Autor Tópico: Os nerds e o namoro  (Lida 7194 vezes)

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Offline Danielle Bandeira

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #25 Online: 22 de Novembro de 2008, 01:21:06 »
Mas veja bem, uiliníli, quais são as preocupações futuras mais comuns?
Bens materiais: dinheiro, carro, casa, utensílios, abrir uma empresa etc.
Ou uma pessoa: um(a) companheiro(a) para casar, um filho etc.
E mais algumas coisas que não me lembro.

E caímos na tal história da busca da felicidade...

Não tô querendo dizer que devemos viver como primatas ou esperar que entreguem comida na porta para sobrevivermos...

... na verdade eu tô confusa agora. :P
Eu tô com sono. Amanhã (mais tarde) meu cérebro trabalhará melhor para continuar a discussão. :hihi:


Depende. Ficar dando uma de dependente pra cima da outra pessoa não dá, mas se a outra pessoa quiser fazer a gente feliz espontaneamente, não vejo motivo pra recusar, mesmo que a gente não consiga ser feliz sozinho.

Mas de qualquer forma não é a pessoa que está te fazendo feliz. Se você está feliz por si só sem depender de ninguém para isso, então consegue compartilhar seu momento com ela.

Não sei se deu pra entender mais ou menos o que quero dizer...
« Última modificação: 22 de Novembro de 2008, 01:30:42 por Danielle Bandeira »
“A Ciência é antes um modo de pensar do que propriamente um conjunto de conhecimentos.” - Carl Sagan

"O mundo não é totalmente governado pela lógica: a própria vida envolve certa espécie de violência, e a nós nos compete escolher o caminho da violência menor.” - Mahatma Gandhi

Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #26 Online: 22 de Novembro de 2008, 01:39:25 »
A felicidade está dentro de você e está disponível a qualquer hora
Há exceções, mas isso é algo que pode ser trabalhado.

Certamente há situações em que a felicidade é mais difícil. Uma grave doença própria ou de alguém próximo, por exemplo. Mas esses são casos que não nos afetam na maior parte do tempo e muitas vezes as pessoas são infelizes por nada ou por muito pouco.

Citar
Se você é capaz de ser feliz sozinho, pode optar por continuar assim ou partilhar a vida com alguém, mas sem jogar nas costas dela a responsabilidade de te fazer feliz.
Depende. Ficar dando uma de dependente pra cima da outra pessoa não dá, mas se a outra pessoa quiser fazer a gente feliz espontaneamente, não vejo motivo pra recusar, mesmo que a gente não consiga ser feliz sozinho.

Aceitar o amor oferecido não é jogar sobre outrem a responsabilidade por sua felicidade. Mas no caso de uma pessoa insatisfeita consigo mesmo, como você mencionou, bem, primeiramente vamos deixar claro que esse amor espontâneo e incondicional da sua hipótese é bem pouco freqüente - o amor romântico costuma a ser egoísta e exigente. Não que eu não creia que amores generosos e desinteressados não sejam possíveis, mas eu penso que só está preparado para isso quem tem independência emocional. Quem não é independente é obviamente dependente, e se sua felicidade é dependente de outra pessoa, que é um ser livre, e portanto não completamente previsível, ela só durará enquanto essa pessoa estiver disposta a oferecê-la para você (e por um preço tão baixo). Mesmo que você tenha a sorte de encontrar alguém que vá te amar incondicionalmente para sempre e sempre, mesmo assim, um dia vocês ainda serão separados, nem que seja pela morte. Além disso, o lado menos independente dessa relação será atormentado pelo medo de tudo isso que mencionei, o medo da perda da pessoa amada, o ciúme...

Citar
Se podemos nos prender ao amor que nos liberta, tanto o amor quanto a solidão são prisões. E se sabemos ser felizes sem nosso amor, o amor torna-se desnecessário e a solidão torna-se inócua.

Você não entendeu o ponto principal da minha linha de raciocínio: a liberdade. Os seres humanos são livres e você não pode controlar os sentimentos das outras pessoas. Por mais que você se esforce, você não pode garantir que a Angelina Jolie vá amar você. Já o nosso amor próprio, ele depende sim de nossa vontade. Como algo que está sob nosso controle poderia ser uma prisão?

