Este parece ser o mantra dos céticos mais duros. Uma forma comum do que foi apresentado é :
“ o meu amigo contou-me quando vinha para aqui que chegou atrasado porque o carro teve um furo, logo eu tenho de acreditar porque é uma afirmação normal. Contudo, se ele afirma-se que no caminho para cá foi raptado por um ovni, então não acreditaria na sua afirmação porque a sua natureza é extraordinária. Uma afirmação extraordinária requer uma prova extraordinária”.
Ajudaria aos céticos que proclamam este argumento especificar o que é que eles consideram como prova extraordinária. Doutra forma, permanecendo arbitrariamente, este argumento pode ser utilizado independentemente da prova que é apresentada.
Video, o que diferencia uma alegação comum de uma extraordinária nada mais é do que a
magia. Dizer que você chegou atrasado por ter um pneu furado não requer nenhum tipo de explicação mágica para explicar esta alegação. Todo mundo sabe que um pneu pode furar e que muitas pessoas encontram dificuldades em trocá-lo por exemplo.
Agora, quando você alega que foi raptado por um OVNI, você coloca na estória coisas que não podem ser explicadas sem evidências extraordinárias. Ninguém nunca conseguiu confirmar a presença de um OVNI cientificamente, e todas as especulações que existem são contraditórias entre sí. Além de precisarmos saber se existem mesmo os OVNIs para abduzir, precisamos saber se eles são aptos a abduzir, se eles querem abduzir e o que acontece com uma pessoa quando ela é abduzida. Precisamos saber com que meio os OVNIs voam e como eles atraem as pessoas para dentro de suas naves. Dizer que uma pessoa foi abduzida cria muitas perguntas e não dá respostas. Alegar OVNIs cria uma série de coisas "mágicas" que ficam sem explicação e que soam muito como desculpas para explicar o inexplicável.
No entanto, se alguém alegar que foi mesmo abduzida por OVNIs, é bastante plausível que ela esteja mentindo, que esteja enganada ou até maluca. Nós sabemos que essas coisas podem acontecer e sabemos até como elas acontecem. Isso nos dá respostas muito mais precisas e não dependem de nada "mágico".
O mesmo vale para Deus. Para que aceitemos a hipótese de Deus, é necessário explicar várias coisas "mágicas": Deus, suas ações e intervenções, seus mensageiros, etc.
Por experiência empírica, os céticos sabem que alegações que envolvem "magia" não servem como respostas. Não adianta chorar com apelos emotivos ou populacionais pois os fatos não mudam por vontade de uma ou mais pessoas. Esse é o trunfo da ciência, que a permite obter respostas precisas independente de pensamentos, limitações físicas e locais.
Enquanto é razoável esperar um nível maior de exigência para afirmações mais fora do comum, existem, contudo, 6 dificuldades em manter esta idéia.
6 falácias que eu, um mero desempregado e não-especialista, vou refutar agora:
1) embora a regra seja boa como linha orientadora, o fato de existem 3 alternativas possíveis tornam a regra falível.
a) é possível algo existir sem deixar provas coletáveis como uma lembrança para nós. Por exemplo, aviões, ondas rádio, eletromagnetismo e movimento de luz sem que deixem provas consistentes, mas elas existem. Logo, um fenômeno extraordinário pode facilmente acontecer sem deixar provas extraordinárias.
Aqui o problema é diferente: não podemos confiar puramente no que é deixado em nossas mentes. Elas podem se lembrar ou imaginar coisas muito reais como cadeiras, computadores, revólveres, tortas de morango, etc mas podem imaginar ou criar conceitos inexistentes, como bolas quadradas, ursos voadores, Matrix, etc.
Você pode até alegar que pode imaginar essas coisas deliberadamente, mas o cérebro é um órgão humano sucetível a falhas assim como vários outros. Uma única falha em algum momento no cérebro pode tornar qualquer imaginação uma memória de algo que nunca aconteceu.
