Tentarei ser conciso sem ser simplista.
Na história da filosofia sempre há existido 2 correntes firmemente opostas;
- a dualista, que tem suas bases em platão, se expande e cristianiza com São Tomás e São Agostinho, passam por Kant, atingindo um estado laico novamente, a Nietzsche, que vê a democracia como maneira dos fracos dominarem aos fortes, e na fase contemporânea, filósofos que falam sobre "Sobreveniência" como Donaldson, que diz que Cérebro e Mente são o mesmo mas tem propriedades diferentes.
- e a materialista, que começa com os pré-socráticos, passa por Aristóteles, Hegel, Feuerbach, chegando a seu máximo expoente, Karl Marx, que inconsciente do funcionamento da mente humana e vivendo em um período no qual não havia uma teoria psico-social (ou melhor psico-social-lingüistica) que pudesse auxiliar-lhe teorizou seu "comunismo" com a grande falha de assumir que os meios de produção necessariamente determinam um povo. Sem saber que o ser humano se define por seu contato com todo o entorno, através da aprendizagem não-normativa, como afirma a (recente) teoria psico-cibernética.
Para as classes dominantes é crucial a existência de capacidades inatas no homem, para explicar porque há desigualdades. E mediante as filosofias metafísicas encontra uma explicação adequada; Almas mais elevadas (mais próximas ao mundo das idéias) em Platão, o homem submetido e destinado à sofrer das igrejas cristãs, súdito de um rei legitimado por Deus, o "homem moral" Kantiano, que necessariamente sofre para ser-lo, e já na era Capitalista, o über-menschen Nietzscheniano, mais hábil e superior à massa débil. E com a sobreveniência, onde os atos mentais não tem extensão, se recorre outra vez ao além para explicar a capacidade humana.
Agora, as teorias Marxistas modernas vem o homem como produto do seu meio, virtualmente igual a qualquer congênere e feito humano (socializado) através da língua, que condiciona seu sistema nervoso e o faz capaz de raciocinar. O homem, cujos valores e morais são aprendidos, e pode viver entre os seus por condicionar o princípio de prazer atuante, mediante neurosis, fazendo-se capaz de seguir pautas de comportamento social. O homem que tem certas capacidades distintas, mas é essencialmente igual.
Uma sociedade educada com valores que exacerbem a simpatía e a solidariedade, e oprimem a competição e o individualismo seria capaz de progressos inimagináveis. Quizás hajam falta guerras ou revoluções tecnológicas para que se alcance, mas é inevitável.