Autor Tópico: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?  (Lida 3070 vezes)

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Crisan

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Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Online: 26 de Julho de 2006, 20:27:52 »
Dia 26 de Julho de 2006. A cerca de duas semanas, iniciou-se, para variar no Oriente Médio, um novo conflito armado, uma nova guerra. Dessa vez temos dois personagens, novos e velhos ao mesmo tempo. Como dizia a música de Cazuza “Vejo o futuro repetir o passado, vejo um museu de grandes novidades”, por sinal, um passado não tão longínquo, somente algumas 5, 4, ou 3 décadas atrás. Israel e um grupo para-militar (ou seria terrorista?) denominado “Hizbollah”, “Partido de Deus” em árabe. Nome ousado, ideologia ousada, objetivos ousados. Ousados ao ponto de querer a destruição total do estado de israel (sim, estado minúsculo). Ousado ao ponto de sequestrar soldados israelenses, e, assim, iniciar uma guerra. Façamos primeiro uma dissertação sobre Israel, sobre o Líbano e o Hizbollah, e depois sobre a península Arábica de modo geral e sua situação.

Criado em 1947, por assembléia geral da ONU, o Estado de Israel, único estado oficialmente Judaico, apesar de possuir minorias muçulmanas, católicas, e outras, é o centro e símbolo principal do judaísmo no mundo. Desde sempre, assolado por guerras contra árabes, estando isolado numa península com predominância muçulmana, cercado de inimigos por todos os lados. Cresceu quatro vezes mais, desde o primeiro território definido pela ONU, defendeu seu território, conquistou outros territórios, e, sobreviveu até hoje. Essa é a principal característica do povo judeu: a sobrevivência. Desde os tempos da mesopotâmia, o “povo de Judá”, sobrevive, mudando de lugar, sofrendo, persistindo. Povo detentor de muitas riquezas, apesar de todos os empecilhos. Povo odiado por muitos. Povo que já sofreu várias vezes nas mãos de grandes líderes, Nabucodonosor, Hitler, et cetera. É de se admirar tamanha capacidade de sobrevivência e de reerguimento.

Não abordarei aqui a história de Israel no século XX, mas sim, tentarei dar meu parecer relativo à sociedade israelense e sua mentalidade. Todos as nações em volta de Israel, desejam, sem dúvida alguma, sua extirpação total do mapa. Israel é um povo isolado, que vê em seus vizinhos, uma ameaça existencial. É um povo carregado de guerras e rancor. Podemos afirmar que, a ameaça existencial, gera uma quebra de qualquer sensibilidade para com semelhantes, e, um sentimento de ódio relativo ao motivo do sentimento temeroso. Esse é o povo de Israel. Um povo que odeia aqueles que querem sua exterminação. Um povo antigo, que, já teve várias vezes sua existência ameaçada. Um gato acuado. O ódio que sucede ao medo. O instinto de defesa.
 
O governo de Israel declarou guerra ao Líbano, justificando-a como “guerra ao terror”, e, acusando o governo libanês de “complacência” quanto ao “grupo terrorista” Hizbollah. Porém, a guerra entre tais nações está se mostrando muitíssimo brutal, principalmente pelo lado israelense, que, já matou mais de 400 civis no território adversário. Dentre esses civis, temos, brasileiros, italianos, chineses, finlandeses, e diversos outros. Hospitais, escolas, abrigos humanitários, todos, bombardeados. Crianças e mulheres mortas, orfãs, aleijadas. E essa brutalidade do governo? Como pode ser explicada? Justifica-se acusar alguém de terrorista, quando se mata inocentes, de forma odiosa? Esse é o governo de Israel, um governo brutal e desprovido de razão, só ódio e covardia. Um governo que reflete perfeitamente o caráter de seu povo, não generalizando, mas falando da grande maioria. O governo conta com o apoio de 80 % da população israelense, que, aprova e odeia seus semelhantes vizinhos. E por quê? Simplesmente medo, temor ao ódio alheio, receio de perder sua própria existência. Um povo orfão, solitário, que, usa uma espada para se defender. Um povo que precisa de tratamento, de vida nova, de paz de espírito, assim como seus vizinhos também precisam.

