Para não dizer, coisas como o
Efeito Casimir, que pressupõe a existência de flutuações no vácuo são explicados através da conhecida energia do estado fundamental, ou energia do ponto zero.
Uma conseqüência da quantização dos estados energéticos de um oscilador (como por exemplo, todos os campos a que estamos submetidos) mostra que a energia mínima possível é da ordem de (h bar)*(ômega)*1/2. Ora, somando essa quantidade minúscula de energia sobre
todos os pontos do espaço dá uma energia brutal; quase infinita.
E é aí que a MQ, que já era estranha, passa a ficar quase incompreensível. Um artifício matemático muito do sem vergonha (a tal da
Renormalização que mencionei lá atrás) tem que ser invocado para salvar as equações de divergirem. Envolve dividir infinito por infinito e outras aberrações.
Por que os físicos usam essa Numerologia? Porque a Natureza não se comporta bem em pequenas escalas, e por isso, eles escolhem torturar o formalismo matemático
OK, talvez eu esteja sendo um pouco severo. Mas acontece que eu gosto
muito de estética num modelo matemático e a MQ, especialmente quando chegamos nesse ponto, é simplesmente
feia. O que eu não posso é cair no erro de alguns matemáticos da Grécia Antiga e só me ater ao que é Belo. Imagino que a Renormalização seja para mim tão repelente quanto os números irracionais eram para eles. Enfim... eu espero que algum dia algum método melhor seja descoberto, mas por enquanto ficamos com ele.
Mas voltemos ao Efeito Casimir. Isso é
medido, está bem estabelecido que existe. Eu suponho que as tais flutuações de partículas virtuais - e aí incluímos glúons, fótons virtuais, radiação de Hawking, etc. - sejam exemplos da aplicação do Princípio da Incerteza do tempo, na medida em que alguma flutuação pode acontecer no campo do vácuo e, por um certo d T aparece um par de partículas com energia d E. Agora, novamente, não creio que a Conservação de Energia tenha sido violada, porque a energia disponível - na forma de inúmeros osciladores com energia (h bar)*(ômega)*1/2
já estavam lá em primeiro lugar.
... mas é claro, posso estar redondamente enganado.