E eu me pergunto como uma pessoa pode ser feliz sem se amar. Mas mesmo que isso seja possível, por quê? O que ela ganha com isso? Afinal, se o amor próprio depende de nossa força de vontade, se somos livres e se podemos nos suprir com um estoque ilimitado de amor, então por que nos privaríamos disso?

Outra coisa: a solidão já é inócua a quem tem satisfação com sua própria companhia. Recomendo que dê uma olhada no tópico "A solidão amiga" na área de História e Filosofia.
« Última modificação: 22 de Novembro de 2008, 01:43:09 por uiliníli »

Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #27 Online: 22 de Novembro de 2008, 01:56:29 »
Mas veja bem, uiliníli, quais são as preocupações futuras mais comuns?
Bens materiais: dinheiro, carro, casa, utensílios, abrir uma empresa etc.
Ou uma pessoa: um(a) companheiro(a) para casar, um filho etc.
E mais algumas coisas que não me lembro.

E caímos na tal história da busca da felicidade...

Não tô querendo dizer que devemos viver como primatas ou esperar que entreguem comida na porta para sobrevivermos...


Eu entendo o que quer dizer e concordo plenamente. É que devemos nos preparar para nos garantir um futuro em que a felicidade seja praticável. É difícil ser feliz passando fome e vendo as pessoas com quem você se preocupa sofrerem, por isso precisamos ser responsáveis com relação ao futuro. Mas você está certíssima, nós nos preocupamos com o futuro além do sensato e isso nos distrai do momento presente, ou pior ainda, nos traz infelicidade imediata - nos sentimos vazios porque não temos um telefone celular ou um carro novo ou um salário que nossos amigos invejem ou uma pessoa que desejamos e nos torturamos por isso.

Esse tipo de preocupação não é responsável, é patológica, insensata e irracional. Desde crianças já sabemos que nosso apetite é implacável. Quantas vezes, quando criança, eu não ganhei de meus pais um brinquedo que desejei intensamente por meses, só para depois perder o interesse por ele pouco depois de ganhá-lo? Mas mesmo assim, algumas pessoas, em vez de aprenderem com isso, desenvolvem uma compulsão em cobiçar mais e mais, sem nunca ficar satisfeito. Todos os meus colegas da Engenharia só pensam em ganhar dinheiro. Sonham com salários de 10, 15 mil reais e acham que vão ficar contentes com isso. Eu acho que não vão. Acho que quando estiverem ganhando quinze, vão querer vinte. E depois cinqüenta, cem... Como não vão poder ganhar infinito, sempre acharão que ganham pouco.

Nessas horas faz falta conhecer e assimilar a velha receita de Epicuro: "Queres ser rico? Pois não te preocupes em aumentar os teus bens, mas sim em diminuir a tua cobiça."

Offline FxF

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #28 Online: 22 de Novembro de 2008, 04:22:11 »
A felicidade está dentro de você e está disponível a qualquer hora
Não. A dose mediana das pessoas de dopamina, endorfina ou adrelina parece não ser suficiente para se declararem felizes. Por isso namoram, fazem sexo, pulam de bang jump...

Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #29 Online: 22 de Novembro de 2008, 14:19:33 »
A felicidade está dentro de você e está disponível a qualquer hora
Não. A dose mediana das pessoas de dopamina, endorfina ou adrelina parece não ser suficiente para se declararem felizes. Por isso namoram, fazem sexo, pulam de bang jump...

Nonsense. Em primeiro lugar porque estamos falando em felicidade, não em prazer. São coisas diferentes, a felicidade pode ser definida até mesmo com um estado de serenidade e equilíbrio psíquico que não tem nada a ver com pular de bungee jumping. Em segundo lugar, mesmo no que se refere ao prazer, se as doses dos hormônios citados por você fosse insuficiente, então namorar, fazer sexo e pular de bungee jumping não adiantaria nada, seria preciso injetar dopamina e endorfina diretamente na veia para ter mais felicidade. É o nosso corpo que produz esses hormônios, caramba! E podemos obter prazer em uma série de atividades, inclusive atividades solitárias.

Offline JUS EST ARS

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #30 Online: 22 de Novembro de 2008, 14:25:41 »


Citar
E podemos obter prazer em uma série de atividades, inclusive atividades solitárias.

Até concordo. Só que não há nada que dê mais prazer que sexo :P .



Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #31 Online: 22 de Novembro de 2008, 14:36:34 »
Certamente o sexo é uma coisa muito prazerosa. Mas mais uma vez vou chamar a atenção para o fato de felicidade e prazer serem coisas diferentes. Freqüentemente estão associados, porém, há situações onde o prazer pode atrapalhar a felicidade, o que acontece quando o prazer se transforma em um vício, ou seja, quando nos subjuga e aniquila nossa liberdade. O prazer é bom, mas também não podemos depender dele para sermos felizes, da mesma forma que não podemos depender do amor alheio ou de objetos materiais. Tudo isso são coisas que, se temos, são bem vindas, mas se não temos, não devem nos incomodar.

Offline JUS EST ARS

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #32 Online: 22 de Novembro de 2008, 14:43:54 »


Eu sou cético quanto a se obter felicidade plena (e não momentos de felicidade) de forma individual. Creio que só há felicidade plena em indivíduos que fundamentam sua felicidade em algo que outros indivíduos podem lhe proporcionar (sexo, reconhecimento, relacionamentos etc.).


Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #33 Online: 22 de Novembro de 2008, 14:58:22 »
Depende de sua definição de felicidade. Se você confunde felicidade com prazer está inteiramente certo, não existem mais que momentos efêmeros de prazer. Se sua definição é mais ampla, a felicidade é fácil e plenamente alcançável:

Wikipedia:

Happiness is an emotion associated with feelings ranging from contentment and satisfaction to bliss and intense joy. A variety of philosophical, religious, psychological and biological approaches have been taken to defining happiness and identifying its sources.

Philosophers and religious thinkers have often defined happiness in terms of living a good life, or flourishing, rather than simply as an emotion. Happiness in this older sense was used to translate the Greek Eudaimonia, and is still used in virtue ethics. In everyday speech today, however, terms such as well-being or quality of life are usually used to signify the classical meaning, and happiness is reserved for the felt experience or experiences that philosophers historically called pleasure.


http://en.wikipedia.org/wiki/Happiness

Eudaimonia (Greek: εὐδαιμονία) is a classical Greek word commonly translated as 'happiness'. Etymologically, it consists of the word "eu" ("good" or "well being") and "daimōn" ("spirit" or "minor deity", used by extension to mean one's lot or fortune). Although popular usage of the term happiness refers to a state of mind, related to joy or pleasure, eudaimonia rarely has such connotations, and the less subjective "human flourishing" is often preferred as a translation.[1]

http://en.wikipedia.org/wiki/Eudaimonia


A definição que estou usando para felicidade é a eudaimonia grega, tanto que separo claramente esse sentimento do de prazer.

Quanto à sua busca pela felicidade naquilo que os outros indivíduos podem lhe proporcionar, só tenho uma coisa a dizer: boa sorte. Boa sorte, pois o que os outros indivíduos podem lhe proporcionar depende deles, e não de você. Você pode no máximo tentar influenciá-los, mas eles são livres (graças a Zeus!) e fazem suas próprias escolhas.

Os momentos felizes que outras pessoas me proporcionam eu aceito de braços abertos, mas prefiro não depender de ninguém mais do que de mim mesmo para ter satisfação.

Offline JUS EST ARS

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #34 Online: 22 de Novembro de 2008, 15:24:28 »


Tradução livre:
"Felicidade é uma emoção associada com sentimentos que variam de contentamento e satisfação até êxtase e intensa alegria. Uma variedade de abordagens de cunho filosófico, religioso, psicológico e biológico têm sido adotadas para a definição de felicidade e para identificar suas fontes.

Filósofos e pensadores religiosos têm frequentemente definido felicidade como viver uma boa vida, ou tranquila, e não simplesmente como uma emoção. A felicidade neste sentido mais antigo foi usada para traduzir o grego Eudaimonia, e ainda é usado para definir uma virtude ética. No discurso de hoje em dia, no entanto, termos como bem-estar e qualidade de vida são normalmente utilizados para indicar o sentido clássico, e é reservado para a felicidade sentida experiência ou experiências que filósofos historicamente chamaram de prazer."

Em resumo:
felicidade (eudaimonia) - > boa e tranquila vida.
felicidade (prazer) - > êxtase e alegria.

Citar
A definição que estou usando para felicidade é a eudaimonia grega, tanto que separo claramente esse sentimento do de prazer.