Para evitar este tipo de falhas é que foi criado o método científico, que testa todas as alegações na realidade, sem a interferência da subjetividade humana, para colher resultados. Os resultados são tão bons que podem ser repetidos em quaisquer lugar do universo resguardando suas propriedades necessárias para funcionar. A água, por exemplo, vai sempre ferver a 100ºC no nível do mar, esteja onde estiver. Mesmo que não esteja na Terra, criando uma pressão atmosférica similar, a água vai ferver sempre na mesma temperatura. Isso é fato.
Por que não podemos tirar fatos das alegações religiosas, hein?
b) é possível algo existir e a prova não ter sido ainda encontrada ou compreendida, que é o caso da maioria das descobertas na história, desde o fogo, a roda, a pólvora e a gravidade, planetas, átomos e eletromagnetismo.
Exato. Mas em nenhum momento demos passos maiores do que as pernas. Quando foram cogitadas as idéias, ninguém saiu por aí afirmando a priori que tais coisas eram realidade comprovada, até que foram devidamente comprovadas. E não se pediu para mudar hábitos e crenças populares em nenhum momento usando como base alegações não comprovadas.
Conhece a história da relutância inicial da teoria da relatividade de Einstein? Antes não era possível provar os cálculos de Einstein e muitos cientistas ficavam com o pé atrás para fazer afirmações. Eles não sabiam que Einstein estava certo, mas mantiveram uma postura que com certeza ele próprio como proponente da teoria manteve até que ela fosse comprovada. E a vida dessas pessoas nunca esteve em risco caso continuassem a duvidar de Einstein, ao que me consta.
Se os espíritos podem existir, tudo o que precisamos é de provas. Ou ao menos de explicações de como eles poderiam existir para poder criar meios de saber se isso é verdade. Simplismente falar que os céticos estão errados não vai ajudar muito.
c) é possível que uma prova já exista mas que seja objeto de interpretação, gerando controvérsia. Tal é verdade para algo que deixe rasto, resíduo ou marca, e que são sujeitas a qualquer interpretação.
Na verdade algo que deixe rastro, resíduo ou marca pode muito bem ser analisado com nossa tecnologia atual. Se há controvérsias, estão restritas a campos da ciência que não afetam diretamente as nossas vidas, como certos processos genéticos da Teoria da Evolução por exemplo.
Sabemos muito sobre rastros deixados no nosso mundo sensorial. Sabemos principalmente que eles são feitos por causas estritamente materiais, uma afirmação puramente óbvia mas que já joga o espiritismo para escanteio.
Claro que os céticos argumentaram que estas coisas são possíveis mas não prováveis, daí o ser necessário uma evidência extraordinária. Contudo, para saber realmente o que e provável e improvável no universo e na realidade, tal requeria um conhecimento completo de todas as dimensões e realidade que existe no universo e além dele. Ninguém, nem céticos nem crentes, tem esse conhecimento, pelos menos não conscientemente. Logo, seria mais certo afirmar:
“Afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias que convençam os céticos, mas que não existam necessariamente numa realidade objetiva”.
Não inventa. Ninguém é obrigado a aceitar uma hipótese não comprovada. Se não é comprovada hoje em dia, é por bons motivos. Geralmente sub-atômicos ou astronômicos.
Alegar que "não se sabe nada sobre espíritos, então eles podem existir" não só é apelo à ignorância como é ter a cara de pau de ignorar suas próprias afirmações acerca dos espíritos. Não são vocês que afirmam que eles existem? Não afirmam sobre sua matéria, como ectoplasma e outras esquisitisces? Por que tais coisas nunca pararam em algum laboratório? Como quer que os céticos acreditem em coisas que vocês afirmem se vocês mesmo recusam em colaborar?
Isso também não responde a certas perguntas: os espíritos são feitos de quê? De quê matéria ou elemento? Como ele é organizado de modo a manter os processos bioquímicos do cérebro se aparentemente não são sólidos? O que une tais moléculas espirituais de modo que um espírito seja algo que podemos considerar vivo e consciente e não uma fumaça ou um peido?
