Eu nunca consegui entender a parte em negrito quando estudei um pouquinho de lógica. Pode explicar melhor?
Você fala da regra de implicação?
Uma verdade sempre infere em outra verdade. Uma verdade nunca pode inferir em uma falsidade. Uma falsidade, pode tanto inferir em uma verdade, tal como pode inferir em outra falsidade.
Um exemplo:
Se está chovendo, a rua está molhada. (P->Q)
Vamos supor que P = 1 e Q = 1. Nisso, a conclusão é verdadeira. Pois chover verdadeiramente molha a rua.
Vamos supor que P = 1 e Q = 0. Nisso, a conclusão é falsa. Já que sempre que chove, a rua se molha.
Vamos supor que P = 0 e Q = 1. Nisso, a conclusão é verdadeira. Pois a rua pode se molhar mesmo que não chova, não há negação para isso na preposição.¹
Vamos supor que P = 0 e Q = 0. Nisso, a conclusão é verdadeira. Pois se a rua está seca e não choveu, a conclusão é auto-evidente.
Repare que assim a falsidade do antecedente sempre vai satisfazer a verdade do condicional.
¹A preposição não fala de uma relação bi-unívoca entre molhar a rua e chover. Para essa relação de bi-implicação a preposição deveria ser: a rua está molhada,
se e somente se choveu. Nisso, só P = Q condicionará a preposição à verdade.
Era isso?