Autor Tópico: Sobre o ateísmo  (Lida 4532 vezes)

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Offline RogerWaters

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #25 Online: 01 de Setembro de 2006, 08:48:25 »
Como eu queria que vocês parassem de confundir "religião" com "crendice"...

Mas religião é crendice! A partir do momento que você acredita em coisas que não podem ser vistas, nem tocadas, nem muito menos provadas, religião se torna uma crendice!
“se uma proclamação pública repentinamente anunciasse a anulação de todas as leis criminais, imagino que nenhum de nós teria coragem de ir para casa sob a proteção das causas religiosas.” Schopenhauer

“Não há no mundo amor e bondade bastantes para que ainda possamos dá-los a seres imaginários.” Nietzsche

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Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #26 Online: 01 de Setembro de 2006, 12:18:05 »
Como eu queria que vocês parassem de confundir "religião" com "crendice"...

Mas religião é crendice!

Religião é, em condições ideais, uma atividade extremamente prática e até mesmo necessária.  A crendice é uma das armadilhas que costumam se apresentar no caminho, mas não vamos jogar fora o bebê junto com a água do banho.

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A partir do momento que você acredita em coisas que não podem ser vistas, nem tocadas, nem muito menos provadas, religião se torna uma crendice!

Isso é.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Onaiab

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #27 Online: 01 de Setembro de 2006, 12:24:28 »

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Se for isso, eu não concordo. Nem todos que crêem em Deus, o imaginam por aí "construindo seres e coisas". Sei de muita gente que o considera algo incognoscível, para além da capacidade humana.

Agnósticos, portanto?

Penso que sim. Embora existam agnósticos que não racionalizam a questão, a meu ver. Uns acreditam em Deus, outros simplesmente não se ocupam com isso. É o que eu quero dizer.
E creio que o Deus da concepção judaico-cristã não "resistirá" por muito tempo.
A dúvida pode ser uma pedra no caminho ou uma ponte sobre o rio.
A simples atitude de negação não conduz a nenhuma certeza.
O improvável pode ser perfeitamente possível.

Offline Onaiab

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #28 Online: 01 de Setembro de 2006, 12:25:49 »
Mas religião é crendice! A partir do momento que você acredita em coisas que não podem ser vistas, nem tocadas, nem muito menos provadas, religião se torna uma crendice!

Então a crença em Deus é uma crendice.
A dúvida pode ser uma pedra no caminho ou uma ponte sobre o rio.
A simples atitude de negação não conduz a nenhuma certeza.
O improvável pode ser perfeitamente possível.

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #29 Online: 01 de Setembro de 2006, 12:26:35 »
Então a crença em Deus é uma crendice.

Certamente!
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Offline Onaiab

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #30 Online: 01 de Setembro de 2006, 14:32:01 »
Claro que o espiritualista discorda, até mesmo pela própria definição dos vocábulos. Porque considerar a crença em Deus como algo ridículo ou absurdo ?   
A dúvida pode ser uma pedra no caminho ou uma ponte sobre o rio.
A simples atitude de negação não conduz a nenhuma certeza.
O improvável pode ser perfeitamente possível.

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #31 Online: 01 de Setembro de 2006, 15:09:15 »
Na minha opinião um espiritualista é, por definição, alguém que assume que tem crenças... ou crendices, que para mim é apenas um sinônimo.
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Luz

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #32 Online: 01 de Setembro de 2006, 18:07:52 »
Na minha opinião um espiritualista é, por definição, alguém que assume que tem crenças... ou crendices, que para mim é apenas um sinônimo.

Concordo, mas desse ponto de vista o que são as religiões senão um conjunto de crenças? Como não confundir "religiões" com "crendice"? E o que significa exatamente "religião em condições ideais"?

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #33 Online: 01 de Setembro de 2006, 18:10:20 »
Na minha opinião um espiritualista é, por definição, alguém que assume que tem crenças... ou crendices, que para mim é apenas um sinônimo.

Concordo, mas desse ponto de vista o que são as religiões senão um conjunto de crenças? Como não confundir "religiões" com "crendice"? E o que significa exatamente "religião em condições ideais"?

