Tópico: não há vínculo obrigatório entre esperanto e espiritismo

[Buckaroo Banzai]

Acho que foi o Elton Carvalho que me falou uma vez algo sobre nao poder estudar esperanto por não ser espírita... eu achei estranho, lembrei disso quando esbarrei nisso aqui:

Neutralidade

O Esperanto tem como característica principal a neutralidade, isto é, não está vinculado à nenhum povo ou país, à nenhuma ideologia política ou religiosa, etc. Não é, pois, veículo de qualquer tendência de hegemonia cultural, mas uma forma de estabelecer uma ponte entre as culturas. Embora muitos movimentos filosóficos, políticos e religiosos o utilizem para a divulgação de suas idéias, o Esperanto é apenas uma língua e, como tal, todos têm o direito de utilizá-lo para o fim que desejarem.

No Brasil muitos confundem o Esperanto com o Espiritismo. Isso se deve ao fato de que desde 1910 os espíritas adotaram com sucesso o Esperanto como veículo de divulgação de suas convicções e tornaram-se um dos principais editores de material nessa língua no país, pois conseguem através do Esperanto atingir muitos países, que de outra forma não conseguiriam. Entretanto, o Esperanto é utilizado também, por exemplo, pela filosofia japonesa Oomoto, pelo Homaranismo, pela 'Ateo-Associação" (associação de esperantistas ateus), pela Legião da Boa Vontade, pela Radio Vaticana. A mais antiga revista em Esperanto ainda em circulação é a "Espero Katolika" criada em 1903. Nas principais audiências públicas internacionais (Páscoa e Natal), o papa João Paulo II faz um pronunciamento em 55 línguas, sendo as últimas geralmente em Esperanto, em polonês (sua língua materna) e em latim (língua oficial da igreja católica)

...

http://www.rantac.com.br/users/alls/pegptg_2.htm

alguém conhece esses esperantistas ateus aí?

[Südenbauer]

Entendi assim:

O Esperanto é uma língua neutra, sem nenhuma posição religiosa. O espiritmso começou a usar o esperanto. Assim, existia dois tipos de uso, o ateu e o espírita.

[Snake]

Nem imaginava que pudesse haver alguma relação entre esperanto e espiritismo.

[Aronax]

Geamikoj
Estudei esperanto a muito tempo.....na época falava, entendia, lia e escrevia na lingua....hoje sei apenas algumas palavras....
Estudei num centro espirita, que dava o curso, mas era um curso de esperanto, sem nenhuma vinculação com o espiritismo.

[Nigh†mare]

Nem imaginava que pudesse haver alguma relação entre esperanto e espiritismo.

Nem eu.

[Hold the Door]

Nem imaginava que pudesse haver alguma relação entre esperanto e espiritismo.

Nem eu.

Somos três.

[Marcelo Terra]

Nem imaginava que pudesse haver alguma relação entre esperanto e espiritismo.

Nem eu.

Somos três.

Quatro.

[Luis Dantas]

O Espiritismo encoraja o ensino de Esperanto.  A Oomoto, uma religião japonesa, também.  Mas o Esperanto não exige crença alguma.

[SnowRaptor]

Olha!!

O que aconteceu comigo, na verdade, foi que eu fui extremamente maltratado na federação espírita quando procurei cursos de esperanto.

[uiliníli]

Estou estudando Esperanto já há algumas semanas. Certo dia me deu na cabeça "Ei, acho que vou estudar Esperanto!" aí eu comecei e ainda estou na lutai. É uma língua legal, porque é muito fácil de aprender, é muito flexível... Eu sei que provavelmente não vou usá-la para nada na vida, mas acho que é um exercício legal, pois se eu conseguir me animar para aprender Esperanto, que é relativamente fácil, como auto-didata, sem desistir no meio, depois eu posso pensar em estudar outras línguas como espanhol sem professor também.

Elton se ainda estiver interessado, baixa o Kurso de Esperanto e depois que terminar procure dar uma olhada no livro Gerda Malaperis em PDF. Tem um monte de outros materiais que você pode baixar e um professor para Esperanto é coisa completamente dispensável, até porque no Orkut fácil, fácil se encontra gente para tirar suas dúvidas

Quanto à relação entre espiritismo e esperanto, o espíritas são grandes entusiastas da língua. Meu primeiro contato com ela foi em um centro espírita, onde tomei algumas aulas introdutórias. Inclusive, acho que no livro Nosso Lar um espírito diz que em cima do Rio de Janeiro tem uma cidade de espíritos em forma de estrela onde se fala esperanto... Bom, deixa ele viajarem.

[SnowRaptor]

Eu comecei usando o kurso de esperanto e similares, mas não dou bom autodidata, prefiro um curso mesmo.

Além disso, desencanei do Esperanto... se for pra aprender uma liungua itnersacional, que seja Ido, pelo menos não tem h-circunflexo.

Mas Tchoukball eu juro que volto a jogar.

[uiliníli]

H circunflexo é meio que o som de um escarro

Eu acho o Ido mais bonito, mais prático e mais fácil que o Esperanto. Mas se com Esperanto já não dá para conversar com ninguém, com Ido então... E é mais difícil encontrar material e gente que possa tirar suas dúvidas.

[Frango]

Putz, esses tempos atrás resolvi voltar a aprender um pouco mais de Esperanto, mas logo desisti de novo. No entanto descobri o estranho e marvilhoso mundo das conlangs. E depois disso sobre fonética. Até comecei a esboçar uma língua artificial, só que é um negócio bem mais complicado e demorado do que parece à primeira vista. O que pra mim significa necessariamente que eu não vou terminar nunca. Mas é divertido até ficar chato.

Ai, como eu gosto de ser nerd às vezes.

