Autor Tópico: A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia  (Lida 842 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #25 Online: 09 de Novembro de 2019, 15:58:21 »
O problema não é salários "altos demais" no setor público, mas sim baixos demais na iniciativa privada. A demanda por esses artigos ditos de "luxo" por parte dos servidores públicos apenas reduz isso em algum grau, comparada a um governo austero, que fique no miserê.

Eu sei que isso é paródia, mas isso não me deixa de ficar triste porque realmente eu vi gente dizendo isso, em mais de uma ocasião, dentro e fora da internet. Esse tipo de comentário, e mais o fato de que a maioria dos servidores públicos se encontram entre os 10% mais ricos da população, me faz pensar que o Brasil vive um regime de castas não muito melhor do que na índia. A melhor maneira de alguém ficar rico nesse país é entrando na máquina estatal, ganhando um salário que não corresponde à realidade do país e nem aos seus pares na iniciativa privada, e, que no final das contas, só serve para piorar a desigualdade social, sem falar, é claro, nos diferentes regimes que esses servidores estão inclusos, os tornando ainda mais privilegiados, tudo ás custas da população de maneira geral.

Na verdade, acho que todos os principais elementos dessa "paródia" são quase que apenas recortes verbatim com os quais me deparei por aí. :/

Junto da defesa de salários de casta superior no funcionalismo público, ainda tem o argumento de quem é contra é por inveja.

Offline -Huxley-

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #26 Online: 09 de Novembro de 2019, 19:41:49 »
Ad hominem raso.

É perfeitamente lógico você argumentar, "as regras deveriam ser diferentes para todos, isso faria um mundo melhor," ao mesmo tempo em que admite perder a competitividade se sozinho, espontaneamente, agisse de acordo com as regras sugeridas. E argumentavelmente você tem maiores chances de fazer lobby para uma mudança geral de regras se não se sacrifica jogando por elas enquanto os demais estão em condição de vantagem.

Esse papo de "prejudicar a competitividade" só faria sentido se Engels investisse e reinvestisse quase tudo que ganhasse. Acontece que o Engels tinha um consumo grande (obviamente, esses recursos não eram destinados a investimento), típico de boêmio, e transformar a maior parte desse consumo em doação de bens afetaria em nada o status quo da eficácia de seus negócios. O que aconteceu com ele pode ser o que Mário Henrique Simonsen ironicamente já disse: "Lágrima de intelectual não enche barriga de pobre, assim como o vazio da barriga do pobre não estraga férias europeias de intelectual". Não existe qualquer argumento ad hominen em apontar que o próprio autor não acredita no que diz porque não age de acordo com o que diz. O quanto você "acredita" em alguma coisa pode se manisfestar somente do que você está disposto a arriscar por ela.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #27 Online: 09 de Novembro de 2019, 20:46:49 »
Já expliquei o sentido da palavra vagabundo várias vezes, ele não era um vagabundo por ser rico mas por querer tomar e dividir o que não era dele.

O sujeito dava férias aos funcionários? Dias de descanso? Pagava algo além do que os outros industriais pagavam? Não,  mas no entanto queria dividir as propriedades dos outros sendo que ele mesmo não dividiria as dele mas é claro que teria a desculpa do " só quando o sistema for implantado totalmente e todos forem iguais".

O cara era um vagabundo sim, do pior tipo,  o típico vagabundo hipócrita que a esquerdalha abriga até hoje por isso a tal revolução nunca acaba.



Ao que me parece (e não sei a fundo) ele não tinha funcionários, o PAI era dono de fábrica(s), não gostava de suas perspectivas, mas o sustentava, que por sua vez pagava Marx para algumas coisas.



O quanto doava seus bens era compatível com o tamanho da carga tributária necessária para bancar o Estado socialista que pregava em O Manifesto Comunista? Já fundou ou bancou alguma empresa coletivizada?

"Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Arriscava a pele dos outros com teorias de gabinete, enquanto ele próprio parece ter ajudado mais os pobres quando não tinha planos deliberados para isso.  [...]

Ad hominem raso.

É perfeitamente lógico você argumentar, "as regras deveriam ser diferentes para todos, isso faria um mundo melhor," ao mesmo tempo em que admite perder a competitividade se sozinho, espontaneamente, agisse de acordo com as regras sugeridas. E argumentavelmente você tem maiores chances de fazer lobby para uma mudança geral de regras se não se sacrifica jogando por elas enquanto os demais estão em condição de vantagem.





