava o fim da propriedade privada, por exemplo, mas apenas a dos outros.
 

Ele poderia ter vendido tudo que tinha e distribuído aos pobres como um São Francisco de Assis. Mas talvez tenha achado que isso não mudaria o mundo. Talvez tenha achado que usar sua fortuna para financiar o Marx faria maior diferença.



Nem tão humanista assim, já que caçava raposas por esporte.

No séc. 19 as raposas ainda não eram humanas.

O problema era a pregação deles que não condizia com o que faziam.

E o que eles faziam? Trabalhavam e ganhavam dinheiro?

Mas um comunista não prega que as pessoas não ganhem dinheiro. Muito menos que não trabalhem. O comunismo prega o fim da propriedade privada somente dos meios de produção. E para os menos extremistas seria um sistema onde o Estado interviria ativamente para diminuir a desigualdade e garantir que todos os cidadãos tenham acesso às necessidades básicas de saúde,
educação, emprego e habitação.

Certamente estes supra citados e outros simpatizantes do socialismo tiveram uma vida confortável, mas o que eu e o JJ achamos curioso é que vida confortável passe a ser sinônimo de vagabundagem - ou até uma falha de caráter - apenas quando o sujeito é simpático à ideologias socialistas. Se for um ricaço torrando a sua fortuna na boemia, mas sem nenhuma preocupação com os problemas sociais, aí tudo bem, né?

Nesse caso deixa de ser um "vagabundo".

PS: No caso específico do Engels, ele poderia ser sim tachado de hipócrita dependendo da forma como eram tratados seus próprios trabalhadores. Mas eu não sei muito sobre isso, talvez o livro examine essa questão.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #22 Online: 09 de Novembro de 2019, 08:54:06 »
Já expliquei o sentido da palavra vagabundo várias vezes, ele não era um vagabundo por ser rico mas por querer tomar e dividir o que não era dele.

O sujeito dava férias aos funcionários? Dias de descanso? Pagava algo além do que os outros industriais pagavam? Não,  mas no entanto queria dividir as propriedades dos outros sendo que ele mesmo não dividiria as dele mas é claro que teria a desculpa do " só quando o sistema for implantado totalmente e todos forem iguais".

O cara era um vagabundo sim, do pior tipo,  o típico vagabundo hipócrita que a esquerdalha abriga até hoje por isso a tal revolução nunca acaba.

« Última modificação: 09 de Novembro de 2019, 08:56:09 por Arcanjo Lúcifer »

Offline -Huxley-

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #23 Online: 09 de Novembro de 2019, 10:52:45 »
O quanto doava seus bens era compatível com o tamanho da carga tributária necessária para bancar o Estado socialista que pregava em O Manifesto Comunista? Já fundou ou bancou alguma empresa coletivizada?

"Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Arriscava a pele dos outros com teorias de gabinete, enquanto ele próprio parece ter ajudado mais os pobres quando não tinha planos deliberados para isso. Isso foi assim também porque sua teoria social é um desastre, e conduz inevitavelmente à ditadura. Ao que é respondido com os clichês surradíssimos "Não foi o socialismo de verdade" e "Deturparam Marx e Engels".
« Última modificação: 09 de Novembro de 2019, 10:54:47 por -Huxley- »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #24 Online: 09 de Novembro de 2019, 15:41:14 »
Já expliquei o sentido da palavra vagabundo várias vezes, ele não era um vagabundo por ser rico mas por querer tomar e dividir o que não era dele.

O sujeito dava férias aos funcionários? Dias de descanso? Pagava algo além do que os outros industriais pagavam? Não,  mas no entanto queria dividir as propriedades dos outros sendo que ele mesmo não dividiria as dele mas é claro que teria a desculpa do " só quando o sistema for implantado totalmente e todos forem iguais".

O cara era um vagabundo sim, do pior tipo,  o típico vagabundo hipócrita que a esquerdalha abriga até hoje por isso a tal revolução nunca acaba.



Ao que me parece (e não sei a fundo) ele não tinha funcionários, o PAI era dono de fábrica(s), não gostava de suas perspectivas, mas o sustentava, que por sua vez pagava Marx para algumas coisas.



O quanto doava seus bens era compatível com o tamanho da carga tributária necessária para bancar o Estado socialista que pregava em O Manifesto Comunista? Já fundou ou bancou alguma empresa coletivizada?

"Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Arriscava a pele dos outros com teorias de gabinete, enquanto ele próprio parece ter ajudado mais os pobres quando não tinha planos deliberados para isso.  [...]

Ad hominem raso.

É perfeitamente lógico você argumentar, "as regras deveriam ser diferentes para todos, isso faria um mundo melhor," ao mesmo tempo em que admite perder a competitividade se sozinho, espontaneamente, agisse de acordo com as regras sugeridas. E argumentavelmente você tem maiores chances de fazer lobby para uma mudança geral de regras se não se sacrifica jogando por elas enquanto os demais estão em condição de vantagem.





Trabalho infantil, alguém apóia aqui? Ser contra é coisa de comunista vagabundo?


Citar
https://sociedadeaberta.com.br/trabalho-infantil-durante-a-revolucao-industrial-inglesa/

[...] O que aconteceu com as crianças entre as paredes das fábricas se tornou uma matéria de interesse social e debate político que continua até hoje. Pessimistas como Alfred (1857), Engels (1926), Marx (1909), e Webb (1898) argumentavam que as crianças trabalhavam em condições deploráveis e eram exploradas pelos industrialistas. A imagem era pintada como “negras fábricas satânicas” onde crianças tão jovens quanto cinco e seis anos de idade trabalhavam por doze a dezesseis horas por dia, seis dias por semana sem recesso para refeição em lugares quentes, sujos e lotados para ganhar tão pouco quanto quatro xelins por semana. Reformadores clamavam por leis de trabalho infantil e depois de considerável debate, o parlamento tomou ação e instaurou uma comissão real de inquérito sobre o emprego de crianças. Otimistas, por outro lado, argumentaram que o trabalho das crianças nessas fábricas era benéfico para a criança, família e para o país, e que as condições não eram piores do que nas fazendas, em casebres ou em chaminés. Ure (1835) e Clapman (1926) argumentavam que o trabalho era fácil para crianças e ajudavam-nas a fazer uma contribuição necessária para a renda de suas famílias. Muitos donos de fábricas alegavam que empregar crianças era necessário para a produção funcionar perfeitamente e seus produtos se manterem competitivos. John Wesley, o fundador do metodismo, recomendava trabalho infantil para prevenir a desocupação e os vícios juvenis. Ivy Pinchbeck (1930) apontava, também, que as horas de trabalho e as condições eram tão ruins nas antigas indústrias domésticas quanto nas fábricas industriais. [...]


 

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