Tópico: Heloísa Helena e seu amiguinho comuna incendiário infanticida

[Eremita]

Gente, vou fazer o papel de advogado do diabo, pois sou do P-SOL mas tem coisas na Heloísa que não dá pra entender:

1) Provavelmente é verdade: ela é grossa e acha que tem o rei na barriga. A mídia se aproveita disso, joga a isca e ela morde quantas vezes você jogar.

2) A HH tem uns amiguinhos bem questionávieis, como o Roberto Requião, e ela é malhada pelo próprio partido de não discernir entre amizade e política (ex: só faltou ela "babar ovo" pro Cristóvam Buarque). O cara que trucidou os fascistas é só mais um exemplo.

3)Algumas opiniões dela não condizem com as da maioria do partido. Isso é natural, encorajado e construtivo, pois fornece mais pontos de vista. Só que ela não pode citar as próprias opiniões (vide: questão do aborto) como se fossem as do partido. Ou ela fala "pessoalmente, acho que isso, isso e isso", ou fala que o assunto tá em debate no partido.

4)Mostrar que o partido ainda está em construção pode péssimo para arrecadar votos, mas sinceridade é melhor do que demagogia. A HH acha que o partido tá 100% e é a panacéia do Brasil.

Agora, defendendo o P-SOL:
1)No final das contas, a maioria percebeu que a HH como candidata à presidência foi ótimo para a divulgação do partido. E só. Não esperem vê-la disputando o mesmo cargo na próxima eleição.

2)É, o PSOL ainda tá em construção. Não só políticos fizeram o êxodo PT>PSOL, mas também militantes. A gente tem consciência que tá na corda-bamba entre "petistas do solzinho" ou "Só há um Marx e seu profeta é Trotski!" (PSTU).
E isso (com outras palavras) me foi avisado quando me afiliei. Só que ainda insistimos que, embora seja mais fácil cair de uma vez e pronto, ficar na corda-bamba, ainda que parado, às vezes dando um passinho pra trás, é melhor que cair de uma vez e pronto.

3)Partidos são feitos de pessoas, no plural, e não só uma pessoa. Ironicamente, o estatudo do partido permite cortar as asas da própria fundadora se ela encher o saco demais. Temos alguns mecanismos de controle da cúpula pela base, como os núcleos regionais, assembléias, etc. É suficiente? Não sei, mas não custa tentar.

Desde quando política se resolve com morte? Só porque não se concorda com uma posição política de alguém, isso lhe dá a liberdade de matá-lo e justificar isso como um crime político?

Esquerda é e sempre vai ser a mesma. Desde o começo ela prega tais práticas ditatoriais. E não estou contextualizando.

Primeiro parágrafo, ok . Sou contra o que os jacobinos fizeram com os girondinos na Francesa e os burocratas fizeram com os pró-Trotski na URSS.

Quanto ao segundo, discordo. Tem muito esquerda pró-repressão, mas considero-os uma minoria. É preciso arrumar uma forma de controlá-los, não criando condições objetivas para que eles façam merda.

Em off: abomino repressão intelectual, chacinas e política de massas, três coisas intrísecas nas ditaduras. O fato de alguém ser um crápula não quer dizer que ele não seja de esquerda; Stálin foi de esquerda, Mao foi de esquerda, e eu abomino ambos (Embora, deduzir disso que URSS e China são os exemplos perfeitos de comunismo é outra história. Pessoalmente não considero-as sequer comunistas).

[Rodion]

Quanto ao segundo, discordo. Tem muito esquerda pró-repressão, mas considero-os uma minoria. É preciso arrumar uma forma de controlá-los, não criando condições objetivas para que eles façam merda.

há muita gente excepcional na esquerda, como o norberto bobbio. estou falando de esquerdistas; agora, não dá pra ser comunista sem querer um pouquinho de sangue.