Daniel Reynaldo
Cara, que bom que você tocou no assunto.Ontem durante a Ceia de Natal, estava eu na minha tia conversando com alguns conhecidos e parentes:3 empresários e um professor.TODOS declararam, abertamente, no meio da sala, que sonegam impostos, que possuem caixa 2 para fugirem do Leão.Todos alegavam que: " Com as altas taxas tributárias não dá pra competir no mercado", que:"Se soubéssemos que o governo iria gastar noso dinheiro em educação e saúde e não nessa roubalheira"...Enfim, o famoso me engana que eu gosto!
Sim, e uma das práticas liberais é reduzir brutalmente a carga tributária, juntamente com a redução do Estado.
Realmente, os encargos tributários no Brasil são inviáveis para a competição, e isso é uma abominação para o conceito de Livre Mercado. Existe muita gordura socialista para ser queimada.
O mérito da vitória no capitalismo, meu nobre, é muito relativo.No capitalismo ascendem os vencedores, sim.Mas dificilmente os ganhadores seguiram as regras do jogo,ou seja: o mérito não é o de ser mais hábil, mas de ser o mais disposto a apostar todas as fichas:a ficha da sonegaçào de impostos, a ficha da contratação de funcionários sem pagar direitos previdenciários, a ficha da cartelização..
Sandice. O capitalismo possui suas leis, mesmo o livre mercado, e os infratores deverão responder legalmente por seus atos.
Novamente, nos EUA existe um ditado, o de que só existem duas certezas na vida, a morte e os impostos.
Uma economia liberal terá uma legislação tributária racional (diferente das economias governadas pelo intervencionismo), e brutalizará os sonegadores.
Outros entraves que não se observam em economias liberais são as dificuldades burocráticas encontradas pela livre iniciativa em conseguir crédito, conseguir abrir e fechar uma empresa, conseguir contratar e demitir um funcionário regularmente. Toda essa atribulação se deve a tentativas de controle de mercado maquinadas por débeis mentais de esquerda.
Não há como negar que empresários que não pagam impostos devidamente tendem mais ao sucesso que aqueles que pagam:na lógica capitalista, tal sucesso é fruto de mérito.Não há como negar que o empresário que contrata, para sua lanchonete da esquina, empregados que trabalham 8 horas por um salário mínimo com todos os direitos trabalhistas tende a acumular menos capital que o seu concorrente que tem funcionários trabalhando 12 horas pelo mesmo salário e sem carteira assinada,mas, quando se comparar o montante de bens acumulados por um e por outro dirão que este tem mais mérito que aquele.
Mais bobagem.
Na verdade, a corrupção tende a imperar no sistema quanto mais poder for delegado a uma estrutura, no caso, o Estado.
O retrato disso, no Brasil, é o fato da lei tributária só se aplicar a grandes empresas em que a fiscalização é aplicada com mais rigor, e nos níveis mais baixos é só corrupção e sonegação, respectivamente dos fiscais e dos empresários.
Até porque a lei resultante dos esquerdismos é tão estúpida que se ela for aplicada com todo rigor o país quebra em um segundo. Na verdade, essa é uma conseqüência direta e inexorável das práticas esquerdistas em qualquer lugar onde estas foram experimentadas ao longo de toda a História da sociedade humana em todos os seus empreendimentos, e não parece que o futuro será diferente.
Não é essa a lógica de uma economia liberal. A legislação tributária é racional, a carga é baixa porque o Estado é pequeno assim como a sua intervenção, a livre iniciativa é realmente livre, a burocracia é vaporizada. Não há como negar que a lógica deve ser essa.
Aí, talvez, você alegue que isto não é causado pelo modelo econômico.Que o modelo político-econômico não é quem produz tão feio parto, mas os desvios que se faz a partir dele.Que utópicamente o modelo é bom, a prática é que tem se monstrado perversa.Bem, mas não poderá dizer isso,porque este é o argumento que você refuta na esquerda.
O capitalismo não demanda corrupção. Na verdade, é o seu exato oposto quem a estimula.
E você não pode usar o Brasil como exemplo por se tratar de um país historicamente intervencionista, assistencialista, com Estado gordo, burocratizado, e com altíssima representação da carga tributária no PIB. Em suma, esquerda, por definição.