Não entendi o que a pergunta do Wilfredo tem a ver com o assunto.
Mas pelo que entendi, o Partido Federalista é, obviamente, um partido político, e sua proposta se resume em resgatar o federalismo (autonomia dos estados da federação) que historicamente nunca existiu fora do papel aqui no Brasil.
É uma idéia pela qual eu tenho muita simpatia, ainda que pessoalmente ache mais prático e rápido criar estados soberanos plenos. Até porque eu não acredito em soberania enquanto conceito encontrável na realidade dos fatos...
Quanto aos motivos, é simples; nós brasileiros vivemos em um sistema político que distancia tanto o voto e opinião do cidadão da tomada de decisões que mal conseguimos imaginar mais o que é cidadania. Sabemos desconfiar do governo, barganhar com ele no melhor estilo mafioso-clientelista, ou falar mal dele como se fosse a expressão do mal sobre a Terra. Mas vê-lo como legítimo representante de nossos interesses, apesar das eleições livres, parece impossível.
Essa é uma situação preocupante, porque torna praticamente impossíveis mudanças políticas significativas. Este é um país onde o Congresso pode tornar obrigatório o uso de kits de primeiros socorros em todos os carros para um ano depois admitir publicamente que eles não servem para nada e ficar por isso mesmo. Ninguém nem se dá ao trabalho de tentar lembrar quem propõe ou apóia medidas políticas das quais discorda. Nossa política é movida pelo tráfico de verbas, cargos e influência, não pela difusão de idéias e propostas.
O resultado é que o maior inimigo do desenvolvimento do Brasil é o sistema político brasileiro, que recompensa políticos que se propõe a não deixar que haja mudanças positivas. Como início de solução eu proponho a quebra do Estado Brasileiro em Estados menores, enquanto que o Partido Federalista prefere tentar resgatar a Federação que teoricamente já existe. Na prática é quase a mesma coisa.