Não vi o vídeo. Não entendi o que seria "tu quoque" aí, mas, se a comparação é mesmo entre o número de crentes e ateus, não acho que é um ponto importante a ser feito. Não que haja algum grande problema (exceto alguns poderem usar isso contra, como "conspiração de ateus"), mas foge do principal.
Se por outro lado a comparação não for entre meramente crentes, mas "crentes no criacionismo", até que não é de se jogar fora o contraste com o número de "descrentes", porque parte do discurso criacionista de vez em quando é quase que uma tentativa de pintar um retrato de uma realidade paralela onde o criacionismo é amplamente aceito e os esquisitos evolucionistas são aberrações, insistindo numa "só teoria" há muito ultrapassada. Não seria bem "ad populum", mas sim uma figura mais realista do consenso científico.
Ficaria melhor ainda se explicassem que não é meramente uma questão de números, como os criacionistas cientistas invariavelmente não trabalham cientificamente em nada que confirma "teorias" criacionistas, mas são engenheiros hidráulicos e outras coisas do tipo; quando não, quando são biólogos, geólogos ou físicos, simplesmente não conseguem publicar nada "pró-criacionista" que satisfaça os critérios de um trabalho científico, ao mesmo tempo em que muitas vezes são eles mesmos aceitam considerável parte daquilo que os principais criacionismos rejeitam, como ancestralidade comum universal ou a idade científica/antiga para Terra.