Quanto à sua busca pela felicidade naquilo que os outros indivíduos podem lhe proporcionar, só tenho uma coisa a dizer: boa sorte. Boa sorte, pois o que os outros indivíduos podem lhe proporcionar depende deles, e não de você. Você pode no máximo tentar influenciá-los, mas eles são livres (graças a Zeus!) e fazem suas próprias escolhas.

Os momentos felizes que outras pessoas me proporcionam eu aceito de braços abertos, mas prefiro não depender de ninguém mais do que de mim mesmo para ter satisfação.

Para se ter felicidade e viver em sociedade, inclusive no sentido de eudaimonia, há que obter respeito e admiração por um certo número de pessoas.

Você pode, pode no entanto, obter a felicidade (eudaimonia) sem depender dos outros se viver uma vida solitária e isolada como um eremita.

Para se ter uma parceira ela tem que lhe aceitar; para ter o respeito dos filhos é preciso que eles o admirem; o mesmo em qualquer grau de relacionamento social.

Se é verdade que não se pode depender exclusivamente do que os outros respeitam e admiram, sob pena de se tornar uma maria-vai-com-as-outras, também é verdade que, uma vez que se resolve viver em sociedade e não ser um eremita, há que se dar demonstrações de virtudes, as quais reverterão nos benefícios que respeito e admiração lhe proporcionam.

Assim, no mais das vezes, trabalhar se converte em salário ou rendimentos; cuidar dos filhos se converte em ser respeitado por eles; respeitar esposa se converte em obter o mesmo.

Eu sou um cara que se não produzir algo de útil em meu trabalho, e não tiver respeito de meus filhos e esposa, não serei feliz. Se isso é a busca por uma vida feliz ou por prazer, creio ser impossível dissociar, mas uma coisa é certa: dependo disso para ser feliz, e é algo que depende do que os outros podem me dar (no caso, reconhecimento trabalho e respeito e admiração de filhos e esposa).



Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #35 Online: 22 de Novembro de 2008, 15:54:53 »
Para se ter felicidade e viver em sociedade, inclusive no sentido de eudaimonia, há que obter respeito e admiração por um certo número de pessoas.

Quanto a respeito, até concordo, mas no sentido de que isso é a base de uma conduta ética. Todas as pessoas merecem um tratamento digno. Quanto à admiração alheia, pode ser um bônus, mas não vejo por que seria um objetivo essencial.

Citar
Você pode, pode no entanto, obter a felicidade (eudaimonia) sem depender dos outros se viver uma vida solitária e isolada como um eremita.

Não é preciso ser um eremita para ser solitário. Podemos ser solitários dentro de uma megalópole, conhecendo um monte de gente e levando uma vida normal. Não estou dizendo que esse deva ser nosso objetivo de vida, a não ser que queiramos viver assim - somos livres e fazemos nossas próprias escolhas - a amizade e a compaixão são coisas muito valiosas. Entretanto nós, individualmente, devemos cultivar uma independência emocional com relação a todas as coisas que estão ao nosso redor, não depender delas para nossa vida fazer sentido.

Citar
Para se ter uma parceira ela tem que lhe aceitar; para ter o respeito dos filhos é preciso que eles o admirem; o mesmo em qualquer grau de relacionamento social.

Perfeito. Mas enfatizo que para ter uma vida emocional saldável é preciso primeiro aceitar a si próprio e admirar a si próprio. A aceitação e a admiração alheia são bem vindas, mas não são o sentido da nossa vida.

Citar
Se é verdade que não se pode depender exclusivamente do que os outros respeitam e admiram, sob pena de se tornar uma maria-vai-com-as-outras, também é verdade que, uma vez que se resolve viver em sociedade e não ser um eremita, há que se dar demonstrações de virtudes, as quais reverterão nos benefícios que respeito e admiração lhe proporcionam.

Como já mencionei, posso ser um eremita dentro de uma megalópole se eu quiser. Ou posso ser um playboy. A maioria de nós não é nenhuma coisa nem outra, escolhemos um ponto confortável dentro desses dois extremos e vivemos assim. Mas sejamos eremitas ou não, vivamos em megalópoles ou no meio do mato, ainda temos compromissos com a ética. Assumir uma conduta ética não é uma responsabilidade somente de quem vive em sociedade, ou você acha que se nós dois vivessemos no meio do mato, afastados da civilização, então eu teria o direito de te torturar? A ética não é imanente à sociedade, é um imperativo categórico.