Israel tem um exército de baixo contigente, porém, muito bem preparado. Possuidor de uma boa artilharia e aeronáutica, contando com o apoio da tecnologia bélica americana, e, com tecnologia naval inglesa. Tornou-se uma das maiores forças militares de sua península, só podendo ser contestado pelo Egito ao sul. Combate em duas frentes, uma ao sul, na famosa faixa de Gaza, onde, o distinto povo da Palestina, luta pela sua autonomia, e, ataca e sofre ataques da loucura israelense. Analistas consideram, que, Israel pode ter sérios prejuízos nessa guerra, por estar combatendo em duas frentes, e, por sofrer bastante com o elemento surpresa que o Hizbollah pode usar, além do que, a população civil dos seus países vizinhos também nutre um ódio intenso contra eles.
Hizbollah/Líbano. Um país muçulmano, antigo também, autônomo, apoiado por seus vizinhos Síria, e, pelo Irã, que, detêm em seu território um grupo para-militar chamado Hizbolllah, cujo um dos objetivos é o extermínio completo do estado de Israel e do povo judaico que nele vive. O Hizobollah não se constitui somente num grupo para-militar, mas num grupo que atua no desenvolvimento social de seus país, financiando e construindo escolas, hospitais, centros residênciais, entre outros. Aclamado pelo povo libanês, o Hizbollah exerce influência no pensamento de sua nação, controlando meios de comunicação, e, grande parte das diretrizes pedagógicas do mesmo. O Hizbollah não é tido como “grupo terrorista” pela ONU, sendo considerado isso, apenas pelos EUA, Inglaterra e Israel, ou, “o eixo do mal”, de acordo com a comunidade Islâmica mundial.

O Hizbollah também pode ser considerado um grupo nascido do sentimento de medo, e, pelo sentimento de vingança. Em seu início, constituído por uma maioria de jovens e orfãos, e, outros homens prejudicados pela ocupação israelense no sul do Líbano na década de 80, desenvolveu-se como maior amparo à população pobre do sul do país, e, recrutou milhares de homens, nutridos de sentimento de revolta, em suas fileiras. Cresceu, e, começou uma campanha de inimizade ao povo vizinho, logo, recebendo apoio das nações extremistas do islã, especificamente e principalmente, a Síria, vizinho do leste, e o Irã. Desenvolveu um mediano arsenal de foguetes e demais poderio bélico, e, criou-se uma grande tensão na fronteira entre Líbano e Israel.

Devido à opressão do governo israelense, ao povo palestino na faixa de Gaza, o Hizbollah iniciou uma campanha contra o estado de Israel, provocando-os, com lançamentos de foguetes em seus territórios e matando civis e soldados, principalmente na cidade de Haifa, terceira maior cidade do país. O governo do Líbano, sempre optou por uma dissimulada negociação com o Hizbollah, ao invés de tomar medidas mais rígidas e impôr sua autoridade. O ponto culminante para o início da guerra, foi o sequestro de alguns soldados israelenses, em seu próprio território, e, um ostensivo bombardeio em Israel. Assim, começou a guerra Líbano-Israelense.

Chegamos então aqui, duas semanas de guerra, e, quase 2500 homens prejudicados, mortos e feridos. Tudo isso, devendo-se estritamente à intolerância de povos para com outros povos. A falta de fraternidade e humanismo, a falta de diplomacia, o desejo irracional pela imposição. Imposição? De quê? Do que julgo ser o principal causador da intolerância: a religião. Se não fosse ela, não haveria uma definição étnica tão forte entre árabes e judeus, que, se analisarmos essas mesmas questões étnicas, seriam na verdade irmãos, todos semitas. Se não fosse ela, judeus não seriam considerados “estranhos usurpadores de terras”, e sim, cidadãos comuns. Se não fosse ela, não haveria tanta xenofobia, tanta discriminação, tanto racismo. Não haveria tanto medo entre iguais. A intolerância só gera ódio e mais violência, e morte, e, o homem, perde, pois o tempo que perde por causa das suas “diferenças”, poderia ser usado pela busca do bem comum e da evolução. No nosso século, intolerância religiosa, intolerância étnica, xenofobia, e demais fatores que impedem o humanismo e a fraternidade, não existem, e devem ser recusados, rejeitados, jogados fora do pensamento humano. Deve-se cultuar, somente, o homem e a união racial. Quando digo racial, refiro-me ao homo sapiens, e não, ao judeu, ao muçulmano, ao budista, ao católico, ao hindu ou a qualquer outro. Também não me refiro ao americano, ao europeu, ao asiático ou ao africano. Refiro-me ao homem, fraterno e humanista, unido em prol do bem-estar social mundial e nada mais.

