Eu não acho que a coisa chegaria à raia do caos, porque se vocês verem bem, as lideranças mundiais não estão nem aí pra Deus (Estado laico) e, na verdade, nem o Osama tá... é paliativo.
Mas eu acho que a coisa iria piorar, sim. A religião é uma linguagem doutrinativa que, bem ou mal, atinge a pessoa pelo seu ponto fraco: o medo da morte. Ou seja: o caboco não sabe o que vai acontecer depois da morte, e aí vem um fulano (e não interessa se esse fulano acredita no que fala ou não) e diz que se o caboco não for bom, não for caridoso, não matar, não roubar etc, etc, etc ele vai pro inferno. E é justamente aí que o cara sente o peso nas costas e se policia. Sendo assim, para uma população ignorante, que não consegue auto-estabelecer uma ética, juízos do que é certo ou errado; em suma, nortear as balisas de sua vida, a religião cumpre um papel fundamental. E se essa pedra ruísse, com certeza muita gente perderia o rumo (como se disse, depressão, suicídio etc) e uma outra parcela soltaria a franga e... bom, talvez isso nem acontecesse em tão grande escala hoje, principalmente no ocidente cada vez mais desconectado da religião.
Mas por um outro lado (senão daqui a pouco vão achar que acredito em Deus) uma população mais consciente da realidade com certeza pararia de "esperar o milagre divino" e buscaria suas próprias respostas, e daria tudo de si, e construiria algo nesse mundo, já que não há outro. Nesse ponto, talvez (aliás, com certeza, haja vista os entraves teológicos acerca de clonagem, transgênicos...) a ciência progredisse em um rítimo ainda maior (mas talvez isso não seja tão bom assim... talvez o planeta não dê conta).
Isso tudo é um cenário hipotético, muito embora eu acredite que mesmo que a prova fosse irrefutável (como foi dito) a fé transporia isso e continuaria existindo, o que degredaria ainda mais ateus e teístas, já que aqueles teriam uma certeza e estes seriam tratados como (e com razão) ignorantes por opção.
Putz... quanta abobrinha! rs