Se fossem apenas crenças, religiões nem precisariam de um nome.   As religiões devem ser avaliadas pelo que _fazem_, pelo que _inspiram_ que se faça.
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Luz

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #34 Online: 01 de Setembro de 2006, 18:31:16 »
Se fossem apenas crenças, religiões nem precisariam de um nome. As religiões devem ser avaliadas pelo que _fazem_, pelo que _inspiram_ que se faça.

Luís, não vejo porquê "institucionalizar" uma crença faz com que uma religião deixe de ser um conjunto de crenças. O que a maior parte das religiões inspiram raramente percebe-se por seus adéptos. Como fazer essa avaliação?

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #35 Online: 01 de Setembro de 2006, 18:41:05 »
Luís, não vejo porquê "institucionalizar" uma crença faz com que uma religião deixe de ser um conjunto de crenças.

Não estou falando de institucionalizar, e sim de _dar utilidade real_.

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O que a maior parte das religiões inspiram raramente percebe-se por seus adeptos. Como fazer essa avaliação?

Convivendo na mesma cultura que eles?  Não entendi... qual é a dificuldade?
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Luz

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #36 Online: 01 de Setembro de 2006, 19:30:26 »
Não estou falando de institucionalizar, e sim de _dar utilidade real_.

Mas é exatamente do que estou falando, por institucionalizar digo "dar utilidade real" (fundar instituições) e ainda assim permanece um "conjunto de crenças" com valores morais, mas que raramente reflete a conduta de seus "diferentes" adéptos.

Citar
Convivendo na mesma cultura que eles? Não entendi... qual é a dificuldade?

Eles quem? A dificuldade é justamente essa: diferente cultruras. Como avaliar o mesmo "conjunto de crenças" em diferentes culturas. Culturas diferentes fazem diferentes hábitos sob um mesmo conjunto de crenças. A avaliação, portanto, reflete mais a cultura de um povo que sua religião.

Tomando os Emirados Árabes, por exemplo, a avaliação do Islamismo é a mais positiva, mas o Afeganistão, por exemplo, dá outra avaliação, que não parece refletir o mesmo conjunto de crenças.

Pela simples avaliação de uma religião não podemos dizer muito sobre uma cultura. Qualquer religião em "condições ideiais" pode ser avaliada de forma positiva. Portanto, o crédito não é das religiões, mas das "condições" em que ela está inserida.

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #37 Online: 01 de Setembro de 2006, 19:45:58 »
Não estou falando de institucionalizar, e sim de _dar utilidade real_.

Mas é exatamente do que estou falando, por institucionalizar digo "dar utilidade real" (fundar instituições) e ainda assim permanece um "conjunto de crenças" com valores morais, mas que raramente reflete a conduta de seus "diferentes" adéptos.

Então não estamos falando da mesma coisa, nem usando o mesmo vocabulário.  Eu não concordo com sua definição de "institucionalizar", por exemplo.


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Convivendo na mesma cultura que eles? Não entendi... qual é a dificuldade?

Eles quem?

Os ativistas, pregadores, doutrinadores.

Citar
A dificuldade é justamente essa: diferentes culturas. Como avaliar o mesmo "conjunto de crenças" em diferentes culturas.

Sendo antropólogo.  Mas isso não nos interessa aqui.  Estamos falando de avaliar a cultura em que se vive, não uma diferente.

Citar
Culturas diferentes fazem diferentes hábitos sob um mesmo conjunto de crenças. A avaliação, portanto, reflete mais a cultura de um povo que sua religião.

A cultura de um povo não é muito diferente de sua religião.  São quase que dois nomes para a mesma coisa.


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Tomando os Emirados Árabes, por exemplo, a avaliação do Islamismo é a mais positiva, mas o Afeganistão, por exemplo, dá outra avaliação, que não parece refletir o mesmo conjunto de crenças.

Então não são as mesmas crenças.  Qual é o problema?

Citar
Pela simples avaliação de uma religião não podemos dizer muito sobre uma cultura. Qualquer religião em "condições ideais" pode ser avaliada de forma positiva.

1) Troque "religião" por "doutrina" e eu concordo com a primeira frase.

2) Nem toda.  Algumas são falidas desde a concepção.


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Portanto, o crédito não é das religiões, mas das "condições" em que ela está inserida.

