Tópico: Apodman agora no "A Casa é Sua" - Cirurgias Espirituais.

[Stéfano]

Não, eu estava com um probleminha de... hã... impotência.
Mas, como eu disse, a operação foi um sucesso!

Ou seja, uma doença psicológica tratada com auto-sugestão. A não ser que você tenha dormido e acordado com uma prótese peniana...

Não era nada assim TÃO grave, mas algo foi 'mexido' ali dentro que a coisa passou a funcionar 100%.

Normalmente a operação é feita à noite. Pede-se que nos deitemos cedo. Tive a nítida impressão de que pessoas realmente me operavam. No dia seguinte senti um pouco de tontura, mas o resultado foi imediato e posso dizer que o mal se foi.

Não quero afirmar com isto que realmente houve uma operação, ou que espíritos me trataram durante o sono, mas que houve uma melhora - isto eu posso afirmar com convicção.

Ou seja, uma doença psicológica tratada com auto-sugestão.

[Luis Dantas]

É crendice achar que estou usando sapatos neste momento, Euzébio?

Se você acredita que está usando um sapato, você não tem certeza de que o está fazendo. Você pode acreditar que o seu sapato é bonito, que está na moda, que te deixará mais elegante, etc. No entanto, não será uma certeza, pois sempre haverá alguém que discorde disto.

Há porém a importante circunstância de que a existência dos sapatos e a presença deles em meus pés podem ser constatados independentemente da minha opinião...

[Hendrik Van Dingenen]

Por favor não se irrite comigo, Hendrix, mas estou lendo no meu dicionário de bolso:

acreditar: 1. Crer, dar crédito a, ter como verdadeiro; 2. Ter confiança.

crer: 1. Acreditar, ter como verdadeiro; 2. Ter crença, ter fé; 3. Aceitar como verdadeiras as palavras de.

Acreditar é uma atitude de confiança, não de certeza.

Ha-ha-ha! por que essa certeza que estou irritado com você, Pio?

E, bão, ter confiança é UMA da definições.

E ficou meio estranho ter algo como verdadeiro e ao mesmo tempo não ter certeza disso. Se nutre ceticismo sobre a veracidade do algo, não tem como te-lo como verdadeiro, né, Pio?

[Stéfano]

Independente das definições de crença, a principal questão é se a crença é baseada em fatos, se não tem base nenhuma ou se existe apesar dos fatos. A primeira crença é a científica, a segunda é a religiosa e a terceira é a existente no fanatismo.

[Hendrik Van Dingenen]

Perfeito, Stéfano!

Não faz sentido algum pegar um termo e le-lo apenas sob o sentido religioso.

[rizk]

"EU ACREDITO NA CIÊNCIA"

Estava lendo um artigo hoje e pensei num negocio. Ja ha algum tempo eu venho fugindo da raia com "o homem tem dois metodos de obter conhecimento, a pesquisa e a revelacao, e eles nao sao intercambiaveis. cada um na sua e paciencia" a ponto de isso ter virado um mantra. Mas isso nao responde a nada e nao e proposta de nada. Entao eu pensei assim:

(eu sei que falta de acento complica mas estou no laptop, sinto muito)

a PRIMEIRA COISA que caracteriza a ciencia 'e a investigacao. E eu falo de investigacao num esquema Sherlock Holmes mesmo: procurar e conseguir ler indicios que nos levem a verdade (nao apenas especular).

E acho um tanto desonesto que digamos que ciencia nao e algo em que se acredite, e ponto final; claro que nao, mas toda pessoa com esse espirito de investigacao, que trabalhe com ciencia profissionalmente ou nao, CRE que o universo 'e real e que pode ser compreendido, com maior ou menor dificuldade.

Nem todos podemos ou queremos ser Holmes, mas o bom cumprimento da tarefa da divulgacao cientifica faz com que sejamos todos, no minimo, Watsons; ou seja, que reconhecamos a validade do metodo, mesmo que nao consigamos nos mesmos aplica-lo. E isso e deveras desejavel.

Achei que a analogia com os romances de misterio muito boa pra falar da ciencia para os leigos. nao da pra discordarem de que a invesigacao e uma coisa humana que todos fazemos, que e um "instinto" nosso, e que obtemos verdades desse jeito, sim. Isso e o pressuposto de toda ciencia, por avancada que seja, e a gente precisa sempre lembrarmo-nos, e as pessoas em geral, disso.

Ta meio confuso porque pensei nisso agora, me ajudem a elaborar ai.

[Stéfano]

Eu lembrava que já tinha visto uma classificação de fé. Na introdução de Faith Healers, James Randi discute algumas definições de fé e utiliza a classificação definida pelo filósofo Paul Kurtz em The Transcedental Temptation:

Fé tipo I (fé intransigente): é aquela que não é afetada por evidências em contrário, não importa o quão contundentes;
Fé tipo II (vontade de acreditar): é aquela aonde não há evidência suficiente para fazer uma escolha racional;
Fé tipo III (hipótese baseada em evidência): é aquela aonde há evidência a favor, mas não suficiente para ter certeza - é essa a fé utilizada pelos cientistas.

[Euzébio]

Ou seja, uma doença psicológica tratada com auto-sugestão.

Mas isto é igualmente fantástico, não lhe parece?

Se todas as doenças psicológicas forem tratadas com auto-sugestão, não precisaremos mais de psicólogos...

[Euzébio]

Há porém a importante circunstância de que a existência dos sapatos e a presença deles em meus pés podem ser constatados independentemente da minha opinião...

