no caso os dois tiveram apenas a visão científica do caso, suas posições religiosa ou ateia não interferiu no resultado.
Como pode ter tanta certeza disso? Por definição, o crente tende a aceitar como verdade aquilo que mais o apraz, muitas vezes portanto fugindo da realidade.
Como explicou o Dantas:
O Ateísmo está mais próximo da verdade do que qualquer religião pelo simples fato destas fazerem afirmações às quais não possuem evidência e aquele não fazer afirmação nenhuma.
Existe uma só verdade para cada coisa. Só as religiões conseguem enchergar várias verdades para cada coisa, normalmente quando estão tentando alguma "saída pela direito" em momentos nos quais seus dogmas são confrontados (e massacrados) pelos fatos.
E existe uma diferença imensurável em tentar encontrar uma verdade, com base no concreto, no realmente verificável e testável, e escolher uma que "não necessite ser testada ou colocada a prova".
Quem provavelmente teria mais sucesso na
procura de um resultado? Quem seria mais imparcial, um cientista laico ou um crente? Será que o crente não tenderia a "acreditar" em suas hipóteses ao invés de testá-las a exaustão? Alguém acostumado e feliz com verdades supremas que não devem ser questionadas nem testadas, saberia procurar a verdade de forma imparcial?
E aí? Escolha baseada em crenças, ou em fatos?
Quando você vai comprar um carro usado, e o vendedor te garante que o motor está impecável e que não existe ferrugem alguma no assoalho, você aceita de coração, tenta sentir no seu âmago se o negócio é bom ou ruim, faz pensamento positivo e acredita que, por ser um "bom crente", seu deus não permitiria que você caísse numa armadilha, torce para que tudo dê certo? Ou vai fuçar por debaixo do veículo, ligar e acelerar o motor para tentar escutar alguma batida que
evidencie problemas?
Pois é. Tem gente que prefere a primeira... Eis o mistério da fé!