Seguindo nossas obrigações morais e cumprindo nossas responsabilidades para com aqueles que dependem materialmente de nós, a admiração e o respeito que você tanto preza virão naturalmente.

Citar
Assim, no mais das vezes, trabalhar se converte em salário ou rendimentos; cuidar dos filhos se converte em ser respeitado por eles; respeitar esposa se converte em obter o mesmo.

Perfeito. Mas você pode optar por não trabalhar e ir viver como eremita no meio do mato. Ou pode optar por não ter filhos. Ou por não ter uma esposa. Pode ser casto, ter relacionamentos rápidos ou sair com prostitutas. Você decide o que quer fazer da sua vida e uma escolha não é necessariamente melhor do que a outra, desde que, claro, não viole as restrições da ética.

Citar
Eu sou um cara que se não produzir algo de útil em meu trabalho, e não tiver respeito de meus filhos e esposa, não serei feliz. Se isso é a busca por uma vida feliz ou por prazer, creio ser impossível dissociar, mas uma coisa é certa: dependo disso para ser feliz, e é algo que depende do que os outros podem me dar (no caso, reconhecimento trabalho e respeito e admiração de filhos e esposa).

Você é livre. É responsável por suas escolhas. Se você depende demais de coisas que não estão inteiramente sob seu controle, deve estar preparado para enfrentar possíveis conseqüências. Por exemplo, se você perder seu emprego ou foi deixado por sua mulher, sua vida perderá o sentido? Você vai se matar? Ou vai buscar forças para superar essas perdas dentro de si mesmo?

Offline JUS EST ARS

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #36 Online: 22 de Novembro de 2008, 16:02:37 »


Citar
Você é livre. É responsável por suas escolhas. Se você depende demais de coisas que não estão inteiramente sob seu controle, deve estar preparado para enfrentar possíveis conseqüências.
Não vou dizer que estou preparado, mas vamos dizer assim: nos termos da mensagem anterior, eu assumo esse risco. Aliás, acho que é o que todos fazem.

Citar
Por exemplo, se você perder seu emprego ou foi deixado por sua mulher, sua vida perderá o sentido? Você vai se matar? Ou vai buscar forças para superar essas perdas dentro de si mesmo?

Certamente ficarei bastante, muito, muito mesmo arrasado. Mas passada a tormenta procurarei outra moça que possa me dar algo similar ao que ela me oferecia, de maneira que trocam-se as pessoas, mas a dependência permanece.



Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #37 Online: 22 de Novembro de 2008, 16:20:05 »
Não vou dizer que estou preparado, mas vamos dizer assim: nos termos da mensagem anterior, eu assumo esse risco. Aliás, acho que é o que todos fazem.

A vida familiar exige que se faça algumas conseções, sem dúvida você não é a única pessoa a correr de bom grado esse risco. Eu mesmo não estou livre de optar por isso um dia. Mas sempre consciente de que é um risco, de que nada na vida é permanente. Um dos grandes pensadores estóicos romanos, Epicteto, aconselhava a, sempre que alguém beijar seu filho ou sua mulher, se lembrar de que são mortais, que é da natureza de todos os mortais perecer, e que a vez deles poderia ser hoje mesmo. Isso é algo que precisamos aceitar.

Citar
Certamente ficarei bastante, muito, muito mesmo arrasado. Mas passada a tormenta procurarei outra moça que possa me dar algo similar ao que ela me oferecia, de maneira que trocam-se as pessoas, mas a dependência permanece.

É, parece que você não é o tipo de pessoa que aprende com seus erros :P  Estou brincando, eu sei que você pensa diferente de mim e não encara essa dependência como um erro. Eu considero esse tipo de atitude temerária.

Offline JUS EST ARS

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #38 Online: 22 de Novembro de 2008, 16:22:07 »


Exatamente o que é temerário?



Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #39 Online: 22 de Novembro de 2008, 16:34:05 »
Deixa de preguiça, rapaz, já ouviu falar em uma coisa chamada Google?  :P Mas tudo bem, como você é meu amigo vou facilitar para você:
http://michaelis.uol.com.br/

Offline JUS EST ARS

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #40 Online: 22 de Novembro de 2008, 16:37:12 »


Não, hehehe.

Estou querendo saber exatamente que tipo de atitude minha você considera temerária.



