Autor Tópico: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.  (Lida 2472 vezes)

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Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Online: 29 de Outubro de 2005, 13:28:17 »
Da revista Exame da última semana.

Pesquisa inédita EXAME/Vox Populi mostra que o governador Geraldo Alckmin é o candidato à Presidência dos homens de negócio, com 84% dos votos

Hoje, a menos de um ano da realização das eleições presidenciais, nenhum candidato ao cargo desfruta de maior prestígio no mundo dos negócios quanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. De acordo com pesquisa encomendada por EXAME ao instituto Vox Populi, Alckmin, médico anestesista de 52 anos, é o candidato preferido dos empresários. Realizada com 231 companhias do ranking Melhores e Maiores de EXAME, a pesquisa admitiu apenas os votos do presidente ou do principal executivo das empresas pesquisadas. O resultado mostra uma predileção inquestionável por Alckmin. Na votação espontânea, na qual os eleitores citam o candidato de preferência, o governador paulista teve 40% das indicações -- praticamente o dobro do percentual obtido pelo segundo colocado, o atual prefeito de São Paulo, José Serra, seu colega no PSDB.

Quando analisados os diversos cenários da pesquisa, em que vários candidatos eram apresentados aos votantes, Alckmin também se destaca. Entre os tucanos, foi ele quem obteve a vitória mais folgada contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Numa lista que tinha ainda outras quatro opções -- o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB), o deputado federal Roberto Freire (PPS) e a senadora Heloisa Helena (PSOL) --, o governador de São Paulo amealhou 84% dos votos, ante apenas 7% dados a Lula. "Alckmin tem feito um ótimo trabalho no governo de São Paulo. É competente, honesto e merece essa chance", diz o empresário Antonio Ermírio de Moraes, cabeça do Votorantim, um dos maiores grupos privados do país.

A explicação para a votação maciça no governador de São Paulo tem vários componentes. O primeiro -- e talvez o mais importante deles -- é que, depois de comandar por dois mandatos o maior estado do país, Alckmin é visto como o oposto do que Lula representa hoje para o empresariado. Após quase três anos de governo, um escândalo político que abalou a República e um ritmo de crescimento modesto do país em relação ao que acontece no resto do mundo, Lula é visto sobretudo como um administrador pouco eficiente. Questionados sobre o que achavam da atual gestão, 77% dos entrevistados -- administradores com conhecimento de causa -- responderam que desaprovam o governo petista. Entre os empresários, o quadro do PT com maior aprovação é Antonio Palocci, o ortodoxo ministro da Fazenda e principal sustentáculo da gestão Lula. Colocado como candidato de seu partido, Palocci atinge 13% do votos. "Isso mostra que o empresariado que se encantou com a possibilidade desenvolvimentista de Lula está frustrado com seu governo", diz o cientista político Rubens Figueiredo.

A desaprovação a Lula não tira o mérito individual de Alckmin, que milita na política desde os 19 anos (veja quadro). Sua escolha por parte do empresariado não parece ser meramente uma questão de ideologia política. Entre os tucanos de primeira grandeza, o governador paulista também tem o melhor desempenho. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, teve apenas 4% dos votos espontâneos dos empresários consultados -- ante 40% de Alckmin. Ao ser indicado como único postulante do PSDB, FHC ganha de Lula, mas por uma margem de 20 pontos percentuais a menos do que Alckmin. "Isso é fruto do desgaste de oito anos frente à Presidência da República", diz Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi. "Fernando Henrique enfrentou crises in ternacionais e um período de crescimento global menor. É natural que os empresários apostem mais em alguém que ainda não tenha passado pelo Planalto." Outra razão, essa importantíssima, é a boa imagem que Alckmin desfruta no meio empresarial. O governador paulista é visto como um político que reúne uma rara combinação de qualidades. É percebido como um administrador competente, honesto e com bom traquejo político.

