Autor Tópico: "Você acha importante ensinar espiritualidade para seu filho?"  (Lida 4656 vezes)

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Offline Clarice

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Re: "Você acha importante ensinar espiritualidade para seu filho?"
« Resposta #50 Online: 28 de Outubro de 2006, 22:52:22 »
 :tedio:
daaaa
a votacao era no site da revista e??? achei que era uma "tool" do forum!
heheuhuahuaha
sorry!
votei la!
:vergonha:
"Se o cerebro humano fosse simples o suficiente para que pudessemos entende-lo, seriamos tao burros que nao o entenderiamos!"

ukrainian

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Re: "Você acha importante ensinar espiritualidade para seu filho?"
« Resposta #51 Online: 28 de Outubro de 2006, 22:53:12 »
Não

Offline HSette

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Re: "Você acha importante ensinar espiritualidade para seu filho?"
« Resposta #52 Online: 28 de Outubro de 2006, 22:59:22 »
Cara, no Opera você pode bloquear os cookies de um site específico. Só ficar clicando em votar e esperar o pop-up recarregar. Bem mais fácil e desonesto. :D

 :histeria:

Não vejo como fraude.

É apenas uma reafirmação da opinião. Fruto de uma convicção inabalável.  :biglol:
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

Offline Frango

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Re: "Você acha importante ensinar espiritualidade para seu filho?"
« Resposta #53 Online: 29 de Outubro de 2006, 00:26:22 »
Eu tinha esperança de que iam me deixar passar com essa. Horroroso :D

Está tudo bem aqui, sem nenhum rizkinho a caminho. Eu estava lendo a Marie Claire e tinha um link pra conselhos bons a dar pra mães, e tem três bebezinhos gostosos cujas mães eu quero perturbar.
Lendo a Marie Claire? Ok. Vamos parar por aqui antes que toda a sua reputação no fórum vá por água abaixo...  :lol:
"Ser original é tudo na vida. Citar os outros é falta de opinião própria" C. D. Thomas

Você já entrou no chat hoje?

rizk

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[revista "Crescer"] Religião se discute, sim!
« Resposta #54 Online: 15 de Dezembro de 2006, 22:30:47 »
O resultado daquele poll em que nós todos votamos e limpamos a barra dos ateus.

A Globo está meio ASSIM ASSIM com o assunto, não? Primeiro a "época", depois a "crescer"...
Citar
Religião se discute, sim!
Por Cristiane Rogerio e Eliza Muto
Fotos: André Spinola e Castro


Se você tem filhos, não há como escapar. Uma hora ou outra, você se verá diante da questão: como falar de religião, espiritualidade ou fé com as crianças? Faz diferença se os pais têm uma crença ou não? Ou será que as crianças vão questionar da mesma forma? Aqui você vai entender que de uma coisa não resta dúvida: seu filho merece esta conversa

"E eu, sou o quê?" Foi assim que Carol, então com 8 anos de idade, indagou seus pais sobre seu lugar no mundo e no universo. Não era fácil para ela entender o significado de sua vida dentro de uma família com pai judeu e mãe católica. Com uma interrogação dessa, o casal Victor e Edilene Leizer se viu diante de uma difícil tarefa, que, cedo ou tarde, é enfrentada por tantos casais que têm filhos. É preciso inspirar algum tipo de espiritualidade neles? Como se faz? E o mais importante: de que forma os pais podem articular sua verdadeira crença e decidir, em conjunto, o que ensinar aos pequenos?

A fé faz parte da vida da grande maioria das famílias brasileiras. As religiões estão presentes em 90% dos lares no país. Por outro lado, vivemos um momento único: nas últimas décadas, o Brasil deixou de ter cara católica e passou a apresentar uma face mais diversa - com católicos, evangélicos, espíritas, judeus, islâmicos, budistas, adeptos de umbanda e candomblé, entre outros (veja boxe). Uma pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em 1998, revelou que 26% dos brasileiros haviam mudado de religião e dados - tanto os estatísticos como aqueles que surgem nas conversas que temos por aí - mostram que as pessoas se permitem freqüentar outras práticas mesmo assumindo apenas uma crença. Estamos experimentando mais.

Num contexto social, a diversidade é uma vantagem. O povo brasileiro convive bem, de certa forma, com as diferenças. É possível casamentos como os dos pais da Carol, a questionadora do início do texto, e talvez por isso ela já cresça entendendo a importância de viver em paz com as várias crenças.

