> Elite da Educação diz não a Geraldo
>
> Mais de 500 professores universitários divulgaram hoje um manifesto contra a candidatura de
> Geraldo Alckmin (PSDB). É mais uma prova de que não são apenas os pobres e nordestinos que votam
> no presidente Lula. Também é interessante notar que entre os signatários do manifesto há vários
> integrantes do PSOL. Leia abaixo o manifesto e confira os professores que assinaram o documento.
> Dizemos "Não!" a Geraldo Alckmin
>
> Nós, professores universitários, vimos a público afirmar que não há justificativa alguma para
> levar novamente o PSDB à presidência, votando em Geraldo Alckmin. Embora com tendências
> políticas distintas e posições eleitorais muitas vezes divergentes, estamos unidos pela mesma
> certeza de que a candidatura Alckmin não representa, sob nenhum aspecto, a implementação dos
> avanços necessários ao desenvolvimento econômico com justiça social. Ao contrário, Geraldo
> Alckmin no poder será o coroamento de um retrocesso direitista que ficou claro em seu discurso
> eleitoral, todo ele baseado em bravatas contra impostos e "gastança" pública, promessas de
> redução do Estado, de reformismo infinito da previdência e laivos de indignação contra a
> corrupção (cujo duto iniciou-se em seu próprio partido). Com essas propostas ele nada mais fará
> do que um candidato de direita faria em qualquer parte do mundo. Acrescente-se a isto uma
> simpatia temerária por entidades como a Opus Dei.
>
> Para nós, professores, é claro que um possível governo Geraldo Alckmin será a re-edição dos anos
> FHC com sua política de sucateamento das universidades públicas. Vale a pena lembrar que, sob o
> PSDB, as universidades federais chegaram a um déficit de 7.000 professores, sendo que muitas
> delas terminavam o ano sem dinheiro para pagar sequer contas de luz. Nas universidades estaduais
> paulistas, esta política educacional desastrosa foi seguida à risca por Geraldo Alckmin quando
> governador de São Paulo.
>
> Poucas pessoas sabem que o valor da hora-aula no Estado de São Paulo não passa de R$ 5,30.
> Poucos também são aqueles que têm à disposição os dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e
> Pesquisas Educacionais) demonstrando que a qualidade do ensino paulista é pior que a média do
> Brasil. Situação que não podia ser diferente, já que a comissão de fiscalização e controle da
> Assembléia Legislativa paulista rejeitou as contas do governador de 2004, devido, entre outras
> coisas, a um saldo acumulado de R$ 209 mi dos recursos do FUNDEF que jamais foram investidos na
> educação, cujo destino se desconhece. Para finalizar, Alckmin vetou o aumento no montante do
> ICMS destinado às universidades paulistas, o que as colocou em situação extremamente frágil
> diante das ampliações feitas nos últimos anos.
>
> Geraldo Alckmin tentou escapar de todas estas questões ao transformar sua campanha eleitoral em
> uma grande cruzada em favor da ética. No entanto, quem enuncia julgamentos morais deve ter
> legitimidade para tanto. Este não é o caso de alguém, como ele, que passou todo o seu governo
> engavetando pedidos de CPIs para que se apurassem suspeitas de compra de deputados estaduais via
> Nossa Caixa, de corrupção em órgãos públicos como a CDHU, o Rodoanel, as privatizações de São
> Paulo, a subvenção à revista de seu acupunturista, entre outros. São mais de 60 CPIs arquivadas.
> Por outro lado, o Tribunal de Contas do Estado julgou irregular centenas de contratos em várias
> áreas da administração, como Metrô, Cetesb, CDHU, Nossa Caixa, Departamento de Estradas de
> Rodagem, Fundação para o Desenvolvimento da Educação, Dersa, Sabesp. Diante disso, nenhuma
> indignação ética pode justificar a escolha de Geraldo Alckmin.
>
[lista de nomes cortada - posso postar se quiserem por algum motivo]
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> ----- Original Message -----
> From: Robson Moreno
> To: robson moreno
> Sent: Saturday, October 21, 2006 9:29 PM
> Subject: Manifesto de Juristas
>
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> 21/10/2006 16:39
>
> Manifesto de juristas - Lula Presidente.
>
> Dois diferentes projetos para o Brasil disputam o 2º turno das eleições presidenciais de 2006. A
> aliança conservadora PSDB-PFL desconhece o papel fundamental do Estado na promoção do
> desenvolvimento econômico e na mediação dos conflitos distributivos. Seu projeto já foi aplicado
> durante oito anos - a década desperdiçada - sem crescimento econômico, nem redução da
> desigualdade social. O apagão simboliza seu fracasso. O desmonte da administração pública, a
> terceirização dos programas de inclusão e a criminalização dos movimentos sociais exemplificam a
> lógica neoliberal de privatização do público e de insensibilidade aos graves problemas sociais
> do país.
>
> O governo do Presidente Lula recuperou a capacidade de gestão do Estado, reorganizou com êxito
> as políticas públicas e gerou cerca de 5 milhões de novos empregos. A desigualdade social foi
> reduzida, e as classes menos favorecidas foram contempladas por políticas de inclusão com
> potencial emancipatório. Pela primeira vez em uma década, o governo definiu uma política
> industrial. O país tem batido recordes sucessivos de exportações. As empresas estatais
> recuperaram a sua capacidade de planejamento e investimento. O Brasil, com a Petrobrás, atingiu
> a auto-suficiência na produção de petróleo. A América Latina adquiriu centralidade na política
> brasileira de inserção internacional. Estão criadas as condições reais para que o país retome o
> crescimento econômico e resgate sua dívida social.
>
> A aliança conservadora adotou um discurso "lacerdista", desviando a atenção pública da
> comparação entre os governos FHC e Lula, entre os distintos projetos em disputa para o país. Não
> se pode esquecer que os atuais paladinos da ética outrora impediram a apuração de vários crimes
> contra a República. O governo das privatizações e do escândalo da compra de votos para a
> reeleição jamais foi investigado. O candidato Geraldo Alckmin e a aliança PSDB-PFL obstruíram
> mais de 60 pedidos de CPIs na Assembléia Legislativa de São Paulo. No governo Lula, com a
> criação da Controladoria-Geral e a reorganização da Polícia Federal, as denúncias têm sido
> apuradas. O Ministério Público exerce suas atribuições sem embaraço. É necessário, ainda,
> enfrentar os problemas institucionais que facilitam, de longa data, as práticas de corrupção no
> país.
>
> A coligação PSDB-PFL representa o abandono do programa constitucional que propõe a construção de
> um país soberano e de uma sociedade livre, justa e solidária.
>
> Em favor do desenvolvimento econômico e do resgate da dívida social,
>
> DECLARAMOS O VOTO EM LULA PARA PRESIDENTE DO BRASIL!
>
[lista de nomes cortada - posso postar se quiserem por algum motivo]