Na pesquisa EXAME/Vox Populi essa percepção fica clara -- especialmente quando se comparam os resultados de Alckmin com os dos outros presidenciáveis tucanos. Na avaliação de José Serra, visto hoje como o principal rival do governador paulista dentro do PSDB, os entrevistados ressaltaram principalmente a capacidade administrativa. Em compensação, muitos o vêem como um candidato sem habilidade política e flexibilidade de negociação. Já o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, posicionou-se na outra ponta do espectro. Aécio foi bastante elogiado na habilidade de agregar apoio, de saber lidar com posições antagônicas, mas ainda não angariou confiança na sua capacidade de gerenciamento da máquina pública.

Alckmin foi o ponto de equilíbrio entre os dois extremos. "Ele passa a imagem de alguém que sabe administrar na escassez. Um administrador capaz de dar um choque de gestão no governo", diz Horacio Lafer Piva, membro do conselho de administração da Klabin.

Essa boa impressão pôde ser constatada num jantar que o empresário Emerson Kapaz, presidente do Instituto Etco, entidade que combate a pirataria, organizou em sua casa há pouco menos de um mês. Estavam presentes 12 empresários e presidentes de grandes empresas. Nomes como Nicandro Duarte, principal executivo da Souza Cruz; João Roberto Marinho, das Organizações Globo; Roberto Setubal, do grupo Itaú; Hugo Marques da Rosa, da construtora Método; Fábio Barbosa, presidente do banco ABN Amro; e Carlos Ribeiro, da HP. Alckmin chegou às 20h30 e fez uma longa exposição sobre seu trabalho frente ao governo de São Paulo. Também contou que já estava constituindo uma equipe para elaborar um programa econômico para o país. Cobrado a ter uma postura de candidato mais agressiva, explicou que a cada 15 dias vinha fazendo viagens para outros estados com o objetivo de ganhar projeção no resto do país. "Muitos saíram convencidos de que ele é o melhor candidato", diz Kapaz. "A impressão foi que Alckmin demonstra capacidade de gerenciar a máquina pública com eficiência e transparência."

As eleições presidenciais se realizarão em pouco menos de um ano. Em política, esse período de tempo equivale a uma eternidade e meia. Contar com forte apoio entre empresários é um trunfo significativo para o governador paulista. O empresariado tem influência nos formadores de opinião, pode ajudar na sustentação financeira da campanha e representa uma parcela ativa da sociedade brasileira. Mas a corrida para a Presidência da República mal começou. Antes de mirar o Palácio do Planalto, Alckmin precisa se viabilizar dentro do PSDB. E essa é hoje a maior dificuldade. Nas pesquisas de opinião pública, Serra tem o dobro das intenções de voto (30% ante15%), o que não pode ser ignorado. Seus críticos dizem ainda que o governador de São Paulo é pouco conhecido no resto do Brasil e que também lhe falta uma personalidade mais vibrante para bater Lula num eventual confronto eleitoral.

Na pesquisa entre empresários e executivos, essa ausência de carisma foi -- de certa forma -- dimensionada. Apenas 7% dos que escolheram Alckmin como o melhor candidato apontaram essa característica. Entre todos os nomes apresentados, o governador seria o menos carismático. Essa limitação não fez diferença num eleitorado formado por presidentes de empresa ou grandes executivos, mas certamente trará mais dificuldades numa eleição nacional. Em relação ao desconhecimento de seu nome no resto do Brasil, a pesquisa lhe é mais favorável. Apenas 35% dos presidentes consultados têm base em São Paulo. O que significa que, ao menos no meio empresarial, suas qualidades são reconhecidas nacionalmente.

A escolha do candidato do PSDB à Presidência caberá a, no máximo, seis pessoas e deverá acontecer até março de 2006. Serra, Aécio Neves, Alckmin, o senador Tasso Jereissati, e o governador de Goiás, Marconi Perillo, fazem parte do grupo. Ninguém, porém, terá tanta influência na escolha quanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A amigos, surpreendentemente, FHC tem dito que o candidato natural hoje é Geraldo Alckmin. Ele acha que Serra sofrerá desgaste se sair da prefeitura de São Paulo já que, para chegar ao cargo, prometeu à população que não o faria. Para que a rejeição fosse menor, seria necessário que os paulistanos em massa pedissem ao prefeito que fosse postulante à Presidência. Além disso, Fernando Henrique tem dito que a diferença nas pesquisas teria de ser ainda maior para garantir a Serra o bilhete presidencial. Na avaliação do ex-presidente, o horário eleitoral gratuito poderia catapultar a candidatura Alckmin, rapidamente, aos mesmos níveis de popularidade hoje conseguidos por Serra. "Faz sentido. Onde os dois são conhecidos, Alckmin se sai melhor do que Serra", diz Marcos Coimbra. No que depender do quase sempre discreto Alckmin, ele será o ungido do PSDB. "Estou pronto", disse em entrevista exclusiva a EXAME, cuja íntegra está nas páginas a seguir.