2) A definição de “afirmações extraordinárias” varia, pois é baseada nas crenças e experiências já existentes. Ninguém tem os mesmos critérios para concordar ou não se alguma afirmação é extraordinária ou normal. Suponhamos que somos peixes, por exemplo, que vivendo sempre debaixo de água sem ver ou ouvir terra. A afirmação de que a terra existe acima de água seria extraordinária para nós, mas não para as criaturas que vivem na terra. Obviamente que só porque a afirmação de terra para nós, peixes, é extraordinária, não significa que a terra não exista. A questão é que uma afirmação extraordinária não é extraordinária para todos. O que é fora do comum para uns é normal e natural para outros, dependendo do seu nível de consciência e experiência. Por exemplo, a energia interna do corpo no chi gong (ou quigong) é mística para o ocidentais mas é uma parte natural da vida do dia-a-dia na Ásia há milhares de anos. O chi é usado, sentido e observado pelos seus praticantes tanto quanto os efeitos da gravidade são sentidos e observados por nós. Da mesma forma, o conceito de Projeções Astrais ou das “Experiências Fora de Corpo” é extraordinário para aqueles que nunca as experimentaram, mas para aqueles que têm essas experiências regularmente, é algo normal e que sabem ser realidade. Da mesma forma, os nossos carros, rádios e telemóveis são extraordinários para as tribos nativas de algumas partes remotas de África, mas normais para nós. A melhor solução, na minha opinião, é todos colocarem as cartas na mesa e honestamente especificar as suas crenças. Tal deveria ser feito para explanar expectativas e leva a uma mútua compreensão de ambas as partes.
Enrolou demais. Creio já ter explicado o que é argumento plausível, alegações mágicas e evidências extraordinárias um milhão de vezes já. E você se recusa a entender já faz dois milhões de vezes.
Além do mais, só para refutar o parágrafo, ciência é aquilo que funciona em todas as partes do mundo, indiferente de credo ou opinião. Se só os asiáticos acreditam em Chi, então estão tão errados quanto os que acreditam em hóstia por aqui.
3) Pessoas diferentes têm critérios diferentes sobre o que é uma “prova extraordinária”: Dependendo da sua definição, pode-se afirmar que temos algumas provas extraordinárias de certos tipos de afirmações paranormais. Tome-se em consideração os seguintes 4 tipos de fenômenos :
Não importa. Alegações extraordinárias são todas as que fogem das explicações científicas e não respondem nada.
A) Ovnis: pode-se afirmar que existem provas extraordinárias para suportar a existência de ovnis, através de fotografias inexplicáveis, imagens de vídeo, testemunhas múltiplas aparições, relatórios de raptos, relatórios de radares da Força Aérea, etc. Tudo eles constituem provas convincentes para algumas pessoas, mas não para outras. Embora muitas possam ser explicadas por más interpretações, fenômenos naturais, balões metereológicos, aviões, bolas de luz, luzes luminosas da terra, etc, existem muitos casos que são inexplicáveis e apresentam fatos não conhecidos de em qualquer fenômeno natural. Um caso não explicado é o incidente do Carrocel da Casa Branca em Julho de 1952, quando aviões da Força Aérea perseguiram repetidamente ovnis que apareciam no radar e que nunca foi devidamente explicado.[1] Até os céticos admitem que existem alguns casos que não têm explicação, embora afirmem que sem explicação não significa inexplicável (ver argumento 11). Uma vez que não é sempre possível que fatos extraordinários deixem algum tipo de prova tangível, se eu vi um ovni a pouca distância e não tinha a minha câmera e ele desapareceu, como é que eu posso ter a prova? Terei de ter a capacidade de chamar o ovni de volta como se estivesse sob o meu poder ou seguir atrás dele como o Super-Homem? O fato deste fenômeno ocorrer sem que esteja sob o nosso controle torna-nos insuficientes para satisfazer o critério. O mesmo se aplica a fantasmas e outras coisas. Para céticos mais duros, até uma boa prova não será suficiente, uma vez que a sua forma de pensar prefere ser fechada a descobrir e aprender. É que mesmo que eu tivesse uma peça de um ovni que se tenha despenhado e lhes mostrasse, diriam que era provavelmente era uma peça de um avião militar ultra-secreto que ainda não conhecemos. Quereriam o próprio ovni para serem convencidos. Se eu encontrasse o ovni inteiro e lhes mostrasse, continuaria a não ser suficiente porque afirmariam que não existe prova de que o ovni é de origem extraterrestre e que poderia ser um tipo de avião inventado pelos militares. Claro que teriam os corpos de verdadeiros extraterrestres à sua frente, o que seria mais difícil de negar, mas não desistiram de o fazer. Eles continuariam a elevar os níveis de exigência. É a sua forma de pensar que os leva ter uma mente fechada e a ignorar tudo aquilo que não se encaixa no seu ponto de vista.