[Alenônimo]

Pra quê inventar línguas se dá para aprender línguas que já existem?

Se querem praticidade, aprendam inglês. Não tem acento, por exemplo, e muita gente fala. Sem contar que dá para emendar palavras formando outras bem bacanas como motherf*cker, *sshole, dumb*ss, etc.

[SnowRaptor]

Não é para comunicaçào, Alexandre, mas por curiosidade mesmo.


E eu sei (ou sabia?) um pouco de esperanto... As letras eu sei. O duro é vc ter de madnar uma mensagem em ISO-8859-3 pra alguém, ou ficar inventando cx gx hx jx...

[uiliníli]

Inglês quase todo mundo já fala. E como disse o Élton, o lance não é comunicação. Para mim é mais um exercício de auto-didatismo, pois sei que é mais fácil aprender esperanto sozinho do que espanhol ou francês. Mas depois que eu aprender esperanto (com material gratuito), se não desistir até lá, eu vou ter mais confiança para comprar material para aprender outra língua.

Realmente é chata essa história de caracteres acentuados. Mesmo quando você está em unicode, ficar digitando os códigos das letras chapeladas é um saco. Mas em vez de digitar cx, gx, hx, etc. eu prefiro passar o acento para a próxima vogal e no "uo" eu uso trema.

Assim em vez de sxangxigxi eu escrevo sângîgî. É mais bonitinho...

[L. Duran]

Se for para poder falar com bastante gente o melhor é aprender Mandarim!

[uiliníli]

Vixi, mandarim é foda! Três anos para aprender só o básicão; o vocabulário e a sintaxe são totalmente diferentes do que a gente está acostumado; há mais de 3000 ideogramas usados na linguagem corrente e as vogais tem diferentes tons, há cinco maneiras de se pronunciar cada uma delas, e para piorar existem várias palavras bem parecidas onde o que muda é justamente o tom (inclusive as palavras mãe, cavalo e um xingamento...)

Ninguém merece ter que aprender mandarim, estou torcendo para a China não dar certo ou para a Índia ganhar dela só para não ter que aprender mandarim

[Frango]

Pra quê inventar línguas se dá para aprender línguas que já existem?

Muita gente tem isso como um passatempo. E um passatempo não tem que ter propósito, é só não ser uma coisa chata.

E tentando inventar uma língua, aprende-se muita coisa sobre linguística, fonética, etc...

[uiliníli]

Estudei bastante fonética na internet por causa do inglês. Eles tem tantos fonemas usados tão arbitrariamente e usando letras tão esdruxulas (tipo um i soar da mesma forma que um a ou um o soariam em outras situações...) Sinceramente, eu acho que o que tem de mais difícil no inglês depois dos phrasal verbs sem noção é a pronúncia totalmente irregular das palavras. O legal das línguas latinas é que elas são mais regulares nesse sentido.

[SnowRaptor]

Estudei bastante fonética na internet por causa do inglês. Eles tem tantos fonemas usados tão arbitrariamente e usando letras tão esdruxulas (tipo um i soar da mesma forma que um a ou um o soariam em outras situações...) Sinceramente, eu acho que o que tem de mais difícil no inglês depois dos phrasal verbs sem noção é a pronúncia totalmente irregular das palavras. O legal das línguas latinas é que elas são mais regulares nesse sentido.

E o Esperanto quase resolve esse priblema. Digo quase porque ele usa muitos fonemas de origem eslava, que fodem a nossa vida. mas a relação biunívoca letra<->fonema é fantástica. O Ido é uma passo eficiente na tentativa de resolver isso.

[Guinevere]

A uns tempos atrás eu era de uma lista yahoo sobre a lingua toki pona, muuuito interessante. O objetivo dela nao era ser lingua universal nem nada, mas ser simples demais, simple o suficiente para "evitar pensamentos negativos" não tendo coisas negativas na linguagem.

[uiliníli]

A uns tempos atrás eu era de uma lista yahoo sobre a lingua toki pona, muuuito interessante. O objetivo dela nao era ser lingua universal nem nada, mas ser simples demais, simple o suficiente para "evitar pensamentos negativos" não tendo coisas negativas na linguagem.

Novilíngua! No livro 1984 o partido criava uma nova língua na qual fosse imposível ter pensamentos negativos... sobre o governo.

E o Esperanto quase resolve esse priblema. Digo quase porque ele usa muitos fonemas de origem eslava, que fodem a nossa vida. mas a relação biunívoca letra<->fonema é fantástica. O Ido é uma passo eficiente na tentativa de resolver isso.

É, tem umas palavras que são horríveis... Pronunciar scienco (stsienntso) ou outros palavrões em esperanto é o cúmulo. O Ido é bem melhor nesse sentido realmente, e em muitos outros. Pena que seja muito menos divulgado do que o Esperanto.

[Guinevere]

A uns tempos atrás eu era de uma lista yahoo sobre a lingua toki pona, muuuito interessante. O objetivo dela nao era ser lingua universal nem nada, mas ser simples demais, simple o suficiente para "evitar pensamentos negativos" não tendo coisas negativas na linguagem.

Novilíngua! No livro 1984 o partido criava uma nova língua na qual fosse imposível ter pensamentos negativos... sobre o governo.

Eu li. Muita gente compara. Mas não seria imposta, como a novilíngua, e nem com pretensão de substituir as línguas atuais. Em 1984, toda a literatura e revistas passadas eram constantemente re-escritas em versões cada vez mais reduzidas da novilíngua...

[uiliníli]

Mas não tem como dar certo. Não é a língua que faz as pessoas, são as pessoas que fazem a língua. Como o homem tem sentimentos e pensamentos negativos, uma língua que não tenha palavras para expressar esses conceitos é só uma língua bastante incompleta.