O saldo da administração Alckmin

A receita que agrada aos empresários e concilia redução de impostos e corte de gastos com aumento de investimentos

Uma das facetas mais exploradas pelos adversários de Geraldo Alckmin é a sua falta de carisma. A habitual fala mansa e a atitude normalmente discreta vivem rendendo piadas para o anedotário político de seus opositores. Entre outras referências pouco elogiosas, os desafetos espalham que seus discursos são tão empolgantes quanto dançar com a própria irmã num baile. Ao longo da carreira, Alckmin já foi apelidado de "AAS infantil" (um remédio para crianças) e "picolé de chuchu", uma referência a seu estilo inodoro, insípido e incolor. Existem ainda outras duas características marcantes de sua figura -- nesse caso, porém, elas não arrancam risos dos que estão no campo político oposto. Alckmin é bom de voto, como demonstra seu impressionante currículo. Aos 52 anos, já concorreu a seis eleições e perdeu apenas uma, a disputa pela prefeitura de São Paulo em 2000. Além disso -- e acima de tudo --, é considerado um administrador eficiente, capaz de lidar com toda a complexidade da máquina pública. Mesmo seus ferrenhos opositores demonstram dificuldade em achar argumentos para combater a gestão Alckmin em São Paulo.

Os números de sua administração (uma obsessão que ele faz questão de citar quando pode) são seu principal cartão de visita. No ano passado, por exemplo, o PIB de São Paulo cresceu 7,6%, quase o dobro da taxa brasileira e muito acima do crescimento mundial. Ao mesmo tempo, as despesas com funcionários públicos vêm caindo sucessivamente. Devem fechar 2005 representando 44% de participação na receita do estado, a menor taxa dos últimos anos e bem abaixo dos 49% do teto fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao deixar as contas em dia, o governador ganhou fôlego para desembarcar em 2006, o ano da sucessão presidencial, com 9 bilhões de reais em caixa para novos investimentos. Para ter uma idéia, o orçamento do governo federal para a mesma finalidade é de 14 bilhões de reais. Uma rara combinação de equações aparentemente inconciliáveis talvez seja a melhor explicação para a boa receptividade de Alckmin entre o empresariado. À frente de um estado complicado como São Paulo, ele conseguiu misturar crescimento econômico com controle de contas. Aumento de arrecadação de impostos com redução de carga tributária. Respondeu, assim, a uma parte significativa das demandas geradas pelo mundo dos negócios. "Alckmin administra o estado como se fosse uma empresa privada", afirma José Galló, presidente da Lojas Renner.

Todos os governadores em algum momento admitem que o excesso de carga tributária é um dos combustíveis da economia informal, mas poucos atacam essa relação perversa por receio de perder arrecadação. São Paulo rompeu o círculo vicioso. O governo paulista reduziu 230 alíquotas de ICMS nas mais variadas cadeias produtivas. Em setembro do ano passado, por exemplo, o estado baixou de 25% para 12% a alíquota de ICMS sobre a cadeia de produção do álcool combustível. No mês seguinte à redução do imposto, a arrecadação cresceu 7%. Ou seja, a alíquota mais baixa incentivou muita gente a sair da informalidade. O crescimento de arrecadação de impostos sem aumento de carga tributária em São Paulo ocorreu também graças a melhorias na fiscalização de alguns setores e à ajuda de tecnologia. Foi o caso da adoção do IPVA eletrônico, em 1995. Nos últimos anos, graças à possibilidade de pagamento via internet, a arrecadação do imposto sobre a propriedade de automóveis cresceu 300%, ante 30% de aumento da frota de carros no estado.
Na área de infra-estrutura as soluções do governo paulista também foram simples -- e eficientes. Para combater os gargalos que atravancam a produção em São Paulo, Alckmin formou um grupo de trabalho com seus 13 secretários de Estado. Numa das reuniões, com base numa demanda das montadoras de veículos instaladas no estado, nasceu a idéia de transformar o porto de São Sebastião, no litoral nor te, num terminal de exportação relevante. Como resultado da conversa, ficou decidido que o governo financiaria a pavimentação de um dos pátios e a construção de dois novos berços de atracação, ao custo de 2,4 milhões de reais. O trabalho permitiu que começassem a atracar por ali navios com capacidade para embarcar cerca de 5 000 carros. Nos últimos tempos, Volkswagen e General Motors têm utilizado bastante o local, e o movimento no porto cresceu 70%. "A administração Alckmin é quase aborrecida", diz João Carlos Meirelles, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico. "Não há pirotecnias."

