Adam Smith coloca que não devemos confiar na boa-vontade das pessoas, mas que a própria busca pela satisfação dos interesses próprios é benéfica numa condição de liberdade plena.
É falso que não podemos controlar empresários. Num ambiente de livre mercado, qualquer empresário de sucesso só o é por oferecer um produto barato, bom ou exclusivo demais. Qualquer um que engane o público, ofereça produtos de baixa qualidade, não cumpra contratos ou promessas terá como resultado a perda dos clientes, de investidores e de contratos vantajosos.
Um empresário não precisa ser um agente de transformação social consciente. A sua própria atividade, de pura e simples busca pelo lucro, já é uma ação social muito maior do que qualquer programa assistencial, quando realizada dentro da legalidade (e aqui entra o papel do Estado, fiscalizar, neutralizar e punir o crime). Isso porque toda a assistência prestada pelo governo provém de verbas que são arrecadas dos pagadores de impostos, e que para ser coletada, administrada e investida demanda uma burocracia que permite brechas e redundâncias diversas.
É esse a minha principal ressalva à um sistema liberal. O que garante que por simplismente oferecer produtos "melhores" e ter mais lucros isto necessáriamente implicaria em mais empregos? Lembre-se que no Brasil pelo menos o setor que mais emprega é a pequena empresa, simplismente porque quando uma empresa fica grande compra uma máquina, ou monta uma fábrica na China.
Sem contar que o próprio conceito de produto "melhor" é extremamente subjetivo, o que garante que os consumidores não compram um produto não por ser o melhor para eles, mas por hábito, propaganda, ausência de concorrência ou, lembrando o Barbudo Famigerado, fetiche?
Ainda lembrando o maior problema, uma empresa nunca está isolada das outras, há concorrentes nessa, e muitas vezes a tática empregada por uma empresa maior (leia-se, mais poder aquisitivo) é acabar com o produto de empresas menores que podem concorrer com o dela. Um exemplo visível disso são as organizações globo, que sempre contratam artistas de suçesso de outros canais apenas para impedi-los que façam sucesso nesses canais, além dos direitos de transmissões esportivas.
Empresas pequenas dificilmente conseguem entrar no mercado contra empresas grandes e com capital, geralmente elas tentam obter um nicho de mercado não coberto ainda (de certa forma, um monopóleo) para sobreviver. Dificilmente dois produtos absolutamente iguais entram em competição de precós por muito tempo, no final ou há acordo, ou fusão, ou falência, ou diversificação de nichos.
A guerra de preços é instável, os produtores tentam ganhar a competição cada um para si, mas uma pequena diferença pode acarretar num maior consumo, maior renda e mais possibilidade de competição, tirando a outra do negócio. A empresa perdedora ou muda de mercado, passando a tentar produzir produtos de mais qualidade, ou desencana totalemte do mercado. E tudo isso sem contar o
dumping.
A idéia principal em economia é pensar nos incentivos que movem as pessoas. Um empresário trabalhando pelo lucro procurará fazer tudo ao seu alcance para seu negócio crescer, para oferecer preços mais competitivos, para aumentar a produtividade e inteligência de suas atividades, para conquistar consumidores e deixá-los satisfeitos. Quer também seus funcionários eficientes, e terá a disposição ferramentas como alterações salariais e de cargos e jornadas.
Os incentivos de um político, ao contrário, são diferentes. Ele precisa de votos e sabe que os ganhará se realizar pequenos favores, grandes campanhas publicitárias e parcerias com grandes corporações (que não tem mais interesse no livre-mercado do que no proveito que podem ter de administrações "amigas"). O tamanho do Estado também o torna extremamente difícil de ser controlado e fiscalizado, e pequenos desperdícios e desvios podem passar despercebidos na enxurrada de orçamentos, mas que no total fazem grande diferença.
A sua descrissão de político simplismente se encaixa em qualquer um que queira se aproveitar de qualquer coisa. Se para você a solução para os desmandos das empresas é um Estado, nesse caso judiciário atuante e fiscalizador, porque você abandona essa presença justamente quando vai falar mal de políticos? Se os políticos fossem bem fiscalizados pelo ministério público, com um judiciário eficiente e uma cultura democrática em que o eleitor cobra do político, esses desmandos simplismente somem.
Mas como eu vivo no mundo real, e acredito que você também, podemos abandonar esses contos da carrochinha e simplismente admitir: Sempre vai ter alguém para melar o sistema, seja captalista, comunista, anarquisa, monarquista, xamanista ou o que o valha. A solução para isso existe desde antes do código de Hamurabi, o problema sempre é implementar, portanto, vamos deixar de chover no molhado e discutir outras coisas.