Concluo que, tanto o povo judeu, quanto o povo libanes, estão totalmente errados. E não é o governo desses países que estão errados. É o povo, pois reflete perfeitamente aquilo que seu governo é. Intolerante, covarde e ignorante. Israel e Líbano precisam andar no tempo, e chegarem na era contemporânea. Devem esquecer diferenças e eliminar rancores da alma. Para isso, é preciso que, tanto árabes como judeus, sofram internamente, e, tenham o verdadeiro confronto em si mesmos. O que me refiro?

Analisando o caso de Israel e fazendo uma projeção, digo-lhes, que, a oposição interna terá um enorme crescimento, devido ao grande prejuízo emocional e sentimento de repúdio que essa violência trará. A minoria pacifista e mais racional, será inflamada por um sentimento de mudança, e, a coesão do estado irá ser abalada. Além do mais, tal força contará com apoio do resto do mundo, que, provavelmente apoiará essa nova “onda” que surgirá. Obviamente, que, essa é uma probabilidade, e, “oxalá” seja verdadeira.
Quanto aos libaneses, apenas crescerá a revolta anti-semita, e, o sentimento de intolerância, para com Israel e para com “a América”. Será uma semente ruim plantada no lugar. Além disso, não só em Israel, mas em vários lugares do mundo, o sentimento “anti-semita”, terá um lampejo de crescimento, e, isso não é bom para um povo com “predisposição a ser odiado”.

Enfim, fica aqui um protesto contra intolerância de caratér étnico, e, principalmente, de caráter religioso. Basta às diferenças! A humanidade quer ser una e fraterna!

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Ruti Gur, diretora de uma ONG feminista e moradora de Haifa, faz parte dessa minoria.
No último domingo, dia 23, a casa de Gur foi diretamente atingida por um míssil disparado pelo Hezbollah.
Por sorte, no momento do bombardeio a casa estava vazia, mas foi severamente danificada e ficou inabitável. Partes da construção terão que ser demolidas.
Gur, o marido e seus dois filhos terão de procurar um lugar alternativo para morar, e a reconstrução da casa poderá levar mais de seis meses.
"Dois dias antes do ataque em casa, participei de uma manifestação de mulheres pela paz, em Haifa. Várias pessoas na rua nos chamaram de 'traidoras' e chegaram a nos agredir fisicamente", disse Gur à BBC Brasil.
"Depois que senti, na minha pele, o que significa ter a própria casa atingida por mísseis, sinto mais empatia ainda pelas mulheres do Líbano e pretendo continuar participando dos protestos contra a guerra."
"Mas quero deixar bem claro que também sinto muita raiva do Hezbollah por ter destruído minha casa, e condeno a concepção militarista dos dois lados, tanto de Israel como do Hezbollah", concluiu Gur.

O jornalista Gideon Levy escreveu recentemente um artigo, no jornal Haaretz, afirmando que a guerra deve ser "interrompida imediatamente". "Era desnecessária desde o inicio, mesmo se o pretexto era justificado, e é chegado o momento de pará-la."
Levy recebeu 513 reações de internautas, a maioria delas extremamente violentas, o chamando de "traidor", "lixo" ou dizendo "tomara que um missil do Hezbollah acerte a sua cabeça".
Mas o jornalista afirmou que "prefere o ódio à indiferença".
"Assim, pelo menos se cria uma discussão na sociedade, e a violência das reações indica rachaduras no consenso. As pessoas começam a ter dúvidas se realmente estão com a razão, pois quem tem segurança de suas posições não grita, é capaz de falar calmamente", disse Levy.

Retirado do site http://www.bbc.co.uk/portuguese/

"O mal do Líbano é Israel e a América. Hizbollah!" - Pichação de criança libanesa ao ver exército israelense aproximando.


Abraços a todos!

Offline Nightstalker

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #1 Online: 26 de Julho de 2006, 20:36:00 »
Bela dissertação!

Tenho o mesmo ponto de vista acerca dessa guerra.

Muitos interesses estão envolvidos nesse conflito, eu só espero que ele acabe para que a população civil não sofra mais.
Conselheiro do Fórum Realidade.