No dia-a-dia, Alckmin lembra um funcionário público saído dos livros de Lima Barreto. É um autêntico caxias no cumprimento de contratos, mesmo quando isso implica prejuízos para sua popularidade, como demonstra o caso dos aumentos constantes de pedágios das 12 rodovias entregues a concessionárias. Em troca, exige melhorias, como a duplicação da rodovia dos Imigrantes, concluída em 2002, cujo investimento de 872 milhões de reais foi bancado totalmente pela concessionária Ecovias. No Paraná, que adotou um modelo semelhante de privatização, existem hoje cerca de 100 processos discutindo os reajustes previstos em contratos, boa parte deles movida pelo governo de Roberto Requião. Em São Paulo, não há notícia de desavenças judiciais. "Ele tem uma visão clara sobre os contratos. Cumpre a parte dele e exige bastante das empresas", diz Marcelo Esteves, diretor de planejamento integrado da Comgás, que recentemente tratou da revisão de tarifas com o governo do estado.
Uma de suas manias é ter sempre à mão um caderno universitário, onde anota pedidos dos políticos e prazos prometidos para a conclusão de obras, entre outras coisas. Antes de visitar qualquer lugar, exige dos assessores relatórios minuciosos, que incluem desde dados macroeconômicos até fofocas políticas do local. De seu gabinete no Palácio dos Bandeirantes, decorado com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e retratos de sua família e do ex-governador Mário Covas, costuma disparar telefonemas a seus subordinados. Boa parte da equipe já recebeu ligações no começo da manhã com o governador reclamando de algum problema. "Certa vez, ele voltou às 6 horas de uma viagem ao Japão e, às 7 horas, me telefonou para reclamar de uma notícia que tinha ouvido no rádio", diz Saulo de Castro Abreu, secretário de Segurança.

No contato direto com o governador, os assessores conhecem um lado bem diferente do "picolé de chuchu". Como chefe, Alckmin é adepto do mantra "trabalho, trabalho e trabalho" e raramente costuma fazer elogios -- é sempre duro e direto nas cobranças. Algumas semanas atrás, por exemplo, depois de ver o conteúdo de um CD com imagens da nova campanha de uma estatal, reclamou com um assessor: "Não dá para mudar nada, pois vocês me trouxeram o material em cima da hora. Mas não gostei de nada". No trato com a oposição, o governador também não se faz de rogado em valer a força da maioria folgada do PSDB. "Alckmin é um rolo compressor e esvaziou as funções da Assembléia Legislativa", afirma o deputado Renato Simões, líder do PT na casa, citando a falta de condições para votar os 53 pedidos de CPIs feitos pela oposição desde 2003, que vão desde os problemas da Febem até a investigação de irregularidades em privatizações.
Antes de ingressar na política, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho teve uma breve experiência na iniciativa privada. Foi no início da década de 70, quando montou o Pré-Fac, cursinho pré-vestibular e de ensino supletivo em sua cidade natal, Pindamonhangaba, no interior paulista. Alckmin dava aulas de química e de biologia e usava o dinheiro que recebia do negócio para pagar as mensalidades da faculdade de medicina de Taubaté, onde havia acabado de ingressar. Aos 19 anos, aceitou o desafio de candidatar-se a vereador, proposto por um representante do antigo MDB. Graças à popularidade conseguida como professor da cidade transformou-se no vereador mais votado de Pindamonhangaba e presidente da Câmara Municipal.