O mundo quer saber
Religião e a existência de Deus não são questionamentos só na sala da sua casa. São a grande dúvida da humanidade em todos os tempos. Em novembro, a discussão ganhou o mundo com o lançamento de novos livros sobre o assunto. Desde de Charles Darwin - o britânico que no século 19 desenvolveu a teoria da seleção natural e colocou dúvidas consistentes a respeito de uma força primária no universo -, cientistas polemizam a existência de Deus e como o mundo começou. Só que, em um planeta permeado por guerras que usam a religião como inspiração, estudiosos estão mais incisivos quanto aos danos causados em nome de Deus e quanto algumas posições podem atravancar o avanço da ciência. E como isso afeta todos nós?

O zoólogo Richard Dawkins, por exemplo, professor da Universidade de Oxford, Inglaterra, e autor de God Delusion (algo como A Ilusão de Deus), acredita que ensinar religião a uma criança é quase como exercer abuso infantil. Ele criou uma teoria demonstrando que as idéias religiosas se multiplicam infectando as mentes indefesas das crianças como vírus. Ele as chama de memes, que descreveriam como pedaços da cultura humana se instalam na cabeça de um grupo de pessoas. Por isso, ele é o principal ícone do que hoje é chamado de Novo Ateísmo, ideologia que combate o conceito de um ponto de partida inteligente ter dado início ao mundo e, muito menos, que de alguma forma controle o universo. Para traduzir melhor, Dawkins acredita que uma criação religiosa é uma forma de doutrinação. Da mesma turma, o filósofo americano Daniel Dennett lança este mês no Brasil o livro Quebrando o Encanto (Editora Globo), que oferece explicações naturais de como a fé faz parte do cérebro humano há milhares de anos. Segundo ele, o fato de a humanidade ainda procurar ou acreditar em deuses pode ser explicado em termos de preservação genética. Companheiro de seus pensamentos, o psicólogo americano Marc Hauser, da Universidade de Harvard, autor de Moral Minds - How Nature Designed our Universal Sense of Right and Wrong (algo como Mentes Morais - Como a Natureza Guiou nosso Senso Universal de Certo e Errado), acredita que a doutrinação de qualquer tipo é negativa. "Devemos ensinar nossos filhos a desafiar o mundo no qual eles vivem, dando-lhes as ferramentas necessárias para fazer isso", diz.

Com base nisso, pense quanto abrir possibilidades nessa área pode ser saudável para a formação da personalidade do seu filho. Como é importante discutir o que ele quiser e ainda permitir um direito pra lá de bom: o de escolher.
Um questionamento importante está relacionado aos valores morais: será que a religião é necessária como apoio?

Sentido para a vida
Para especialistas, essa busca pela fé ou por uma explicação é um reflexo da crise moral de nossa época, marcada pela desilusão com a ciência e pela descrença na política, entre outros fatores. "Diante disso, as pessoas buscam um sentido para a vida", define Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com La Taille, as religiões dão esse caminho de alguma forma e suprem a necessidade de acreditar em algo.

Segundo o professor, no entanto, a religião como crença na existência de um ente supremo está um tanto ausente na vida dos brasileiros. E muito do que se vê hoje em dia não passa de misticismo. É o caso do jogador de futebol que faz o sinal da cruz quando marca um gol, diz La Taille. Aí, ocorrem as grandes confusões. "Não se pode atribuir o gol a Deus", destaca ele, uma vez que a religião ocupa um lugar nobre e não deveria ser gasta em detalhes. Uma religião deveria envolver a vida inteira de uma pessoa, não apenas pedaços, momentos dela.

É aí que entra um ponto que atinge - e muitas vezes confunde - todos nós: a relação de religião com valores morais. Religião estaria mais ligada a um ideal, a uma escolha, um sentido para a vida. Uma decisão pessoal mais do que um instrumento para ensinar "o certo e o errado". A busca por ela, muitas vezes, é uma forma de se sentir conectado ao mundo, sentir-se parte de uma coisa só. Quem somos?

O desafio é entender que a busca do ser humano por um significado para a vida não está necessariamente associada às religiões. "É perceber uma dimensão maior e se desligar um pouco da concepção ocidental de fé, muito demarcada pela idéia do judaísmo e do cristianismo", diz a antropóloga Adriana Dias, pós-graduanda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas. E é aí que entra a espiritualidade.