A idéia de "melhoria global" é uma falácia, pois não tem como ser avaliada exatamente. O liberalismo subentende melhoria como busca da felicidade ou interesses de cada um e isso é uma missão pessoal. O credo liberal entende que não há ninguém melhor do que si mesmo para decidir como administrar sua vida pessoal, profissional e financeira, que tipos de melhoria necessita e quais luxos gostaria. Ao Estado ficam apenas os mecanismos que protegem essas liberdades individuais, para que não se aniquilem, e sim se complementem.
Tem sim como avaliar uma melhoria global, simplismente com a soma das melhorias individuais. O problema é, que simplismente uma melhoria individual não é independente das outras, não há separação de variáveis. O bem-estar dum ladrão provoca o mal-estar duma vítima, apenas para citar um exemplinho bem banal. Por isso há tantos jeitos diferentes de sistemas econômicos/políticos/sociais, apesar da velha influência abraãmico-zoroastrista de ver sempre dois lados para tudo.
A bolha especulativa se deu devido a fraudes financeiras e a criação de empresas fantasmas que acompanhavam a onda de altas sucessivas, que abalaram a confiança do investidor. Cabe a comissão de valores investigar a procedência dos titulos que são comercializados, e se houve algum erro não foi do livre comércio, mas da ausência de fiscalização e da enganação do investidor.
Então, o problema não foi nesse caso nem tanto o erro, as empresas fantasmas provocariam uma bolha que estouraria e tudo bem, mas o grau de crise ocasionou com investidores comprando ações em
short, basicamente, com ganhos se as açães caíssem. Logo essa pressão do mercado jogou mais ainda os preços pra baixo, basicamente colocando gasolina no incêndio. Aí o governo americano depois da crise resolveu proibir a compra de ações no modo
short se a empresa vem numa descendente.
Mas o que eu mais queria destacar não foi nem a crise em si, mas algo que até agora passou desapercebido: A solução dela. O que foi o New Deal senão a adoção de políticas Keynesianas, ou seja, com viés mais de esquerda?
Os fatores de IDH são interessantes, pois, apesar da Noruega ter um grande aparato de well-fare state, poucos são aqueles que lembram que seu país possui grandes reservas de petróleo, uma população consideravelmente reduzida e um clima que afasta imigrantes problemáticos.
Lembrando que o petróleo da Noruega está na maior parte no Mar do Norte, mar esse que possui também inúmeras plataformas de petróleo Inglesas também. E quanto a imigrantes, porque a Belgica tem um IDH maior que o Reino Unido se teve o 3º maior império na África na época da colonização?
Que a Finlândia passou por uma grave crise na década de 80, devido a escassez de auxílios externos em função da sua posição estratégica, e que suas medidas para contorno foram todas de natureza liberal com orientação para o processo de globalização da economia.
Lógico, de todos os países nórdicos o com mais orientação para a direita clássica é a Finlândia, dada a natureza da revolução de 1918, realizada com ajuda do império Alemão na época que deu a vitória aos "brancos" sobre os "vermelhos", além da influência da USSR nas proximidades, que criavam uma aversão à ideias comunistas, o que ocasionou em parte a entrada da Finlândia como o único país democrático do lado do eixo na segunda guerra. Mesmo culturalmente, o finlandês não é uma lingua Nórdica, é na verdade Urálica (nem Indo-Europeia é), além de ter sido uma província russa por mais de 100 anos até a revolução de 17.
A Suécia, por mais que não se noticie, é um dos países com maiores índices de abuso sexual, principalmente praticado por imigrantes maometanos, e onde se você der um tapa numa criança em função dela ter sido mal-criada você corre o risco de ser preso, graças as políticas "politicamente corretas" que alguns pretendem importar para cá. Mesmo com problemas crescentes no âmbito social, ainda goza de respeitável liberdade econômica.
Quem dera se eu morasse na Suécia, um país onde se respeita até crianças, segundo país em IDH (e apenas porque o pip per capta da Noruega é maior)... Um dia eu vou para lá. E ah, a liberdade econômica de lá está 14 posições abaixo do Reino Unido, apesar do IDH estar 11 posições acima...
A Islândia e a Dinamarca estão no topo do ranking publicado pelo Heritage. A Islândia encontra-se inclusive a frente da Inglaterra.
Você reclama da falta de pessoas da Noruega e ainda cita a Islândia?