-acredito que o mais dificil seria tentar negar a existência de Deus.
O pior é que não é tão difícil assim, nem tentar nem negar. Parece que quanto mais o homem se aprofunda em conhecimento, mais ele quer 'roubar' a autoria de Deus para si mesmo. O homem não entende que o que ele paulatinamente passa a conhecer são os efeitos de uma Criação, e não a Criação em si.
-tendo em vista a limitação do ser humano, ele é descrito de maneira "infantil" como um velhinho de longa barba branca, sentado numa nuvem.
Esta é alguma representação artística de Deus, não creio que seja mesmo levada a sério por qualquer religioso.
-Concluo que efetivamente existe mas somos atrasados demais para compreendê-lo.
Penso de forma parecida. Falta-nos um sentido para compreendermos Deus, assim como faltam a alguns animais um
sentido para perceber as cores.
-de qualquer maneira e seja como for, creio em Deus
Este é o comum dos homens.
-entendo que sempre foi apresentado e/ou interpretado por pessoas que, por mais boa intenção que estivessem, o limitaram ao seus proprios conhecimentos.
Exatamente, cada um enxerga o mundo segundo os próprios olhos.
-prefiro aceitar os ensinamentos biblicos como uma verdade pois dignificam e dão sentido à existência da raça humana.
O mal é levar a Bíblia ao pé da letra, aliás, este é o mal que acomete a todas as religiões. Não que elas sejam ruins ao homem, mas o homem faz delas coisas ruins ao levar-lhes ao patamar de verdades absolutas.
-pra mim os ensinamentos da biblica servem como referência.
Estes ensinamentos perdem força quando se transformam em intolerância e fanatismo. Há de se estabelecer a fronteira entre atitudes éticas e atitudes sectaristas.
-entendo a intenção e isso me basta.
Há pouco tempo atrás, minha esposa foi convidada por vizinhas nossas a frequentar o tal do culto evangélico. Nós nunca simpatizamos com tais religiões (somos espíritas), mas ao consultar-me eu a aconselhei que fosse conhecer o culto com as mulheres de boa intenção. Mas lhe adverti: "Religião é salutar pois não passa de um tratamento psicológico de grupo, voltado para restabelecer a auto-estima dos seguidores. No entanto, a partir do momento em que a tênue linha que divide o tratamento do fanatismo - ou seja, quando se começa a enxergar a obra do homem como sendo obra do diabo - melhor é abandonar o culto."
Ela foi no culto e voltou para casa transformada: realmente o 'tratamento' fora eficaz, e ela estava exultante!
Da segunda vez que foi, voltou calada. Depois da terceira vez não voltou mais.