Explicação plausível: material forjado, pessoas iludidas, etc já que nada disso foi parar em pesquisas sérias e nenhuma tecnologia nova pôde ser inventada delas.
B) Fantasmas e espíritos: o mesmo que acontece com os fantasmas. Existem muitas testemunhas credíveis que viram fantasmas ou viveram coisas sem explicação em casas assombradas, como aparições súbitas, a sensação de presenças invisíveis, objetos a moverem-se sozinhos, freqüente deslocamento de coisas ao redor da casa, sons, vozes, etc. Investigadores paranormais até usaram medidores geiger que de detectaram atividade elétrica numa área assombrada. Além disso, há inúmeras histórias de assombrações por todo o mundo do mais comum até ao incrível e impossível. Apesar dessas afirmações serem largamente anedóticas, temos de compreender que embora provas anedóticas não sejam totalmente confiáveis, também podem não ser totalmente mentira e que podem ser consideradas como prova em funções sociais, dependendo de vários fatores (ver argumento 5 no que respeita à validade das provas anedóticas). A par disso, a quantidade de provas anedóticas é também relevante porque quanto maior o seu nº e maior o nº de testemunhas credíveis, mais forte é a evidência. Contudo, céticos mais rigorosos não consideram uma prova anedótica como válida independentemente do seu volume. Para eles, prova clara é algo mensurável de uma forma convencional e que pode ser reproduzida a quando a nossa vontade. O problema é que aquilo que podemos medir está limitado ao nosso nível de tecnologia. Por exemplo, antes de termos a capacidade de medir a atividade sísmica na crosta terrestre, eles ainda pensavam que não era possível. Indo mais longe, se não conseguimos ver as ondas de rádio, o eletromagnetismo, o ar, a gravidade, a força magnética, etc, mas elas existem de qualquer forma, é lógico assumir que existem outras coisas que podem existir. Ou então que a nossa tecnologia só pode detectar fatos a nível físico e não no plano espiritual. Procurar provas físicas em algo espiritual é como procurar provas de Marte no oceano em vez de no espaço.
Explicação plausível idêntica a cima: nenhum espírito apareceu para os cientistas, mesmo os de cientistas mortos. Nem adianta apelar para "catapsi" pois isso é uma desculpa puramente esfarrapada, e nem para "ter vergonha de aparecer para os que duvidam" pois um cientista não tem vergonha de assumir que está errado.
Além do mais, tem aquelas que eu vivo perguntando: são feito do quê, como não se dispersam em fumaça, etc e blá blá blá.
