Tópico: Qual a diferença do louco para a pessoa normal?

[Eleitor de Mário Oliveira]

A propósito, eu sofro de transtorno obsessivo-compulsivo por falta de um neurotransmissor que recaptula a serotonia.

[Raphael]

A propósito, eu sofro de transtorno obsessivo-compulsivo por falta de um neurotransmissor que recaptula a serotonia.

Com isso, podemos concluir que a genialidade e a loucura andam juntas.

[Fabulous]

Se tem alguma coisa contra mim, Fabulous, é só falar.

Ué.. por que teria?

[Fabulous]

bodymodification também imagino que seja um espécie de loucura.

O que você tem contra bodymodification?

Tudo.

[Luis Dantas]

Fabulous, eu tinha ASCO de bodymodification, por isso não tenho como deixar de simpatizar com a sua postura.

Mas na boa, esse tipo de resposta não é exatamente construtivo.  Tente elaborar mais.  Do contrário fica parecendo que você despreza as pessoas e não a atividade em si, o que não é bom.

Se não sentir à vontade para falar publicamente, considere a possibilidade de explicar por MSN ou MP.  Comigo se for o caso, com o Dante ou outros que manifestem interesse se possível.

Conversando é que a gente se entende.

[Fabulous]

Ah ok. Mas é tudo mesmo que tenho contra. Contra quem pratica, contra o procedimento, contra ao não gostar do corpo e essas coisas. Mas essa é uma forma de que quem pratica se auto-flagilam e gostam por isso. Mas eu por minha parte acho nojento e ridículo quem pratica isso. Quem garante que um desnaturado desse que faz isso com o próprio corpo não faz com o dos outros? Não que sejam todos...

Mas é uma prática insana, de loucos e que deve ser reprovada de toda forma pela sociedade. É sério...

Tudo precisa de LIMITE.

[Luis Dantas]

Ah, Fabulous, eu já falei igualzinho a você, sabe?

Não leve a mal, mas não é por aí.

[Fabulous]

Então qual sua opinião?

[Luis Dantas]

Minha opinião é que é muito perturbador ver certas coisas que outras pessoas fazem.

No entanto, é muito mais perturbador quando nos mantemos distantes e armados de rejeição e raiva.

E sabe de uma coisa?  De perto o bicho não chega nem perto de ser tão feio quanto parece.  Para falar a verdade, de perto o bicho é muito menos diferente do que parece ser.

[Fabulous]

Huh..?

São menos diferentes do que parece ser... sei...

Exemplifica por favor?

[Eleitor de Mário Oliveira]

A propósito, eu sofro de transtorno obsessivo-compulsivo por falta de um neurotransmissor que recaptula a serotonia.

Com isso, podemos concluir que a genialidade e a loucura andam juntas.

Não sou um gênio, até onde sei.

[Eleitor de Mário Oliveira]

Ah ok. Mas é tudo mesmo que tenho contra. Contra quem pratica, contra o procedimento, contra ao não gostar do corpo e essas coisas. Mas essa é uma forma de que quem pratica se auto-flagilam e gostam por isso. Mas eu por minha parte acho nojento e ridículo quem pratica isso. Quem garante que um desnaturado desse que faz isso com o próprio corpo não faz com o dos outros? Não que sejam todos…

Mas é uma prática insana, de loucos e que deve ser reprovada de toda forma pela sociedade. É sério…

Tudo precisa de LIMITE.

Facista!

É muita hipocrisia de alguém que já pensou em dar perda total no carro porque ficou insatisfeito com ele, criticar qualquer tipo de atividade autodestrutiva que só atinja a própria pessoa que exerce a atividade.

Os homens são autodestrutivos. Poluem a água, o ar, o solo, seus corpos e suas mentes. Contra este tipo de autodestruição você deveria ficar indignado, não com autoflagelação.

[Fabulous]

Epa!!!

[Eleitor de Mário Oliveira]

Epa!!!

Que foi? Fica aí julgando os outros malucos, quando você pensou em fazer algo que poderia custar sua vida porque ficou insatisfeito com um bem material por razões sociais.
Quem tem telhado de vidro não atira pedra na casa do vizinho, colega.

[Diegojaf]

Epa!!!

Que foi? Fica aí julgando os outros malucos, quando você pensou em fazer algo que poderia custar sua vida porque ficou insatisfeito com um bem material por razões sociais.
Quem tem telhado de vidro não atira pedra na casa do vizinho, colega.

A Piti disse isso...

[FxF]

Louco é somente quem vai contra as idéias do que é bom-senso pré-escritos pela sociedade.
Hoje andar nú na rua é loucura, por exemplo.

Einstein era louco na época dele, hoje é um gênio. Simplesmente antes as idéias dele não eram aceitas, hoje são.