Offline uiliníli

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #41 Online: 22 de Novembro de 2008, 16:44:08 »
Ah, sim :lol:

O que considero temerário é essa dependência do amor de outra pessoa para ser feliz, principalmente do amor romântico. Você disse que se fosse abandonado por sua esposa, a primeira coisa que faria depois de sair do fundo do poço seria procurar outra mulher em quem depender.

Offline JUS EST ARS

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #42 Online: 22 de Novembro de 2008, 20:36:23 »


Nada te impede de pensar assim, mas acho que é mais questão de se estar disposto a confiar em alguém e se dedicar a ela, recebendo o mesmo em troca. Para mim a felicidade é isso aí.



Offline Unknown

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #43 Online: 03 de Julho de 2009, 05:44:24 »
Citar
The Beauty and the Geek

É dos nerds que elas gostam mais!

Papo de balada e músculos embaixo da camiseta não significam absolutamente nada para essas garotas, o que elas gostam mesmo é da timidez misteriosa, da falta de lábia na hora da paquera e de um bom papo. Mas, primeiro de tudo, precisamos entender o que é o verdadeiro nerd. “É alguém que tem alguns interesses e vai a fundo para entendê-los melhor, seja cinema, história ou computação. Além de serem curiosos, gostam mais de videogames, programação e todas essas coisas que as outras pessoas não se importam tanto”, define Elisa Mafra, 21. Já Victoria Salles, 20, acrescenta que existem vários tipos, mas o modelo estereotipado é mesmo o viciado em games, RPG e tecnologia. “Mas eles são muito mais do que alguém que joga Winning Eleven e vê Star Wars e estão além da aparência”, completa.

Elisa passou a conhecer geeks há dois anos e percebeu que sempre tinha muito o que conversar com eles, apesar de não se considerar parte desse grupo. “Eu me sinto muito à vontade por causa dos assuntos em comum e, por mais que eu não compreenda certas coisas, eles respeitam e não tiram sarro de mim”, confessa. Quanto ao quesito beleza, a estudante de Cinema discorda de todos esses rumores de que eles usam óculos pretos de aro grosso, são feios, desengonçados e não têm amigos. “Claro que existe gente assim, mas meu namorado é nerd e lindo! O mais engraçado é que nenhum nerd com quem fiquei usava óculos”, diz. E o que faz o namorado ter a honra desse título? “Apesar de sempre sair com os amigos para se divertir, ele resolve cubos mágicos em minutos, joga ioiô, é fanático por tecnologia, gosta de falar sobre gadgets e webcomics”.

Aliás, esse estilo está muito em alta, tanto que é normal ver as celebridades – como Adam Brody, Joe Jonas, Chris Pine, Josh Hartnett, Michael Cera e até as divas Hillary Duff e Demi Lovato – sendo flagradas por aí com óculos gigantescos, roupa xadrez e camisetas com temas geeks, o que torna ainda mais difícil saber quem é ou não um legítimo nerd; por isso, Victoria toca em um ponto essencial. “É questão de personalidade, não aparência. Eles são fofos, companheiros incríveis e tímidos demais para chegar com tudo, então a conversa é muito mais interessante, principalmente sobre filmes, histórias em quadrinho e cultura pop no geral. Isso, com certeza, é mais atrativo do que um cara bombado que curte pagode”, conta, no entanto, sem dispensar o estilinho peculiar.

Geek convicto, César “Rocco” Calixto, 21, afirma que ser nerd “é muito conteúdo e pouca compreensão” e esse poder de saber muito sobre tudo é um afrodisíaco e tanto, por que não? “Eles não são convencidos, não se acham o máximo e eu adoro o fato de tratarem bem os outros – talvez por serem muito inibidos para xavecar as meninas, eles valorizam o que têm –, além de serem inteligentes”, afirma Elisa.

