Theolonious Monk é uma das figuras mais intrigantes do jazz. Disonante, ao mesmo com as melodias mais suaves, e que todos os intérpretes adoram tocar (como o famoso Round Midnight, que hoje é quase como uma prova para um intérprete de jazz. TEM que ter sua versão !)
Ele tinha várias obsessões, LER, marcava o ritmo com os pés enquanto compunha, então girava em círculos (por exemplo no meio de um aeroporto) ou saia caminhando e se perdia. Teve várias passagens por hospícios, por heroína e loucura mesmo, a sua mulher o resgatou mais de uma vez. Não conseguia se comunicar com os seus filhos, e ao mesmo tempo era muito educado epolido com os músicos de sua banda.
Mas era muito difícil tocar com ele, porque improvisando beirava a dissnonância, ou no estúdio descobria algo melhor do que a música original e mudava tudo.
Lembro de um documentário que vi, onde ele está afinando o piano, começa a improvisar, fica uns 3 ou 4 minutos. Pára e pergunta se estão gravando. Ninguém estava gravando (afinal, nessa época, antes dos 60, gravar era caro, só se gravava com tudo pronto), ele fica visivelmente brabo, quase chuta o piano , joga o famoso chapéu. Uma figura...
Um dia me lembra de te passar duas versões, a que ia ser oficial de uma música, e a que ele mudou minutosw depois (originalmente take 2 que virou versão oficial), deu uma sacada no começo que deixou toda a música com um ritmo mais alegre, mais solto.