Certo, certíssimo. O erro é você dizer: Eu acredito que estou usando sapatos. Você não acredita, você tem certeza.

[Euzébio]

Ha-ha-ha! por que essa certeza que estou irritado com você, Pio?

Esta foi a imorredoura impressão que ficou, Hendrix.

E, bão, ter confiança é UMA da definições.

E ficou meio estranho ter algo como verdadeiro e ao mesmo tempo não ter certeza disso. Se nutre ceticismo sobre a veracidade do algo, não tem como te-lo como verdadeiro, né, Pio?

Ter como verdadeiro não é o mesmo que ser verdadeiro. Nós temos a Matemática como ciência exata, no entanto sabe-se que a Matemática é uma ciência convencionada.

[Euzébio]

Fé tipo III (hipótese baseada em evidência): é aquela aonde há evidência a favor, mas não suficiente para ter certeza - é essa a fé utilizada pelos cientistas.

É isso aí.

Ciência=Crença.

A diferença parece estar mesmo na fé empregada: Religião=Fé Cega; Ciência=Fé Raciocinada.

 

[CuritibaCetica]

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[mUKA]

A fé termina onde começa o conhecimento!

[Euzébio]

Não é a fé que termina com o conhecimento. É a crença.

[mUKA]

Não é a fé que termina com o conhecimento. É a crença.

Vou reformular, a fé e a crença terminam onde começa o conhecimento.

[Euzébio]

Vou reformular, a fé e a crença terminam onde começa o conhecimento.

Então pessoas que possuem conhecimento perdem a fé?

Se eu estudar teologia, vou ter um conhecimento profundo sobre religiões. Ao me tornar teólogo vou perder a fé?

[Barata Tenno]

Vou reformular, a fé e a crença terminam onde começa o conhecimento.

Então pessoas que possuem conhecimento perdem a fé?

Se eu estudar teologia, vou ter um conhecimento profundo sobre religiões. Ao me tornar teólogo vou perder a fé?

Alguns teólogos perdem....

[mUKA]

Vou reformular, a fé e a crença terminam onde começa o conhecimento.

Então pessoas que possuem conhecimento perdem a fé?

Se eu estudar teologia, vou ter um conhecimento profundo sobre religiões. Ao me tornar teólogo vou perder a fé?

Primeiro que estudar teologia e/ou estudar seriamente religiões não tem nada a ver com fé!

Segundo que é bem provável que se a pessoa estudar realmente (seriamente) sobre religiões ela perca a fé pois vai entender melhor o que é religião! Mas isso é apenas uma possibilidade, nem todo estudante universitário que "estuda" sobre ciência realmente entende sobre ciência pois as universidades são uma indústria interessada na grana e não na formação do profissional e os alunos acham que estão lá pra namorar e fazer festa e não pra aprender alguma coisa.

Terceiro, a partir do momento que vc conhece um determinado deus a fé nesse deus é neutralizada e perde o valor. Mas para conhecer algo é preciso ver, sentir, tocar, medir, experimentar, se comunicar, etc. Infelizmente até o momento (e até o ponto que eu tenho conhecimento) todos os relatos de qualquer experiência desse tipo com divindades não passaram de relato.

[Quasar]

É impressão minha ou Euzébio tá mais pirado que o de costume?

[Euzébio]

Primeiro que estudar teologia e/ou estudar seriamente religiões não tem nada a ver com fé!

Não? Mas afinal, o que leva uma pessoa a se dedicar ao estudo teológico senão por causa da fé?

Segundo que é bem provável que se a pessoa estudar realmente (seriamente) sobre religiões ela perca a fé pois vai entender melhor o que é religião!

Não nego que isto venha a acontecer, mas não deve ser a regra geral, pois se assim fosse, não creio que o curso sobrevivesse.

Terceiro, a partir do momento que vc conhece um determinado deus a fé nesse deus é neutralizada e perde o valor.

Sei não se os que se formam em teologia, e abrem suas próprias igrejas para levar a 'palavra', perderam ou neutralizaram a sua fé no deus.

Mas para conhecer algo é preciso ver, sentir, tocar, medir, experimentar, se comunicar, etc.

Os teólogos dizem que fazem todas estas coisas (não que eu acredite, mas - crença por crença, eles são mais eles).

Infelizmente até o momento (e até o ponto que eu tenho conhecimento) todos os relatos de qualquer experiência desse tipo com divindades não passaram de relato.

Apenas relatos ou não, o conhecimento não foi suficiente para lhes tirar a fé.

Isto me parece dizer que o conhecimento não é antídoto contra a fé, em alguns casos - como o teológico - pode ter um efeito contrário, ou seja, o de reforçá-la.

[Euzébio]

É impressão minha ou Euzébio tá mais pirado que o de costume?

Heheheh, por que pirado, Quasar?

 

[Quasar]

É impressão minha ou Euzébio tá mais pirado que o de costume?

Heheheh, por que pirado, Quasar?

 

V/ quer que eu responda aqui ou que eu envie uma  mensagem telepática?

[Euzébio]

Escreva aqui, pois deixei as minhas antenas em casa...

[Quasar]

Escreva aqui, pois deixei as minhas antenas em casa...

É que parece que v/ tá mais propenso ainda a acreditar em qualquer coisa Euzébio, isso não é muito saudável não meu camarada.

[Euzébio]

Ow, acho que é uma destas fases passageiras.

Mesmo assim, fico agradecido por se preocupar com este velho aqui.

Obrigado!