Algumas coisas que foram publicadas sobre o PCC...
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Hebe sobre PCC: 'A elite é a mais prejudicada'
Ao lado de convidadas como Luana Piovani e Costanza Pascolato, e entre baldes de champanhe e edredons de penas de gogó de ganso que custam mais de R$ 7 mil, a apresentadora Hebe Camargo prestigiou o lançamento de um livro na loja de enxovais de luxo Trousseau, no shopping Iguatemi. Ela falou à coluna de Mônica Bergamo sobre os ataques do PCC (aqui, para assinantes da Folha):
- Como os ataques do PCC, que paralisaram a cidade na semana retrasada, afetaram a sua rotina? No dia daquela pane toda, foi suspensa a minha gravação porque eu não podia pôr em risco meus convidados.
- O que a senhora achou da declaração do governador de São Paulo, Cláudio Lembo, sobre a "elite branca"? Achei aquilo de uma infelicidade! Ele devia estar muito nervoso, porque ele é uma pessoa de bem, de muito caráter. Estranhei. Quero crer que foi fruto do nervosismo que todo mundo estava vivendo.
- A senhora acha que existe uma "elite branca" responsável... Não, absolutamente! Que culpa tem a elite? O que que é isso? A elite é a mais prejudicada, é a mais intimidada, a mais cobrada! A elite não tem culpa, absolutamente. Gracinha!! [aperta o nariz da repórter, encerrando a entrevista].
Escrito por Josias de Souza às 16h23
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Comunicado do PCC prega voto no PT contra o PSDB
Em ofício sigiloso, a Polícia Federal repassou ao governo de São Paulo uma mensagem que o PCC fez circular pelos presídios paulistas dias antes de deflagrar a onda de ataques que subverteu a ordem em São Paulo entre os dias 12 e 19 de maio. O texto, mantido sob sigilo, concitava os presos a promover levantes nas cadeias e continha uma inusitada mensagem política.
Recolhido pelo setor de inteligência da Polícia Federal, o texto do PCC é manuscrito. Ocupa meia folha de papel ofício. Leva o nome de “salva”, como os integrantes da facção criminosa se referem às ordens expedidas pelo comando. Desaconselha o voto no PSDB. E recomenda explicitamente o voto no PT. O documento foi repassado ao governo paulista por ordem do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), que também tomou conhecimento do seu teor.
Nem o governo federal nem a administração de São Paulo deram importância à parte política do manuscrito. Num esforço para evitar a politização da crise, ativeram-se aos trechos que fazem referência às rebeliões nos presídios. Os levantes, conforme previsto no “documento” do PCC, sublevaram mais de oito dezenas de presídios paulistas.
Pelos cálculos da PF, o manuscrito do PCC foi redigido dias antes de o governo de São Paulo transferir para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau os principais líderes da facção. Entre eles Marcos Willians Herba Camacho, apontado pela política como líder do PCC e autor da ordem que resultou nas rebeliões dos cárceres e na onda de ataques às forças de segurança do Estado.
Informado acerca do conteúdo do manuscrito do PCC, Lula tampouco atribuiu importância ao seu conteúdo político. Desde o início da crise, o presidente vem se manifestando, em reuniões fechadas e em manifestações públicas, contra a exploração política da crise. Discurso semelhante vem sendo adotado pelo ministro Thomaz Bastos.
Já na primeira hora, o governo petista procurou traduzir o discurso em gestos concretos. Antes mesmo de conversar com Lula, que se encontrava em Viena no instante em que começaram as rebeliões e a onda de ataques, o ministro da Justiça discou para o governador de São Paulo, Cláudio Lembo. Ofereceu-lhe ajuda.
Ao chegar ao Brasil, no dia seguinte ao início da crise, o sábado 13, Lula aprovou a iniciativa de seu ministro ao ser informado dela pelo telefone. Na segunda 16, em reunião no Planalto, o presidente pediu a Thomaz Bastos que voasse para São Paulo. Em reunião com Lembo, o ministro reforçou a disposição do governo federal de colaborar. O governador recusou o emprego de unidades da Força Nacional de Segurança e de tropas do Exército. Mas aceitou de bom grado a colaboração da área de inteligência da Polícia Federal.
Folha Online