Um tanto subjetiva, a espiritualidade diz respeito às coisas que ultrapassam a realidade imediata - o aqui e o agora. Ela está presente, por exemplo, entre os povos indígenas, que não têm uma religião, mas possuem uma relação de respeito com a natureza e com a vida. E como esse conceito tão abstrato pode estar presente na vida da família? Quando pai e filho percebem que foram reunidos por um motivo simbólico, exemplifica Adriana. Acontece no dia-a-dia. É o que aconteceu com Paulo Guilherme Souza Ramos de Oliveira, pai da pequena Katarina, 4 anos. "Na hora de criar seu filho, a espiritualidade aflora. Você vê a vida se desenvolver na sua frente", conta Paulo Guilherme, que é batizado na Igreja Presbiteriana, mas hoje vê a religião como uma relação mais pessoal com Deus, sem o intermédio de uma igreja.


Criança quer saber do concreto
Se pensarmos que religião e espiritualidade são uma decisão pessoal, o que fazer em relação às práticas, tais como ensinar ou não uma prece? E como dar as respostas concretas que as crianças sempre pedem? Paulo Guilherme e a esposa, Gorete Souza Ramos de Oliveira, foram criados em diferentes crenças. Apesar de um pouco desiludida com sua religião, Gorete é católica. O casal até discutiu a orientação espiritual da filha assim que ela nasceu. Mas, sem chegarem a uma conclusão, o tempo foi passando e até hoje eles ainda não se decidiram.

Eles tentam passar para Katarina algumas noções do cristianismo. A menina reza para o anjo da guarda antes de dormir e já ouviu falar de Deus e de Nossa Senhora Aparecida. Mas, como ela ainda é muito pequena, tem dificuldade para entender conceitos mais abstratos. "Explicamos para a Kaká que Deus está em todos os lugares. Mas daí ela me perguntou: 'Tem foto de Deus?'", lembra Gorete, que acredita que está na hora de o casal decidir dentro de qual religião a filha será criada.

O que talvez eles não tenham notado é que, pelo fato de estarem indecisos, já estão passando uma idéia de religião para a filha: não há apenas um caminho. E isso não é ruim. Em vez de passarem uma idéia fechada, focando em uma única crença, mostram à criança a diversidade e oferecem a ela a possibilidade de escolher quando se tornar adulta. Mesmo porque, como diz o psicólogo Geraldo José de Paiva, do Instituto de Psicologia da USP, não há como pensar que a educação religiosa é uma coisa totalmente imposta. "Cada criança é diferente da outra e vai encontrar experiências, problemas e desafios diferentes. Cada qual vai construir pessoalmente a sua maneira de ser religioso ou não-religioso", acredita ele.

No livro A Viagem de Théo (Editora Cia. das Letras), a filósofa e escritora francesa Catherine Clément (veja boxe) conseguiu mostrar em romance o dia-a-dia de famílias que optam por uma educação sem focar em nenhuma crença. No enredo, o menino faz uma viagem pelo mundo e pela história das religiões. "Se uma criança aprende que existem muitas religiões no mundo, ela não será persuadida a acreditar que há somente uma única religião verdadeira e as outras estão erradas", diz.

Acolher e não tolerar
Fora da doutrina das religiões, os pais também podem estimular a espiritualidade de seus filhos para que eles sejam capazes de lidar com os limites humanos, como a dor, a solidão e a morte. A antropóloga Adriana Dias explica que uma forma é criar filhos abertos ao diálogo - para que eles respeitem o outro e não façam com o outro o que não gostariam que fizessem com eles mesmos.

Aqui, o respeito ao outro deve ser entendido em todo o seu valor moral. O filósofo Mario Sergio Cortella, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, defende até mesmo a substituição da palavra "tolerância", muito em voga nos dias de hoje, principalmente no campo religioso. "Acho que a palavra 'tolerância' produz quase um seqüestro semântico, pois quando alguém a usa, está querendo dizer que suporta o outro", afirma Cortella no livro Nos Labirintos da Moral (Editora Papirus), resultado de um debate sobre moral e ética com o psicólogo Yves de La Taille. O que o professor Cortella propõe é o uso de outra palavra: acolhimento. Assim, em vez de perceber o outro como um estranho, eu o recebo na qualidade de alguém como eu, sem julgamentos.

