Exemplo: Revolução Francesa...
Não devemos defender o ateísmo como algo que é bom em si mesmo (o ateísmo é amoral). Aliás, há dificuldades em estabelecer um conceito exacto (como outras coisas) devido a esta própria dificuldade no termo "deus" -- e foi o que quis dizer com o último "post".
E, em termos como esses, costuma haver uma linha difícil de separar com exactidão. Uma pessoa pode ser ateia, mas apenas rejeita deuses teístas e apenas assume que não há qualquer outro tipo de deuses, até prova em contrário, por não haver uma definição exacta de "deus" ou acredita que é impossível ter conhecimentos sobre divindades, nem mesmo quanto à existência -- nesse caso também pode ser considerado agnóstico. É como definir exactamente quando deixa de ser dia para ser noite... como classificar as transições.
Podemos aprender por experiência que não devemos ser tão rígidos quanto a classificar as pessoas.
Mas é muito mais fácil um ateu defender a liberdade religiosa do que os teístas. Digo isto porque a maioria das religiões que conheço têm fundações em intolerância religiosa, chegando a existir ameaças com torturnas eternas após a morte (e torturas, em vida, depois da morte). E temos o exemplo do laicismo, que tem origem na filosofia de Voltaire, os imensos ateus na História que eram tolerantes à crença religiosa, mas que eram críticos quanto aos abusos em nome da religião e ateus sempre conviveram com religiosos -- talvez a maioria desses religiosos nem saibam que estão a conviver com ateus. Mas também existem muitos teístas liberais nas nações laicas, que convivem com ateus sabendo que o são e que não prejudicam ninguém. São essas coisas que as pessoas, sejam ateias ou não, devem defender, o permite o bem-estar de todos nós.