C) Percepção extra-sensorial (ESP) e Telepatia : este argumento é verdade especificamente no caso de ESP e telepatia. Experiências sob condições controladas foram feitas e revelaram resultados consistentes bem acima da média, que apontam fortemente para o fato de que ESP e a telepatia existem pelo menos num pequeno grau (ver o livro “Um universo consciente “de Dean Radin e “Provas inatingíveis”, de Bernard Gittelson). Estas experiências, particularmente as de Ganzfeld e Autoganzfeld, feitas entre 1974 e 1997, foram repetidas também, com 2549 sessões a mostrarem resultados acima da média (ver argumento 17). O problema é que nem todos os cientistas e pesquisadores são capazes que reproduzir os mesmos resultados. Os céticos geralmente apontam as falhas das experiências psíquicas e ignoram os resultados. Aceitam as falhas nas experiências psíquicas como provas contra o paranormal, mas não as experiências que revelam provas. Este é obviamente um critério ambíguo, típico de céticos com uma forma de pensar fechada. Um cético com quem conversei não considerava de grande sucesso as experiências de Ganzfeld como prova de psiquismo. Apontou que as novas experiências falhadas e invalidou as que tiveram sucesso! Queria um nível de prova de 100% ( e se tivesse um, iria elevar os níveis de exigência e considerá-lo uma fraude! O nível de 100% é muito raro!) Claro que nem todos os céticos são mentes fechadas, mas isto dá-vos uma idéia da mentalidade fechada dos céticos. Não estou a dizer que apenas deveríamos dar atenção aos sucessos e ignorar as falhas, mas deveríamos ter os dois em conta e quando o fazemos é um fato de que existem evidências consistentes que existem psiquismo, tanto através das experiências como da esmagadora quantidade de provas anedóticas. É possível que alguns cientistas tenham adulterado os resultados na sua ânsia de encontrar provas de psiquismo, mas porque é que os céticos automaticamente assumem que é isso que acontece? Obviamente que é devido às suas crenças preconceituosas (que não admitem ter). Se a ESP e a telepatia existem, não significa que tenham de ser controláveis pela nossa vontade como outra energia em bruto. De qualquer forma, apenas começamos a penetrar na superficialidade da natureza do todo. Além das experiências existem inúmeros relatos de experiências psíquicas, documentados e não documentados. Estudos mostram de 2/3 dos americanos afirmam que tiveram experiências psíquicas, tornando-as mais comuns do que extraordinárias. O tipo mais comum de experiência psíquica é a telepatia, tais como quando familiares e amigos estão muito longe mas sabem quando algo traumático aconteceu com alguém. Algumas vezes, todos os pormenores do evento traumático é observado ou sentido por aquele que está longe. São provas extremamente pessoais. Eu tive algumas dessas experiências. Freqüentemente, quando sentia ou percebia algo repentino relativo a alguém querido, verificava mais tarde que tinha sido verdade, ocorrendo exatamente ao mesmo tempo que senti ou que sonhei. Tal sugere uma ligação telepática subconsciente entre pessoas que são próximas. Este tipo de experiência é muito comum. Os céticos dizem, é claro, que este tipo de coisas são pura coincidência, mas tal afirmação não tem bases e é um julgamento precipitado. Não percebem que só porque algo acontece e não conseguem perceber não significa que tenham de ser coincidências ou acaso. Da mesma forma, se alguém falasse espanhol e eu não, tal não significa que a pessoa fale espanhol por um acaso. Se alguém vivendo numa tribo na África me visse a mudar os canais com um controlo remoto e não percebesse como ele funciona, tal não significa que mudar os canais através do meu controlo remoto seja apenas uma coincidência!
Sua ingenuidade me impressiona. Você desconhece o mundo real com tanto afinco que dá medo. Ou sua vontade de acreditar é tamanha que te faz escrever tais bobagens?
Mais uma vez: nada disso foi parar na mão dos cientistas e nada disso foi capaz de desenvolver tecnologias.
