nem eu mesmo entendo direito o que escrevi antes, então vou tentar dizer novamente....
acho que não se pode usar o distanciamento genético de raças criadas por seleção aritificial como critério para distânciamento genético de raças, já que as raças naturais, são criadas por pressões seletivas bem mais sutis, e talvez principalmente por capacidade de dispersão geográfica simplesmente.
A troca de genes entre populações humanas também não é tão diferente desses casos de populações naturais de outros animais. A maioria das pessoas, ainda hoje, e praticamente de maneira absoluta até décadas recentes, vivia e morria não muito distante de onde nasceu, e por lá mesmo é que teria filhos. Isso faz com que se tenha filhos mais provavelmente com alguém mais ou menos aparentado, em termos populacionais. Mesmo com transporte de longas distâncias, não é como se houvesse acasalamento "assortativo" entre os humanos. Em popoulações que ainda vivem de modo "primitivo", parece que a coisa é pior ainda: li no "armas, germes e aço", que se duas pessoas (não lembro de onde) se encontram em algum lugar, para que elas não comecem uma luta até a morte, começam antes a discutir, tentanto achar allgum
parentesco entre elas; se tiverem parentes em comum, não tentam matar um ao outro.
Em "genes, povos e línguas", o autor, que é até meio crítico do conceito de raças e de que há diferenças genéticas significativas entre elas, diz e explica que com a diferenças existente, ainda é possível fazer algo bem interessante: distribuir pontos em um gráfico, com dois eixos (horizontal e vertical), pontos referentes a diversas populações do mundo, e distribuidos de acordo com o distânciamento genético com relação a todos os outros... depois de feito isso, acaba resultando em algo que, se fosse sobreposto a um mapa mundi nas proporções corretas, as populações coincidiriam bastente com seu respectivo local no mapa mundi.
Na verdade, é um pouco diferente porque seria meio que uma Pangéia, com exceção da Austrália, acho, porque a travessia dos ocenanos não representou grande divergência genética, em humanos não são tanto as barreiras geográficas que criam isolamento, mas é mais como "espécies em anel", a variação gradual ao longo da dispersão geográfica. Algo relativo a isso pode ser visto aqui, tem até um mapa mais ou menos no sentido desse que falei, mas em vez de pontos tem cores, é mais "agregador" que o critério dos pontos, acho:
http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Cavalli-SforzaMap.jpg(não tem o continente americano aí, não sei por que!)
Artigo sobre o autor:
http://en.wikipedia.org/wiki/Luigi_Luca_Cavalli-Sforza