A partir daí, sua ascensão na política foi construída degrau a degrau. Foi eleito prefeito da cidade, com diferença de apenas 57 votos em relação ao segundo colocado. Nesse período, usava os fins de semana para terminar o curso de medicina, fazendo residência no Hospital do Servidor Público de São Paulo. Chegou a trabalhar dois anos como anestesiologista na Santa Casa de Misericórdia de Pindamonhangaba e, em 1979, casou-se com Maria Lúcia Ribeiro, sua mulher até hoje, com quem tem três filhos. Alckmin abandonou a medicina quando virou deputado estadual, em 1982. Nessa época, estreitou os contatos com o núcleo de políticos que fundariam mais tarde o PSDB, entre eles Mário Covas, que o escolheu como vice de sua chapa para as eleições ao governo de São Paulo em 1994. Covas venceu a disputa naquele ano e acabou reeleito em 1998, tendo novamente Alckmin como seu fiel escudeiro. Com a morte do governador, em 2001, o vice assumiu e virou o candidato natural do PSDB à sucessão estadual.

"As reformas terão de ser feitas no primeiro ano"

Pela primeira vez, Geraldo Alckmin assume abertamente a candidatura à Presidência e fala sobre os seus planos para o Brasil

Normalmente avesso a perguntas mais diretas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, surpreende na entrevista abaixo. Ele fala sobre sucessão presidencial, seus pontos de vista sobre o Brasil e sobre as denúncias de corrupção no governo Lula. A seguir, os principais trechos:

EXAME
Por que o senhor quer ser presidente do Brasil?
Alckmin
Acumulei uma boa experiência. Fui prefeito da minha cidade natal, Pindamonhangaba. Relatei projetos importantes, como o Código de Defesa do Consumidor, durante o período em que fui deputado federal. Tive a chance de ser co-piloto de um bom comandante, que foi o governador Mário Covas. Posso dizer que, com Covas, tive aulas práticas de administração pública. Política é destino. E cargo majoritário não é fruto de vontade pessoal, é decisão coletiva. Mas estou pronto.

EXAME
Eleito presidente, o que faria para reduzir a carga tributária do país?
Alckmin
Esse é um dos gargalos que comprometem o crescimento da economia brasileira. Temos carga tributária equivalente à do Reino Unido e à de outros países desenvolvidos e pouquíssima capacidade de investimento. Mesmo aqui na nossa vizinhança, encontramos cargas mais baixas na Argentina, no Chile, no México e na Venezuela. É evidente que temos de fazer um esforço para reverter isso. São Paulo tem reduzido os impostos estaduais, e aprendemos por aqui que, se não fizermos isso, estaremos empurrando uma parte da sociedade para a informalidade.

EXAME
Todo mundo fala em reforma tributária, mas nada acontece. Por quê?
Alckmin
Existe uma paralisia no governo federal. Temos um governo de baixa eficiência, que funciona de forma muito lenta -- as coisas simplesmente não andam. Acho que a reforma tributária tem de avançar muito. Deveríamos discutir imposto de valor agregado, unindo ICMS, IPI, outros tributos; enfim, fazer uma reforma muito mais forte. E ir além. Fazer também uma reforma fiscal. É preciso discutir receita e despesa.

EXAME
O senhor pode ser mais específico?
Alckmin
São Paulo teve déficit orçamentário durante praticamente uma década. O governador Mário Covas assumiu e o baixou para 3% e, há dez anos, o estado não tem mais déficit. Ou seja: cortamos despesa. Mas, além disso, é preciso melhorar a qualidade do gasto público. Em São Paulo, diminuímos o gasto com pessoal. Antes, o comprometimento da receita com a folha estava em 49%. Fizemos cair para 44%. Outro exemplo é a questão das compras. O estado usa, obrigatoriamente, meios eletrônicos para comprar caderno para escola, remédio e até automóvel para a polícia. Já economizamos 2,8 bilhões de reais com essa iniciativa. Também é possível reduzir o número de ministérios e de órgãos públicos.

