Tópico: A certeza da incerteza.

[a3maniac]

Oi pessoal, tudo bem?

Sou nova nesse forum, no entanto venho fazer uma correção:

The Skeptics' Guide to the Universe não é um programa televisivo, e sim um podcast semanal, imensamente informativo e super divertido. Para aqueles que dominam o idioma inglês, é imperdível. Eles têm um forum animadíssimo do qual eu faço parte.

Há também um chatroom (SGU Fans) no site Stickam, frequentado pelos fãs do podcast e ocasionalmente pelos membros do SGU (em especial Perry DeAngelis e Jay Novella).

O Dr. Steven Novella é neurologista e professor da faculdade de Yale, e tem um blog interessantíssimo.

Ele também é co-fundador e presidente da The New England Skeptical Society (THE NESS).

[Luis Dantas]

Bem-vinda, a3maniac.

[n/a]

Talvez voce tenha razão quando diz que o nosso erro é  considerar "o elétron como uma partícula clássica". E que nossa experiência não pode fugir da física clássica, por isso, a "deficiência é da nossa experiência diária, que não é quântica e  apresenta uma linguagem deficiente neste sentido."

Esse tipo de crítica foi feita por mim na Universidade, onde estamos debatendo esse tema, na disciplina de Filosofia das Ciências Humanas.

Não me leve a mal, mas, na minha visão de observador distante, não sei até que ponto reunir vários filósofos sem conhecimentos muito profundos em física para debater mecânica quântica e as suas implicações faz muito sentido e não sei se isso pode ser muito produtivo. Claro que a discussão é sempre bem-vinda, independendente de quem esteja participando ou de onde ela estiver sendo feita, mas acho que o risco da conversar acabar indo por um caminho que foge da boa compreensão das teorias da física é grande.

[Hugo]

Talvez voce tenha razão quando diz que o nosso erro é  considerar "o elétron como uma partícula clássica". E que nossa experiência não pode fugir da física clássica, por isso, a "deficiência é da nossa experiência diária, que não é quântica e  apresenta uma linguagem deficiente neste sentido."

Esse tipo de crítica foi feita por mim na Universidade, onde estamos debatendo esse tema, na disciplina de Filosofia das Ciências Humanas.

Não me leve a mal, mas, na minha visão de observador distante, não sei até que ponto reunir vários filósofos sem conhecimentos muito profundos em física para debater mecânica quântica e as suas implicações faz muito sentido e não sei se isso pode ser muito produtivo. Claro que a discussão é sempre bem-vinda, independendente de quem esteja participando ou de onde ela estiver sendo feita, mas acho que o risco da conversar acabar indo por um caminho que foge da boa compreensão das teorias da física é grande.

A filosofia apenas quer resolver o paradoxo em que a física está. Aliás, quando a ciência está em uma encruzilhada, ela geralmente chama a filosofia para resolver.

Voce já ouviu um físico debater sobre o princípio da não contradição? Isso fica para os filósofos...

[Porto]

Sou nova nesse forum, no entanto venho fazer uma correção:

The Skeptics' Guide to the Universe não é um programa televisivo, e sim um podcast semanal, imensamente informativo e super divertido. Para aqueles que dominam o idioma inglês, é imperdível. Eles têm um forum animadíssimo do qual eu faço parte.

Há também um chatroom (SGU Fans) no site Stickam, frequentado pelos fãs do podcast e ocasionalmente pelos membros do SGU (em especial Perry DeAngelis e Jay Novella).

Realmente imperdível, acompanho desde o ínicio praticamente, e posso recomendar tambem o Skepticality, I LOVE YOU SWOOPY!!!

[SnowRaptor]

A filosofia apenas quer resolver o paradoxo em que a física está. Aliás, quando a ciência está em uma encruzilhada, ela geralmente chama a filosofia para resolver.

Cite exemplo. Além disso, de que paradoxo você está falando? Do jeito esquisito da quântica tratar as previsões? Isso só vira um paradoxo se você tentar usar um raciocínio determinista.

[APODman]

Um ponto interessnte que considero sobre a Incerteza de Heisemberg é a sua participação na formção do Big Bang segundo os modelos cosmológicos atuais.

Pela aplicação do princípio da incerteza sabemos um sistema sempre possuirá energia por mais que esta seja retirada dele ( o que pode ser demonstrado pelo Efeito Casimir ). Isto estaria na base das flutuções quânticas do vácuo que hoje se propõem tenha sido o "start" do Big Bang.

Acho interessante que esta propriedade do Universo exista desde antes do Universo existir.

[ ]´s

[SnowRaptor]

Acho interessante que esta propriedade do Universo exista desde antes do Universo existir.

Eu acho que preciso estudar MUITA cosmologia da brava (RG até seu último pelinho) para entender o que exatamente aconteceu no bigbang.

Uma coisa que realmente não faz sentido rpa mim é dizer "antes" do bigbang, já que o tempo como conhecemos hoje depende desse evento. Sei lá. muitos manifolds psicodélicos!

[Res Cogitans]

Como dizia Jack o estripador: vamos por partes.

O princípio da não contradição afirma que: "A é A e é impossível que seja, ao mesmo tempo e na mesma relação, não-A".

O princípio da identidade diz: "A é A" ou "O que é, é".

Pois bem, na Teoria Quântica (microcosmos) a coisa não é bem assim. Quando se faz experimentos sugerem que o elétron atua como ONDA em determinada observação e como PARTÍCULA em outra. Ora, isso reflete uma dupla identidade: o elétron é ONDA e PARTÍCULA. Neste caso o princípio da identidade cai por terra.

A Teoria Quântica e os fatos quÂnticos "suportam a noção de que a situação real de um elétron não observado possui uma realidade radicalmente diferente daqueles que foram observados" (Andreeta, 2004).

Quando se faz o experimento da dupla fenda - a bilocação e materialização dos elétrons - o elétron é atirado em uma parede com duas fendas e ele se materializa no fundo desta parede de forma duplicada, isto é, o elétron passa ao mesmo tempo pelas duas fendas. Neste caso o princípio da não contradição cai por terra.

Em resumo a Teoria Quântica afirma que tudo isso depende da observação do indivíduo. Para Werner Heisenberg " a nossa realidade é meramente semi-real e adquire o status de uma realidade completa somente durante o ato da observação" (Andreeta, 2004).

O problema do princípio da identidade só existe se você considerasse os seguintes termos:
O elétron é uma onda (em essência).
O elétron é uma partícula (em essência).

Porém nestes termos:
O elétron em determinadas circunstâncias se comporta como onda.
O elétron em determinadas circunstânias se comporta como partícula.
Só haveria contradição se numa mesma experiência e ao mesmo tempo ele se comportasse como onda e partícula.
Paul Davies nos alerta é perda de tempo tentar imaginar tal situação uma vez que, ESTA SIM, é uma contradição.
Em experimentos que o elétron se comporta como onda ele não se comporta como partícula e vice-versa.