Autor Tópico: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?  (Lida 2621 vezes)

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Offline FxF

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #25 Online: 17 de Abril de 2007, 14:57:29 »
Ser adulto é uma crítica a contos de fadas?

Offline Jeanioz

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #26 Online: 17 de Abril de 2007, 15:10:31 »
Diz a velha máxima: "O seu direito termina onde começa os dos outros".

Uma crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita enquanto ela não causar nenhum malefício á sociedade.

A partir do ponto em que uma crença começa a causar danos a outras pessoas ou grupos, deve ser investigado qual aspecto da crença causou o malefício e aquele aspecto especifíco, e não a crença como um todo, deve ser combatido.

Offline Helder Sanches

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #27 Online: 20 de Abril de 2007, 01:21:12 »
É verdade que Estado laico não significa Estado ateu. Significa apenas que os órgão do Estado -Governo central, Governo regional, municípios, assembleias locais - são independentes e equidistantes de qualquer religião, não favorecendo nem sendo favorecidos por elas.
Nenhum Estado deveria incluir nos seus princípios - Constituição - qualquer referência a qualquer crença de forma a poder ser igualmente justo para com todos os cidadãos das diversas religiões ou sem religião.

Não concordo que desde que uma crença não seja prejudicial para a sociedade possa, só por isso, fazer parte dos códigos básicos da mesma. As crenças do ponto de vista religioso não são verdades absolutas chegando, nalguns casos, a ser mentiras descaradas. Não gostava de que o meu país baseasse a sua Constituição em mentiras.

Já agora, desconhecia que a Constituição brasileira fazia referência a deus, ainda que apenas nas notas introdutórias. Esse precedente pode ser suficiente para um governante menos escrupuloso tirar partido e afastar a sociedade do laicismo desejável. Por isso, o meu conselho é: ateus do Brasil, façam tudo o que puderem para remover essa referência da Constituição brasileira.
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Offline FxF

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #28 Online: 20 de Abril de 2007, 15:27:01 »
Citar
É verdade que Estado laico não significa Estado ateu.
Um estado exemplar deveria ser cético, o que inclui ateísmo.

Offline Luis Dantas

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #29 Online: 20 de Abril de 2007, 15:28:19 »
Ateísmo passivo, talvez.  Não acho que seja função do Estado ideal reprimir a crença ou a religião; basta não endossá-la.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Helder Sanches

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #30 Online: 20 de Abril de 2007, 16:08:58 »
Ateísmo passivo, talvez.  Não acho que seja função do Estado ideal reprimir a crença ou a religião; basta não endossá-la.

Exactamente. Ateísmo e laicismo são conceitos diferentes.
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Offline Daniboy

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #31 Online: 20 de Abril de 2007, 17:35:13 »
Preconceito contra religiosos é algo imoral? O verdadeiro preconceito é com quem realmente está com a razão, o ateu, tente por exemplo se candidatar a algum cargo político se mostrando ateu ou sendo um advogado, você deixaria que seu cliente se dissesse ateu na frente do júri?

Como sempre a maioria ganhou, a maioria brasileira é ignorante, a ignorância está ganhando,  com pessoas estudadas e cegas pelo condicionamento religioso, defendendo com palavras sábias esse justificardor de homicídios e contentador de ignorância que chamamos de religião.
"Afirmar que "Deus fez isso" não é nada mais do que uma admissão de ignorância vestida enganadoramente como uma explicação."
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"Os teístas distorcem seus conhecimentos devido a suas crenças, os ateus distorcem suas crenças devido a seus conhecimentos."

Offline Luis Dantas

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #32 Online: 20 de Abril de 2007, 17:55:08 »
Não posso dizer que entendi contra o que exatamente você está protestando, Daniboy.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Jeanioz

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #33 Online: 20 de Abril de 2007, 18:01:46 »
Não posso dizer que entendi contra o que exatamente você está protestando, Daniboy.

A opressão contra ateus pelos religiosos no poder, pelo que deu para entender.

Offline Jeanioz

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #34 Online: 20 de Abril de 2007, 18:13:55 »
É verdade que Estado laico não significa Estado ateu. Significa apenas que os órgão do Estado -Governo central, Governo regional, municípios, assembleias locais - são independentes e equidistantes de qualquer religião, não favorecendo nem sendo favorecidos por elas.
Nenhum Estado deveria incluir nos seus princípios - Constituição - qualquer referência a qualquer crença de forma a poder ser igualmente justo para com todos os cidadãos das diversas religiões ou sem religião.

Não concordo que desde que uma crença não seja prejudicial para a sociedade possa, só por isso, fazer parte dos códigos básicos da mesma. As crenças do ponto de vista religioso não são verdades absolutas chegando, nalguns casos, a ser mentiras descaradas. Não gostava de que o meu país baseasse a sua Constituição em mentiras.

Já agora, desconhecia que a Constituição brasileira fazia referência a deus, ainda que apenas nas notas introdutórias. Esse precedente pode ser suficiente para um governante menos escrupuloso tirar partido e afastar a sociedade do laicismo desejável. Por isso, o meu conselho é: ateus do Brasil, façam tudo o que puderem para remover essa referência da Constituição brasileira.

Eu não quis dizer incluir crenças religiosas na Constituição, e sim respeitar quaisquer crença religiosa que não cause mal a sociedade. O estado deve ter leis laicas que não discriminem ou beneficiem uma opção religiosa sobre as outras - ou seja, liberdade religiosa E não-religiosa.

Os dogmas religiosas devem ser tolerados - não exatamente credibilizados, isso já é outra questão - SE não causarem mal a ninguém. Exemplo: o dogma católica da mãe de Jesus ser virgem causa algum mal á sociedade? Não! Os católicos que pensam assim se quiserem! O que isso vai atrapalhar em minha vida ou na sociedade?

Lógico, se os católicos quiserem impor esse dogma a alguém, deverá estar preparada para críticas, pois a pessoa também tem o direito de questionar.

Agora, se analisarmos outro dogma, a proibição da camisinha, isso sim causa  um impacto extremamente ruim na sociedade. Esse dogma específico deve ser combatido, mas não todo o catolicismo, pois podemos, nessa generalização, prejudicar pessoas (católicas inclusive) que nada tem a ver com essa questão.

Offline Daniboy

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Re: Até onde a crença deveria ser constituicionalmente e moralmente aceita?
« Resposta #35 Online: 20 de Abril de 2007, 22:19:02 »
Desculpem eu escrevi com pressa por isso não pude conferir e o contexto ficou pouco conciso.

É que no tópico ele citou que opressão contra religiosos é algo imoral mas o que acontece é o contrário, quem não acredita em um ser imaginário que é feito de tolo, algo totalmente absurdo, mas em um país onde o assunto mais importante de todos é se o Alemão do BBB ainda vai ficar com a mulherzinha, e 59% das pessoas não sabe quem é Fernando Henrique Cardoso, ai estamos perdidos mesmo.
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