Essa coisa ridícula sempre me pareceu mais, na melhor das hipóteses, uma filantropia para filantropistas complexados, uma ajudinha para esses sentirem-se melhores "contribuindo", como dizia o Raul, "com a parte deles para o nosso belo quadro social". Parece um adulto deixando uma criança "ajudar" em certo trabalho só para ela se sentir útil. Os doadores são os maiores beneficiados pelo conforto psicológico que recebem a partir da possibilidade de exercerem atos totalmente, no mínimo, dispensáveis.
Na melhor das hipóteses porque o que mais me impressiona e me intriga é a mixaria arrecadada (declarada?). Ou a população doa bem pouco ou...
Se é para ser só isso arrecadado, é inacreditável o dispêndio, o trabalho, toda a perda de tempo para angariar um montante ínfimo que pode ser oferecido anualmente, senão por todas, pela maioria das empresas do ramo televisivo, sem dúvida, as que promovem tais espetáculos patéticos.
Eu não doo nada a ninguém indiretamente, por 'transferências manuais'. Tenho que ver a cara de quem está recebendo, sem transduções nem transmissões. Se cobrança de impostos não funciona a contento (se funciona alguma coisa), a população vive a reclamar disso mas não pode sonegar porque é crime, quando tem a chance de "sonegar uma cobrança" (porque é uma cobrança, de "consciência", de culpa) não o fazem e dão mais ainda para toda essa "coisa corrompida". Por isso eu sempre digo: a lógica humana é uma coisa formidável...
"Mas aqui tudo é fantástico, lindo maravilhoso! É um espetáculo cheio de luzes, cheio de brilho e sonho! Ah, aqui, sem dúvida, as coisas devem funcionar!"
Também me impressiona muito como tantas pessoas acreditam tão facilmente que têm acesso a "fontes" pelas quais ficam sabendo o que ocorre nos bastidores de certos processos. Eu sei NADA sobre isso, além de que as contas não fecham.