Eu acredito que é um grande paradoxo.
Outro dia estava eu discutindo com uma colega da faculdade sobre Deus e a Pedra (ela ficou horas pensando nisso...
) e eu, por final, também pensei bastante e cheguei às possíveis conclusões.
1 - A própria definição da frase é impossível, porque do jeito que a frase foi montada, as duas hipóteses são mutuamente excludentes (se uma acontece, a outra não).
2 - A onipotência não é imutável. Algo do tipo, temos um limite máximo, que supondo que a hipótese Deus tenha. Ou seja: o topo dos topos. Para isso ocorrer, ele tem que poder aumentar o próprio escopo do atributo (primeiro criando a pedra e não carregando, depois conseguindo carregá-la com o novo escopo da onipotência), o que
pode ser algo que ele possa fazer, porque ele é onipotente.
3 - A onipotência não existe, ou se existe, não pertence a Deus. Acreditemos que ele foi possível criar a pedra. Para ter a onipotência "real", ele deveria poder carregar a pedra que ele não podia carregar, que está num escopo maior (imaginem diagrama de conjuntos, o escopo da pedra DENTRO do escopo maior da onipotência).
4 - Deus provavelmente não existe e provavelmente não existe onipotência.
A primeira é problema de lógica, a segunda é a mutabilidade do atributo, a terceira é o escopo do atributo.
Logo, pela Navalha de Ockham, eu optaria pelo 1 ou 4.