EXAME
Qual seria a sua prioridade à frente da Presidência da República?
Alckmin
Permita-me colocar essa resposta não na hipótese de eleito, porque cada coisa vem a seu tempo, e a definição do candidato do PSDB é só no ano que vem. Mas entendo que precisamos de reformas constitucionais, reformas estruturantes. A velocidade do mundo moderno é estonteante, e é preciso fazer reformas que permitam acompanhar essas mudanças. Uma delas é a reforma tributária, da qual já falamos, e que considero a maior prioridade. A outra é a reforma política. As nossas crises ocorrem também pela falta de reforma política. Um item como a fidelidade partidária, por exemplo, já facilitaria a governabilidade. Hoje, há 19 partidos com assento na Câmara Federal e outros 11 registrados. Acho que o número ideal é algo como cinco ou seis partidos.

EXAME
Qual seria o momento mais oportuno para essas reformas?
Alckmin
Isso precisa ser feito logo no primeiro ano. É o tipo de coisa que, se você não faz logo de cara, perde a oportunidade. Essas reformas constitucionais demandam maioria qualificada, duas votações na Câmara, duas no Senado. Não é fácil. Por isso, o grande impulso tem de ser feito no começo de governo. É o momento em que o Executivo está mais forte.

EXAME
Qual o tamanho ideal do Estado brasileiro?
Alckmin
O Estado provedor de tudo, executor de tudo, não existe mais. Acabou. O papel do governo tem de ser mais regulador e fiscalizador. Não podemos mais ficar na dependência de investimento estatal. Temos de fazer um grande programa de concessões e de parcerias públi co-privadas. E, nesse caso, a palavra-chave é confiança. Respeito a contratos e confiança entre as partes. As agências reguladoras têm um importante papel nessa relação. Mas, além disso, temos de estimular o empreendedorismo. Criar uma cultura e um ambiente receptivo à atividade empreendedora. O Brasil, infelizmente, tem uma cultura cartorial. É necessário desburocratizar, simplificar e ajustar os processos para que existam mais empresas, mais emprego e mais renda.

EXAME
Como fazer o Brasil crescer a taxas maiores?
Alckmin
O país é vocacionado para o crescimento. Temos hoje um mundo com cenário de "céu de brigadeiro". Estamos perdendo oportunidades, andando meio de lado, sabe? Chamo isso de custo PT. Você passa 20 anos falando uma coisa e depois faz outra. Ou seja: a dose precisa ser mais alta para ter resultado menor. Não acredito numa fórmula mágica. O que precisamos é resolver o gargalo da questão de logística para facilitar as exportações. É tocar as reformas das quais já falamos. É dar à administração pública os mesmos critérios da iniciativa privada. O caminho é eficiência, eficiência, eficiência. Trabalho, trabalho e trabalho.

EXAME
Como diminuir a corrupção?
Alckmin
O governo precisa ter princípios e valores -- e o exemplo vem de cima. A máquina percebe quando há um relaxamento da questão ética. O que se verificou no governo federal foi uma enorme confusão entre governo e partido. Alguns dizem que os fins justificam os meios. Sou contra. Os fins não justificam os meios, por mais nobres que eles possam ser. E, nesse caso, nem eram. Buscava-se apenas a perpetuação no poder. É preciso respeito ao dinheiro dos impostos da população. A absoluta austeridade na questão dos gastos públicos deve ser um princípio de toda a administração. Não é só não roubar e não deixar roubar, é muito mais que isso. É preciso ter controle sobre todo tipo de gasto.

EXAME
O senhor acredita que o presidente Lula sabia da corrupção?
Alckmin
É difícil afirmar o nível de conhecimento do presidente. Mas é óbvio que, do que se passava no governo, ele tinha conhecimento. Aliás, o ex-ministro Zé Dirceu falou recentemente: "Eu não fazia nada que não fosse do conhecimento do presidente. Mais: eu não fazia nada que não fosse autorizado pelo presidente". O episódio do mensalão, aliás, acabou encurtando o governo e precipitando o debate eleitoral.

EXAME
O presidente Lula é um candidato enfraquecido?
Alckmin
O presidente da República nunca é um candidato fraco. Mas acredito que o segundo mandato ficou mais difícil.