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Offline Vinícius Garcia

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #2 Online: 27 de Julho de 2006, 11:14:36 »
A morte dos funcionários da ONU revela claramente que os bombardeios israelenses são insdiscriminados, o que vem sendo negado pelas autoridades israelenses. Não há, como tem sido dito, uma estratégia de ataque visando a instalações do Hezbolah e lançadores de foguete. São toneladas e toneladas de bombas e azar de quem estiver no lugar errado na hora errada. Pior é que parece que todo o Líbano é um lugar errado na hora errada.
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Offline Vinícius Garcia

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #3 Online: 27 de Julho de 2006, 11:15:03 »
Israel é um país que não vai deixar de existir, isso é um fato. Hoje vivem mais israelenses lá do que palestinos. Os árabes nunca vão morrer de amores por Israel, outro fato. Resta esperar que um dia, com nossos cabelos já bem brancos, tenhamos que explicar aos nossos netos o que foi o conflito entre israelenses e palestinos, e não o que foi a III Guerra Mundial.   
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Offline Vinícius Garcia

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #4 Online: 27 de Julho de 2006, 11:18:29 »
O fato de muitos foguetes serem lançados por aparatos móveis não legitima a necessidade da destruição de bairros inteiros apinhados de prédios residenciais ou infra-estrutura construída com recursos e esforços dos cidadãos libaneses.
A atitude de Israel é comparável à demolição da casa do vizinho para acabar com a ameaça de leptospirose trazida por ratos inoportunos dela provenientes. A leptospirose é uma doença perigosa, pode matar. O Hezbolah também. Nem por isso um vizinho que não tenha condições de pagar o alto preço cobrado por uma desratização deve ser morto ou despejado. Se o Líbano foi omisso no combate ao Hezbolah, teve razões para tanto. Lembremos o fato de que a maior parte da cidade de Beirute foi recém construída, que esta mesma cidade ressurgiu dos escombros de uma guerra civil que durou quinze (!) anos. Para que as atividades do Hezbolah fossem controladas, o governo libanês se arriscaria a levar o país novamente ao caos da guerra entre falanges cristãs maronitas, apoiadas por Israel, e grupos armados sunitas, reforçados por tropas sírias e pelo próprio Hezbolah, xiita. Coloquem-se no lugar desses dirigentes libaneses, responsáveis não apenas pela reconstrução material de seu país, mas também pela reconciliação de uma nação esfacelada por anos de batalhas urbanas. Se o tolerante Hariri foi assassinado, mesmo após o fim de seu mandato, imagine-se então o que seria de um dirigente que se mostrasse intransigente com os radicais.
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Offline Sr. Alguém

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #5 Online: 27 de Julho de 2006, 13:13:47 »
Israel é um país que não vai deixar de existir, isso é um fato. Hoje vivem mais israelenses lá do que palestinos. Os árabes nunca vão morrer de amores por Israel, outro fato. Resta esperar que um dia, com nossos cabelos já bem brancos, tenhamos que explicar aos nossos netos o que foi o conflito entre israelenses e palestinos, e não o que foi a III Guerra Mundial.

  Cabelos brancos ? Acho que quando houver paz naquela região ,de nós só restarão os esqueletos debaixo da terra.
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
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Crisan

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #6 Online: 27 de Julho de 2006, 13:36:11 »
Vinícius Garcia,

Dizes muito bem. Abraços.

Offline Sr. Alguém

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #7 Online: 28 de Julho de 2006, 20:26:17 »
Bela dissertação!

Tenho o mesmo ponto de vista acerca dessa guerra.

Muitos interesses estão envolvidos nesse conflito, eu só espero que ele acabe para que a população civil não sofra mais.


  Por falar em interesses, os Yankees só não interfiriram diretamente até agora porque não há petróleo envolvido nessa situação.Se a guerra fosse contra a Arábia Saudita ou contra o Irã, aposto que o Bush já teria enviado porta-aviões pra lá.
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
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Offline HSette

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #8 Online: 28 de Julho de 2006, 23:04:30 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.
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Chaves

Offline Rodion

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #9 Online: 29 de Julho de 2006, 11:10:51 »
Bela dissertação!

Tenho o mesmo ponto de vista acerca dessa guerra.

