Oi, Lion. Até onde eu sei, a pronúncia certa é "Cami" - ao menos é como eu sempre vejo as pessoas pronunciando, incluindo professores.
Pessoalmente, não sou muito fã do Camus. Quando li pela primeira vez foi chocante, certo, apresenta a amoralidade de forma muito natural. Mas, hoje em dia, é um livro que penso que nunca mais retornarei - essa história de amoralidade e indiferença não me interessa mais. Gosto da literatura quando ela nos aproxima da vida, não quando ela nos afasta.
Eu prefiro ler, por exemplo, o seu Chico Buarque, comentado acima, com suas pequenas genialidades sobre o comportamento das pessoas, do que ler um livro de um cara que, afinal, se eu conhecesse pessoalmente, eu só falaria duas coisas: a primeira seria um "oi", a segunda "mas tua mãe devia ser uma desgraça, hein".
Gostei bastante de um conto do Tchekhov. O que você achou dele, André?
Posso interromper e responder também?

Tchekhov é um dos meus escritores prediletos, e, com certeza, meu escritor russo predileto. Por coincidência, acabo de ler um post muito bom sobre o Tchekhov no blog do Milton Ribeiro, com o qual concordo bastante. Se estiver interessado:
http://miltonribeiro.opsblog.org/2008/08/21/anotacoes-pessoais-sobre-anton-tchekhov-e-e-mail-recebido/Um trecho:
"Em meu caso com Tchekhov, creio saber parcialmente de onde vem meu fascínio por suas histórias e peças de teatro. Estou consciente de algumas coisas que aprovo nele: o realismo, a clareza, o humor, a leveza, a abordagem compreensiva dos personagens, a pouca ênfase a coisas que outros escreveriam cheios de exclamações (ele parece dizer: não te ajudarei, descubra sozinho o que há de importante aqui), a imaginação para criar cenas e situações significantes, uma visão um pouco diferente do amor - o qual é visto sem muitas ilusões - e a total falta de preconceitos que o permite transitar por toda a sociedade russa do século XIX."
Em tempo: ando lendo "O Grande Gatsby", de Fitzgerald, por um lado, e "Kant", do Denis Thouard (da série Figuras do Saber), de outro. Férias é uma beleza. Ambos estão muito recomendados, embora os neófitos em Kant estariam melhor servidos lendo primeiro o livro sobre ele do Will Durant.