EXAME
As pesquisas mostram o prefeito José Serra com o dobro das intenções de voto que o senhor tem. Qual deve ser o critério de escolha do PSDB?
Alckmin
O PSDB possui quadros excepcionais. O Serra é um deles. Mas temos o Aécio Neves, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Tasso Jereissati e o Marconi Perillo. Acredito que as eleições começam com o horário eleitoral gratuito, quando o horário da novela muda. Só aí o brasileiro começa a pensar em que gaveta deixou o título de eleitor. Várias viradas já aconteceram às vésperas da eleição. Portanto, pesquisa nesse momento tem um papel relativo. É muito mais o recall da eleição anterior do que um indicador fundamental da próxima.

ukrainian

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #1 Online: 29 de Outubro de 2005, 15:05:31 »
Esse carola da Opus Dei será o presidente do Brasil... Desastroso.

Rhyan

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #2 Online: 29 de Outubro de 2005, 18:47:18 »
É, parece que ele está mais a direita que o Serra, eu não sabia.
Interessante, gostei da reportagem.

Mas quando se trata de políticos, a dirença entre falar e fazer é enorme.

Offline Carlos Capuchinho

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #3 Online: 29 de Outubro de 2005, 20:06:34 »
Tá dificil para 2006...  :(

mas... das alternativas apresentadas até agora é o menos pior... prefiro o Alckmin a Serra.

Gosto com o José Simão da Folha chama ele: Picolé de Chuchu.  :P  :P

Agora... o Collor também já foi o preferido dos empresários.  8-)
“A idéia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”
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Offline L. Duran

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #4 Online: 29 de Outubro de 2005, 20:09:43 »
Citação de: appalachian
Esse carola da Opus Dei será o presidente do Brasil... Desastroso.


Menos desastroso que um analfabeto bêbado da Pastoral da Terra.
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ukrainian

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #5 Online: 29 de Outubro de 2005, 20:58:23 »
Citação de: L. Duran
Citação de: appalachian
Esse carola da Opus Dei será o presidente do Brasil... Desastroso.


Menos desastroso que um analfabeto bêbado da Pastoral da Terra.


Entre o absolutismo católico e a democracia populista, eu fico com o último.

Offline n/a

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #6 Online: 29 de Outubro de 2005, 21:00:55 »
Eu gosto do Alckmin e do trabalho dele aqui no estado. Antes ele que o Serra, mesmo.

Aliás, gostaria que o Paulo Renato, ex-ministro da Educação do FHC, e ex-reitor da Unicamp, fosse o novo governador ano que vem. Não li nada sobre os possíveis candidatos do PSDB para o cargo ainda.

Offline L. Duran

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #7 Online: 29 de Outubro de 2005, 22:55:50 »
Citação de: appalachian
Citação de: L. Duran
Citação de: appalachian
Esse carola da Opus Dei será o presidente do Brasil... Desastroso.


Menos desastroso que um analfabeto bêbado da Pastoral da Terra.


Entre o absolutismo católico e a democracia populista, eu fico com o último.


Eu não fico com nenhum.
Mas não é esse o caso...
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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #8 Online: 29 de Outubro de 2005, 23:02:45 »
Absolutismo católico? De onde tirou isso?

Offline Carlos Capuchinho

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #9 Online: 30 de Outubro de 2005, 11:20:06 »
Citação de: Ricardo M
Eu gosto do Alckmin e do trabalho dele aqui no estado. Antes ele que o Serra, mesmo.

Aliás, gostaria que o Paulo Renato, ex-ministro da Educação do FHC, e ex-reitor da Unicamp, fosse o novo governador ano que vem. Não li nada sobre os possíveis candidatos do PSDB para o cargo ainda.