Muitos interesses estão envolvidos nesse conflito, eu só espero que ele acabe para que a população civil não sofra mais.


  Por falar em interesses, os Yankees só não interfiriram diretamente até agora porque não há petróleo envolvido nessa situação.Se a guerra fosse contra a Arábia Saudita ou contra o Irã, aposto que o Bush já teria enviado porta-aviões pra lá.

como não interfiriram diretamente? semana passada mandaram a condoleeza lá pra encher o saco e falar de cessar-fogo.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

ukrainian

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #10 Online: 29 de Julho de 2006, 11:13:13 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.

Interferência? Israel é um braço yankee em território árabe. Como vocês acham que conseguiram tamanho arsenal bélico em apenas 50 anos?

ukrainian

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #11 Online: 29 de Julho de 2006, 11:16:52 »
Bela dissertação!

Tenho o mesmo ponto de vista acerca dessa guerra.

Muitos interesses estão envolvidos nesse conflito, eu só espero que ele acabe para que a população civil não sofra mais.


  Por falar em interesses, os Yankees só não interfiriram diretamente até agora porque não há petróleo envolvido nessa situação.Se a guerra fosse contra a Arábia Saudita ou contra o Irã, aposto que o Bush já teria enviado porta-aviões pra lá.

como não interfiriram diretamente? semana passada mandaram a condoleeza lá pra encher o saco e falar de cessar-fogo.

De jeito nenhum. Oficialmente, a posição estadunidense é de ser contra qualquer tipo de cessar fogo.  São favoráveis à intervenção de tropas "de paz" na região, claro, somente no caso em que se favoreça o Estado sionista.

Offline Barata Tenno

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #12 Online: 29 de Julho de 2006, 23:42:31 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.

Interferência? Israel é um braço yankee em território árabe. Como vocês acham que conseguiram tamanho arsenal bélico em apenas 50 anos?


E como os terroristas conseguiras suas armas?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Nightstalker

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #13 Online: 30 de Julho de 2006, 00:25:01 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.

Interferência? Israel é um braço yankee em território árabe. Como vocês acham que conseguiram tamanho arsenal bélico em apenas 50 anos?


E como os terroristas conseguiras suas armas?

Com o Irã e com a Síria.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
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Offline Barata Tenno

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #14 Online: 30 de Julho de 2006, 01:10:39 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.

Interferência? Israel é um braço yankee em território árabe. Como vocês acham que conseguiram tamanho arsenal bélico em apenas 50 anos?


E como os terroristas conseguiras suas armas?

Com o Irã e com a Síria.

E as armas deles vieram de onde?
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Offline Verner44

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #15 Online: 30 de Julho de 2006, 06:31:12 »
Sem mocinhos nem bandidos, o horror está presente. "Terrorristas" é uma pecha que se adequa aos dois lados, o estado judaico sempre se utilizou de práticas terrorristas para combater seus vizinhos hostis. Cabe uma pergunta: com quase 50 anos de existência, porque Israel ainda não aprendeu a conviver com os povos e países árabes/palestinos? A brutalidade dos ataques contra populações civis só alimenta o anti-semitismo. A arrogância do poder é revoltante: num livro de espionagem, A GAROTA DO TAMBOR, John Le Carré desenvolve a tese da semelhança entre o sionismo e o nazismo, dizendo que os palestinos são os judeus dos judeus. É um nazismo às avessas, não menos perverso que o original. :nojo:
verner44
O temor é um grande inibidor do questionamento inteligente. [Doris Lessing]

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #16 Online: 30 de Julho de 2006, 11:59:21 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.

Interferência? Israel é um braço yankee em território árabe. Como vocês acham que conseguiram tamanho arsenal bélico em apenas 50 anos?


E como os terroristas conseguiras suas armas?

Com o Irã e com a Síria.

E as armas deles vieram de onde?


Provas?

Luz

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #17 Online: 30 de Julho de 2006, 12:44:17 »
Desde a primeira diáspora feita pelo Império Romano que essa guerra não tem nada a ver com religião. O Judeu não foi expulso de sua terra porque adorava seu deus e se recusava a adorar os césares, mas porque representava um problema ao comando do Império.

A partir de então o Judeu passou a vagar pelo espaço geográfico, dempre repudiado, é claro, pois ninguém quer estranhos em sua casa e a única forma de sobreviver nesse panorama foi o enriquecimento - e eles são bons nisso.

