A ciência nos diz que nossas percepções inteligentes são rastreadas em determinadas áreas do cérebro por ressonância magnética através de imagens e que essas percepções são possíveis por reações eletroquímicas. Que motivos temos para acreditar que essas percepções sejam de fato produzidas pelo cérebro ou pelas reações eletroquímicas e não que esses sejam apenas o veículo e meio que a inteligência utiliza para se manifestar? Existe uma tecnologia capaz de comprovar que a inteligência seja de fato “produzida” pela matéria ou estamos apenas confortavelmente acostumados a essa idéia?
Questões que envolvem nossas maiores convicções são desconfortáveis, mas é justamente esse o grande barato do ceticismo – a inconveniência de tratar nossas dúvidas e certezas com a mesma medida, exigindo de nós a mesma imparcialidade.
Caso alguém saiba, gostaria de conhecer fontes mais detalhadas sobre o assunto!
A analogia a seguir estava no topo do tópico, mas além de péssima (como foi verificado em muitas citações e com razão) ainda estava desfocando a atenção da questão principal. Cogitei apagá-la, mas pensando bem, não há mal em admitir o erro e isso deixaria algumas citações vagas, portanto achei melhor apenas mudá-la de posição, caso alguém queira ler: Comparando o corpo humano a um computador, sabemos que o hardware (corpo) precisa de energia (alimento) para ligar (estar vivo), um sistema operacional (inteligência) instalado no inchester CPU (cérebro) e comandos (sentidos físicos) para funcionar (pensar). Sabemos que o hardware não produz o sistema operacional, mas que uma vez ligado permite que esse (já instalado) possa ser utilizado. Que motivos temos para acreditar que o “nosso” sistema operacional é produzido por nosso inchester CPU e não que tenha sido instalado por um programador durante a fabricação?
Queria fazer uma ressalva para que a “brincadeira” não se transforme em mais um disputa ideológica. O “programador” não precisa, necessariamente, ser deus, caso alguém tenha pensado nisso. Podemos chamá-lo de natureza ou herança genética, por exemplo, para não misturar os assuntos. Um coisa não tem relação com a outra, mas imaginei que pudesse acabar caminhando para esse lado. O que desejo realmente (e somente) é apenas debater a questão levantada – matéria X inteligência.