Eu não disse que as coisas tem essências, mas propriedades. O que é distinto.
Coloque-se a examinar o meu post novamente. Não há traços de questionamento ali sobre o termo “propriedade”, mas sim sobre o termo “propriedade intrínseca”. Observe um objeto x ao longo de um período de tempo t. Se não há essência, o objeto x transmuta-se em infinitos outros. Toda e qualquer tentativa de classificação pura redunda em infinitas classes, cada qual presa a um determinado conjunto de propriedades, que não é intrínseco a nenhum objeto simplesmente por não existir o “ser igual a si mesmo” (hipótese, claro, não estou a provar nada).
Nós podemos categorizar (classificar, rotular, taxinomizar etc.) as coisas de diversas formas em vista das propriedades que conhecemos e do que nos é relevante. (...)
Classificação não-pura, que se utiliza de um conjunto parcial de propriedades. Como citado por seu próprio punho, é relevante, útil ao cérebro humano, mas, diz agora meu punho, nem por isso absoluto. Deve-se notar que o objeto classificado pode transmutar-se em infinitos outros após a classificação, negando esta. O ponto central está no conceito de que existem propriedades, mas estas não definem classes simplesmente porque não há objeto que à elas se associe de forma IMUTÁVEL. O que se tem, então, é a exibição ora de uma propriedade, ora de outra, em impressões de objetos, estes que se tendem a entes estáticos quando concebidos pelo cérebro humano. Pode-se definir classes de propriedades, mas não classes de objetos, estes que não têm essência não duram nas classes. Espero que tenha ficado claro agora.
Confundir a categorização com essência é um erro.
Não, esta suposta confusão entre categorização e essência não ocorreu – reveja o teor da argumentação apresentada antes e veja também os novos argumentos, que expandem-na.
Mas considerar que a diversidade de categorias implica que não há objetividade no conhecimento das propriedades é deficiência intelectual pós-modernista.
O seu argumento dirige-se aos pós-modernistas, não ao meu texto. Não corroborei a referida proposição. Aliás, pergunto-lhe o que acha, é um argumento válido ou é uma injúria?
Quanto à mudança, não vejo qual a relevância disto. Objeto x que tem propriedade A pode se transformar em objeto y com propriedade B. Istyo não nos impede de conhecer objetivamente x e y.
Se eu repetisse mais uma vez a argumentação, tratar-se-ia de um ad nauseam. Creio que esta thread terminou. Aliás, perceba que existem, na prática, duas threads aqui. A outra, esquecida, é a moral absoluta.
Redefenir moral é fugir do assunto em questão. Você pode demonstrar que o que eu defino como moral não procede ou é impossível de ser conhecido?
Tentarei reescrever a indagação de uma forma na qual fique clara sua natureza:
“Você pode provar que o que eu defino como Deus não procede ou é impossível de ser conhecido?”
Creio que agora ficou mais fácil...
Off-thread humorous ad: Moral, deuses, sagrados unicórnios rosas, tsc, tsc…
Abraços ateístas.