Pouco antes de explodir a Primeira Guerra mundial foi feita em toda a Europa um grande propaganda pró-semita, pois a aliança que começava a se formar - Inglaterra e companhia limitada, não queria os judeus na Guerra, mas sim o finaciamento - em troca, a promessa de um Estado próprio.

Muitos pretextos foram usados para iniciar essa Guerra, mas o objetivo era muito claro - desmembrar o Império Otomano, que além de parte da África e da Europa, englobava todo o Oriente Médio - por um detalhe que passou quase desapercebido - o Canal de Suez, encontrava-se nos limites desse Império, pertencendo ao Egito - por onde passava a um preço alto demais aos interesses ocidentais, a matéria-prima do progresso - o petróleo.

De quebra, com o fim da Guerra, os aliados dividiram entre si as partes desmenbradas da África, sem respeitar, é claro, a divisão natural entre os povos - o que gerou a guerra civil que ainda hoje assistimos nos noticiários.

Mas os Estado de Israel só veio a ser fundado após a segunda Guerra, com o apoio, é claro de Inglaterra e Estados Unidos, finaciados pelo Ouro Judeu - por isso são povos amigos. Com o Holocausto o motivo da formação do novo Estado e sua necessidade tornava-se evidente.

Só existia um problema, o lugar onde hoje se localiza Israel, era habitado há séculos pelo povo Palestino. Mas isso não foi problema, pois com o apoio das grandes Nações, fez-se disfarçadamente uma nova diáspora - dessa vez sem expulsar propriamente o povo, mas obrigando-os pela diferença de condições finaceiras, comprando-lhes o que possuiam e dessa forma empurrando-as cada vez mais para fora dos limites.

Religião não tem nada a ver com isso - dinheiro sim, petróleo sim, poder sim. Pois todos os aliados finaciados pelo Ouro Jdeu eram e ainda são países cristãos, católicos e protestantes, mas não se tolera o Judeu por uma questão de humanidade e sim por uma questão de interesses.

Eu recomendo a leitura do livro "Oriente Médio: uma ferida aberta" - desculpem, não me lembro o nome do autor, mas é um livro de leitura muito fácil.

Offline Vinícius Garcia

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #18 Online: 30 de Julho de 2006, 20:05:40 »
Desde a primeira diáspora feita pelo Império Romano que essa guerra não tem nada a ver com religião. O Judeu não foi expulso de sua terra porque adorava seu deus e se recusava a adorar os césares, mas porque representava um problema ao comando do Império.

A partir de então o Judeu passou a vagar pelo espaço geográfico, dempre repudiado, é claro, pois ninguém quer estranhos em sua casa e a única forma de sobreviver nesse panorama foi o enriquecimento - e eles são bons nisso.

Pouco antes de explodir a Primeira Guerra mundial foi feita em toda a Europa um grande propaganda pró-semita, pois a aliança que começava a se formar - Inglaterra e companhia limitada, não queria os judeus na Guerra, mas sim o finaciamento - em troca, a promessa de um Estado próprio.

Muitos pretextos foram usados para iniciar essa Guerra, mas o objetivo era muito claro - desmembrar o Império Otomano, que além de parte da África e da Europa, englobava todo o Oriente Médio - por um detalhe que passou quase desapercebido - o Canal de Suez, encontrava-se nos limites desse Império, pertencendo ao Egito - por onde passava a um preço alto demais aos interesses ocidentais, a matéria-prima do progresso - o petróleo.

De quebra, com o fim da Guerra, os aliados dividiram entre si as partes desmenbradas da África, sem respeitar, é claro, a divisão natural entre os povos - o que gerou a guerra civil que ainda hoje assistimos nos noticiários.

Mas os Estado de Israel só veio a ser fundado após a segunda Guerra, com o apoio, é claro de Inglaterra e Estados Unidos, finaciados pelo Ouro Judeu - por isso são povos amigos. Com o Holocausto o motivo da formação do novo Estado e sua necessidade tornava-se evidente.

Só existia um problema, o lugar onde hoje se localiza Israel, era habitado há séculos pelo povo Palestino. Mas isso não foi problema, pois com o apoio das grandes Nações, fez-se disfarçadamente uma nova diáspora - dessa vez sem expulsar propriamente o povo, mas obrigando-os pela diferença de condições finaceiras, comprando-lhes o que possuiam e dessa forma empurrando-as cada vez mais para fora dos limites.