D) Experiências místicas: o que dizer sobre experiências místicas, alinhamento espiritual, “nascer de novo”, experiências de quase-morte e experiências “for a do corpo”? As pessoas que as viveram também podem afirmar que tal é uma prova extraordinária, porque muitas vezes provocam alterações na forma de ver a vida e na própria vida das pessoas que tiveram essas experiências. Como, em 1994, a Enciclopédia New Grolier Multimedia constata sobre o Misticismo : “ Misticismo em geral refere-se a uma experiência imediata do sagrado ou de um conhecimento derivado dessa experiência…primeiro, a experiência é direta, imediata e esmagadora, divorciada da experiência comum da realidade. Segundo, a experiência ou o conhecimento em parte pelo sentimento de auto-autenticidade, sem necessidade de mais prova ou justificação. Finalmente, é tida como inegável, cuja essência não é passível de ser expressa ou compreendida fora da sua vivência pessoal…a experiência em si tem um Absoluto que transcende o esforço humano ou métodos de a alcançar.” (Enciclopédia New Grolier Multimedia , 1994).
Já ouviu falar em Ketamina? Ela faz pessoas terem EQMs. Elas acreditam que são reais, mesmo quando os médicos alegam que tais pessoas tomaram tal substância.
Quantas vezes preciso explicar que a realidade subjetiva não diz quase nada sobre a realidade em sí?
Aqueles que viveram tais experiências descrevem-nas não baseadas na fé, mas no “conhecimento intimo”. O fato deste tipo de experiências constituir uma mudança de vida torna-as “evidência extraordinária” para quem as vive simplesmente porque experiências comuns não alteram a vida das pessoas desta forma. Dizer que esta experiências de auto-autenticação e mudança de vida são pura imaginação é preciso ter, no mínimo, uma mente muito fechada, no mínimo. Como Faith, uma praticante de Shakti Gaivismo e que teve experiências cósmicas transcendentais penetrantes de Deus nos Estados Unidos, nos recorda constantemente no meu email de grupo : “ …mas recordem… há “Acreditar” como uma atividade da mente escolhida….e há o verdadeiro Conhecimento …via experiência direta. São duas coisas diferentes. Nunca aceitaria o “Acreditar”…é por isso que sou agnóstico. Eu gosto do exemplo das pessoas que trabalham no seu escritório sem janelas. Um colega podia chegar e dizer-lhes que está a chover lá for a. Se eles escolhem acreditar o que lhes foi dito como verdade…é APENAS uma crença escolhida. Mas…se eles próprios vão lá for a e ficam na chuva que cai e ficam molhados…então não é mais uma crença escolhida…tal seria qualificado como verdadeiro Conhecimento…por experiência direta. A tua mente é limitada…mas “TU” és maior que a tua mente… vocês são TUDO o que é…apenas não o vêem ainda. A mente mantém-vos contraídos…mas vocês podem ir além de qualquer mente individual e alcançar o Todo Conhecimento. A única maneira de SABEREM isto…é vivendo-o. Não estou a falar de Acreditar…mas de experiência direta. SE aceitasses o que te digo…TAL seria Acreditar…Nada de bom no meu livro ou no teu, tenho a certeza. Por isso…eu NÃO irei ficar desapontado se não ACEITARES o que eu digo…por outro lado…também não tens como saber se aquilo que digo é apenas uma conversa da treta ilógica…eu penso que a coisa mais justa a fazer é….estar aberto às possibilidades… que há coisas para além dos limites da ciência, coisas que a tua mente baseada na lógica ainda não foi exposta…que não são menos Possíveis.” Faith (faithrada@aol.com).
Alegações e mais alegações. Prova que é bom, estou esperando sentado.
4) “Provas extraordinárias” são sujeitas a uma perspectiva porque aqueles que vivem em primeira mão e diretamente o fenômeno têm já a sua “prova extraordinária” enquanto os restantes não têm. (ver argumento 5 no respeitante a provas anedóticas). Por exemplo, para aqueles que exploraram as experiências fora-de-corpo já têm uma perspectiva e conhecimento que a separação do corpo / espírito pode acontecer, e que há vida depois da morte, especialmente se conseguem especificar detalhes que posteriormente podem ser verificados como corretos. Para eles a experiência é aparentemente como se você tivesse num carro ou na sua casa. De uma forma similar, aqueles que viveram experiência místicas transcendentes descrevem-nas como um “conhecimento interior” que transcende toda a descrição e retira qualquer dúvida. Na mesma linha, aqueles que viram o Pé Grande ou fantasmas a pouca distancia têm a sua “prova extraordinária”.