Por outro lado, eles são muito desligados, o que acaba deixando Victoria irritada – e muito! “Eles não percebem que a mulherada está atrás, então elas caem em cima e quem se passa por neurótica sou eu; além disso, para ficar com um nerd, você precisa conhecer, conversar e esperar que ele entenda, finalmente, que você está a fim”, reclama a garota, que também não acha muito saudável o fato de eles curtirem a vida online adoidado e se esquecerem de ficar off. “Eu fui assistir ao jogo do Corinthians contra o Internacional no bar e os meus amigos nerds não paravam de twittar um segundo sequer. Eles perdem um pouco da vida social e das relações humanas e vivem muito a relação ‘homem-máquina-homem’”, finaliza.

http://jovem.ig.com.br/igirl/quenteenhas/2009/07/01/the+beauty+and+the+geek+7062913.html

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Offline Gaúcho

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #44 Online: 03 de Julho de 2009, 08:08:19 »
:P

Olha, eu mesmo já ouvi de 2 meninas coisas do tipo "Como tu não notou que eu gostava de ti?!"

Paciência ^^
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Offline Stéfano

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #45 Online: 04 de Julho de 2009, 20:06:16 »
"Alternative and mainstream Medicine are not simply different methods of treating ilness. They are basically incompatible views of reality and how the material world works." Arnold S. Relman

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #46 Online: 06 de Julho de 2009, 17:11:54 »
:P

Olha, eu mesmo já ouvi de 2 meninas coisas do tipo "Como tu não notou que eu gostava de ti?!"

Paciência ^^

"Quem muitas vezes não se dá conta das coisas até a garota se enfadar e partir para medidas mais drásticas que te pegam totalmente desprevenido, levante a mão"

\o.





Por que a matéria não aborda as mulheres nerds? RACISMO.

Offline yud

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #47 Online: 07 de Julho de 2009, 23:10:28 »
"Quem muitas vezes não se dá conta das coisas até a garota se enfadar e partir para medidas mais drásticas que te pegam totalmente desprevenido, levante a mão"

\o.


Pode ser as duas? :P

\o/
"You may bury my body, down by the highway side
So my old evil spirit can catch a Greyhound bus and ride"

Offline Unknown

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #48 Online: 17 de Maio de 2010, 19:11:33 »
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FAQ sobre Mulher:  - versão para Nerds (r)

Derneval R.R. da Cunha

Após escrever o texto "Guia para Mulheres - Como Paquerar um Nerd" recebi montes de elogios. Muitas meninas (lindas) vieram me falar que conheciam alguém  exatamente igual a minha descrição. Vaidade subiu lá no teto (o que ajudou muito a ignorar a marmanjada que não gostou). Mas percebi que meu texto ajudava muito pouco o público alvo. Era preciso dar mais uns toques. Puxando a memória, resolvi produzir este outro texto, com as perguntas que Nerds, programadores e outros caras muito mais que racionais gostariam de fazer, mas não tinham para quem perguntar. Para quem não sabe o que é Nerd, não é muito importante. O público alvo é qualquer um que queira se divertir lendo as linhas abaixo. Embora minha idéia fosse uma espécie de guia de auto-ajuda para a massa de caras que ou não sabem ou esqueceram como é paquerar alguém numa metrópole, que pode ser São Paulo, Rio de Janeiro ou mesmo cidade do interior. Estou pensando principalmente no universitário calouro. Era para ser um texto com mais do dobro do tamanho. 114kbytes (e aumentando) de besteira e de conselhos, alguns úteis outros nem tanto. Texto demais pra fanzine, mesmo o Barata Elétrica. Quem sabe uma editora se interessa..

[...]

Leia o resto do texto aqui: http://www1.webng.com/curupira/guianerd22.html

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Re: Os nerds e o namoro
« Resposta #49 Online: 17 de Maio de 2010, 19:35:14 »
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NERDS E O NAMORO (ALGUNS MICOS COMUNS)

Derneval R.R. Cunha

Os "joguinhos" são a característica da maioria dos fracassos amorosos (pelo menos até alguns anos atrás, com o aparecimento do verbo "ficar", isso está meio fora de moda), tanto para Nerds como para o público em geral. Mulher odeia ser generalizada, mas odeia mais ainda o fato de que fica sozinha porque não encontra "homens". Subentende-se que os "homens" que as mulheres procuram topariam aquilo que as amigas, as novelas, os contos, o que talvez até a mãe dela diz que  funciona, para "laçar" o cara: os famosos "fazer o cara sofrer". É uma m(*). Do ponto de vista masculino, isso significa que só sendo "canalha" ou "ter grana" é que se consegue a mulher sem passar por isso. Para o Nerd, é um argumento muito bom em favor do Vídeo-cassete e do site pornô.

[...]

Leia o resto do texto aqui: http://www1.webng.com/curupira/nerdafet27.html
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