[Raphael]

Diego, a Pitti diz tanta coisa.

[Luis Dantas]

Huh…?

São menos diferentes do que parece ser… sei…

Exemplifica por favor?

Por exemplo, eu já tive muita repulsa a homem que usava rabo-de-cavalo; violava o meu senso estético.  Além do que, eu vivia em um meio social e familiar que me punia por querer ser tolerante e encorajava a discriminação gratuita.

Mas com o tempo deixei muito disso para trás.  Não tenho nenhuma intenção de me tatuar ou usar cabelo comprido, mas não acho mais que faça algum sentido extrapolar traços de caráter a partir desse tipo de coisa.  Personalidade, sim, mas não caráter.

E mesmo quando há características de personalidade bem determinadas e distintas de um grupo para outro, ainda assim são no fundo coisas muito superficiais.  E mais atrapalha do que ajuda dar importância a elas.

[Tarcísio]

E mesmo quando há características de personalidade bem determinadas e distintas de um grupo para outro, ainda assim são no fundo coisas muito superficiais.  E mais atrapalha do que ajuda dar importância a elas.

Papo de nova ordem mundial. Não concordo.

[Luis Dantas]

Papo de nova ordem mundial. Não concordo.

Infiel!  Como ousa se recusar a partilhar de nossa fraternidade universal?

Já para o quarto de castigo.  E nada de sobremesa hoje.

[Tarcísio]

Nova ordem mundial é o nazismo dos memes!

[Luis Dantas]

Já ouviu falar de Boomerite?  Pode ser a mesma coisa de que você está falando.

http://en.wikipedia.org/wiki/Boomeritis

[Rodion]

interessante. dá uma olhada nisso dantas;

Um furacão de farsa geral e onímoda sopra sobre o torrão europeu. Quase todas as posições que se tomam e ostentam são internamente falsas. Os únicos esforços que fazem destinam-se a fugir do próprio destino, a cegar-se ante sua evidência e sua chamada profunda, a evitar cada qual o confronto com isso que tem que ser. Vive-se humoristicamente e tanto mais quanto mais trágica seja a máscara adotada. Há humorismo onde quer que se vive de atitudes revogáveis, em que a pessoa não se finca inteira e sem reservas. O homem-massa não afirma o pé sobre a firmeza incomovível de seu signo; pelo contrário, vegeta suspenso ficticiamente no espaço. Por isso é que nunca como agora estas vidas sem peso e sem raiz - déracinées de seu destino - se deixem arrastar pela mais inconstante corrente. É a época das "correntes" e do "deixar-se ir". Quase ninguém apresenta resistência aos superficiais torvelinhos que se formam em arte ou em idéias, ou em política, ou nos usos sociais. Por isso, mais que nunca triunfa a retórica. O superrealista acredita haver superado toda a história literária quando escreveu "aqui uma palavra que não é necessário escrever" onde outros escreveram "jasmins, cisnes e faunesas". Mas é claro que com isso só fez extrair outra retórica que até agora jazia nas latrinas.

    Esclarece a situação atual advertir, não obstante a singularidade de sua fisionomia, a porção que de comum tinha com outras do passado. Assim acontece que mal chega à sua máxima atitude a civilização mediterrânea - por volta do século III A. C. - aparece o cínico. Diógenes pateia com suas sandálias sujas de lama os tapetes de Arístipo. O cínico tornou-se um personagem pululante, que se achava atrás de cada esquina e em todas as alturas. Ora bem, o cínico não fazia outra coisa senão sabotar aquela civilização. Era o nihilista do helenismo. Jamais criou nem fez nada, seu papel era desfazer - melhor dito, tentar desfazer, porque tampouco conseguiu seu propósito -- O cínico, parasita da civilização, vive de negá-la, pela mesma razão de que está convencido de que ela não desaparecerá. Que faria o cínico num povo selvagem onde todos, naturalmente e a sério, fazem o que ele em farsa, considera como seu papel pessoal? Que é um fascista se não fala mal da liberdade e um superrealista se não perjura da arte!

     Não podia comportar-se de outra maneira esse tipo de homem nascido no mundo demasiadamente bem organizado, do qual só percebe as vantagens e não os perigos. O contorno o mima, porque é "civilização" - isto é, uma casa -, e o "filho de família" não sente nada que o faça sair de sua índole caprichosa, que incite a ouvir instâncias externas superiores a ele, e muito menos que o obrigue a tomar contato com o fundo inexorável de seu próprio destino.

ortega y gasset em a rebelião das massas.

[blue pill]

Pensando denovo sobre o assunto.. eu acho que concordo com quem diz que não tem diferença do louco pro normal.

[Tarcísio]

Vocês não tem um conceito de normal, então tudo o é Blue Pill.