Natureza
A antropóloga Adriana Dias destaca ainda outras formas de inspirar a espiritualidade: a celebração à vida e o cuidado com as palavras. É aquela velha história que até pode parecer piegas, mas funciona bem: contemplar o mar, deixar tomar-se pela poesia ou prestar atenção no canto dos pássaros. "Devemos fazer do viver uma celebração à existência, encontrando o maravilhoso dentro do trivial", afirma a especialista.

A reverência pela vida está presente em cada instante da vida do educador e escritor Rubem Alves, que não gosta de falar de religiões, mas se considera extremamente espiritual. "O universo inteiro é maravilhoso e esse é o grande valor", diz Alves. Ele acredita também que é possível criar filhos além da moral religiosa e ensinar bons valores. E dá a receita: vivendo junto com os filhos e dando o exemplo.

Para o bem, para o mal
Como pregam os cientistas e ateus convictos, a religião não é a condição básica para a moral. "Prova disso é que constatamos que existem pessoas muito religiosas com condutas cada vez menos morais", afirma o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia política da USP.

O grande responsável por essa revolução na moral foi o filósofo alemão Immanuel Kant. "Até o século 18, a ética estava subordinada à crença em Deus", explica Renato Janine. O que Kant faz é levantar a questão de uma ética que não precisa de um Deus punitivo para enunciá-la. Para ele, seus preceitos podem ser encontrados pelo homem e a ética fica, assim, humana.

Para os adultos preocupados em ensinar valores morais aos filhos, o filósofo é direto: essa é uma responsabilidade da qual os pais não podem fugir, independentemente de sua religião. "Os pais devem estar presentes na relação com o filho", diz Renato Janine, reforçando a opinião de outros especialistas de que é preciso que eles dêem um exemplo para a prole.

O bacana dessa história toda é a possibilidade de os pais discutirem com os pequenos as grandes dimensões da vida e ensinar-lhes a apreciar as maravilhas ao seu redor, a fim de que, um dia, eles próprios descubram seu lugar no universo e no mundo. E nesse desafio reside uma das grandes alegrias de ter filhos.

Seguem com algumas entrevistas, e o resultado da famigerada enquete

Citar
O que pensam os leitores da CRESCER
A revista realizou uma enquete no site com os leitores questionando se é importante ensinar espiritualidade ao filho

52,93% responderam sim e que já praticam uma religião na família.
20,19% disseram sim, mas que não seguem uma crença específica.
9,37% afirmaram que não, porque são ateus.
8,73% mostraram interesse em ensinar, mas não sabem como.
6,88% responderam sim, mas com dificuldade, porque pai e mãe têm crenças diferentes.
1,90% disse sim, mas que sofrem com críticas dos avós da criança, que são de outra religião.


As religiões no Brasil
Católica Apostólica Romana 73,6
Evangélicas 15,4
Espíritas 1,3
Umbanda e Candomblé 0,3
Outras religiões 1,8
Sem religião 7,4

Fonte: IBGE

Aí é isso.

rizk

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Re: "Você acha importante ensinar espiritualidade para seu filho?"
« Resposta #55 Online: 15 de Dezembro de 2006, 22:37:22 »
Fizeram uma matéria a respeito e usaram os dados da enquete. Temos um tópico aqui e a matéria original aqui
.



Eu não tenho vergonha de ler a Marie Claire, viu. Eu acho uma revista ok em função das reportagens de moda, que dá pra aproveitar na vida - diferentemente da Vogue.
E COMO SE eu tivesse alguma coisa SEMELHANTE a "boa reputação no fórum".  :lol:

Offline Huxley

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Re: [revista "Crescer"] Religião se discute, sim!
« Resposta #56 Online: 15 de Dezembro de 2006, 23:04:12 »
Eu sinceramente eu não pensei ainda no que vou dizer se um filho meu de 5 anos me perguntar se acredito em Deus ou se a sua existência dele é improvável.Por um lado, eu não qquero ter vergonha de minha posição sobre o assunto, por outro eu quero influenciar o mínimo possível sua formação de opinião nesta área.
"A coisa mais importante da vida é saber o que é importante". Otto Milo

Meu blog: http://biologiaevolutiva.blogspot.com

Offline Oceanos

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Re: "Você acha importante ensinar espiritualidade para seu filho?"
« Resposta #57 Online: 16 de Dezembro de 2006, 00:44:38 »
Nós somos fodas. :D

 

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