Gabriel Chalita é um nome forte, secretário da Educação se não me engano, tem um programa na Rede Canção Nova, escreveu zilhões de livros e tem uns 35 anos. Hiper-Super Carola.
“A idéia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”
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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #10 Online: 30 de Outubro de 2005, 22:30:44 »
Bem, por enquanto se ele for o candidato me aprece o melhor. Me parece melhor que o Serra também. Gostei, principalmente, por falar de reforma tibutária.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

ukrainian

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #11 Online: 30 de Outubro de 2005, 22:44:55 »
Citação de: Ricardo M
Absolutismo católico? De onde tirou isso?


http://en.wikipedia.org/wiki/Opus_Dei

http://en.wikipedia.org/wiki/Francisco_Franco

Rhyan

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #12 Online: 30 de Outubro de 2005, 23:34:03 »
O que isso tem a ver com o Alckmin?

Offline Carlos Capuchinho

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #13 Online: 30 de Outubro de 2005, 23:52:14 »
Citação de: café-com-leite
Citação de: Ricardo M
Eu gosto do Alckmin e do trabalho dele aqui no estado. Antes ele que o Serra, mesmo.

Aliás, gostaria que o Paulo Renato, ex-ministro da Educação do FHC, e ex-reitor da Unicamp, fosse o novo governador ano que vem. Não li nada sobre os possíveis candidatos do PSDB para o cargo ainda.


Gabriel Chalita é um nome forte, secretário da Educação se não me engano, tem um programa na Rede Canção Nova, escreveu zilhões de livros e tem uns 35 anos. Hiper-Super Carola.



http://gabrielchalita.cancaonova.com/
“A idéia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”
Carl Sagan

Offline Rodion

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #14 Online: 31 de Outubro de 2005, 01:14:48 »
sim, donde ce tirou que o alckmin é da opus dei?
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline n/a

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #15 Online: 31 de Outubro de 2005, 20:19:29 »
Não consigo confiar muito no Chalita.

Offline Carlos Capuchinho

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #16 Online: 31 de Outubro de 2005, 23:01:16 »
Citação de: Ricardo M
Não consigo confiar muito no Chalita.


2
“A idéia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”
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ukrainian

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #17 Online: 31 de Outubro de 2005, 23:42:50 »
Citação de: bruno
sim, donde ce tirou que o alckmin é da opus dei?


Dario F. Ferreira, Jean Lauand, Marcio Fernando - Opus Dei - Os bastidores - Verus Editora, 2005.            

http://www.veruseditora.com.br/frames.cfm?Codigo=8587795848

Recomendo.

Offline n/a

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #18 Online: 01 de Novembro de 2005, 19:05:49 »
Mas este livro cita o nome do Alckmin?

ukrainian

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #19 Online: 01 de Novembro de 2005, 23:06:59 »
Citação de: Ricardo M
Mas este livro cita o nome do Alckmin?


Sim.

Offline Stéfano

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #20 Online: 01 de Novembro de 2005, 23:17:04 »
Citação de: appalachian
Citação de: Ricardo M
Mas este livro cita o nome do Alckmin?

Sim.

E você acha que isso v]iria influenciar a Presidência em quê ? Influenciou o governo de SP ?
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #21 Online: 02 de Novembro de 2005, 00:02:55 »
Citação de: Stéfano
Citação de: appalachian
Citação de: Ricardo M
Mas este livro cita o nome do Alckmin?

Sim.

E você acha que isso v]iria influenciar a Presidência em quê ? Influenciou o governo de SP ?


Sim.

http://lise.edunet.sp.gov.br/paglei/notas/lei10783_01.htm

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult510u28.shtml

Dei Gratia!

Offline Stéfano

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Re: Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #22 Online: 02 de Novembro de 2005, 00:10:54 »
Citação de: appalachian
Citação de: Stéfano
Citação de: appalachian
Citação de: Ricardo M
Mas este livro cita o nome do Alckmin?

Sim.

E você acha que isso v]iria influenciar a Presidência em quê ? Influenciou o governo de SP ?


Sim.

http://lise.edunet.sp.gov.br/paglei/notas/lei10783_01.htm

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult510u28.shtml

Nossa, praticamente um Torquemada...
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #23 Online: 02 de Novembro de 2005, 00:21:44 »


Curvem-se, ímpios.

Dei Gratia!

Offline Stéfano

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Re.: Geraldo Alckmin: O preferido dos empresários.
« Resposta #24 Online: 02 de Novembro de 2005, 00:28:03 »
Cuidado com o psicopata albino...
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

 

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