Trabalho infantil, alguém apóia aqui? Ser contra é coisa de comunista vagabundo?


Citar
https://sociedadeaberta.com.br/trabalho-infantil-durante-a-revolucao-industrial-inglesa/

[...] O que aconteceu com as crianças entre as paredes das fábricas se tornou uma matéria de interesse social e debate político que continua até hoje. Pessimistas como Alfred (1857), Engels (1926), Marx (1909), e Webb (1898) argumentavam que as crianças trabalhavam em condições deploráveis e eram exploradas pelos industrialistas. A imagem era pintada como “negras fábricas satânicas” onde crianças tão jovens quanto cinco e seis anos de idade trabalhavam por doze a dezesseis horas por dia, seis dias por semana sem recesso para refeição em lugares quentes, sujos e lotados para ganhar tão pouco quanto quatro xelins por semana. Reformadores clamavam por leis de trabalho infantil e depois de considerável debate, o parlamento tomou ação e instaurou uma comissão real de inquérito sobre o emprego de crianças. Otimistas, por outro lado, argumentaram que o trabalho das crianças nessas fábricas era benéfico para a criança, família e para o país, e que as condições não eram piores do que nas fazendas, em casebres ou em chaminés. Ure (1835) e Clapman (1926) argumentavam que o trabalho era fácil para crianças e ajudavam-nas a fazer uma contribuição necessária para a renda de suas famílias. Muitos donos de fábricas alegavam que empregar crianças era necessário para a produção funcionar perfeitamente e seus produtos se manterem competitivos. John Wesley, o fundador do metodismo, recomendava trabalho infantil para prevenir a desocupação e os vícios juvenis. Ivy Pinchbeck (1930) apontava, também, que as horas de trabalho e as condições eram tão ruins nas antigas indústrias domésticas quanto nas fábricas industriais. [...]



Então o cara era realmente um vagabundo no sentido exato da palavra.

Offline Pedro Reis

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #28 Online: 09 de Novembro de 2019, 21:07:28 »

Então o cara era realmente um vagabundo no sentido exato da palavra.

Não. Com 22 anos ele já dirigia uma das fábricas da família em Weaste na Inglaterra.

Depois foi um escritor profícuo com dezenas de obras publicadas.

Offline Gigaview

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #29 Online: 09 de Novembro de 2019, 22:50:07 »

Então o cara era realmente um vagabundo no sentido exato da palavra.

Não. Com 22 anos ele já dirigia uma das fábricas da família em Weaste na Inglaterra.

Depois foi um escritor profícuo com dezenas de obras publicadas.

Então, além de vagabundo, era hipócrita. A história também está repleta de ótimos escritores vagabundos.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Pedro Reis

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #30 Online: 09 de Novembro de 2019, 22:52:24 »
Ad hominem raso.

É perfeitamente lógico você argumentar, "as regras deveriam ser diferentes para todos, isso faria um mundo melhor," ao mesmo tempo em que admite perder a competitividade se sozinho, espontaneamente, agisse de acordo com as regras sugeridas. E argumentavelmente você tem maiores chances de fazer lobby para uma mudança geral de regras se não se sacrifica jogando por elas enquanto os demais estão em condição de vantagem.

Esse papo de "prejudicar a competitividade" só faria sentido se Engels investisse e reinvestisse quase tudo que ganhasse. Acontece que o Engels tinha um consumo grande (obviamente, esses recursos não eram destinados a investimento), típico de boêmio, e transformar a maior parte desse consumo em doação de bens afetaria em nada o status quo da eficácia de seus negócios. O que aconteceu com ele pode ser o que Mário Henrique Simonsen ironicamente já disse: "Lágrima de intelectual não enche barriga de pobre, assim como o vazio da barriga do pobre não estraga férias europeias de intelectual". Não existe qualquer argumento ad hominen em apontar que o próprio autor não acredita no que diz porque não age de acordo com o que diz. O quanto você "acredita" em alguma coisa pode se manisfestar somente do que você está disposto a arriscar por ela.

Não me contrataram para advogado de Friedrich Engels e eu realmente não sei qual era a índole desse homem, mas o seu argumento faria mais sentido para alguém como Edir Macedo ou Silas Malafaia.

Estes comprovam pelo comportamento que não acreditam no que pregam.