Uma religião não é NADA sem estar intimamente mesclada com as condições sócio-culturais de uma região e lugar!
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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #38 Online: 01 de Setembro de 2006, 20:24:37 »
Então não estamos falando da mesma coisa, nem usando o mesmo vocabulário. Eu não concordo com sua definição de "institucionalizar", por exemplo.

Do que você está falando? Gostaria de entender seu ponto de vista.

Citar
Estamos falando de avaliar a cultura em que se vive, não uma diferente.

Pensei que estivéssemos falando de avaliar "religiões" no sentido de "utilidade real".

Citar
A cultura de um povo não é muito diferente de sua religião. São quase que dois nomes para a mesma coisa.

A cultura de um povo é muito diferente de sua religião - não poderíamos falar da cultura italiana e brasileira, por exemplo, tomando por base a religião predominante dessas culturas - o catolicismo.

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Então não são as mesmas crenças. Qual é o problema?

Emirados Árabes e Afeganistão possuem "exatamente" o mesmo conjunto de crenças - religião (o islamismo) - o que os diferencia são as condições.

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1) Troque "religião" por "doutrina" e eu concordo com a primeira frase.
2) Nem toda. Algumas são falidas desde a concepção.

Religião, dogma, doutrina - qualquer atividade baseada em "crenças" que reúna grupos de pessoas em torno do mesmo "ideal" são avaliados pelas "circunstâncias". Qualquer religião pode ser avaliada como positiva ou negativa, dependendo do ângulo por que se observe os resultados.

Citar
Uma religião não é NADA sem estar intimamente mesclada com as condições sócio-culturais de uma região e lugar!

E dessa forma, qualquer religião mesclada as condições sócio-culturais de uma região pode ter uma avaliação positiva. E se são, portanto, as condições sócio-culturais de uma região que definem o resultado da avaliação, a absoluta ausência de crença também encontraria condições ideiais, tirando o mérito de qualquer religião.

O que quero dizer é que uma determinada religião pode contribuir para a avaliação positiva de uma cultura, mas não necessariamente, já que contribui de formas diferentes para diferentes culturas. O que não nos garante que qualquer outra religião, dogmas ou doutrinas não contribuiria da mesma forma, ou mesmo, a ausência desses.
« Última modificação: 01 de Setembro de 2006, 20:27:42 por Luz »

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #39 Online: 01 de Setembro de 2006, 20:38:46 »
Putz, Luz... vou precisar do fim-de-semana inteiro para aprender a linguagem e conceitos que você está usando e encontrar uma base comum para traduzir a sua mensagem para mim e vice-versa!
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Luz

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #40 Online: 01 de Setembro de 2006, 20:50:57 »
Putz, Luz... vou precisar do fim-de-semana inteiro para aprender a linguagem e conceitos que você está usando e encontrar uma base comum para traduzir a sua mensagem para mim e vice-versa!

Já imaginava isso!

Offline Andrew Michael

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #41 Online: 02 de Setembro de 2006, 18:09:34 »
 
      Se há a existencia do ateísmo, há a existencia do não ateísmo. A ciencia tenta demontrar a luta da razão contra o entendimento da fé. A fé não é uma justificação para o ateísmo, pois, assim for, quem é ateu tem como principio a crença no nada. Se há uma crença na racionalidade da criação através dos metodos cientificos, podemos dizer que para se chegar a esses metodos, foi necessário a crença na justificação deste.
       Ateismo é a ciencia da não crença, portanto, não existe ateu. E se não existe o ateu não existe o ateismo; para se construir qualquer argumento lógico é necessário a crença da criação deste arguento. Onde se pode encontrar fundamentação, seja transcandentamente ou aprioristicamente. Não se define o algo no pegar, define este algo no pensamento, e se existe este pensamento, logo deixa existe o ateismo. Pois para o pensamento evoluir é necessário acreditar no logo do pensamento. Pois tudo que existe como criação vem do pensamento e este é a pura crença no construir.  Se levamos na questão religiosa, devemos pensar que a religião não é oposição do ateismo, pois muitos que fazem o seio religioso, s´p acrditam neles mesmo. portanto ateismo e crença são sinomino, embora em formulações oposta. Mas se entendemos o que é crer, podemos dizer se crer em nada e nada se crer.
Ser um cético é questão de sabedoria.
Na perspectiva na qual encontra-se inserida a produção de conhecimento é ques estão as dificuldades que se pretende tratar, a respeito da produção de conhecimento exige uma apreciação do que seria conhecimento.

