Porque nas classes mais altas, acho, isso já acaba acontecendo mais ou menos "naturalmente". As pessoas costumam ter menos filhos. E mesmo que tivessem 3, 5, 10 filhos, e tivessem dinheiro para sustentá-los bem, estaria tudo bem.
Mas é muito diferente se alguém vai ter que dividir com os filhos a comida que encontrar no lixão.
Isso que justifica essa "discriminação", se o objetivo é de evitar que as pessoas se ferrem e aos filhos por terem filhos demais. Se é esse o objetivo, não faria sentido que atingisse a quem pode ter (e mesmo assim muitas vezes não tem) um número maior de filhos.
Mas na prática, isso acaba sendo inviável, talvez até em custo. Mas mesmo que em custo fosse viável, ainda tem a FDP da ICAR que, segundo uma pessoa no último programa "Fantástico", é em boa parte responsável pelo governo não cumprir a lei de planejamento familiar, que se fosse cumprida, no mínimo diminuiria em muito esse problema, e sendo mais otimista, talvez o sanasse quase completamente.
Mas sei lá se é só a ICAR mesmo... acho que talvez seja mais complicado que isso....

Eu acho que se direcionassemos o controle apenas aos pobres, alem de injusto para com os mesmos, há outro problema(dai o porque é desnecessario complicar): e se uma pessoa é rica, tem dez filhos, vai a falencia, e fica pobre?
E se um pobre, com apenas 1 filho, fica rico??
Realmente, há esses problemas. MAs eu não acho que dá para se formular qualquer lei ou medida "perfeita", sempre vão ter falhas.
Por exemplo, alguém pode saber dirigir mesmo não tendo carteira. E alguém que tem carteira pode provocar um acidente mesmo assim. Uma pessoa menor de 16 pode beber responsávelmente, e uma pessoa maior de 18 pode beber irresponsávelmente. Mas deixar como está, com essas restrições, ainda que falhas, é melhor do que anarquia total. Talvez algo mais individualizado fosse teoricamente preferível, mas deve ser na maioria dos casos inviável.
No caso do pobre que fica rico/melhor de vida, no meu ponto de vista, ele poderia ter filhos. Porque esterilização não precisa ser vitalicia (há alternativas à cirurgia das tubas e vasectomia), e nem precisaria ser esterilização. Poderia ser "contracepção compulsória".
No caso do rico que fica pobre e tem um monte de filhos, bem, é realmente um problema. Para começar, ele perderia o direito de ter mais filhos... mas realmente não evitaria disso acontecer....
Ainda com essas falhas, acho melhor do que como é agora