Religião não tem nada a ver com isso - dinheiro sim, petróleo sim, poder sim. Pois todos os aliados finaciados pelo Ouro Jdeu eram e ainda são países cristãos, católicos e protestantes, mas não se tolera o Judeu por uma questão de humanidade e sim por uma questão de interesses.

Eu recomendo a leitura do livro "Oriente Médio: uma ferida aberta" - desculpem, não me lembro o nome do autor, mas é um livro de leitura muito fácil.


Bem lembrado! Não sei se os desfechos das duas grandes guerras no século XX foram assim tão bem planejados e arquitetados por parte de norte-americanos e europeus, mas é certo que se encaminharam de maneira que o fim do império turco-otomano lhes foi bastante favorável. As mazelas decorrentes desse velho colonialismo ainda se farão sentir por muito tempo, estejamos certos disso. Porém, agora a história é outra. O domínio se instala não pela ocupação territorial, mas pela ocupação das mentes desejantes.
Remedando a mim mesmo, como dito em outro tópico, palestinos e israelenses ainda escutarão juntos rap americano (ou outro modismo qualquer), comendo juntos mac-hammus e coca-cola e arrotarão juntos o aroma característico dos shopping centers no Valentine's Day.   
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Offline Rodion

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Offline Barata Tenno

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #20 Online: 31 de Julho de 2006, 10:39:12 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.

Interferência? Israel é um braço yankee em território árabe. Como vocês acham que conseguiram tamanho arsenal bélico em apenas 50 anos?


E como os terroristas conseguiras suas armas?

Com o Irã e com a Síria.

E as armas deles vieram de onde?


Provas?

Do que?
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Offline Nightstalker

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #21 Online: 31 de Julho de 2006, 14:21:16 »
A interferência dos EUA já existe. Na semana passada o envio de armamentos para Israel cresceu enormemente.
A defesa do espaço aéreo é toda monitorada por tecnologia yankee.

Interferência? Israel é um braço yankee em território árabe. Como vocês acham que conseguiram tamanho arsenal bélico em apenas 50 anos?


E como os terroristas conseguiras suas armas?

Com o Irã e com a Síria.

E as armas deles vieram de onde?


Provas?

Do que?

Isso é segundo os noticiários internacionais.

Dizem que os mísseis do Hezbolah vieram da Síria, do Irã e alguns da China.
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Offline Partiti

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #22 Online: 31 de Julho de 2006, 21:12:02 »
E como os terroristas conseguiras suas armas?
Com o Irã e com a Síria.
E as armas deles vieram de onde?

Da Síria ela por muito tempo foi aliada da URSS, daí a teconologia de armamentos dela é principalmente Russa. Já o Irã era um grande comprador dos EUA antes de 79, mas depois baseia-se quase que exclusivamente em tecnologia doméstica.
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Offline Nightstalker

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #23 Online: 02 de Agosto de 2006, 17:55:00 »
Bela dissertação!

Tenho o mesmo ponto de vista acerca dessa guerra.

Muitos interesses estão envolvidos nesse conflito, eu só espero que ele acabe para que a população civil não sofra mais.


 Por falar em interesses, os Yankees só não interfiriram diretamente até agora porque não há petróleo envolvido nessa situação.Se a guerra fosse contra a Arábia Saudita ou contra o Irã, aposto que o Bush já teria enviado porta-aviões pra lá.

Conversei com minha professora de Geografia hoje, ela disse que os EUA não estão apoiando o fim do conflito por que eles estão esperando a Síria e o Irã entrar na guerra para eles entrarem tambem e eliminar "2 coelhos numa cajadada só".

O Hezbollah tem o apoio do Irã e da Síria, segundo a minha professora o centro operacional do Hezbollah está na Síria.
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Offline Rodion

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Re: Quem são os mocinhos e quem são os bandidos?
« Resposta #24 Online: 02 de Agosto de 2006, 17:57:18 »
se os eua tivessem tropas pra isso, sua professora de geografia estaria certa.
mas não espero mais de uma professora de geografia mesmo, com todo o respeito aos geógrafos...
« Última modificação: 02 de Agosto de 2006, 18:07:36 por Bruno »
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