Offline Alenônimo

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #42 Online: 02 de Setembro de 2006, 18:34:10 »
Se há a existencia do ateísmo, há a existencia do não ateísmo.

Bem óbvio, não?

A ciencia tenta demontrar a luta da razão contra o entendimento da fé.

A ciência tenta demonstrar de uma maneira impessoal e objetiva a realidade. Não tem nada a ver com a fé. O problema é que a fé exige que se acredite em coisas sem comprovação ou cuja comprovação mostra que não existe.

A fé não é uma justificação para o ateísmo, pois, assim for, quem é ateu tem como principio a crença no nada.

Hein? Não entendi.

Se você está afirmando que ateus tem crença, está redondamente enganado. Ateus negam uma crença, e é isso. Crença no nada é algo absurdamente ridículo e quem usa esse termo está claramente inventando um Espantalho.

Se há uma crença na racionalidade da criação através dos metodos cientificos, podemos dizer que para se chegar a esses metodos, foi necessário a crença na justificação deste.

Nada a ver. A ciência opera usando apenas dados reais. Não há crença envolvida no meio. Ela fornece respostas empíricas, que podem ser testadas por qualquer pessoa, independentemente se ela acredita ou não.

Ateismo é a ciencia da não crença, portanto, não existe ateu. E se não existe o ateu não existe o ateismo;

Putz! Como é?! Isso é alguma piada? Você sabe mesmo do que está falando ou está só despejando o que tá vindo na sua cabeça?

Por que não aprende um pouco mais sobre o que é ateísmo?

para se construir qualquer argumento lógico é necessário a crença da criação deste arguento. Onde se pode encontrar fundamentação, seja transcandentamente ou aprioristicamente. Não se define o algo no pegar, define este algo no pensamento, e se existe este pensamento, logo deixa existe o ateismo.

Pare de enrolar. Aqui você não disse cesta com chapéu. Muito menos explicou o que que o cú tem a ver com as calças.

Pois para o pensamento evoluir é necessário acreditar no logo do pensamento. Pois tudo que existe como criação vem do pensamento e este é a pura crença no construir.  Se levamos na questão religiosa, devemos pensar que a religião não é oposição do ateismo, pois muitos que fazem o seio religioso, s´p acrditam neles mesmo. portanto ateismo e crença são sinomino, embora em formulações oposta. Mas se entendemos o que é crer, podemos dizer se crer em nada e nada se crer.

Assim que quiser discutir sério, ao invés de colocar palavras aleatórias pós-modernistas, me avise. Não tem nem como discutir com você pois você não escreveu nada!
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline Andrew Michael

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #43 Online: 02 de Setembro de 2006, 18:50:02 »
Você não entendeu, a palavra fé usada está como no sentido conotativo.
Ateísmo é toda atitude ou doutrina que dispensa a idéia ou a intuição da divindade, quer do ângulo teórico (não recorrendo à divindade para se justificar ou fundamentar), quer do ângulo prático (negando que a existência divina tenha qualquer influência na conduta humana); se o dicionário entende o atísmo desta forma, porque não se pode discutir a fé no sentido a qual você argüiu; fé significa testemunho autêntico que determinados funcionários dão por escrito acerca de certos atos, e que tem força em juízo. Por tanto toda contra argumentação é invalida.
« Última modificação: 02 de Setembro de 2006, 18:52:45 por Andrew Michael »
Ser um cético é questão de sabedoria.
Na perspectiva na qual encontra-se inserida a produção de conhecimento é ques estão as dificuldades que se pretende tratar, a respeito da produção de conhecimento exige uma apreciação do que seria conhecimento.

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #44 Online: 02 de Setembro de 2006, 23:53:04 »
"Crença no nada" de novo?
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Offline RogerWaters

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #45 Online: 04 de Setembro de 2006, 14:28:25 »
Tem gente por aqui se confundindo e querendo cofundir os outros, não existe esse papo de crença no nada, isso não passa de argumento falacioso.
O ateismo nada mais é que a falta de crença em coisas que não podem ser provadas, um ateu só crer naquilo que pode ser testado realmente.