Fazer caridade é bom, mas Engels não pregava caridade. E ele certamente sabia que caridade não mudaria a estrutura da sociedade. Caridade muitos já faziam e de pouquíssimo adiantava.

Eu não posso concluir que ele não acreditava nas suas ideias porque não doava dinheiro aos pobres ( nem sei se doava ). Porque a ideologia que ele ajudou a construir não preconizava que a solução para a injustiça social viria da caridade.

Offline Pedro Reis

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #31 Online: 09 de Novembro de 2019, 23:05:52 »

Então o cara era realmente um vagabundo no sentido exato da palavra.

Não. Com 22 anos ele já dirigia uma das fábricas da família em Weaste na Inglaterra.

Depois foi um escritor profícuo com dezenas de obras publicadas.

Então, além de vagabundo, era hipócrita. A história também está repleta de ótimos escritores vagabundos.

Isso aí me lembrou a história contada por um escritor do qual já não me recordo o nome...

Estava fazendo obras na casa enquanto batalhava para terminar um romance de 800 páginas que tinha consumido quase toda a sua vida nos últimos anos.

Enquanto o escritor suava sobre uma pequena máquina de escrever para terminar o último capítulo, um dos operários o observava.

Depois de um tempo o homem diz: "É dotô, se eu soubesse bater nesse troço aí eu também não trabalhava não."

Offline -Huxley-

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #32 Online: 10 de Novembro de 2019, 08:06:03 »
Ad hominem raso.

É perfeitamente lógico você argumentar, "as regras deveriam ser diferentes para todos, isso faria um mundo melhor," ao mesmo tempo em que admite perder a competitividade se sozinho, espontaneamente, agisse de acordo com as regras sugeridas. E argumentavelmente você tem maiores chances de fazer lobby para uma mudança geral de regras se não se sacrifica jogando por elas enquanto os demais estão em condição de vantagem.

Esse papo de "prejudicar a competitividade" só faria sentido se Engels investisse e reinvestisse quase tudo que ganhasse. Acontece que o Engels tinha um consumo grande (obviamente, esses recursos não eram destinados a investimento), típico de boêmio, e transformar a maior parte desse consumo em doação de bens afetaria em nada o status quo da eficácia de seus negócios. O que aconteceu com ele pode ser o que Mário Henrique Simonsen ironicamente já disse: "Lágrima de intelectual não enche barriga de pobre, assim como o vazio da barriga do pobre não estraga férias europeias de intelectual". Não existe qualquer argumento ad hominen em apontar que o próprio autor não acredita no que diz porque não age de acordo com o que diz. O quanto você "acredita" em alguma coisa pode se manisfestar somente do que você está disposto a arriscar por ela.

Não me contrataram para advogado de Friedrich Engels e eu realmente não sei qual era a índole desse homem, mas o seu argumento faria mais sentido para alguém como Edir Macedo ou Silas Malafaia.

Estes comprovam pelo comportamento que não acreditam no que pregam.

Fazer caridade é bom, mas Engels não pregava caridade. E ele certamente sabia que caridade não mudaria a estrutura da sociedade. Caridade muitos já faziam e de pouquíssimo adiantava.

Eu não posso concluir que ele não acreditava nas suas ideias porque não doava dinheiro aos pobres ( nem sei se doava ). Porque a ideologia que ele ajudou a construir não preconizava que a solução para a injustiça social viria da caridade.

O fato de que Engels não preconizava a doação voluntária de bens só reforça a ideia de que sua prescrição é indissociável do típico pensamento que conduz à ditadura. Chame isso de caridade ou não, o que Engels preconizava era a subtração em massa das propriedades privadas. Como é que ele esperava que uma sociedade extensa agisse como uma grande família que aceitaria socializar suas propriedades se nem ele mesmo que era rico agia de forma minimamente compatível com isso? "Organize a sua casa antes de criticar o mundo" é o lema esquecido dos socialistas ricos que não doam seus bens.
« Última modificação: 10 de Novembro de 2019, 10:42:39 por -Huxley- »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A verdade sobre Engels, amigo de Marx, revelada em biografia
« Resposta #33 Online: 10 de Novembro de 2019, 18:02:59 »
Então o cara era realmente um vagabundo no sentido exato da palavra.

No sentido "playboy" de vagabundo, como Charles Darwin e outros. Mas o problema mesmo, que faz usar o xingamento para uns e não a outros, é ser associado a comunismo e logo "do mal," conforme a TFP ensinou.

 

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