Suponha que o Universo que conhecemos tenha de fato (e ao que tudo indica) se originado de uma expansão há 11 bilhões anos (nossos anos) e que continua a se expandir, como indica a constante cosmológica (densidade do Universo)...
Agora suponha que essa Universo seja uma gota de uma substância qualquer colocada por um cientista sobre uma lâmina de vidro utilizando uma pipeta, e que ao lado dessa "gota", exista um sem número de outras gotas, que expandem-se também e podem até se unirem e ter comunicações intra-membranas (buracos negros).
Isso é uma questão de escala, e a ciência ensina que escalas não são problema para a natureza, visto que desde que se descobriu o efeito da lente, mais tarde os microscópios eletrônicos de varredura etc, sempre estamos enxergando as sub-escalas do que antes era tido como a menor das escalas.
Nesse sentido, o cientista que goteja a substância escura com densidade = constante cosmológica com uma pipeta e vê essa substância se expandido pode ser considerado Deus. Ele criou nosso Universo, mesmo sem querer. O problema é insolúvel, visto que mesmo ele sendo Deus, a mente dos teologistas requerirá um criador também para o nosso Cientista-Criador, e assim por diante.
O conceito de Deus não é a solução de nada, mas sim transferir o problema para outros níveis de escala. É uma solução simplória e, arrisco a dizer, preguiçosa para compreendermos nossa natureza.