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Luz

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #46 Online: 05 de Setembro de 2006, 18:47:04 »
Tem gente por aqui se confundindo e querendo cofundir os outros, não existe esse papo de crença no nada, isso não passa de argumento falacioso.
O ateismo nada mais é que a falta de crença em coisas que não podem ser provadas, um ateu só crer naquilo que pode ser testado realmente.




Esse é o cético ou o ateu cético - o ateu é quem não acredita em deus ou deuses, mas nada impede que ele acredite em "coisas" que não podem ser provadas.

Offline Luis Dantas

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #47 Online: 05 de Setembro de 2006, 19:14:59 »
Bom, vamos começar...

Pensei que estivéssemos falando de avaliar "religiões" no sentido de "utilidade real".

Estamos.  Isso não pode ser feito sem uma certa proximidade.  Ou, em outras palavras, é preciso estar no mesmo meio social em que uma religião é praticada para poder opinar com alguma legitimidade sobre a utilidade da mesma.

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A cultura de um povo não é muito diferente de sua religião. São quase que dois nomes para a mesma coisa.

A cultura de um povo é muito diferente de sua religião - não poderíamos falar da cultura italiana e brasileira, por exemplo, tomando por base a religião predominante dessas culturas - o catolicismo.

Por um certo conjunto de definições você está certa.  Eu já prefiro pensar em religião como a atividade real, em contraste com a doutrina.  A realidade do catolicismo brasileiro é bem diferente do italiano.  Em alguns casos, notavelmente o Judaísmo, o Xintoísmo e talvez o Hinduísmo, nem é tão fácil assim separar a religião da nação.



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Uma religião não é NADA sem estar intimamente mesclada com as condições sócio-culturais de uma região e lugar!

E dessa forma, qualquer religião mesclada as condições sócio-culturais de uma região pode ter uma avaliação positiva. E se são, portanto, as condições sócio-culturais de uma região que definem o resultado da avaliação, a absoluta ausência de crença também encontraria condições ideais, tirando o mérito de qualquer religião.

Mas a questão não é essa; por definição religião implica em um conjunto de metas e métodos.  "Ausência de crença" não é uma meta nem um método. 

Além do que, para avaliar o grau de validade de uma religião em uma época e cultura específicos importa menos a situação sócio-cultural existente do que a forma como a mesma muda - e também o impacto em outros campos como por exemplo o ecológico-ambiental.

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O que quero dizer é que uma determinada religião pode contribuir para a avaliação positiva de uma cultura, mas não necessariamente, já que contribui de formas diferentes para diferentes culturas. O que não nos garante que qualquer outra religião, dogmas ou doutrinas não contribuiria da mesma forma, ou mesmo, a ausência desses.

Eu acho sem propósito querer concluir "qual é a melhor religião".  Depende muito da cultura.  Acho, isso sim, que praticamente qualquer cultura se beneficia de ter prática religiosa razoavelmente esclarecida.  O que não quer dizer de forma alguma que seja necessário, ou mesmo desejável, encorajar a crença em algum tipo de divindade.
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Offline Latorre

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #48 Online: 05 de Setembro de 2006, 19:48:31 »
   
   Que atualmente, com tantas descobertas científicas,  muitos homens sejam ateus é algo bastante compreensível, mas que tenham sempre existido ateus ao longo da história é algo realmente extraordinário.
Nao consigo imaginar que alguém venha a nascer teísta.
"If a man will begin in certainties, he shall end in doubts. But if he will be content to begin in doubts, he shall end in certainties." (Francis Bacon)

Luz

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Re: Sobre o ateísmo
« Resposta #49 Online: 06 de Setembro de 2006, 18:21:55 »
Bom, vamos começar...

Pensei que estivéssemos falando de avaliar "religiões" no sentido de "utilidade real".

Estamos. Isso não pode ser feito sem uma certa proximidade. Ou, em outras palavras, é preciso estar no mesmo meio social em que uma religião é praticada para poder opinar com alguma legitimidade sobre a utilidade da mesma.


