Eu não tinha lido este tópico ainda, realmente é algo escandaloso. Nunca poderia imaginar que as faculdades mais sérias e respeitadas deste país dariam aval ás pseudociências e afins... Lembro-me de que uma vez, há alguns anos atrás, minha mãe me levou a um ortopedista que trabalhava com um tipo de medicina á base de ervas (naquela época eu não conhecia os "fundamentos" dessa "medicina alternativa") para tratar uma rinite alérgica que obstruia minha respiração, me fazendo ficar com o nariz entupido durante a maior parte do dia.
O doutor então, começou a fazer alguns movimentos com as mãos, apontando os dedos indicadores na minha direção, como se estivesse tentando encontrar o meu "chacra", eu imagino, para fazer um diagnóstico ou algo assim. Eu fiquei chocado na hora, e posteriormente decepcionado; primeiro com minha mãe, por acreditar naquela bobagem, e depois com o próprio médico, que ao me receber no consultório, e ter uma conversa breve comigo sobre o meu problema, parecia sereno demais para oferecer esse tipo de tratamento. Resovi não dizer nada, mas fiquei com aquilo na cabeça. Ele ainda me receitou alguns medicamentos naturais, á base de essências florais e minerais, ou coisa do tipo.
Acho que ateísmo e ceticismo andam de mãos dadas, e eu não sei se isso soa óbvio ou não. No meu caso, eu passei a desenvolver meu senso crítico em relação ao mundo a partir do momento em que comecei a questionar a existência de um deus. Logo que se chega a conclusão de que não existe uma divindade, todas as crenças sobrenaturais caem por terra: Espíritos, fantasmas, videntes, ovnis, vida pós-morte, telecinese e telepatia são coisas que um dia eu já acreditei (por mais vexatório que isso possa parecer), ou ao menos cogitei serem possíveis.
Há 3 ou 4 anos atrás, talvez eu fosse indiferente, ou considerasse á posição cética proposta pelo artigo acima quanto ás pseudociências, radical demais ou preconceituosa. Hoje eu partilho do mesmo sentimento de indignação que muitos colegas céticos desse fórum. Acho que o ateísmo está me fazendo muito bem.