Preciso repetir tudo o que escrevi acima ou posso usar esse smile no lugar?
5) O argumento é baseado numa premissa não provada. É baseado numa premissa de que o fenômeno paranormal ou é impossível ou altamente improvável. A razão que esta premissa reflete é óbvia. Aquele que acredita que um fenômeno paranormal é impossível vai precisar obviamente de mais provas do que alguém que acredite que é possível e normal. Contudo, só porque milagres, percepção extra-sensorial, aparições ou experiências fora-de-corpo não aconteceram com os céticos, não significam que não tenham acontecido com outros. Da mesma forma, se eu não fui a Espanha não significa que alguém que tenha ido esteja enganado ou iludido. Para alguém saber se é impossível ou improvável, teria de ter o conhecimento criador do universo que possui todo o que conhecimento do que é e existe. Mas nenhum deste céticos duros estão perto desse nível, por isso essa presunção de que os fatos paranormais são impossíveis não tem qualquer fundamento na minha perspectiva. Como o autor e cientista Artur C. Clarke constata na sua primeira regra: “quando um cientista mais velho e distinto afirma que algo é possível, ele estará com quase toda a certeza correto. Quando constata que algo é impossível, está muito provavelmente errado.”
Isso, tira os outros do contexto. O que será que vem depois? Declive escorregadio?
6) O argumento favorece o conservadorismo ou o manter de teorias estabelecidas independentemente de evidências contrárias. Tal tem os seus prós e contras. Obviamente, faz sentido manter o que funciona até algo melhor ser alcançado. Contudo, quando chega a altura de alterar os nossos paradigmas ou a nossa perspectiva do mundo, a nossa tendência é também resistir à mudança. Mas se nunca abandonássemos teorias ou as expandíssemos, então a ciência não faria progressos. A História mostra-nos que o progresso vem com novas descobertas e com o abandono de teorias desatualizadas que não se adequam mais aos novos dados adquiridos. Esta regra cética não especifica um critério claro para que uma prova seja suficiente. Por isso, as regras deviam ser estabelecidas para clarificar se uma teoria é promissora o suficiente para se continuar com a investigação para que os critérios sejam satisfeitos sem que desculpas sejam utilizadas para negar as provas alcançadas. De outra forma, como Ron Pearson diz no seu artigo Física Teórica e Sobrevivência Após a Morte:
http://www.cfpf.org.uk/articles/rdp/theoretical/theoreticalphysics.html
Isso aqui é uma falácia das bravas! Apelar para o conservadorismo?!! Tá achando que ciência é política? Que pode alterá-la e obter resultados melhores? Ela foi criada e é aperfeiçoada para nos dar sempre as respostas mais precisas possíveis, independente de você gostar ou não. Se suas respostas não aparecem na ciência, o problema não está nela e sim em você!
“A ciência, contudo, não pode progredir apenas pela teoria; requer uma síntese da teoria com a experiência. Quando a observação vai à frente da teoria para provocar anomalias que parecem inexplicáveis, assim como a história se repete uma vez após outra, as anomalias serão evitadas, ignoradas e desacreditadas para manter o status quo, para evitar a necessidade de ferir interesses existentes tidos como intelectuais.”
Fonte: http://br.geocities.com/existem_espiritos/wu.html
A ciência sempre trabalhou com teorias e experiências. Se o resultado não te agradou, o problema é seu e nenhuma desculpa no mundo vai fazer a realidade se curvar à sua vontade. Melhor parar de pagar mico enquanto é tempo.