Eu concordo, com ressalvas. É preciso avaliar o grau de proximidade, pois a experiência é boa conselheira, mas é suspeita, porque costuma ser tendenciosa. O ideal é ter mais de um ângulo, de perto vemos os detalhes, de longe o todo – só a união dos pontos de vista é que pode formar um conjunto, mas ainda assim tem um agravante – o grau de imparcialidade que somos capazes.


A cultura de um povo não é muito diferente de sua religião. São quase que dois nomes para a mesma coisa.

A cultura de um povo é muito diferente de sua religião - não poderíamos falar da cultura italiana e brasileira, por exemplo, tomando por base a religião predominante dessas culturas - o catolicismo.

Por um certo conjunto de definições você está certa. Eu já prefiro pensar em religião como a atividade real, em contraste com a doutrina. A realidade do catolicismo brasileiro é bem diferente do italiano. Em alguns casos, notavelmente o Judaísmo, o Xintoísmo e talvez o Hinduísmo, nem é tão fácil assim separar a religião da nação.


Diferente de você, eu não consigo separar a doutrina da atividade real, num exemplo metafórico eu diria que são a alma e o corpo da religião, e que, tanto interferem mutuamente um no outro como no meio, mas sobretudo, sofrem influência do meio. Um meio nocivo a determinada religião a destrói, sobrevivendo a ela ou a abraça, se permitindo influenciar por ela, mas não depende “necessariamente” dela. Acredito que é possível o homem/cultura sobreviver bem, com ou sem religião, conforme o meio.


Uma religião não é NADA sem estar intimamente mesclada com as condições sócio-culturais de uma região e lugar!

E dessa forma, qualquer religião mesclada as condições sócio-culturais de uma região pode ter uma avaliação positiva. E se são, portanto, as condições sócio-culturais de uma região que definem o resultado da avaliação, a absoluta ausência de crença também encontraria condições ideais, tirando o mérito de qualquer religião.

Mas a questão não é essa; por definição religião implica em um conjunto de metas e métodos. "Ausência de crença" não é uma meta nem um método.


Concordo, claro - por ausência de crença, estamos falando do ateísmo. E teoricamente, o ateísmo não possui metas ou métodos, mas na prática, ao meu ver, poderia servir como moto-gerador positivo dentro de uma cultura tanto quanto uma religião. Não é o que o ateísmo representa, mas o que ele não impede ou pode até mesmo proporcionar.


Além do que, para avaliar o grau de validade de uma religião em uma época e cultura específicos importa menos a situação sócio-cultural existente do que a forma como a mesma muda - e também o impacto em outros campos como por exemplo o ecológico-ambiental.

O que quero dizer é que uma determinada religião pode contribuir para a avaliação positiva de uma cultura, mas não necessariamente, já que contribui de formas diferentes para diferentes culturas. O que não nos garante que qualquer outra religião, dogmas ou doutrinas não contribuiria da mesma forma, ou mesmo, a ausência desses.

Eu acho sem propósito querer concluir "qual é a melhor religião". Depende muito da cultura. Acho, isso sim, que praticamente qualquer cultura se beneficia de ter prática religiosa razoavelmente esclarecida. O que não quer dizer de forma alguma que seja necessário, ou mesmo desejável, encorajar a crença em algum tipo de divindade.


Também acredito que determinada cultura, conforme o meio, possa se beneficiar da prática religiosa, mas em paralelo, não vejo porque não se beneficiaria de sua ausência. Acredito que todo homem é religiosamente individual, no sentido metafórico da expressão, mas já não sabe mais sê-lo plenamente.

Na minha opinião, não são as crenças individualmente e mesmo no sobrenatural, que são nocivas, mas a sua socialização. A união da massa em torno de um ideal baseado numa crença é algo que me assusta, por seu potencial poder destrutivo sem um paralelo poder neutralizador. Acho preferível a crença individual, mesmo no sobrenatural, que a crença social, seja no que for, mas tenho consciência que essa é uma visão utópica da realidade. As religiões, ao longo dos séculos, nos tornaram tão semelhantes que descaracterizaram essa individualidade. Vendemos e compramos o peixe, mas não sabemos pescar. É o que temos hoje.

Mas... talvez esteja certo, na atual circunstância, é possível que a religião do bem ainda seja um fator mais positivo que negativo ao meio, socialmente falando.

 

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